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Raiane Martins Oliveira

Orientador: Profº José Ney


Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná

e-mail: raymartinsoliveira1111@gmail.com

DIREITO PENAL

CONCURSO DE CRIMES

Crime continuado – ART. 71, CP;

Também chamado de continuidade delitiva, uma tese de defesa.

Concurso material, acrescido de requisitos específicos.

➢ Fórmula: pluralidade de condutas +


➢ pluralidade de crimes de mesma espécie +
➢ Requisitos específicos

Origem histórica: surgiu na Europa, e principalmente na Itália, sendo sua


primeira manifestação no século XIV, e continuando no século XV e XVI. Como
uma reação, as leis penais, que naquela época eram exageradas.

Ficção jurídica – teoria

Para o fim da aplicação da pena, de vários crimes, considerando um só.

Requisitos

A. Pluralidade de condutas

B. Pluralidade de crimes da mesma espécie


Dividida em posições:

• Características comuns, previstas ou não no mesmo tipo penal.


Sempre favorável para o réu, mas na jurisprudência, é minoritária.

• Mesmo tipo penal e que ofendem o mesmo bem jurídico.

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Conexão: os crimes devem estar ligados entre si.

ART. 71 CP, “condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras


semelhantes”.

• Condição de tempo ou chamada de temporal;


Para se falar de crime continuado não pode existir entre cada um
dos crimes um intervalo superior de 30 dias.

Crimes parcelares: são aqueles que integram a série continuada, são as parcelas
do todo. Ou seja, um só crime composta por várias partes.

• Conexão espacial - condução de lugar,os crimes devem ser todos


praticados na mesma cidade, ou no máximo em cidades contíguas.
Cidades contíguas: são as próximas entre si.

Devendo considerar a distância física nas cidades. Se importar com o tempo


entre eles.

• Conexão modal - modo de execuções


os crimes devem apresentar os crimes de modo de execução
semelhante entre os delitos parcelar.

Na expressão do artigo 71 do código penal “e outras semelhantes” permite ao


juiz a exigências de outras condições, não precisa ficar restrito.

Além de todos os requisitos do artigo 71, ainda temos a unidade de desígnio.

Essa unidade tem duas teorias:

1. Objetiva pura ou puramente objetiva


O crime se contenta com a presença dos requisitos do artigo 71 do
código penal.

Adotada por o item 59 da exposição de motivos da parte geral do CP.

Porém, a exposição de motivos, não é considerada lei, não faz parte do código
penal, não tem força normativa.

2. Objetivo subjetiva
Para essa teoria, além dos requisitos do artigo 71, também se
reclama um objetivo subjetivo, O que é a unidade de desígnio.

Objetivo subjetivo: é a teoria amplamente dominante no STF e STJ.

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Para se diferenciar o crime continuado, que é a favor legal ao agente, usado com
moderação e para quem merece, da habilidade criminosa, que é fazer de prática
de crime o meio de vida.

Por fim, para que não deu mesmo tratamento de um crime continuado, na
habilidade criminosa.

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