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ONDE

INVESTIR
EM 2021
e | investidor
SUMÁRIO
03 Sua carteira está preparada
para 2021?

07 O que os economistas projetam


para PIB, Selic e dólar em 2021

11 As ações com maior potencial de


valorização, segundo 10 corretoras

17 Fundos de investimento: retomada


econômica amplia oportunidades

20 Renda fixa: o que fazer enquanto a


inflação não avança

23 Investimentos alternativos devem


ganhar escala em 2021

26 Sinal vermelho: eu não vejo 2021


com otimismo, diz Luiz Barsi

29 Que ano foi esse, 2020? 5 assuntos


que nenhum investidor vai esquecer

33 Quem somos
SUA CARTEIRA
ESTÁ PREPARADA
PARA 2021?
O que 2020 ensinou
continuará valendo neste
novo ano: a diversificação de
ativos é fundamental para
todo investidor

Por Márcio Kroehn

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Ray Dalio, o mais importante gestor de fundos de
investimento do mundo e criador da Bridgewater Associates,
tem uma frase perfeita que ajuda a resumir o ano de 2020:
“Há sempre um caminho bom. Se você não consegue vê-lo,
precisa continuar a procurá-lo”. Além da possibilidade de
usá-la em todos os aspectos da nossa vida, principalmente
quando fazemos um balanço sobre o que a pandemia do
coronavírus nos tirou, a definição de Dalio nos remete à longa
caminhada para conquistar a segurança e, até, a
independência financeira. Não foi um período fácil para o
investidor. Os juros básicos da economia brasileira entraram
no piso histórico, houve necessidade de migrar para ativos de
maior risco em busca de mais rentabilidade e a volatilidade
testou o perfil de cada um de nós. Em 2021, os desafios
podem ser iguais ou maiores que os vividos nos últimos
meses.

A principal lição, porém, segue escrita em pedra: a


diversificação da carteira é fundamental para o investidor. Em
2020, a reserva de emergência e a reserva de oportunidade
andaram lado a lado. Era preciso ter a primeira bem robusta
(pelo menos 6 meses dos custos fixos para quem tem
emprego via CLT e 12 meses para profissionais liberais e
empreendedores), pois nunca ficou tão claro o significado de
um evento inesperado; e a segunda pronta para aproveitar as
pechinchas que aparecem em momentos de instabilidade.
Warren Buffett, a principal referência entre os investidores
globais de ações, tinha US$ 137 bilhões em caixa à espera de
um bom negócio. E o oráculo de Omaha ensina que é preciso
ficar temeroso quando os outros estão temerosos.

“O ano de 2020 ensinou muito para 2021. É prejudicial


para o investidor movimentar muito a carteira de longo prazo.
Independentemente do perfil, é fundamental ter uma
carteira diversificada e balanceada”, diz Rodrigo Menon, sócio
da Arbitral Finance. “Com essa diversificação, acredito que o
investidor tem maiores chances de passar por esse período
de juros negativos baixos, tanto o nominal no mundo como o
real no Brasil.”

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Isso significa que o cenário para a renda fixa continuará
difícil. A Taxa Selic entra em 2021 em 2% ao ano e mesmo que
ela dobre depois de 12 meses continuará em um patamar
muito baixo para os padrões brasileiros. Quem busca viver de
renda passiva continuará encontrando dificuldades. E isso
não se restringe apenas ao Brasil. No mundo, o panorama é
de juros próximos a zero ou até negativos. Os bancos centrais
inundaram os países com liquidez e essa expansão da política
monetária vai ajudar na recuperação dos PIBs à medida que a
vacina demonstre sua eficácia e as barreiras restritivas de
circulação diminuam.

“Ao longo de 2021 o mundo vai se recuperar de todo o


impacto do coronavírus em termos econômicos”, diz o
analista independente Marco Saravalle. “A bolsa de valores só
sobe quando existe a expectativa de expansão de lucros. E em
2021 não só temos essa expectativa como também a de uma
forte expansão de lucros.”

Com isso, as projeções são de forte expansão para os


principais índices das bolsas de valores globais. Para o
Goldman Sachs, o S&P 500 pode registrar uma expansão de
até 30% sobre 2020. No Brasil, as casas mais otimistas
colocam o Ibovespa na casa dos 140 mil pontos no fim de
2021. As apostas são ações ligadas a consumo, shopping
centers e companhias aéreas, que se beneficiam de uma
recuperação da atividade econômica local, e papéis de
empresas de commodities, que vão ser puxadas pelo
aumento da demanda e dos preços. Em contrapartida, deve
ser um ano menos exitoso para negócios ligados à tecnologia
e ao e-commerce.

