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INSTRUÇÕES
1. Toda questão objetiva contém apenas uma única alternativa correta.
2. Leia atentamente toda a prova antes de iniciá-la.
3. O aluno não pode desistir de fazer a prova após tê-la recebida.
1) São títulos executivos extrajudiciais que dão margem a execução por quantia certa: (1,0)
a) a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture, ação com cotação em bolsa e o
cheque. (Alternativa correta)
b) o documento particular assinado pelo devedor.
c) o instrumento de transação referendado por mediador credenciado ou não por tribunal.
d) a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e
demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei.
e) o crédito referente às contribuições ordinárias de condomínio edilício, mas não o referente às
extraordinárias.
2) X contratou com Z, empresário, proprietário de uma casa de festas infantis, o aluguel do estabelecimento
para comemorar o aniversário de sua filha. O valor relativo ao uso do espaço foi pago antecipadamente.
Na data da festa, para surpresa de X, as portas do estabelecimento estavam trancadas, sem ninguém no
local. Com o objetivo de ser ressarcido do prejuízo, X moveu ação contra Z, em que, na fase de execução,
o juiz determinou on-line a penhora de aplicação financeira mantida pelo réu. Diante do exposto: (1,0)
a) o juiz pode determinar à instituição financeira que torne indisponíveis os valores existentes em nome
do executado, se isto tiver sido comunicado ao executado antes.
b) o juiz pode determinar de ofício a indisponibilidade dos ativos financeiros existentes no nome de Z.
c) o juiz pode determinar à instituição financeira que torne indisponíveis os valores existentes em nome
do executado, se o exequente solicitar. (Alternativa correta)
d) a lavratura de termo é necessária para que a indisponibilidade dos ativos financeiros se converta em
penhora.
e) a penhora de aplicação financeira só é cabível se o réu não tiver bens móveis no valor do quantum
exequendo.
3) De acordo com as normas processuais vigentes podemos afirmar que são exemplos de títulos executivos
judiciais: (1,0)
I. As sentenças estrangeiras homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça.
II. As decisões homologatórias de autocomposição judicial.
III. As sentenças penais condenatórias transitadas em julgado.
IV. As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar
quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa.
A sequência correta é:
6) Elenque, pelo menos, 4 (quatro) partes legítimas para figurar no pólo ativo de uma execução, detalhando
a razão pela qual cada uma dessas partes tem legitimidade para figurar nesta função (1,5):
Para ser objeto da execução, o título executivo deve ter alguns requisitos. O título deve
executivo ser:
8) Sobre a responsabilidade patrimonial elucide o caso concreto, em que um juiz, nos autos da execução de
sentença de determinado processo cível, proferiu despacho determinando que os bens dos devedores
fossem penhorados, medida esta que logrou êxito ao encontrar, no registro de imóveis duas matrículas
distintas de dois bens imóveis, sendo um apartamento residencial e outro uma vaga de garagem existente
no mesmo condomínio do apartamento encontrado. Os bens possuem valores que são capazes saldar o
pagamento do débito, bem como a adimplir as custas recolhidas pelo credor para essa fase do processo.
Ocorre que, ao ser intimado da penhora realizada nos bens, o devedor alegou que os bens penhorados
eram bens de família, sendo os únicos imóveis que possui e que se destinam para a sua moradia e da sua
própria família. Diante desse contexto, atentando-se para legislação e jurisprudência aplicáveis ao caso,
esclareça se os argumentos do devedor tem embasamento. Responda a questão de forma fundamentada
e indicando os dispositivos legais e jurisprudenciais eventualmente existentes. (2,0)
A alegação está correta para o caso do apartamento residencial, caso seja comprovado
que o mesmo reside com sua família no local, mas incorreto para o caso a vaga de garagem, como
se vê a seguir:
O principal requisito do bem imóvel considerado bem de família é que o instituidor seja
proprietário, com título devidamente registrado no serviço registral imobiliário competente e que o
prédio seja destinado à residência da família, seja ele urbano ou rural, com suas pertenças e
acessórios. Portanto, faz parte da própria essência do instituto que o prédio seja utilizado para
domicílio familiar. Permanece a exigência legal de que o instituído resida no imóvel objeto da
instituição há pelo menos dois anos.
Já a garagem não é considerada como bem de família de acordo com a Súmula 449 do
STJ que aduz “A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não
constitui bem de família para efeito de penhora.”. Além do enunciado da referida Súmula, a
jurisprudência desta Corte já decidiu que as vagas de garagem, desde que tenham matrícula e
registro próprios, como no caso em exame, são penhoráveis, independentemente de estarem
relacionadas a imóvel considerado bem de família.