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PROCESSO CIVIL III

SUJEITOS DO PROCESSO EXECUTIVO


PARTES: credor – devedor / exequente - executado

Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título
executivo.

§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao


exequente originário:
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste,
lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido
por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.

§ 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado.


Litisconsórcio: As normas que regem o litisconsórcio (arts.113-118, CPC)
aplicam-se à execução em geral. Nada obsta a formação de litisconsórcio ativo ou
passivo na execução. A regra é que o litisconsórcio na execução é facultativo. Vale
dizer: forma-se por exclusiva vontade do exequente. Pode ocorrer, contudo, que se
figurem casos em que o litisconsórcio será necessário-por exemplo, na execução
proposta contra o espólio (art. 75, § 1.º, CPC).

Intervenção de Terceiros: Em geral, não se admite qualquer figura, exceto o


incidente da desconsideração da personalidade jurídica (art. 134, CPC). Na
execução não cabe denunciação da lide(art.125,CPC) ou chamamento ao processo
(art.130, CPC). Mas o STJ tem admitido, excepcionalmente, assistência simples na
execução (art.121, CPC), desde que demonstre o terceiro interesse jurídico na
solução do feiro.

*Existem modalidades específicas de intervenção de terceiros para a execução.


LEGITIMIDADE ATIVA
• Legitimação ordinária primária ou originária = credor no título executivo.

• Legitimação ordinária superveniente ou secundária = decorre de um fato


superveniente ao surgimento do título executivo.

• Para provar sua legitimidade, deverá juntar à execução a prova de que


um ato/fato que lhe dá legitimidade efetivamente ocorreu.

• Legitimação extraordinária = art. 778, § 1º, I - Ministério Público.

• Ex: executar sentença condenatória em ação civil pública que tenha como objeto
direito difuso ou coletivo (art. 3.º da Lei 7.347/85), executar sentença de ação de
improbidade administrativa, em situações de enriquecimento ilícito no exercício do
mandato, cargo, emprego ou função na administração pública (art. 17, Lei 8.429/92).
Nas ações coletivas para as quais o Ministério Público
tem legitimidade ativa, sua legitimação para a execução
independe de sua participação como autor no processo em
que foi formado o título executivo.

O Ministério Público tem um dever funcional de executar


a sentença na hipótese do autor da demanda – ou qualquer
outro legitimado – não o fizer no prazo legal,
independentemente de sua presença no título executivo.

Ainda que não faça parte do título executivo, tem


legitimidade extraordinário para a execução.
• espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor,
sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito
resultante do título executivo;

• cessionário, quando o direito resultante do título executivo


lhe for transferido por ato entre vivos;

• sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.


*Cessão e sub-rogação = os novos credores não são obrigados a assumir o
polo ativo da demanda judicial, podem aguardar o desfecho da demanda para
cobrar do antigo credor. Nesse caso, o demandante (antigo credor) continua no
processo, mas a partir da cessão de crédito ou da sub-rogação sua legitimidade
passará a ser extraordinária, considerando-se que estará em nome próprio
litigando por um direito que não mais lhe pertence.
LEGITIMIDADE PASSIVA

Art. 779. A execução pode ser promovida contra:


I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a
obrigação resultante do título executivo;
IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao
pagamento do débito;
VI - o responsável tributário, assim definido em lei.
Os herdeiros e sucessores só respondem pelas dívidas
do de cujus nos limites da herança, os bens de seu
patrimônio que não vieram da herança jamais poderão ser
atingidos por dívidas contraídas originariamente pelo de cujus.

