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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL


DA COMARCA DE ITABIRITO/MG

JOSÉ MARGARIDA DE JESUS, brasileiro, divorciado, aposentado, filho de José


Mariano Lopes e Rita Nicácia, portador do CPF nº 344.423.246-20 e da Identidade nº MG-34.366.228
PC/MG, residente e domiciliado na Rua Faizão, nº. 46, Bairro Floresta – Itabirito/MG, CEP: 35.456-074,
neste ato representado por seus procuradores que subscrevem, Nesio Rodrigues Vidal, advogado inscrito
na OAB/MG sob o nº 66.801 e Rosana Aparecida Gurgel, advogada inscrita na OAB/MG sob o nº
149.918, ambos com escritório na Rua Rosalino Gonçalves Magalhães, nº. 59, sala 06, Centro –
Itabirito/MG, CEP 35.450-045 vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seus procuradores
signatários, propor

AÇÃO DE COBRANÇA C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL

em face de THIAGO DA SILVA ANTÔNIO, brasileiro, união estável, portador do CPF de nº


109.004.056-35 e da Identidade nº MG-17.222.706 SSP/MG, residente e domiciliado na Rua Rio
das Velhas, nº 64, Bairro Liberdade, no município de Itabirito/MG, CEP: 35.450-000 pelos fatos e
motivos que passa a expor:

I) PRELIMINARMENTE:

I.1 - DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA


Rua Rosalino Gonçalves Magalhães, nº 59, sala 06 – Centro – Itabirito/MG, CEP: 35.450-045

(31) 9.9664-9346 / (31) 9.8805-1106 / (31) 9.8271-2286


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Inicialmente, necessário destacar que o requerente declara não possuir, no momento, condições
financeiras para arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios sem prejuízo do seu
próprio sustento ou da sua família. 

Desta feita, requer o consentimento dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 98 do
Código de Processo Civil, garantindo-lhe, deste modo, o efetivo acesso à justiça.

II) DOS FATOS

O Requerente em 15 de Março de 2021, locou ao Requerido, um imóvel localizado na Rua Rio


das Velhas, nº 64, Bairro Liberdade, no município de Itabirito/MG, CEP: 35.450-000 pelo valor mensal de
R$ 400,00 (quatrocentos reais).

Ocorre que, os aluguéis referentes aos meses de Dez/2021; Jan/2022 e Fev/2022 não foram pagos,
bem como os débitos referentes à água e luz, nos últimos quatro meses não foram quitados. Além desta
inadimplência, o Requerido também não efetuou o pagamento do IPTU, desde que firmou o contrato de
locação. Além das citadas dívidas o requerido deixou o imóvel em condição precária, totalmente
depredado.

Diante de tal inadimplemento por parte do Requerido e exaurindo todas as possibilidades de


comunicar-se com o Sr. Jânio, quais sejam ligações e mensagens via WhatsApp, sem contemplar outra
alternativa, o Requerente expediu uma Notificação Extrajudicial para a desocupação do imóvel.

Decorrido o prazo estipulado para que o ora, Requerido, deixasse o imóvel e não logrando êxito
em sua tentativa de recuperar o apartamento, ao Requerente não restou outra alternativa, senão, procurar
as autoridades policiais para que tomassem as devidas providências.

Após deixar o imóvel, além das dívidas mencionadas, o Requerido deixou muitas outras despesas
como contas de água, energia elétrica e como já mencionado deixou o apartamento em estado deplorável
(inabitável). Dissemelhantemente do momento em que pegou as chaves e começou a residir no local. Ao
entregar o imóvel havia muito lixo espalhado, paredes sujas e manchadas, pisos e azulejos quebrados e
estourados, cômodos danificados, pia e vidraças quebradas, enfim um lugar inabitável.

Após diversas tentativas pela via administrativa sem lograr êxito, o autor se viu forçado a custear
todos os reparos necessários no apartamento para viabilizar novo aluguel para o imóvel não permanecer
fechado por mais tempo e aumentar ainda mais o prejuízo. Desta forma, é justo que o requerido por não
ter feito os reparos necessários, que seja responsabilizado por custear os valores gastos.

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Não por demais, expor nesta oportunidade, que diversas foram as tentativas de recebimento dos
aluguéis em atraso, as quais restaram infrutíferas, razão pela qual se viu o locador, forçado a intentar com
a presente ação.