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À VISTA DAY TRADE

INVESTIR
O QUE OS
ECONOMISTAS
PROJETAM PARA
PIB, SELIC E
DÓLAR EM 2021
O cenário é otimista, mas o
resultado só virá se houver
avanços nas reformas e
prudência fiscal

Por Valéria Bretas

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Dizer que a economia brasileira estava em bons
lençóis antes de 2020 seria muita presunção. De 2013 para
cá, o Produto Interno Bruto (PIB) do País amargou quedas
de mais de 3% por dois anos consecutivos e ainda não
entregou um crescimento acima de 1%. Mas o cenário
sombrio que se desenhou com a chegada do coronavírus
elevou o estresse e colocou a economia em em um
patamar ainda mais frágil.

“2020 foi um ano sem precedentes. No entanto, a


economia mostrou uma capacidade de recuperação
acima do esperado, mas com base em um pacote de
estímulos dado pelo governo também sem precedentes”,
diz João Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos.
Vale lembrar que, em março, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, anunciou uma injeção de R$ 147,3 bilhões
na economia para amenizar os impactos da covid-19 no
País.

2021 vem logo aí


Veja as expectativas do mercado para o fim do ano que vem

PIB (% de crescimento): 3,5%

Taxa Selic: 3%

Câmbio (R$/ US$): R$ 5,03

Fonte: Boletim Focus, 14 de dezembro de 2020

Entre as boas notícias, porém, existe cautela. Na


avaliação dos economistas ouvidos pelo E-Investidor, o
PIB pode crescer até 3,5% em 2021, mas a articulação
política do governo e a chegada de uma vacina contra o
vírus são os dois fatores que vão definir as regras do jogo.
“É necessário empenho máximo em privatizações para
gerar caixa, sair a reforma administrativa para redução de

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Entre as boas notícias, porém, existe cautela. Na
avaliação dos economistas ouvidos pelo E-Investidor, o
PIB pode crescer até 3,5% em 2021, mas a articulação
política do governo e a chegada de uma vacina contra o
vírus são os dois fatores que vão definir as regras do jogo.
“É necessário empenho máximo em privatizações para
gerar caixa, sair a reforma administrativa para redução de
despesas e a reforma tributária para a competitividade da
economia”, diz Ricardo Jacomassi, economista-chefe da
TCP Partners. “Não tem segredo, mas as preocupações
parecem que são outras agora: as eleições de 2022.” A casa
aposta em um crescimento de 2,8% no PIB de 2021.

O Julius Baer também alerta sobre as perspectivas


fiscais, que vão exigir uma postura cautelosa do governo
no ano que vem. “Para minimizar a desaceleração, o Brasil
aumentou seus gastos e elevou o déficit fiscal deste ano
para 12% do PIB. Isso elevará a relação dívida / PIB para
mais de 100% no próximo ano, um nível preocupante para
uma economia emergente”, diz Esteban Polidura, diretor
de soluções e produtos do Julius Baer para as Americas.

A avaliação do banco suíço remete ao fator que gera


forte divergência entre os economistas - e que também vai
ditar o comportamento da economia em 2021: o auxílio
emergencial. Popularmente conhecido como “corona
voucher”, o benefício financeiro foi concedido pelo
governo para os trabalhadores informais durante a
pandemia e pode ser prorrogado no ano que vem. A
discussão que segue na mesa é sobre o relatório divulgado
pela Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado
Federal, que projeta uma despesa de R$ 15,3 bilhões para
estender o pagamento de R$ 300 para 25 milhões de
pessoas entre janeiro e abril. Nessa simulação, haveria a
possibilidade do estouro no teto de gastos.

“Não existe solução fiscal fácil. Olhando para o

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orçamento que a gente tem hoje não dá para manter o
voucher”, diz Adauto Lima, economista-chefe da Western
Asset. “O Estado está endividado e precisamos ter
credibilidade da dívida pública novamente. Se abandonar
o teto de gastos, o governo precisa criar um outro regime
fiscal crível.”

Juros e dólar
Para a Western, o dólar pode cair para abaixo de R$ 5 se
houver um encaminhamento mais claro do regime fiscal. Já
a TCP Partners trabalha com uma linha mais cética e
acredita que a moeda fique na faixa dos R$ 5,30. A previsão
do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, é de R$
5,10 em 2021.

As expectativas sobre o movimento da taxa básica de


juros, Selic, também divergem. O BC espera que a taxa do
ano que vem seja de 3%, mas parte dos especialistas do
mercado esperam a manutenção de 2% ao longo do ano,
com alta gradual a partir de 2022.