Art. 1.792 do CC - regra de


direito material, exclui a
responsabilidade civil do
espólio, herdeiro ou
sucessor, além da herança.
Novo devedor = a transferência da dívida exige a
concordância expressa do credor (art. 299 do CC),
porque a partir do momento em que se modifica o devedor,
modifica-se o patrimônio que responderá pela dívida.
Fiador = tem legitimidade para
a execução de título
executivo extrajudicial.
Tratando-se de título executivo
judicial (sentença condenatória)
– é imprescindível que o fiador
tenha sido réu na fase de
conhecimento, constando,
portanto, do título executivo,
sem o que não haverá
legitimidade passiva.
O terceiro que prestou a garantia real, não é devedor e nem
figurará como tal no título executivo extrajudicial.
Mas o garante deve ter legitimidade passiva para a execução,
caso contrário a garantia de nada valeria, não podendo ser
atingida numa execução promovida apenas contra o devedor.
A responsabilidade pelo crédito tributário pode ser
do contribuinte, que é o sujeito que tem relação
pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador ou do mero responsável,
que é sujeito que não é o contribuinte, mas que
tem obrigação de satisfazer a dívida em
decorrência de disposição expressa de lei
(art. 121, CTN).

O STJ entende que somente quando as obrigações tributárias forem


resultantes de “atos praticados com excesso de poderes ou infração de
lei, contrato social ou estatutos”, nos exatos termos do art. 135 do
CTN, haverá responsabilidade tributária do sócio-gerente.
• Não se admite denunciação da lide e chamamento ao processo na execução.
• O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título
executivo extrajudicial.
• Assistência – divergência doutrinária. STJ tem entendido pela possibilidade.
Ex: fiador é autorizado a intervir na execução promovida ao afiançado em caso de demora
imputável ao exequente (art. 834 do CC). Nesse caso específico, a satisfação do direito do
exequente afetará a relação jurídica que o terceiro (fiador) mantém com ambas as partes,
porque, uma vez extinta a obrigação principal, naturalmente a relação acessória de garantia
também será extinta. O fiador, portanto, ingressa na demanda executiva para assistir o credor,
porque o resultado positivo da execução lhe interessa, em nítida hipótese de assistência.
• Protesto pela preferência: credor com título legal de preferência
pode intervir na execução e protestar pelo recebimento do crédito de
acordo com a preferência (art. 908, CPC);

• Concurso especial de credores: ocorre quando várias penhoras


recaírem sobre o mesmo bem.

• Exercício do benefício de ordem pelo fiador: fiador pode


exigir benefício de ordem, caso seja ele o demandado.

• Expropriação de bens, como na arrematação por sujeito que


não o exequente.
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal
condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de
acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar
pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde
se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde
deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em
que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
REGRA GERAL: o cumprimento de sentença será
processada perante o juízo no qual o título se formou.

• Se o título se formou nos Tribunais (STF, STJ, TRF ou TJ), em caso de competência
originária, caberá a eles a sua execução (art. 516, I). Ex: O TJ/SC é competente para
executar o acórdão que proferir do julgamento da ação rescisória.
• Juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição (art. 516, II).
• Juízos alternativos para o exequente:
a) juízo do local do atual domicílio do executado (para facilitar as intimações);
b) juízo em que o executado tiver bens sujeitos à execução (para facilitar a
penhora, avaliação e expropriação);
c) juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou não fazer.
• Quando o título judicial for sentença penal condenatória, estrangeira ou arbitral, e
acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo, o processo autônomo de execução
correrá perante o juízo cível competente (art. 516, III).
A fase procedimental de satisfação do direito, de competência dos
tribunais, poderá ter o seu procedimento dificultado em virtude da
organização interna dos tribunais. Dessa forma, é possível a delegação
da competência do tribunal para o juízo de primeiro grau, para
que este pratique os atos necessários ao desenvolvimento da execução.

Os atos decisórios referentes ao mérito


executivo continuam a ser praticados pelo
Tribunal, até mesmo para evitar que a
decisão proferida por juízo inferior altere o
conteúdo do título executivo formado por
órgão hierarquicamente superior.
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo
competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição
constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de
qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá
ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou
em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida
o executado.
Havendo cláusula de eleição de foro no título executivo
extrajudicial, esse foro prevalece sobre os demais,
independentemente da vontade do exequente.
*existem algumas decisões do STJ em sentido contrário.

