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COMPETÊNCIA E BENS DOS ENTES NA CF ESQUEMAS

Esqueminha que peguei em alguns comentários aqui no QC e tem ajudado muito a resolver
as questões de bens:

Terras devolutas

Regra: Estados.

Exceção: União - se indispensáveis à preservação ambiental ou à defesa de fronteira;


fortificações ou construções e vias federais de comunicação;

Águas fluviais e Lacustres

Regra: Estados;

Exceção: União - se fizer limite com outros países.

Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito

Regra: Estados.

Exceção: União - se decorrerem de obras da união.

Lagos, Rios e demais águas correntes

Regra: Estados.

Exceção: União - se banhar mais de um estado; se fizer limite com países, se estenderem ou
provinham deles; terrenos marginais e praias fluviais;

Ilhas costeiras e Oceânicas

Municípios: Quando for sede de município (salvo se afetada por serviço público ou unidade
ambiental federal - será da União);

Estados: Quando estiverem em seu domínio;

União: demais casos.

Competência privativa da União = "CAPACETE DE PMS"

"C" = Civil

 
"A" = Agrário

"P" = Penal

"A" = Aeronáutico

"C" = Comercial

Obs:

Propaganda Comercial e Direito Comercial = Privativa da União

Junta Comercial = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal

"E" = Eleitoral

"T" = Trabalho + Transito e Transporte

"E" = Espacial

"DE" = Desapropriação

"P" = Processual

Obs:

Procedimentos em matéria processual = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal

"M" = Marítimo

"S" = Seguridade Social

Obs:

Previdência Social = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal

* Sistemas de consórcios e sorteios = PRIVATIVA DA UNIÃO.

Súmula Vinculante 2: É inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou Distrital que


disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

** Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União


 

*** Legislar sobre educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa,


desenvolvimento e inovação = Concorrente da União, Estados e Distrito Federal

Competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal = "PUFETO"

"P" = Penitenciário 

"U" = Urbanístico

"F" = Financeiro

"E" = Econômico

"T" = Tributário

"O" = Orçamento

* DICA: RESOLVER A Q839054.

** Destaco outras 4 dicas que me ajudaram nessa "decoreba":

1) Quando a competência é comum, não há a expressão "legislar". Se aparecer


competência comum e legislar, o item estará errado.

2) No âmbito da competência concorrente, conforme o caput  do artigo 24, não


há Municípios. Portanto, a expressão "concorrente" e "Municípios" se excluem.

3) Competência privativa (Art. 22) e concorrente (Art. 24) = LEGISLAR.

4) Competência exclusiva da União (Art. 21) e competência comum (Art. 23) =


COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS + NÃO HÁ "LEGISLAR".
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

A DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE SEM REDUÇÃO DE TEXTO ocorre


no controle concentrado e aponta uma interpretação, dentro do universo de
interpretações possíveis (normas plurissignificativas) que não pode ser adotada por ser
inconstitucional. Desse modo, na declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto
tem-se a redução da abrangência da norma questionada.

Já na INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO indica-se uma única


interpretação possível para a norma. Todas as demais são excluídas por serem
inconstitucionais. A interpretação conforme a constituição ocorre tanto no controle difuso
quanto no controle abstrato.

 QUE TIPO DE TÉCNICA DE DECISÃO O STF PODE UTILIZAR EM UMA ADI/


ADC/ADPF?

a) Declaração de Nulidade (Inconstitucionalidade) com redução total  de texto:


A declaração de nulidade atinge toda a lei, ato normativo ou todo o dispositivo.
(Fazendo uma analogia, é como se o legislador tivesse “revogando” a lei).

 b) Declaração de nulidade com redução parcial  de texto: Apenas uma parte da lei ou


de dispositivo é considerada inconstitucional. Contudo, a impugnação parcial de uma
norma só é admissível no controle abstrato quando se puder presumir que o restante do
dispositivo (não impugnado) seria editado independentemente da parte supostamente
inconstitucional - STF – ADI (MC) 2.645/TO.

 c) Declaração de Nulidade sem redução  de texto: Ocorre quando um determinado


texto possui mais de uma interpretação (“normas polissêmicas ou
plurissignificativas”) sendo que uma delas é incompatível com a CF. Nestes casos, o texto
da lei permanece inalterado, mas as possibilidades de sua abrangência sofrem uma
redução. Logo, quando se fala em declaração de nulidade sem redução de texto
significa que o texto da lei permanece com a mesma redação (não se exclui uma parte
do texto/lei, mas sim uma determinada interpretação que aquele dispositivo/ lei pode
ter).