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AS AÇÕES COM
MAIOR POTENCIAL
DE VALORIZAÇÃO,
SEGUNDO 10
CORRETORAS
Papel da Vale (VALE3) é o
principal destaque da seleção,
com três indicações

Por Mateus Apud

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O ano de 2020 foi completamente atípico devido à
pandemia de covid-19. Quem afirmar ter previsto o
desempenho do Ibovespa e passado ileso pela crise tem
uma grande chance de estar mentindo... A volatilidade das
ações que compõem o índice foi muito intensa e pegou

A crise deixou evidente o quanto é preciso se planejar


com antecedência para tirar o melhor proveito do
mercado, em qualquer situação. Mesmo em um cenário
caótico, vários papéis dispararam, enquanto o
desempenho do IBOV ia ladeira abaixo.

O E-Investidor consultou 10 corretoras para saber


quais os ativos com maior potencial de valorização para
2021. No geral, as casas de investimentos têm boas
expectativas para o ano que vem e diversos setores
podem se destacar.

Oito ações de empresas que atuam em setores


distintos foram indicadas. O único papel recomendado
mais de uma vez foi o da Vale (VALE3), que ganhou o voto
de três corretoras. Seguem as ações com o maior upside
para 2021 (todos os papéis tomam como base a cotação de
7 de dezembro de 2020):

Vale (VALE3)
(Fábio Motta/ Estadão)

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A mineradora Vale (VALE3) é a única que recebeu mais
de uma indicação de ação, com o maior upside para 2021.
Recomendada pela Genial Investimentos, Modalmais e
Órama Investimentos, a aposta é sustentada pelo
potencial de valorização das commodities ano que vem

Para os analistas, o caso de Brumadinho ficou para


trás e a empresa tem tudo para aproveitar o bom
momento do setor, puxado pela demanda de Estados
Unidos e China. “Há expectativa também de pagamento
de altos dividendos", diz Filipe Villegas, da Genial. No
acumulado do ano até 7 de dezembro, a Vale (VALE3)
teve valorização de 61,66%, cotada a R$ 82,95. A
Modalmais estipulou preço-alvo de R$ 93 para ação -
potencial de alta de 12,11%.

Suzano (SUZB3)
Para a Ágora Investimentos, o cenário ainda é incerto
e muitos fatores precisam se confirmar para que os
papéis cumpram a rentabilidade esperada. A corretora
elegeu a Suzano (SUZB3) como um ativo seguro, com
boas perspectivas de crescimento em meio ao cenário
duvidoso. Os preços mais altos da celulose, a melhora nas
condições de mercado em 2021 e indicadores
operacionais sólidos dão força à indicação.

“A companhia deve ter uma forte geração de fluxo de


caixa livre e desalavancagem no ano”, diz José Francisco
Cataldo, head de research da Ágora. No acumulado de
2020, a Suzano (SUZB3) tem valorização de 32,94%, a R$
52,75. A corretora estipulou preço-alvo de R$ 70 para
ação - potencial de alta de 32,70%.

Banco do Brasil (BBAS3)


A Elite Investimentos enxerga no Banco do Brasil
(BBAS3) o melhor upside para 2021. Segundo a corretora,

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a ação do banco está excessivamente descontada devido
à pandemia, acima da média do setor. O papel se
mostrou resiliente e está bem posicionado para uma forte
recuperação em 2021. “Os bancos seguem muito
descontados e, no atual patamar de preços, vemos o BB
como boa oportunidade de valorização”, diz o analista
Alexandre de Macedo Marques Filho.

O Banco do Brasil (BBAS3) registra desvalorização de


29,41% no acumulado de 2020, a R$ 36,15. A corretora
estipulou preço-alvo de R$ 45,56 para a ação, o que
representa um potencial de alta de 26,03%.

Rumo (RAIL3)
Para a Terra Investimentos, o Ibovespa deve alcançar
a casa dos 130 mil pontos em 2021. As melhores
oportunidades estão em exportações, logística,
construção civil, bancos e commodities. Neste cenário, a
Terra destaca a ação da Rumo (RAIL3), a maior operadora
logística com base ferroviária independente da América
Latina.

Com a melhora dos setores de exportação e


commodities, a demanda por empresas de logística
cresce. “O foco da recomendação está no crescimento do
setor agrícola, o principal produto transportado pela
companhia”, diz o analista Régis Chinchila. A Rumo (RAIL3)
tem desvalorização de 23,45% no acumulado de 2020,
cotada a R$ 19,98.