Eleição de foro e contrato de adesão:


A declaração de nulidade das cláusulas de eleição de foro em
contratos de consumo depende da comprovação de
hipossuficiência, além da existência de empecilhos ao
deslocamento da parte ao local onde tramita o processo.
PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE EXECUÇÃO - ENTREGA DE COISA
INCERTA - SAFRA DE GRÃOS - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA -
DECLARAÇÃO EX OFFICIO DE INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO -
NULIDADE DA CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO - COMPETÊNCIA
RELATIVA - PRORROGAÇÃO - EXEGESE DOS ARTS. 112 E 114 DO
CPC/73 1 A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de
adesão, pode ser reconhecida de ofício pelo juiz quando demonstrada
a hipossuficiência da parte, a qual não é presumida, devendo ser
apontada a fragilidade técnica, econômica ou jurídica da parte. 2
Evidenciada a relação empresarial derivada de contrato de significativo vulto
econômico, deve ser respeitada a convenção contratual, ainda mais quando
não há qualquer insurgência por parte do devedor e de há muito prorrogada
tacitamente a competência relativa. (TJSC, Agravo de Instrumento n.
4025759-59.2017.8.24.0000, de Gaspar, rel. Des. Luiz Cézar Medeiros, Quinta
Câmara de Direito Civil, j. 27-03-2018).
*Só existe título criado pela lei, sendo inadmissível que as partes, por
vontade própria, criem título executivo à margem da previsão legal.

*Natureza jurídica: três principais correntes doutrinárias sobre tema.


- Documento: o título executivo seria um documento representativo da existência
do crédito exequendo, ou seja, seria uma prova legal da existência do crédito.
- Ato jurídico: o título representa somente a via adequada para o início do processo
de execução. O documento seria apenas a materialização do ato jurídico.
- Teoria mista: o título ao mesmo tempo pode ser visto como ato e documento,
sendo a lei a responsável pela determinação de qual característica será a
predominante no caso concreto. É um fato complexo, porque há de considerar
os requisitos formais e os requisitos substanciais.
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á
sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.

A certeza prevista pelo artigo legal em nenhuma hipótese


pode ser considerada como a indiscutibilidade da
existência da obrigação, visto que em qualquer espécie
de título executivo é permitido o ingresso de
embargos à execução ou impugnação, que pode vir
a demonstrar que até mesmo o mais idôneo dos títulos
não representa qualquer obrigação
• Corresponde à necessária definição dos elementos subjetivos
(sujeitos) e objetivos (natureza e individualização do objeto) do
direito representado no título executivo. (DINAMARCO)
• Adequação do título aos requisitos extrínsecos previstos em lei.
(ARAKEN DE ASSIS)
• Existência do crédito no momento de sua formação, ou seja, o
título atesta que o crédito foi constituído. (LEONARDO GRECO)
• A certeza encontra-se presente quando não há controvérsia
quanto à sua existência, tal certeza refere-se ao órgão jurisdicional
e não às partes, decorrendo da perfeição formal do título e da
ausência de reservas à sua plena eficácia. (HUMBERTO THEODORO).
A liquidez é o valor ou a possibilidade de fixar quanto se deve.
Não é necessário que o título indique com precisão o quantum debeatur,
mas que contenha elementos que possibilitem tal fixação.

Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa,
líquida e exigível consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar
o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título.

