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I) PRELIMINARMENTE:
Desta feita, requer o consentimento dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 98 do
Código de Processo Civil, garantindo-lhe, deste modo, o efetivo acesso à justiça.
Ocorre que, os aluguéis referentes aos meses de Dez/2021; Jan/2022 e Fev/2022 não foram pagos,
bem como os débitos referentes à água e luz, nos últimos quatro meses não foram quitados. Além desta
inadimplência, o Requerido também não efetuou o pagamento do IPTU, desde que firmou o contrato de
locação. Além das citadas dívidas o requerido deixou o imóvel em condição precária, totalmente
depredado.
Decorrido o prazo estipulado para que o ora, Requerido, deixasse o imóvel e não logrando êxito
em sua tentativa de recuperar o apartamento, ao Requerente não restou outra alternativa, senão, procurar
as autoridades policiais para que tomassem as devidas providências.
Após deixar o imóvel, além das dívidas mencionadas, o Requerido deixou muitas outras despesas
como contas de água, energia elétrica e como já mencionado deixou o apartamento em estado deplorável
(inabitável). Dissemelhantemente do momento em que pegou as chaves e começou a residir no local. Ao
entregar o imóvel havia muito lixo espalhado, paredes sujas e manchadas, pisos e azulejos quebrados e
estourados, cômodos danificados, pia e vidraças quebradas, enfim um lugar inabitável.
Após diversas tentativas pela via administrativa sem lograr êxito, o autor se viu forçado a custear
todos os reparos necessários no apartamento para viabilizar novo aluguel para o imóvel não permanecer
fechado por mais tempo e aumentar ainda mais o prejuízo. Desta forma, é justo que o requerido por não
ter feito os reparos necessários, que seja responsabilizado por custear os valores gastos.
Rua Rosalino Gonçalves Magalhães, nº 59, sala 06 – Centro – Itabirito/MG, CEP: 35.450-045
III) DO DIREITO
Nos termos do artigo 231, inciso I da lei do Inquilinato, mostra de forma clara e transparente, a
legitimidade do direito do Requerente, ora locador, em recorrer a este M.M Juízo haja vista que, em
não pagando os aluguéis, acessórios e condições pactuados, deixou o locatário de cumprir totalmente
com as suas obrigações locatícias. Portanto, o Requerido encontra-se em flagrante infração legal e
contratual, sendo plenamente cabível a aplicação da multa pactuada na Cláusula Décima sétima, do
referido instrumento de locação anexo a esta exordial.
É cediço apontar ainda, que a Cláusula Décima do contrato de locação estipula a devolução do imóvel
locado, findo prazo de locação, nas mesmas condições as quais o recebeu, que foi também descumprida
pelo requerido.
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“Art. 23: O locatário é obrigado a:
I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua
falta, até o sexto dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não tiver sido indicado no contrato; ”
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É fato que o Requerido ocasionou dano ao Requerente, privando o mesmo de um valor que lhe
pertencia de fato e de direito. Além disso, causou sérios prejuízos no apartamento locado, tais como danos
no piso, sujeira e manchas nas paredes, muito lixo espalhado por todo o local.
É cediço salientar, que para que o imóvel ficasse em condições de ser locado novamente, o
proprietário, teve que arcar com gastos que extrapolavam o seu orçamento, visto que o capital adquirido
com aluguel é de extrema importância para o sustento do Requerente e de sua família.
Por essa razão, baseado no dispositivo legal supramencionado, o Requerente faz jus a indenização
referente a danos morais, no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
No que tange ao dano patrimonial e material, podemos destacar o dano emergente, que é o efetivo prejuízo
experimentado pelo Requerente, o que ele perdeu, e os lucros cessantes, referente ao que ele deixou de
lucrar por força do dano em seu apartamento.
Assim estão presentes, os requisitos ensejadores da responsabilidade civil: conduta, dano, culpa e
nexo de causalidade entre a conduta e o dano, sendo dispensável a prova do elemento culpa por tratar-se
de responsabilidade objetiva.
Portanto, o Requerido deve ressarcir o Requerente pelos danos materiais sofridos no valor dos
reparos necessários feitos no apartamento, após o período de utilização do locatário, conforme o cálculo
dos valores apresentados:
Total= 2.924,86
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a) A concessão do benefício de assistência judiciária gratuita por declarar, o Requerente, que não
tem condições de arcar com as custas e os honorários sem prejuízo de seu próprio sustento e de
sua família;
b) A designação de audiência de conciliação, com fulcro no art. 334 do Código de Processo Civil.
c) A citação do Requerido, Sr. Jânio Arlindo Angélico, através do WhatsApp, número ( 31) 98307-
5779, para que lhe seja oportunizada a apresentação de resposta dentro do prazo legal, sob pena
de revelia, conforme art. 344 do CPC;
Dá-se a causa o valor de R$ 2.924,86 (dois mil novecentos e vinte e quatro reais e oitenta e seis centavos).
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