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INVESTIR

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Magazine Luiza (MGLU3)
O forte desempenho do Magazine Luiza (MGLU3) em
2020, segunda maior valorização do Ibovespa no ano,
ainda não representa todo o potencial de crescimento da
varejista, diz a MyCap, que aposta na ação como o maior
upside para 2021. “A companhia deverá apresentar fortes
ganhos de margens e valor de mercado, apesar dos
elevados múltiplos e valorização dos papéis vistos neste
ano”, diz a analista Júlia Monteiro.

A visão positiva é sustentada por um cenário de


mudança de hábito de compra (menos presencial e mais
on-line) e de uma expectativa ponderada de crescimento
da economia real. No acumulado do ano, o Magazine
Luiza (MGLU3) tem valorização de 100%, cotado a R$
23,80. É preciso destacar, no entanto, que em 14 de
outubro os papéis da varejista passaram a ser negociados
com desdobramento, na proporção de um para quatro.

Multiplan (MULT3)
A Easynvest tem como sua principal aposta a
Multiplan (MULT3), uma vez que o setor de shoppings foi
um dos mais afetados no ano e as perspectivas são
positivas para 2021, com o advento da vacina.

“A principal vantagem da companhia é a sua


diversificação imobiliária, além de atuar e ser uma das
mais descontadas no segmento”, diz o especialista em
renda variável José Falcão. No acumulado do ano,
Multiplan (MULT3) apresenta desvalorização de 24,48%, a
R$ 24,90.

Petrobras (PETR4)
Para a Guide Investimentos, a grande aposta para
2021 está nas "blue chips". Entre elas, a de maior upside é
a Petrobras (PETR4), diz a Guide, devido à retomada da

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atividade global (demanda maior por petróleo), ao
processo de desinvestimento e à melhora operacional,
com foco nas operações do pré-sal e câmbio depreciado.

“A perspectiva de redução do seu endividamento


deve impulsionar os preços das ações”, diz o analista
Henrique Esteter. No acumulado de 2020, a Petrobras
(PETR4) tem desvalorização de 10,54%, a R$ 27. Em
comparação ao preço-alvo estipulado pela corretora, de
R$ 32, o potencial de alta é de 18,52%.

Lojas Renner (LREN3)


A Ativa Investimentos aposta na Lojas Renner
(LREN3) como a ação com o maior upside para 2021,
tendo em vista a disciplina da varejista com as despesas
operacionais e a condução da sua transformação digital.

“Diante dos seus bons fundamentos, management


competente e estrutura de capital saudável, entendemos
que a companhia está bem posicionada para emergir do
cenário atual com ganhos de marketshare”, diz o gerente
de research Pedro Serra. No acumulado de 2020, a Lojas
Renner (LREN3) tem desvalorização de 19,45%, a R$ 45,02.
A corretora estipulou preço-alvo de R$ 52 para a ação,
indicando alta potencial de 15,50%.

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FUNDOS DE
INVESTIMENTO:
RETOMADA
ECONÔMICA
AMPLIA
OPORTUNIDADES
Ações, crédito e renda fixa
prefixada devem estar em
alta no próximo ano

Por Jenne Andrade

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Os fundos de investimento ganham cada vez mais
protagonismo no mercado financeiro, já que facilitam a
vida de quem não tem tempo ou especialização para
analisar papel por papel, montar e administrar uma
carteira. Essas aplicações são compostas por uma cesta
de ativos variados, selecionados e geridos por
profissionais.

Para ter acesso a esse tipo de produto, basta comprar


uma “cota” - fração do patrimônio líquido de um fundo.
Existem fundos para todos os gostos: de ações, títulos
públicos, cambiais, multimercados, dívida externa etc. “É
possível montar uma carteira de investimentos completa
só com fundos”, diz Fabio Souza, gerente de produtos da
Ágora Investimentos.

Quais fundos devem ir melhor em


2021?

A retomada econômica esperada para 2021 e as taxas


de juros ainda muito baixas vão beneficiar os ativos de
Bolsa e, na esteira, os fundos relacionados à renda variável.

“Olhamos com atenção fundos de ações clássicos,


long only, que apostam na alta dos papéis. Gostamos
também de long biased, os fundos de ações que podem
ficar mais comprados ou mais vendidos, dependendo do
cenário”, diz Dan Kawa, colunista do E-Investidor e sócio
da Tag Investimentos. Existem, ainda fundos relacionados
à classe de crédito ‘high yeild’. “É aquele crédito mais es-
truturado no Brasil, uma classe em que a gente busca re-
tornos mais expressivos e com mais consistência, CDI+4%
ou CDI+5% e até mais”. Tanto os fundos de ações quanto
os de crédito high yeild são aplicações de risco mais alto -
opções que geram maior rentabilidade em época de Selic
baixa.

