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LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Segundo posição majoritária, para o CPC, sentença líquida é aquela que define o
quantum debeatur, ou seja, é aquela que fixa exatamente o valor da obrigação
devida.
Em regra, o juiz deverá prolatar a sentença líquida (art. 491). O CPC prevê, no
entanto, duas situações excepcionais em que será autorizado que o magistrado
profira sentença ilíquida. Confira:
REGRA (art. 491, caput): na ação de obrigação de pagar quantia, ainda que a
parte tenha formulado pedido genérico, a decisão deverá definir desde logo a
extensão da obrigação ("quanto se deve"), o índice de correção monetária, a taxa
de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros.
Ocorrendo um desses dois casos, o valor devido deverá ser apurado por meio de
liquidação de sentença.
Objetivo da liquidação
Natureza
Espécies
Obs: na época do CPC/1973 isso era chamado de liquidação por mero cálculo
aritmético (liquidação por cálculos do credor). O CPC/2015 deixou claro que esses
cálculos aritméticos não são uma terceira espécie de liquidação e que só existem
atualmente duas espécies: liquidação por arbitramento e pelo procedimento
comum.
A indústria "AA" ingressou com ação de indenização contra a empresa "ZZ" por
ela ter fornecido moldes errados, o que fez com que houvesse um paralisação na
sua linha de produção.
Vale ressaltar que quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, o
credor poderá promover simultaneamente:
Foi o que fez a indústria "AA". Iniciou-se, então, a liquidação por arbitramento.
O perito nomeado pelo juízo calculou que o prejuízo da autora, a título de lucros
cessantes, foi de R$ 300 mil.
O juiz acatou as conclusões da perícia.