Os títulos extrajudiciais deverão ser sempre líquidos. Por sua vez, os


títulos judiciais poderão ser líquidos ou ilíquidos. Quando ilíquidos, ou seja,
quando não se sabe o quanto se deve, o valor deverá ser apurado num
procedimento denominado liquidação de sentença (arts. 509 ao 512, CPC).
• Sentença ilíquida é a que, não obstante acertar a relação jurídica (torna certa a
obrigação de indenizar), não determina o valor ou não individua o objeto da
condenação.
• A sentença, ainda que ilíquida, constitui título executivo, figurando a liquidação como
pressuposto para o cumprimento.
• A iliquidez pode ser total ou parcial. É totalmente ilíquida a sentença que, em ação
de reparação de danos, apenas condena o vencido a pagar lucros cessantes
referentes aos dias em que o veículo ficou parado.
• É parcialmente ilíquida a sentença que condena o réu a reparar o valor dos danos,
orçados em R$ 3.000,00, causados ao veículo de propriedade do autor e, ao mesmo
tempo, condena-o ao valor equivalente à desvalorização do veículo, conforme se
apurar em liquidação.
• No caso de iliquidez parcial, poderá ser requerido o cumprimento da parte líquida
nos próprios autos, e a liquidação da parte ilíquida, em autos apartados (art. 509, §
1º, CPC/2015).
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida,
proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou
exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
§ 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá
promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
§ 3o O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos
interessados programa de atualização financeira.
§ 4o Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
• Qualquer que seja a forma da liquidação, o procedimento inicia-se com o pedido do
credor (ou do devedor), formulado por simples petição.

• Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de


pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa
decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o
procedimento da prova pericial.

• Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do


requerido, na pessoa de seu advogado, para, querendo, apresentar contestação no
prazo de 15 (quinze) dias.

• O procedimento da liquidação encerra-se por decisão que irá declarar


o quantum debeatur ou individuar o objeto da obrigação, integrando a sentença
condenatória, possibilitando a execução por meio do cumprimento de sentença.
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO

Far-se-á a liquidação por arbitramento quando:

a) determinado pela sentença ou convencionado pelas partes:


a convenção das partes, geralmente, é anterior à sentença e nela
contemplada;

b) o exigir a natureza do objeto da liquidação: estimar a extensão


da redução da capacidade laborativa de uma pessoa, por exemplo,
depende de conhecimentos técnicos, mas também de apreciação
subjetiva do perito, daí por que, em tal caso, recomenda-se a
liquidação por arbitramento.
LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM

Far-se-á a liquidação pelo procedimento comum quando, para determinar o


valor da condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. Fato
novo é aquele que não foi considerado na sentença. Irrelevante que se trate
de fato antigo ou de fato novo, isto é, surgido posteriormente ao ato sentencial.

Exemplo: o réu (empregador) foi condenado a ressarcir danos pessoais e lucros


cessantes sofridos em razão de acidente de trabalho por culpa daquele
empregador, conforme se apurar em liquidação. A liquidação, nesse caso, faz-se
com a observância do procedimento comum, em face da necessidade de se
provar fatos novos, como, por exemplo, gastos com despesas médico-
hospitalares e paralisação de atividades.
Por exigibilidade entende-se a inexistência de impedimento à eficácia
atual da obrigação, que resulta do seu inadimplemento e da
ausência de termo, condição ou contraprestação.

A prova de exigibilidade dá-se pelo simples transcurso da data de


vencimento ou da inexistência de termo ou condição.

Se necessária a prova do advento do termo, do implemento da condição ou do


cumprimento da contraprestação, ela deve ser pré-constituída – invariavelmente
documental –, não podendo ser produzida durante a execução.
Da Exigibilidade da Obrigação

Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor


não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível
consubstanciada em título executivo.

Parágrafo único. A necessidade de simples operações


aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a
liquidez da obrigação constante do título.
Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua
prestação senão mediante a contraprestação do credor,
este deverá provar que a adimpliu ao requerer a execução,
sob pena de extinção do processo.

Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação,


depositando em juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz
não permitirá que o credor a receba sem cumprir a
contraprestação que lhe tocar.
Art. 788. O credor não poderá iniciar a execução ou nela
prosseguir se o devedor cumprir a obrigação, mas
poderá recusar o recebimento da prestação se ela não
corresponder ao direito ou à obrigação estabelecidos
no título executivo, caso em que poderá requerer a
execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de
embargá-la.

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