“Há uma grande transformação na parte de investi-


mentos, com a necessidade de maior diversificação e de

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abrir mão de liquidez para obter mais retorno”, afirma
Bruno Carvalho, sócio da Galapagos Capital. “Em 2021,
várias classes de fundos podem ganhar relevância”.

Na seara de renda fixa, por exemplo, fundos focados


em prefixados de longo prazo podem ser boas opções:
esse tipo de título se valoriza quando os juros caem. “Se o
Brasil optar pela austeridade, haverá espaço para fechar
taxas. Com isso, essa classe de ativo poderá ter
performance expressiva”, afirma Kawa.

Multimercados e Imobiliários exigem


maior cautela

Há boas expectativas para fundos imobiliários e


multimercados, mas é necessário maior atenção às taxas,
histórico de rentabilidade e gestão. “Os multimercados
normais, que cobram 2% de taxa de administração, com
20% de taxa de performance, vão ter alguma dificuldade
em um mundo de juros a 2%”, diz Kawa. “Tem que
escolher aqueles que realmente vão performar bem.”

O mesmo raciocínio vale para os imobiliários: alguns


estão em níveis de preço muito descontados, o que
justificaria o investimento, mas é preciso analisar a
composição do fundo e o desempenho ao longo do
tempo. “Existem imobiliários monoativos, que têm risco
bastante elevado. Nós preferimos fundos de fundos
imobiliários, em que um gestor vai selecionar as melhores
oportunidades”, afirma Kawa.

Com tantas opções, o investidor que não quer errar


deve tomar alguns cuidados. “Pesquise o histórico dos
gestores, veja se aquele profissional tem bastante
experiência, se já passou por momentos de volatilidade”,
diz Souza. “É essencial olhar o histórico de rentabilidade
da aplicação, não só no curto prazo, mas no longo prazo.”

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RENDA FIXA:
O QUE FAZER
ENQUANTO A
INFLAÇÃO
NÃO AVANÇA
Poupança acumulou perda
de 0,46% em setembro por
conta da Selic a 2%

Por Luiz Felipe Correa

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Em um passado não muito distante, a renda fixa,
atrelada à taxa básica de juros, a Selic, dava retornos como
nunca. No fim dos anos 90, por exemplo, a Selic alcançou a
meta de 45% ao ano. No começo dos anos 2000, a taxa foi
caindo gradativamente, mas se manteve firme nos dois
dígitos até o fim de 2009. Já entre 2010 e 2017, oscilou
entre 7% e 14,25% ao ano. E, desde então, a Selic vem
rolando ladeira abaixo, até atingir os atuais 2% ao ano.

Com isso, o principal investimento dos brasileiros, a


poupança, está perdendo para a inflação: com rendimento
de 2,67% em setembro, a poupança na verdade recuou
0,46% no período, descontada a inflação pelo IPCA. Ou
seja, quem poupou perdeu dinheiro. Em outras palavras,
ao fazer uma aplicação em renda fixa, o investidor
empresta dinheiro para o governo, instituições financeiras,
empresas privadas e até para o agronegócio. O investidor
oferece parte do seu patrimônio em troca de remuneração
por meio de juros.

Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama


Investimentos, conta que a casa alterou as
recomendações em um cenário de Selic tão baixa. “É
preciso cautela, reduzir a exposição em ativos pré-fixados
e atrelados à inflação”, diz. Para os conservadores, vale
diversificar com títulos pós-fixados e fundos
multimercado. Para os moderados e arrojados, há fundos
imobiliários (que estão com bom yield, a partir de 5% ao
ano), fundos multimercado e investimentos no exterior
atrelados ao dólar, afirma.

Para José Francisco Cataldo, head de research da


Ágora Investimentos, o investidor deve se manter com
títulos atrelados à inflação e vencimento mais curto
possível. “Ele se protege da inflação no médio prazo e
ainda obtém o juro real”, diz ele, lembrando que a melhor
maneira de aumentar a segurança é diversificar. “Não
adianta não correr riscos e ficar sem retorno”, afirma.

Na opinião de Paloma Brum, economista da Toro

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Investimento, uma alternativa aos baixos rendimentos são
os títulos híbridos. “Eles têm um componente pré-fixado
somado à inflação do período, que pode ser o IGP-M ou o
IPCA. É uma forma de manter parte da carteira em um
campo de maior segurança”, diz.

Sandra e Paloma acreditam que a Selic pode avançar


em 2021. “Tendo em mente que a Selic pode subir em 2021,
nossa indicação é que os investidores se exponham mais
aos títulos pós-fixados, sejam eles atrelados à Selic ou ao
CDI”, diz a economista da Toro, ressaltando que o
investidor precisa estar atento ao vencimento dos títulos
para não correr o risco de ficar com o dinheiro bloqueado,
ou até perder dinheiro na hora do resgate.

