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SUMÁRIO

1. FUNÇÃO EXECUTIVA E TUTELA PROVISÓRIA: ............................. 3

2. ESPÉCIES DE EXECUÇÃO:........................................................... 4

2.1. CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES: .............................................. 4

3. TÉCNICAS EXECUTIVAS: ............................................................ 5

4. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA QUALQUER EXECUÇÃO: .......... 6

4.1. REQUISITOS DO TÍTULO: .................................................. 11

4.2. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL: .......................................... 13

4.3. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL: ................................. 22

4.4. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ESTRANGEIRO: .......... 31

5. MEDIDAS PARA COBRANÇA DOS TÍTULOS: ............................... 32

5.1. PROTESTO DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL:.................... 32

5.2. INCLUSÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES: .................. 32

6. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL: ......................................... 33

6.1. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL SECUNDÁRIA: .............. 34

7. IMPENHORABILIDADE: ............................................................ 41

7.1. REGRAS GERAIS: ............................................................... 43

7.2. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA: ....................... 51

7.3. DEMAIS QUESTÕES: .......................................................... 56

Este material foi elaborado com base nas aulas do professor Edilson
Vitorelli da rede LFG de ensino.
Meus caros, além das informações em aula, foram colacionados os
slides do professor para deixar o material o mais completo possível.

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1. FUNÇÃO EXECUTIVA E TUTELA PROVISÓRIA:


A tutela provisória é passível de ser cumprida de imediato:

Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar


adequadas para efetivação da tutela provisória.

Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as


normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que
couber.

O caput prevê a atipicidade das medidas para efetivação da tutela


provisória. O cumprimento provisório de sentença está no Art. 520 do CPC:

Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por


recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma
forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte
regime:

OBS: Recurso desprovido de efeito suspensivo significa dizer que a


decisão recorrida com efeito suspensivo não pode ser cumprida.

O regime de cumprimento da decisão seguirá os incisos do Art. 520,


sendo o mais importante o inciso IV:

I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que


se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o
executado haja sofrido;

II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a


sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado
anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;

III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for


modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem
efeito a execução;

IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de


atos que importem transferência de posse ou alienação de
propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa
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resultar grave dano ao executado, dependem de caução


suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos
próprios autos.

Fora esses pontos relativos à responsabilidade (inciso I) e à caução


(inciso IV), a execução provisória será igual à definitiva.

2. ESPÉCIES DE EXECUÇÃO:

2.1. CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES:


É lícita a cumulação de execuções diversas (exemplo: fazer e pagar)?
Tradicionalmente entendia-se que não tendo em vista a diferença de
ritos.
A partir de 2011 o STJ começou a aceitar. Nesse sentido, vejamos a
decisão:

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Ainda há uma discussão sobre a execução de alimentos. Prevalece na


jurisprudência a noção de que a execução de alimentos não pode misturar
prestações sujeitas à prisão e não sujeitas à prisão, devendo haver duas
execuções.

3. TÉCNICAS EXECUTIVAS:

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4. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA QUALQUER EXECUÇÃO:


Conforme o Art. 783, temos 2 requisitos:

A) Título Executivo: Nulla executio sine titulo.


Esse título pode ser um título extrajudicial ou um título judicial.

OBS: Parte da doutrina considera que a decisão em tutela


provisória não gera título executivo, mas permite a execução.
Assim, em algum limite, esse requisito admitiria uma exceção.

Há quem entenda que essas decisões são títulos executivos, mas de


caráter provisório. É por isso que o Art. 515, I, se refere a decisões,
não a sentenças:

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-


se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a


exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer
ou de entregar coisa.

B) Inadimplemento: Significa que não é possível executar o título de


forma antecipada sem o seu inadimplemento.

Isso inclui a necessidade de prova de satisfação de termo ou condição,


se for o caso, bem como a prova do cumprimento de obrigação própria,
para afastar a exceção de contrato não cumprido.

Esse inadimplemento depende das características da própria


obrigação. O título extrajudicial é SEMPRE LÍQUIDO (tem que ter
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valor!). Pode até não ter número em reais, mas deve haver fórmula que
se permita chegar ao valor.

O Judicial pode ser ilíquido e passará pelo procedimento de


liquidação.

Meus caros, nesse ponto vamos fazer uma incursão sobre o


inadimplemento. Apesar de ser um ponto de direito material, seria
interessante trazer à análise:

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Assim, para se fazer a execução ou cumprimento de sentença, será


necessário demonstrar que se deu o termo ou a condição.

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No mesmo sentido, as obrigações bilaterais simultâneas e


sucessivas, conforme Art. 787:

Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação


senão mediante a contraprestação do credor, este deverá provar
que a adimpliu ao requerer a execução, sob pena de extinção do
processo.

Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação,


depositando em juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz
não permitirá que o credor a receba sem cumprir a
contraprestação que lhe tocar.

O professor ARAKEN DE ASSIS diz que o título é prova pré-


constituída da causa de pedir da execução.

Agora observe: O Art. 785 dispõe que:

Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não


impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de
obter título executivo judicial.

Essa disposição aponta uma vantagem estratégica que reside no fato


de que o credor pode ter alguma dúvida sobre o título. Assim, tendo em vista
a responsabilidade por custas e honorários no caso de perda da execução,
talvez seja melhor abrir mão do caráter executivo e utiliza-lo como prova
numa ação de conhecimento.
A doutrina aponta que é possível ainda optar pela ação monitória.

4.1. REQUISITOS DO TÍTULO:


Dispõe o Art. 786:

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Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não


satisfaça a obrigação CERTA, LÍQUIDA e EXIGÍVEL
consubstanciada em título executivo.

Vejamos cada uma:

A) CERTEZA: é a existência da obrigação, apreendida da análise do


título. É claro que essa certeza não é absoluta, mas consiste na
verificação preliminar da regularidade do título e da ilicitude da
obrigação nele consubstanciada.

O título precisa, contudo, conter os elementos necessários à realização


dessa operação.
Aceitam-se exceções, portanto, se houver justificativa razoável. Se
não houver prejuízo decorrente da apresentação de cópia (por exemplo,
tratando-se de contrato), não se deve exagerar na formalidade.
De todo modo, em original ou cópia, quando admitida, o título deve
ser apresentado. No caso da execução provisória de decisão judicial, o Art.
522, §único, I, prevê que a juntada de cópia da decisão, se o processo não for
eletrônico.

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B) LIQUIDEZ: é a determinabilidade do valor da obrigação. A


ausência de valor certo não inviabiliza o título, exigindo, contudo,
prévio procedimento de liquidação.

Art. 786, Parágrafo único. A necessidade de simples operações


aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez
da obrigação constante do título

C) EXIGIBILIDADE: Inadimplemento. Casos especiais:

Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação


senão mediante a contraprestação do credor, este deverá provar
que a adimpliu ao requerer a execução, sob pena de extinção do
processo.

Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação,


depositando em juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz
não permitirá que o credor a receba sem cumprir a
contraprestação que lhe tocar.

Art. 788. O credor não poderá iniciar a execução ou nela


prosseguir se o devedor cumprir a obrigação, mas poderá recusar
o recebimento da prestação se ela não corresponder ao direito ou
à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que poderá
requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de
embargá-la.

4.2. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL:


Dispostos no Art. 515:

Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-


se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:

I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a


exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer
ou de entregar coisa;

II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;

III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de


qualquer natureza;

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IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação


ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular
ou universal;

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas,


emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão
judicial;

VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;

VII - a sentença arbitral;

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal


de Justiça;

IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão


do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;

X - (VETADO).

Já falamos sobre o inciso I e agora vejamos os demais:

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OBS: A sentença arbitral te, contudo, algumas diferenças em relação à


judicial:
1) É possível a alegação de vícios do processo arbitral em impugnação
ao cumprimento, o que o Art. 525 não permite para a sentença.
2) Não cabe rescisória de sentença arbitral, mas ação anulatória ou
alegação em defesa.

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4.3. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL:


São documentos aos quais a lei atribui força executiva. Por um lado,
eles dispensam a fase cognitiva. Por outro, admitem um rol mais amplo de
defesas no âmbito da execução que os títulos judiciais.

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Princípio da tipicidade do título: Os documentos previstos no Art.


784 são títulos executivos. Não podem as partes criar outros títulos, nem
podem excluir força executiva daqueles que lá estão.

Assim, vejamos quais são os títulos executivos extrajudiciais:

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4.4. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ESTRANGEIRO:

§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país


estrangeiro não dependem de homologação para serem
executados.

§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando


satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar
de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar
de cumprimento da obrigação.

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5. MEDIDAS PARA COBRANÇA DOS TÍTULOS:

5.1. PROTESTO DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL:


Lei 9.492/97permite que se proteste títulos extrajudiciais.
Os títulos executivos sempre puderam ser objeto de protesto e a
existência de bancos de dados que registram a existência desses protestos e,
consequentemente, restringem o crédito, se tornou uma ferramenta eficiente
no recebimento dos valores devidos. Essa não é, contudo, sua finalidade
original, à luz da Lei 9.492/97. O protesto serve para comprovar o
inadimplemento.
Por essa razão, o CPC passa a prever i protesto do título judicial, nos
termos do Art. 517:

Art. 517. A DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM


JULGADO poderá ser levada a protesto, nos termos da lei,
depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário
previsto no art. 523.