 
É possível, em tese, que seja proposta ADPF contra decisão judicial?

SIM. Segundo o art. 1º da Lei nº 9.882/99, a ADPF será proposta perante o STF, e terá por
objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ATO DO PODER
PÚBLICO.

Quando a lei fala em "ato do poder público" abrange não apenas leis ou atos normativos,
mas também outros atos do poder público, como uma decisão judicial. Nesse sentido:

(...) A arguição de descumprimento de preceito fundamental foi concebida pela Lei 9.882/99


para servir como um instrumento de integração entre os modelos difuso e concentrado de
controle de constitucionalidade, viabilizando que atos estatais antes insuscetíveis de
apreciação direta pelo Supremo Tribunal Federal, tais como normas pré-constitucionais ou
mesmo decisões judiciais atentatórias a cláusulas fundamentais da ordem constitucional,
viessem a figurar como objeto de controle em processo objetivo. (...)

(STF. Decisão Monocrática. ADPF 127, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 25/2/2014)

 É possível que seja proposta ADPF contra decisão judicial mesmo que já tenha
havido trânsito em julgado?

NÃO. Não cabe arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) contra


decisão judicial transitada em julgado. Este instituto de controle concentrado de
constitucionalidade não tem como função desconstituir a coisa julgada.

STF. Decisão monocrática. ADPF 81 MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 27/10/2015
(Info 810).

É possível que seja proposta ADPF contra súmula (comum ou vinculante)?NÃO. A


arguição de descumprimento de preceito fundamental não é a via adequada para se obter
a interpretação, a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante. (STF. Plenário. ADPF
147-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 24/03/2011)

Fonte: Dizer o direito. (https://www.dizerodireito.com.br/2015/12/nao-cabimento-de-adpf-


contra-decisao.html)

 Definição de preceito fundamental na jurisprudência

A definição, sem dúvida, não é legal, trata-se de definição doutrinária e jurisprudencial.


Nesses termos, os preceitos fundamentais são entendidos como aquelas normas
materialmente constitucionais que fazem parte da Constituição formal (Não são
apenas os direitos fundamentais, como tem na questão). Ou seja, devem ser
compreendidos como o núcleo ideológico constitutivo do Estado e da sociedade
presente na Constituição formal. Em síntese, definimos os mesmos como sendo as
matérias típicas fundantes do Estado e da sociedade alocadas no texto constitucional. 
E quais, atualmente, seriam essas normas que estão presentes na Constituição formal?
Também, aqui, não há (em dicção legal) quais seriam efetivamente essas matérias.
Porém, o próprio STF vem construindo, cotidianamente, um rol aberto, sempre em um
permanente fazer dos preceitos. Esse rol (meramente exemplificativo e aberto),
atualmente, pode elencar os seguintes artigos: 1° a 4°; 5°; 6°; i4; i8; 34, VII; 60 § 4°,
170, 196269, 205, 220270, 222271 e 225272, 226 e 227 da CR/88.

CONTROLE SOBRE AS LEIS ORÇAMENTÁRIAS


Durante alguns anos o STF entendeu que a lei orçamentária e a lei de diretrizes
orçamentárias (LDO) não poderiam ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade. O
argumento para isso era o de que tais leis possuíam efeitos concretos de forma que mais se
pareceriam com um ato administrativo do que com uma lei. Este entendimento ainda
vigora atualmente?

NÃO.