Títulos pós-fixados: Rentabilidade acompanha algum


indicador financeiro, como a Selic. Aqui entram títulos do
Tesouro Direto, CDB, poupança, LCI e LCA. Nesse tipo de
investimentos, não se sabe previamente qual o retorno,
mas apenas que os ganhos corresponderão a um
percentual do indicador (110% do CDI, por exemplo);

Títulos pré-fixados - Investidor sabe quanto vai


receber ao final da aplicação, mas é preciso “carregar” o
título até o vencimento para receber os rendimentos.

Créditos Privados - Empréstimo para empresas


privadas na forma de debêntures incentivadas, CRI
(Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado
de Recebíveis do Agronegócio). Papéis podem ser
pós-fixados, pré-fixados ou atrelados à inflação.

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INVESTIMENTOS
ALTERNATIVOS
DEVEM GANHAR
ESCALA EM 2021
Aplicações não tradicionais
se destacaram em meio à
volatilidade de 2020 e
seguem como tendência de
diversificação segura

Por Isaac de Oliveira

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Aumentar a diversificação, reduzir a volatilidade e
reforçar os retornos são algumas das benesses de quem
opta por investimentos alternativos. Em ano de
incertezas como 2020, marcado por uma crise global de
repercussões ainda em curso, é importante ter na carteira
ativos não tradicionais, que tragam além de ganhos,
proteção.

O mercado brasileiro de aplicações alternativas vem


expandindo a oferta para além de moedas e metais. A
Balko, por exemplo, é uma fintech voltada a ativos
judiciais, como precatórios e direitos creditórios
decorrentes de ações na Justiça, um mercado pouco
conhecido das pessoas físicas. “São aplicações que
costumam trazer um retorno alto, dada a falta de liquidez
e a complexidade jurídica”, diz Caio Fasanella, CEO da
Balko.

Metais preciosos

Os metais preciosos costumam ser os preferidos de


quem deseja proteger o capital. O ouro bateu diversos
recordes em 2020, ultrapassando a faixa dos US$ 2 mil a
onça-troy. Em 2021, a expectativa é que o patamar
continue elevado. “O que eleva o preço do ouro, hoje
acima de US$ 1,7 mil a onça-troy, são o nível de juros
baixos nos Estados Unidos e as incertezas sobre novos
lockdowns”, diz Felipe Cunha, gestor de recursos da
Órama

Notícias positivas, como o avanço das vacinas, podem


reduzir o preço dos metais. Mas a melhora das condições
sanitárias não deve provocar, no curto prazo, o aumento
de juros a ponto de derrubar o preço dos metais. “Apenas
em 2022 a atividade de produção deve voltar a ponto de
gerar inflação para subir os juros”, diz. “Isso se 2021 for
muito positivo em termos de geração de emprego e PIB”.

Bitcoin

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Em 2020, o Bitcoin bateu recorde de cotação nos EUA,
encostando nos US$ 20 mil. Com o dólar elevado, a
criptomoeda ficou acima dos R$ 100 mil no Brasil. “A
perspectiva para 2021 é otimista, com possibilidade de
valorização substancial”, diz Safiri Felix, diretor da
Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).

O atual cenário de forte liquidez nos mercados deve


manter investidores à procura de ativos escassos, para
fazer proteção. Em maio, houve um ajuste (“halving”), que
reduziu pela metade a quantidade de bitcoins produzidos
a cada dez minutos, o que levou à alta substancial do
ativo em até 18 meses.

Em 2020, mais investidores institucionais


desembarcaram neste mercado: até 27 de novembro, os
dez fundos de criptomoedas no Brasil somavam 23,5 mil
cotistas e R$ 411,9 milhões em patrimônio líquido. Em
dezembro de 2019, eram cinco fundos, com 1,3 mil
cotistas e R$ 26 milhões, aponta a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM). “O movimento de alta está apenas no
início”, diz Theodoro Fleury, gestor da QR Asset.

Moedas

Recentemente, o dólar se desvalorizou frente ao real,


com a vinda de muito capital estrangeiro com apetite a
risco. Mas o gestor da Órama vê um cenário de câmbio
mais elevado em 2021. “A queda do dólar contra outras
moedas não é algo sustentável”, afirma. “O dólar é um
porto seguro do mercado”.