§ 1º Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar


certidão de teor da decisão.

§ 2º A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo


de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e
do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de
decurso do prazo para pagamento voluntário.

§ 3º O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar


a decisão exequenda pode requerer, a suas expensas e sob sua
responsabilidade, a anotação da propositura da ação à margem do
título protestado.

§ 4º A requerimento do executado, o protesto será cancelado por


determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório,
no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do
requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da
obrigação.

5.2. INCLUSÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES:


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Na mesma linha do Art. 517, o Art. 782 permite a inclusão do devedor


em cadastro de inadimplentes:

Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará


os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.

§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos


determinados pelo juiz também nas comarcas contíguas, de fácil
comunicação, e nas que se situem na mesma região
metropolitana.

§ 2º Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o


emprego de força policial, o juiz a requisitará.

§ 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a


inclusão do nome do executado em cadastros de
inadimplentes.

§ 4º A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o


pagamento, se for garantida a execução ou se a execução for
extinta por qualquer outro motivo.

§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execução definitiva


de título judicial.

6. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL:
Via de regra, a responsabilidade do devedor incide sobre seu
patrimônio, não sobre sua pessoa.
Conforme o Art. 789:

Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e


futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as
restrições estabelecidas em lei

Assim, o CC também dispõe que pelo inadimplemento das obrigações


respondem todos os bens do devedor (Art. 391, CC).

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É claro que nas obrigações de fazer e não fazer, o objeto da execução


não é o patrimônio, mas sim o fazer. Este funciona apenas como uma garantia
ou meio para exercício de coerção indireta.

6.1. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL SECUNDÁRIA:


Conforme o Art. 790:

Art. 790. São sujeitos à execução os bens:

I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada


em direito real ou obrigação reipersecutória;

II - do sócio, nos termos da lei;

III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;

IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens


próprios ou de sua meação respondem pela dívida;

V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;

VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada


em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra
credores;

VII - do responsável, nos casos de desconsideração da


personalidade jurídica.

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7. IMPENHORABILIDADE:
Realização do princípio da dignidade humana. Embora todo o
patrimônio do devedor responda, há casos em que a responsabilidade total
causaria uma mácula ao mínimo existencial:
Assim dispõe o Art. 832:

Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.

A inalienabilidade retira do proprietário a disposição do bem, de modo


que se permita burlar o gravame. Todo bem inalienável é impenhorável, mas
o contrário não ocorre.
Dispõe o Art. 833:

Art. 833. São impenhoráveis:

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não


sujeitos à execução;

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que


guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor
ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a
um médio padrão de vida;

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III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do


executado, salvo se de elevado valor;

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as


remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os
pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de
sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários
de profissional liberal, ressalvado o § 2º ;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os


instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao
exercício da profissão do executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se


essas forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde


que trabalhada pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para


aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite


de 40 (quarenta) salários-mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por


partido político, nos termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias,


sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da
obra.

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida


relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua
aquisição.

§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à


hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia,
independentemente de sua origem, bem como às importâncias
excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo
a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, §
3º .

§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V


do caput os equipamentos, os implementos e as máquinas
agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual
produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de
financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio
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jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar,


trabalhista ou previdenciária.

OBS: As impenhorabilidades são renunciáveis.

7.1. REGRAS GERAIS:

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7.2. IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA:


Lei 8.009/90:

Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade


familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de
dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que
sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses
previstas nesta lei.

Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel


sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as
benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos,
inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa,
desde que quitados.

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Art. 2º Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de


transporte, obras de arte e adornos suntuosos.

Parágrafo único. No caso de imóvel locado, a impenhorabilidade


aplica-se aos bens móveis quitados que guarneçam a residência e
que sejam de propriedade do locatário, observado o disposto neste
artigo.

Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de


execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra
natureza, salvo se movido:

I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e


das respectivas contribuições previdenciárias;

II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado


à construção ou à aquisição do imóvel, no limite dos créditos e
acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;

III -- pelo credor de pensão alimentícia;

III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos,


sobre o bem, do seu coproprietário que, com o devedor, integre
união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos
responderão pela dívida;

IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e


contribuições devidas em função do imóvel familiar;

V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como


garantia real pelo casal ou pela entidade familiar;

VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para


execução de sentença penal condenatória a ressarcimento,
indenização ou perdimento de bens.

VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato


de locação.

VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato


de locação; e

VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em


contrato de locação.

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7.3. DEMAIS QUESTÕES:

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