III) DO DIREITO

III.1) DO DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO

Nos termos do artigo 231, inciso I da lei do Inquilinato, mostra de forma clara e transparente, a
legitimidade do direito do Requerente, ora locador, em recorrer a este M.M Juízo haja vista que, em
não pagando os aluguéis, acessórios e condições pactuados, deixou o locatário de cumprir totalmente
com as suas obrigações locatícias. Portanto, o Requerido encontra-se em flagrante infração legal e
contratual, sendo plenamente cabível a aplicação da multa pactuada na Cláusula Décima sétima, do
referido instrumento de locação anexo a esta exordial.

É cediço apontar ainda, que a Cláusula Décima do contrato de locação estipula a devolução do imóvel
locado, findo prazo de locação, nas mesmas condições as quais o recebeu, que foi também descumprida
pelo requerido.

Neste sentido a jurisprudência é unânime, senão vejamos:

III.2) DO DANO MORAL

1
“Art. 23: O locatário é obrigado a:

I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo estipulado ou, em sua
falta, até o sexto dia útil do mês seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local não tiver sido indicado no contrato; ”

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O artigo 187, do Código Civil, estabelece que “ aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito. ”

É fato que o Requerido ocasionou dano ao Requerente, privando o mesmo de um valor que lhe
pertencia de fato e de direito. Além disso, causou sérios prejuízos no apartamento locado, tais como danos
no piso, sujeira e manchas nas paredes, muito lixo espalhado por todo o local.

É cediço salientar, que para que o imóvel ficasse em condições de ser locado novamente, o
proprietário, teve que arcar com gastos que extrapolavam o seu orçamento, visto que o capital adquirido
com aluguel é de extrema importância para o sustento do Requerente e de sua família.

Por essa razão, baseado no dispositivo legal supramencionado, o Requerente faz jus a indenização
referente a danos morais, no importe de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

III.3) DO DANO MATERIAL

No que tange ao dano patrimonial e material, podemos destacar o dano emergente, que é o efetivo prejuízo
experimentado pelo Requerente, o que ele perdeu, e os lucros cessantes, referente ao que ele deixou de
lucrar por força do dano em seu apartamento.

Assim estão presentes, os requisitos ensejadores da responsabilidade civil: conduta, dano, culpa e
nexo de causalidade entre a conduta e o dano, sendo dispensável a prova do elemento culpa por tratar-se
de responsabilidade objetiva.

Portanto, o Requerido deve ressarcir o Requerente pelos danos materiais sofridos no valor dos
reparos necessários feitos no apartamento, após o período de utilização do locatário, conforme o cálculo
dos valores apresentados:

 Faxina ----------------------------- R$ 250,00


 Pedreiro---------------------------- R$ 570,00
 Pintor--------------------------------R$ 850,00
 Vidraceiro-------------------------R$ 170,00
 Tinta---------------------------------R$ 255,79
 Pastilhas para o banheiro---R$ 304,98
 Piso e rejunte-------------------- R$524,09

Total= 2.924,86

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II) DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto o Requerente requer:

a) A concessão do benefício de assistência judiciária gratuita por declarar, o Requerente, que não
tem condições de arcar com as custas e os honorários sem prejuízo de seu próprio sustento e de
sua família;

b) A designação de audiência de conciliação, com fulcro no art. 334 do Código de Processo Civil.

c) A citação do Requerido, Sr. Jânio Arlindo Angélico, através do WhatsApp, número ( 31) 98307-
5779, para que lhe seja oportunizada a apresentação de resposta dentro do prazo legal, sob pena
de revelia, conforme art. 344 do CPC;

d) A total procedência da presente ação, condenando o Requerido ao pagamento do débito


descriminado: R$ 2.924,86 (dois mil novecentos e vinte e quatro reais e oitenta e seis centavos);
e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela
juntada de documentos, oitiva de testemunhas, depoimento pessoal do Requerido, expedição de
ofício e demais, que ficam desde já requeridos ainda que não especificados.

Dá-se a causa o valor de R$ 2.924,86 (dois mil novecentos e vinte e quatro reais e oitenta e seis centavos).

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Itabirito, 04 de Maio de 2.022.

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p.p Nesio Rodrigues Vidal p.p Rosana Aparecida Gurgel
OAB/MG 66.801 OAB/MG 149.918

Letícia Aurélia Lima Luna


Estagiária Acadêmica

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