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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE BRASÍLIA

MATÉRIA: TUTELA EXECUTIVA

ALUNA: DILCIANE WILGES PETIZ

MATRÍCULA: 202202990108

Exercícios de Revisão

1- O que são títulos executivos judiciais? Quais são o rol deles e em qual artigo do CPC podemos encontrá-los?

T.E. JUDICIAIS (art. 515, CPC): sã o judiciais os títulos hauridos em processos jurisdicionais, nos quais sua formaçã o terá
sido precedida das garantias do devido processo legal. Sem processo autô nomo (é uma fase do processo de conhecimento).

Art. 515. Sã o títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

I - as decisõ es proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigaçã o de pagar quantia, de fazer, de nã o
fazer ou de entregar coisa;

II - a decisã o homologató ria de autocomposiçã o judicial;

III - a decisã o homologató ria de autocomposiçã o extrajudicial de qualquer natureza;

IV - o formal e a certidã o de partilha, exclusivamente em relaçã o ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título
singular ou universal;

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorá rios tiverem sido aprovados por decisã o
judicial;

VI - a sentença penal condenató ria transitada em julgado;

VII - a sentença arbitral;

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

IX - a decisã o interlocutó ria estrangeira, apó s a concessã o do exequatur à carta rogató ria pelo Superior Tribunal de Justiça;

2- O que são títulos executivos extrajudiciais? Quais são eles e em qual artigo do CPC podemos encontrá-los?

T.E. EXTRAJUDICIAIS (art. 784, CPC): sã o os títulos hauridos em mecanismo nã o jurisdicional, e como tal, sem a chancela
do devido processo legal em sentido processual*. Com processo autô nomo.

Art. 784. Sã o títulos executivos extrajudiciais:

I - a letra de câ mbio, a nota promissó ria, a duplicata, a debênture e o cheque;

II - a escritura pú blica ou outro documento pú blico assinado pelo devedor;

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

IV - o instrumento de transaçã o referendado pelo Ministério Pú blico, pela Defensoria Pú blica, pela Advocacia Pú blica, pelos
advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por cauçã o;

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imó vel, bem como de encargos acessó rios, tais
como taxas e despesas de condomínio;

IX - a certidã o de dívida ativa da Fazenda Pú blica da Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente à s contribuiçõ es ordiná rias ou extraordiná rias de condomínio edilício, previstas na respectiva
convençã o ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;

XI - a certidã o expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas
pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;

XII - todos os demais títulos aos quais, por disposiçã o expressa, a lei atribuir força executiva.

3- Quais são as duas formas de execução? E a quais títulos elas se relacionam inicialmente?

Cumprimento de sentença – título executivo judicial

Processo de execuçã o – título executivo extrajudicial

4- Cite 3 princípios da execução

Nulla executio sine titulo

Responsabilidade patrimonial

Satisfatividade

Utilidade

Economicidade

Expensas do devedor (menor onerosidade do devedor)

Dignidade humana

Disponibilidade

5- Analise V ou F: Ter um título executivo judicial não é impedimento para iniciar a discussão do direito em
processo de conhecimento.

Verdadeiro, conforme art. 785, CPC

6- Quais são os legitimados ativos para iniciar uma execução forçada?

Art. 778, CPC

Art. 778. Pode promover a execuçã o forçada o credor a quem a lei confere título executivo.

§ 1º Podem promover a execuçã o forçada ou nela prosseguir, em sucessã o ao exequente originá rio:

I - o Ministério Pú blico, nos casos previstos em lei;

II - o espó lio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito
resultante do título executivo;

III - o cessioná rio, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;

IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogaçã o legal ou convencional.

§ 2º A sucessã o prevista no § 1º independe de consentimento do executado.

7- Quais são os legitimados passivos para figurarem como devedores em uma execução forçada?