É possível a impugnação, em sede de controle abstrato de constitucionalidade, de leis


orçamentárias. Assim, é cabível a propositura de ADI contra lei orçamentária, lei de
diretrizes orçamentárias e lei de abertura de crédito extraordinário. STF. Plenário. ADI
5449 MC-Referendo/RR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/3/2016 (Info 817).

Veja como o tema já foi cobrado em prova:

(Procurador BACEN 2009 CESPE) Segundo posicionamento atual do STF, não se revela
viável o controle de constitucionalidade de normas orçamentárias, por serem estas normas
de efeitos concretos. (ERRADO)

Vale ressaltar, no entanto, que se terminar o exercício financeiro a que se refere a lei sem
que a ADI tenha sido julgada, haverá perda superveniente do objeto. Ex: foi proposta ADI
contra a LDO relativa a 2014, mas terminou o ano sem que ela tenha sido julgada. Haverá,
portanto, perda do objeto. Nesse sentido: STF. Plenário. ADI 4663 MC-Ref, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 15/10/2014.

" ATENÇÃO! Os prazos de envio e de devolução constantes no ADCT vunculam a União. Os


demais entes federativos poderão eleger nas suas  Constituições ou Leis Orgânicas prazos
distintos ao firmado no ADCT. " Os estados podem fixar outros marcos temporais.

Fonte: Harrison Leite, 2016. Pag. 136


ADI INTERVENTIVA ESTADUAL

Em relação à ADI interventiva, a intervenção estadual em município será possível quando o


Poder Judiciário verificar que ato normativo municipal viola princípio constitucional sensível
previsto na Constituição estadual.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;         

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a


observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

ALTERAÇÃO OU CANCELAMENTO DE SÚMULA VINCULANTE!!!

Ademais, para se admitir a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante, é


necessário que seja evidenciada a superação da jurisprudência da Corte no trato da
matéria, e que haja alteração legislativa quanto ao tema ou modificação substantiva
do contexto político, econômico ou social. Por fim, pontuou que o CFOAB não
demonstrou a presença dos pressupostos de admissibilidade e não se desincumbiu da
exigência constitucional de apresentar decisões reiteradas do STF que demonstrem a
necessidade de alteração ou cancelamento da Súmula Vinculante 5

ATENÇÃO

Admite-se reclamação para o STF contra decisão relativa à ação direta que, proposta em
tribunal estadual, reconheça a inconstitucionalidade do parâmetro de controle estadual em
face da CF. Errado.Aqui cabe um recurso extraordinário e não reclamação( revisar esse
tema).
 Se a demanda versar exclusivamente sobre direitos disponíveis, é vedado ao juiz
declarar de ofício a inconstitucionalidade de lei, sob pena de violação do princípio
da inércia processual. Errada!!!

O controle de constitucionalidade difuso baseia-se no reconhecimento da


inconstitucionalidade  de um ato normativo por qualquer componente do Poder
Judiciário, juiz ou tribunal, em face de um caso concreto submetido a sua apreciação.
[...]

Dessa forma, o juiz ou tribunal, de oficio, independentemente de provocação, poderá


declarar a inconstitucionalidade da lei, afastando a sua aplicação ao caso concreto, já
que esses têm por poder-dever a defesa da Constituição. [...]

Note-se que a declaração da inconstitucionalidade no caso concreto não está dependente


do requerimento das partes ou do representante do Ministério Público. Ainda que estes
não suscitem o incidente de inconstitucionalidade, o magistrado poderá, de ofício,
afastar a aplicação da lei ao processo, por entendê-la inconstitucional.

 no controle de constitucionalidade em abstrato não há a suspensão da execução do texto


pelo Legislativo. A suspensão da decisão pelo Legislativo somente ocorre no controle
concreto/incidental/de defesa/de exceção. Nessecontrole, o cerne da inconstitucionalidade
é apontado como questão prejudiciale premissa lógica do pedido principal. No controle de
constitucionalidade pelavia abstrata/principal/direta/de ação a análise da
constitucionalidade será o objeto principal, autônomo e exclusivo da causa.

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