Pelo fato de a Europa ter sofrido duramente com as


restrições para o controle da pandemia, é possível que o
euro não se valorize mais do que a moeda
norte-americana. “Os fatores que levam as moedas a se
valorizarem, como PIB, emprego e vendas, não vão atuar
a favor do euro agora”, diz Cunha. “Em meio à
volatilidade, as pessoas correm para o dólar”, conclui.

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SINAL VERMELHO:
EU NÃO VEJO 2021
COM OTIMISMO,
DIZ LUIZ BARSI
Piora da situação
macroeconômica, demora
na imunização contra a
covid-19 e política capenga
tiram ânimo do minoritário
mais relevante da B3

Por Daniele Madureira

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O maior investidor individual do Brasil está muito
preocupado com 2021. Luiz Barsi, que montou na década
de 70 sua carteira previdenciária baseada em ações,
enxerga o próximo exercício como um “copo
razoavelmente vazio”. Faltam reformas estruturais,
privatizações de gigantes mal geridos e hombridade na
política brasileira. Para Barsi, o País carece de uma
cultura de investimento. “A maioria das pessoas que
chega à Bolsa agora só quer fugir da renda fixa. Assim
que os juros voltarem a subir, elas saem do mercado”,
afirma o investidor de 81 anos, que se apresenta como
um “pequeno dono” das companhias. “Não especulo com
as ações, confio nas empresas onde invisto”.

E-Investidor: 2020 será marcado na história mundial


como o ano da pandemia. Ela assustou o senhor?

Luiz Barsi: A doença não me assustou. Ela criou opor-


tunidades na bolsa. A pandemia atingiu em cheio as em-
presas de alguns setores ligados à movimentação de pes-
soas, como aviação, turismo, eventos e, mesmo no setor
de saúde, serviços como marcação de exames. As crises
econômicas, em geral, são muito parecidas. Mas nesta
houve um componente psicológico. É o que explica, por
exemplo, a interferência nas ações da Sabesp. Alguém
deixa de beber água por causa da pandemia? O investidor
precisa avaliar as ações pelo critério da oportunidade, pelo
que representa o negócio da empresa, não pelo índice tal,
ou pelo que o governo diz.

A demora na imunização indica que muitas empre-


sas terão que continuar se reinventando. O aprendizado
de 2020 é suficiente para o sucesso delas em 2021?

Eu não vejo 2021 com otimismo. Um número grande


de pequenos empreendedores quebrou e não encontrou
apoio nos bancos. O País precisa voltar a gerar empregos.
Mas reformas muito importantes para destravar a econo-
mia têm sido engavetadas. As empresas procuraram se
adaptar à nova realidade, mas a doença persiste.

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Precisamos aguardar uma vacina, mas a verdade é que
ninguém sabe quando tudo voltará ao que era.

Além das reformas e privatizações paradas, o


governo não tem ajudado em relação ao teto de gastos
e ao controle da dívida pública. O investidor deve ver
tudo isso como copo meio cheio ou meio vazio?

Eu vejo o copo razoavelmente vazio. Os políticos, em


geral, colocam o interesse pessoal acima do interesse da
nação, o que eu lamento profundamente. Tomando
como exemplo os dois presidentes, da Câmara e do
Senado [Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre], que tentaram
driblar a Constituição para garantir sua reeleição ao
cargo. Talvez o investidor brasileiro não preste atenção
nisso, mas o investidor estrangeiro dá muita importância,
porque indica quebra de regras. Ele pensa: ‘Por que eu
vou investir neste País, se as regras lá não são estáveis?’.

O governo anunciou que planeja fazer oito leilões de


empresas públicas em 2021, entre elas, Correios e
Eletrobras. Podem ser boas opções para o investidor?

Eu ouço essa história de privatização desde que eu


era nenê, e olha que já tenho 81 anos! A verdade é que os
políticos prometem o que não podem cumprir, eles têm
uma expertise em deixar as decisões na prateleira. Muitos
têm ojeriza à privatização, porque significa tirar parte do
seu poder. Torço para as empresas serem vendidas, o
Estado é um gestor incompetente.

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QUE ANO FOI
ESSE, 2020?
5 ASSUNTOS
QUE NENHUM
INVESTIDOR
VAI ESQUECER
Dentro e fora da Bolsa de
Valores, o ano foi de
fortes emoções

Por Elaine Ortiz

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Um dia as crianças vão perguntar: como foi viver em
2020? Medo. Incerteza. Imprevisibilidade. 2020 foi ano
que o mundo perdeu mais de 1,5 milhão de pessoas por
um vírus desconhecido. Para sobreviver, todos se
trancaram em casa e elevaram o álcool ao patamar de
ouro líquido. Os rostos foram cobertos por máscaras e,
debaixo das máscaras, poucos sorrisos. Desemprego.
Instabilidade. Falência. Se a morte em si não chegou,
perder toda a fonte de renda do dia para a noite matou
uma infinidade de sonhos.

