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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA CAPITAL DE SÃO PAULO –
SP.
I – PRELIMINARMENTE
IV – DA TENTATIVA EXTRAJUDICIAL
15. É cediço que a dívida de IPTU possui caráter propter rem. Sobre o
tema:
“As obrigações propter rem situam-se entre os diretos
reais e direitos pessoais, sendo assim um instituto
jurídico de caráter híbrido. Elas consistem no dever de
cumprimento da prestação, que recai sobre uma
pessoa em razão de um determinado direito real, ou
seja, ela só existe devido a situação jurídica do
obrigado ser titular da coisa em questão" (Carlos
Roberto Gonçalves, Teoria Geral das Obrigações ,
2016).
17. Dessa forma, mesmo que o autor tivesse ciência das dívidas
de IPTU do lote, a inércia da ré em regularizar o imóvel evidencia
prática dolosa que poderia, eventualmente, prejudica- lá.
18. Mais do que isso, a cláusula 7.1 do contrato anexado nos autos,
descreve que, enquanto não fosse solicitada a alteração do cadastro
na Prefeitura pela VENDEDORA ora Ré, o valor do IPTU deveria ser
pago pela parte autora diretamente a ela/ Ré, o que confirma a
existência e incidência de imposto sobre o imóvel.
d) DA VENDA CASADA
28. A Ré, vende o lote, vinculando no mesmo contrato a prestação de
serviços pela administração do lote realizada pela empresa
vendedora.
40. Desta forma, fica claro que a rescisão está sendo motivada por
culpa exclusiva da Ré, por utilizar índice elegido de forma
unilateral; por enriquecimento ilícito diante do recebimento do valor
do IPTU e não repasse para o Município, por dívidas anteriores e
atuais junto ao Município referente ao IPTU; por falta de idoneidade
junto aos compradores em geral pela quantidade excessiva de
reclamações no site “reclame aqui” e pela quantidade de ações
existentes de rescisão.
f) DA TENTATIVA DE RESCISÃO
41. Após a autora ter ciência da dívida de IPTU, das dívidas da ré,
das reclamações perante o reclame aqui, com questões bem similares
às dela, e principalmente após haver conferido a irregular atualização
42. Para surpresa, fora informada que além de não receber nenhum
valor do que havia desembolsado, total de R$ 31.642,22 (trinta e um
mil, seiscentos e quarenta e dois reais e vinte e dois centavos), teria
que pagar a ré o valor de R$ 13.724,76 (treze mil setecentos e vinte
e quatro mil e setenta e seis centavos) a título de encargos,
absorvendo então a autora um prejuízo de R$ 45.366,98
(quarenta e cinco mil, trezentos e sessenta e seis reais e
noventa e oito centavos).
“IV. Débito
g) DA TAXA DE FRUIÇÃO
45. Ainda que previsto no contrato a taxa de fruição é incabível e
caracteriza a clausula abusiva.
VI - DO DIREITO
Desse modo, a relação sub judice deve ser analisada à luz do Código
de Defesa do Consumidor.
Neste sentido:
58. Ainda que entenda não ser culpa exclusiva da ré, ressalta-se que
a jurisprudência majoritária entende pela devolução de 90% do valor
pago que é razoável para que a ré retenha como despesas
administrativas.
Neste sentido:
VIII - DO PEDIDO
Termos em que,
Pede deferimento.
CAMILA BORTOLLOSSO
OAB/SP n. 216.980