Art. 779, CPC

Art. 779. A execuçã o pode ser promovida contra:

I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;

II - o espó lio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;


III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigaçã o resultante do título executivo;

IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial;

V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito;

VI - o responsável tributá rio, assim definido em lei.

8- Qual o procedimento para apurar o valor de uma obrigação em uma sentença? Quais os tipos? Fundamente.

Liquidaçã o de sentença

Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidaçã o, a requerimento
do credor ou do devedor:

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da
liquidaçã o;

II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

9- Podemos afirmar que o juízo da execução em fase de cumprimento de sentença será sempre o último lugar em
que julgou o processo? Explique com base em artigo do CPC.

Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:

I - os tribunais, nas causas de sua competência originá ria;

II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdiçã o;

III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenató ria, de sentença arbitral, de sentença
estrangeira ou de acó rdã o proferido pelo Tribunal Marítimo.

Pará grafo ú nico. Nas hipó teses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado,
pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execuçã o ou pelo juízo do local onde deva ser executada a
obrigaçã o de fazer ou de nã o fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.

10- Quais as condições para que haja o protesto de um título? Fundamente com artigo.

Art. 517. A decisã o judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o
prazo para pagamento voluntá rio previsto no art. 523.

§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidã o de teor da decisã o.

§ 2º A certidã o de teor da decisã o deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificaçã o do
exequente e do executado, o nú mero do processo, o valor da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento
voluntá rio.

§ 3º O executado que tiver proposto açã o rescisó ria para impugnar a decisã o exequenda pode requerer, a suas expensas e
sob sua responsabilidade, a anotaçã o da propositura da açã o à margem do título protestado.

§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinaçã o do juiz, mediante ofício a ser expedido ao
cartó rio, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfaçã o
integral da obrigaçã o.

11- Podemos afirmar que no cumprimento definitivo de sentença que reconhece a exigibilidade de pagar quantia,
é o juiz de ofício quem inicia essa fase, mediante petição ao juízo competente da execução, apresentando cálculos?

Nã o. Obrigaçã o de pagar quantia : iniciativa do exequente // Obrigaçã o de fazer ou entrega de coisa> iniciativa do
exequente ou de ofício

12- Uma vez iniciado o cumprimento de sentença de pagamento de quantia, qual o prazo para pagamento
voluntário?
15 dias, 523, CPC ou 3 dias (art. 528, CPC)

13- Após o prazo de pagamento voluntário, qual o prazo para impugnação? E para a Fazenda Pública?

15 dias / 30 dias

14- Cite 3 possíveis argumentos para uma impugnação ao cumprimento de sentença e o respectivo artigo.

Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntá rio, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para
que o executado, independentemente de penhora ou nova intimaçã o, apresente, nos pró prios autos, sua impugnaçã o.

§ 1º Na impugnaçã o, o executado poderá alegar:

I - falta ou nulidade da citaçã o se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;

II - ilegitimidade de parte;

III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigaçã o;

IV - penhora incorreta ou avaliaçã o errô nea;

V - excesso de execuçã o ou cumulaçã o indevida de execuçõ es;

VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execuçã o;

VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigaçã o, como pagamento, novaçã o, compensaçã o, transaçã o ou
prescriçã o, desde que supervenientes à sentença.

15- No cumprimento provisório de sentença que reconhece exigibilidade de obrigação de pagar quantia, o
exequente pode já levantar o dinheiro depositado automaticamente?

Nã o. É necessá rio oferecer cauçã o. Art. 520, IV, CPC - IV - o levantamento de depó sito em dinheiro e a prá tica de atos que
importem transferência de posse ou alienaçã o de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave
dano ao executado, dependem de cauçã o suficiente e idô nea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos pró prios autos.

16- Se a Fazenda pública é condenada a pagar quantia de R$ 1000,00 à empresa X, e R$ 4 milhões de reais para a
empresa Y. Em quais formatos tais pagamentos deverão ser processados?

1mil em RPV e 4mi em Precató rio

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