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Tragam 5 exemplos concretos de cada, numerados de 1 a 5, de liquidação por

arbitramento e de liquidação pelo procedimento comum.


2- Elaborem um fluxograma de cada um desses procedimentos.

Conforme cita o art. 509 do CPC, a liquidação por arbitramento pode ser nestas
situações:

I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido
pela natureza do objeto da liquidação;

II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover
simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.

§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá


promover, desde logo, o cumprimento da sentença.

§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados


programa de atualização financeira.

§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.

Desta feita, pode existir liquidação por arbitramento quando determinado pela
sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da
liquidação;

Essa espécie de liquidação é usada quando há necessidade de algum conhecimento


técnico para se chegar ao valor.
Nesse procedimento, geralmente nomeia-se um perito que tenha aquele conhecimento
específico.
Ex.: liquidação em razão de lucros cessantes. Deve-se nomear um perito que conheça
o mercado e a área de atuação do autor, para que possa apurar, por exemplo, quanto
o profissional ganharia ao longo dos meses em que permaneceu sem trabalhar.
O Art. 510 do CPC diz:. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a
apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso
não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o
procedimento da prova pericial.
Nem sempre o perito será nomeado.Pode ser que as próprias partes consigam
trazer parâmetros seguros para que o juiz fixe o valor de uma indenização, por
exemplo.
b) pelo procedimento comum-> quando houver necessidade de alegar e provar fato
novo.
É também conhecido como liquidação por artigos.
Quando não é possível, por exemplo, fixar na sentença o valor de uma indenização,
exatamente pela falta de subsídios fáticos, exatamente porque, o ato ilícito que deu
causa à demanda, continua produzindo efeitos.
Ex.: sujeito que foi atropelado e tem que passar por vários procedimentos médicos ao
longo do tempo. Ele não vai esperar o dia em que se recuperar 100% para, só então,
ingressar com a ação de indenização. Logo, ele promoverá a demanda, demonstrando
os prejuízos que ele teve, até então.
Nesse caso, haverá uma sentença, parte líquida– em relação aos prejuízos já
ocorridos e já demonstrados – e parte ilíquida – em relação aos prejuízos que o autor
ainda terá -.
Após a sentença, os novos medicamentos adquiridos e os novos procedimentos
cirúrgicos que o autor teve que pagar, são fatos novos. Assim, na fase de liquidação
ele alegará e provará esses fatos novos e o juiz fixará os valores para efeito de
execução.
Exatamente pelo fato de ter que alegar e provar fato novo, o procedimento será o
comum, havendo intimação do devedor, contestação, etc., e ao final do procedimento
o juiz fixará o valor a ser executado.
No exemplo citado anteriormente (acidente de trânsito) é completamente possível uma
sentença parcialmente líquida. Conforme artigo 509 §1º do CPC, o credor pode, de
um lado, promover a execução da parte líquida e paralelamente a liquidação da parte
ilíquida.
Art. 509 (…) § 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao
credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados,
a liquidação desta.
Obs.: Artigo 509 §4º à não é possível rediscutir a lide na fase de liquidação.
Eficácia preclusiva da coisa julgada. Os argumentos efetivamente usados e aqueles
que poderiam ter sido utilizados, mas não foram, consideram-se já resolvidos.
A contestação será apenas para contestar a pretensão da liquidação (fatos novos).

Deve-se se atentar ao que o STJ decidiu:


Liquidação zero não viola a coisa julgada material. Se a sentença disse que teve
dano, e a liquidação “chegou” a zero à prevalece no STJ que não há ofensa à coisa
julga material.
Uma vez liquidado o valor, o juiz o fixará e complementará o título executivo judicial. A
obrigação já era certa, exigível, só faltava a liquidez, o juiz então complementa e fixa o
valor, liquidando o título.
Prevalece o entendimento na doutrina de que, contra a decisão que resolve a fase de
liquidação, cabe agravo de instrumento. Não só para aquelas decisões que são
proferidas ao longo da fase de liquidação, mas também àquela que resolve tal fase.
Muitas vezes, especialmente quando a liquidação se dá por arbitramentos, é
necessária prova pericial. Desse modo, quem é o responsável por adiantar os
honorários da perícia? Como regra geral, a parte que requer a prova pericial é que
adianta tais honorários.
Entretanto, essa regra vale para a fase inicial do processo, isto é, a fase de cognição,
aonde não se sabe quem será o vencedor e quem será o vencido.
Aqui, já está na 2ª fase, em que o título executivo já apontou quem é vencido e quem
é o vencedor, bem como, já condenou o réu ao pagamento da dívida.
Por esse motivo, na liquidação, quem tem que adiantar as despesas da perícia é
o réu, pois já foi condenado.
O STJ tem entendido que, se o réu não quiser adiantar as despesas, haverão 2
possibilidades:
1) o perito concorda em fazer a perícia e receber ao final;
2) se o réu não quiser adiantar, não será feita a perícia e ele não vai poder impugnar o
valor apresentado pelo credor.

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