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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da __ Vara do Juizado Especial Federal

Previdenciário da Subseção Judiciária de CRICIUMA – SC.

MARIA SALETE ALANO APOLINARIO, brasileira, viúva, pensionista,

inscrita no CPF sob nº 020.006.399-50, residente e domiciliada na Rua Antônio de
Costa, nº 360, Bairro De Costa, em Morro da Fumaça, SC, representados (a) pelos
advogados e procuradores no final subscritos (instrumento de mandato anexo),
profissionais estabelecidos com escritório na Rua Ramiro Barcelos, nº 692, centro,
em São Jerônimo, RS, onde receberão intimações, vem, com todo respeito e
acatamento, ante Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE CONHECIMENTO CONDENATÓRIA, em desfavor do

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL – INSS -, Autarquia

Federal de seguros sociais com Gerência Executiva nesta cidade, relacionando, para
tanto os fatos e fundamentos seguintes, e, ao final, requerer o que adiante segue:

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DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

A postulante é pobre ao feitio legal, não possuindo, no momento,

condições econômico-financeiras, de arcar com as custas e demais consectários
para a propositura e acompanhamento da presente demanda, sem que isso
implique em prejuízo do seu sustento e o de sua família, razão por que, ‘data
máxima vênia’, se lhe (s) deve estender o benefício da gratuidade da justiça, cujo
pedido se formulará ao final.

DOS FATOS E DO DIREITO

A demandante, após adimplir todas as condições a tanto, e em razão

do óbito do ex-segurado ANTONIO MARTINS DE OLIVEIRA FILHO, (NB n°
46/075.824.626-9), requereu, junto ao Instituto Nacional de Seguro Social, e lhes
foi deferido, em 13-08-2000, o benefício de pensão por morte previdenciária, que
tomou o nº 21/117.987.572-6 – documento anexo – regulado, à época da
concessão, pelo artigo 74 e seg. da Lei n° 8.213/91.

O Instituto, contudo, quando da concessão do benefício de pensão em

favor dos Requerentes, agiu de forma incorreta e, porque não dizer ilegal, na medida
em que, acabou por implantar o benefício fixando o valor da RMI – Renda Mensal
Inicial – em valor inferior/aquém do devido, conforme se demonstrará,
contrariando o que dispõe o artigo 75 da Lei n° 8.213/91, antes transcrito.

Ocorre que, por força de decisão judicial proferida nos autos do

Processo n° 92.00.00842-9, da 2ª Vara Federal Previdenciária da Subseção
Judiciária de Porto Alegre, RS, foi o Instituto Previdenciário, ora Requerido,
condenado à revisão do benefício então percebido pelo ‘de cujus’ – NB
46/075.824.626/9 – mediante a elaboração de novo cálculo da RMI (Renda Mensal
Inicial), a ser procedido com a correção dos vinte e quatro salários de contribuição,
anteriores aos últimos doze, pela variação da ORTN/OTN/BTN.

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Com o cumprimento daquela decisão, restou alterada a RMI do
benefício então percebido pelo ‘de cujus’, de Cz$ 142.570,00 para Cz$ 149.257,22,
conforme documentos em anexo.

Assim, tendo em vista o prejuízo sofrido pela autora, e por se tratar de

verba de natureza alimentar, de grande relevância a mesma, elegem a presente,
para que obtenha o recebimento das parcelas atrasadas decorrentes da alteração da
renda mensal do benefício percebido pela autora.

DO PEDIDO

ISTO POSTO, requerem os demandantes, à Vossa Excelência, com a

mais alta vênia, se digne:

A – conceder-lhe o benefício da gratuidade da justiça;

B – mandar CITAR o Instituto Réu, no endereço acima consignado, na

pessoa do seu Gerente Executivo, cientificando-o dos termos desta
para que, querendo, ofereça a defesa que tiver e quiser, no prazo e sob
as penas da Lei nº 10.259/01, presumindo-se verdadeiros os fatos
articulados, acaso não contestados;

C – julgar TOTALMENTE PROCEDENTE o presente pedido, determinando

ao Instituto a alteração da RMI da pensão da autora, bem como, o
pagamento das parcelas devidas, em razão da nova renda mensal
inicial da AP/BASE, fixada por força de ação judicial, processo n°
92.00.00842-9, que tramitou perante a 2ª Vara Federal Previdenciária
de Porto Alegre;

D – condenar o INSS, ainda, a pagar honorários advocatícios de 20%

sobre o valor das prestações vencidas e mais uma anuidade das

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vincendas, custas e despesas processuais, além de outros encargos
decorrentes da sucumbência;

a) E – requer, ainda, na hipótese de procedência da demanda, e, em

havendo efeito patrimonial em favor da parte autora, seja determinado
o destaque em favor dos advogados que patrocinam a causa, da verba
honorária contratada [30%], conforme contrato particular firmado
pelas partes, cuja cópia acompanha a presente peça inicial, o que se
requer com fundamento no artigo 22, § 4º, da Lei nº. 8.906/94,
expedindo-se, ao final, a competente requisição de pagamento em
favor da DORNELLES ADVOCACIA ADVOGADOS ASSOCIADOS,
OAB/RS nº. 2.739, CNPJ 07.806935/0001-09.

Dá-se à causa, para efeitos legais, o valor de R$ 5.879,24 (cinco mil

oitocentos e setenta e nove reais e vinte e quatro centavos).

Termos em que,
P. Deferimento.
São Jerônimo/RS, 10 de agosto de 2022.

Maria de Lourdes Poeta Dornelles

OAB/RS 15.442

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