Uma gangorra de emoções embalou tanto o “hell’s


office” quanto a bolsa de valores. Em março, a B3 teve
seu pior desempenho mensal em mais de 20 anos e
chegou aos 65 mil pontos; oito meses depois, viveu o
melhor novembro desde 1999, perto dos 109 mil pontos.
2020, seu esquisito, você será eternamente lembrado, e
especialistas ouvidos pelo E-Investidor apontam o que
não vai sair da memória:

1 - O Boom: Euforia em meio à


ignorância sobre o novo coronavírus

Quando os fogos anunciaram o ano novo, a covid-19 já


fazia sérios estragos na China. No Brasil, a B3 batia
recordes, com mais de 1,5 milhão de pessoas físicas
investindo, próximo à casa dos 120 mil pontos. “Por conta
da taxa de juros baixa, de uma hora para outra todo
mundo decidiu ser investidor”, diz Vladimir Maciel,
coordenador do Centro de Liberdade Econômica do
Mackenzie. Ninguém parava para pensar que o novo
coronavírus chegaria no Brasil? Não, o foco estava na
briga EUA x China e nas reformas. E a China também
escondeu a real sobre a covid-19.

2 - O Bust: Coronavírus e o lockdown


mundial levam ao recorde de circuit
breakers

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Nunca na história das bolsas foi necessário acionar
tanto o mecanismo de paralisação das negociações. Na
B3, o circuit breaker entra em cena quando o Ibovespa cai
mais de 10% sobre o fechamento anterior. Pânico total.

Mais da metade dos ativos foi negociada abaixo do


valor patrimonial, diz o educador financeiro Leandro
Benincá. “Fundos imobiliários de shoppings, por exemplo,
eram vendidos a um preço que não pagava nem o
terreno do imóvel”.

3 - A resposta: Governos se mexem


para conter a crise

Medidas adotadas ainda no início da pandemia


acalmam o mercado. Para Vladimir Maciel, a resposta de
Brasília foi rápida: R$ 600 para 35 milhões de brasileiros.
“Não se acreditava que um governo liberal saberia lidar
minimamente bem com um problema dessa
magnitude”.

4 - A retomada: Empresas ressurgem


das cinzas no 3º tri

Depois da tempestade, a bonança. Das 74 empresas


que compõem o Ibovespa, 37 apresentaram alta no lucro
líquido no terceiro trimestre de 2020 sobre o mesmo
período de 2019. Energia, construção e proteínas animais
foram os destaques. Na esteira da retomada, algumas
empresas deixaram o sarcófago. É o caso das companhias
de Eike Batista MMX e OSX. Em 25 de novembro, após
seis anos de recuperação judicial, as ações da OSX
subiram 157%, para R$ 27,02, enquanto as da MMX
avançaram 81%, para R$ 19,05.

5 - A grande lição: Promessa da vacina


e o que aprendemos com tudo isso

A corrida pela imunização movimentou os papéis das

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farmacêuticas. A americana Moderna, por exemplo,
disparou 354% no ano. A possibilidade de cura da covid-19
faz com que se acredite na retomada econômica e anima
a bolsa.

Mas talvez a grande lição de 2020 tenha sido lembrar


à humanidade o quanto ela é vulnerável. E também que
paciência e autocontrole são virtudes essenciais para
quem está disposto a investir na bolsa de valores.

No que ficar de olho em 2021?


5 sinais de alerta para não sermos
pegos de calças curtas, mais uma vez

A volatilidade de nossa A ameaça da inflação


taxa de câmbio em relação rondando novamente o
ao dólar e ao euro país - ver IGP-M e IGP-DI,
que têm acumulado altas
expressivas
A importância do retorno da
agenda reformista: para
especialistas, a reforma
A magnitude do déficit
tributária é para ontem
público (queda de
arrecadação,
A importância de uma acompanhada de
agenda ESG e melhor aumento de despesas) e
governança nas empresas o crescimento acelerado
(vide caso Carrefour) da dívida pública

Gangorra para quem tem estômago


Evolução da Bolsa de Valores em 2020*

125

100

75

50

25

0
01/03 01/05 01/07 01/09 01/11

* Pontuação de fechamento Fonte: B3

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Neste material:
Daniele Madureira, Elaine Ortiz, Jenne Andrade, Isaac de Olvieira,
Luiz Felipe Correa, Mateus Apud, Márcio Kroehn e Valéria Bretas

Reportagem

Daniele Madureira Priscila Soares

Edição Design/Diagramação

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