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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO

CRIMINAL E DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE PALMAS,

ESTADO DO TOCANTINS.

Proc. n°: 0042149-18.2018.827.2729

AUTOR: ELIMAR BRASIL LOBO

RÉUS: ESTADO DO TOCANTINS e ITAÚ SEGUROS DE AUTO E

RESIDÊNCIA S.A.

ITAÚ SEGUROS DE AUTO E RESIDÊNCIA S.A., sociedade


seguradora de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 08.816.067/0001-00,
com sede na cidade de São Paulo/SP, estabelecida na Alameda Barão de Piracicaba,
n.° 618/634 – Torre B – 2º andar, Campos Elíseos, vem por seus advogados
signatários, tempestivamente, à presença de Vossa Excelência, na forma do art. 30 e
seguintes da Lei n.º 9.099/95 e do art. 335 do Código de Processo Civil Brasileiro,
apresentar sua CONTESTAÇÃO à ação em referência, pelos motivos de fato e de
direito a seguir expostos:

1) SÍNTESE DOS FATOS:

Trata-se de Ação Declaratória de Inexistência de Débitos c/c


obrigação de fazer c/c danos morais em que o autor informa que era proprietário do
veículo placa OLL9889.

Rua Senador Manoel Barata, n. 718, Edifício Infante de Sagres, Sala 607/608, Bairro Campina, CEP 66010-145,
Belém/PA – Fone: (91) 3224 0508 – E-mail: escritorio@jnpmadvogados.com.br
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Ocorre que, no dia 04/08/2015, o veículo pegou fogo, devido à vício
no produto e ocorreu a perda total.

Alega que recebeu a indenização e que até o momento o veículo não


foi transferido ou baixado. Demonstra que se encontra com o nome negativado junto
ao Cartório de Protesto de Palmas e pela Secretaria da Fazenda do Estado do
Tocantins e débitos junto ao Detran, sendo o valor total da dívida de R$ 5.107,73.

Requer que seja declarada a inexistência do débito e danos morais no


total de R$ 10.000,00.

Atribuiu à causa o valor de R$ 10.000, 00 (Dez Mil Reais).

2) DAS PRELIMINARES DE MÉRITO:

2.1) DA LITISPENDÊNCIA:

Diante das alegações expostas pelo Requerente, cumpre esclarecer


que o presente processo não tem o condão de prosseguir seus efeitos, conforme será
exposto baixo.

Inicialmente aborda-se que o autor tem outra ação idêntica, processo


n° 00350762920178272729, que tramita perante o Juizado Especial Cível de Palmas
– NORTE. A referida ação pleiteia indenização por danos morais c/c obrigação de
fazer sendo esta ação idêntica à dos presentes autos, com as mesmas partes, o mesmo
objeto e a mesma causa de pedir o que, à evidência, caracteriza a litispendência
prevista no art. 337, §§ 1º e 3º, do CPC.

Em face do exposto, e da comprovada existência de litispendência,


requer, preliminarmente (art. 337, VI, CPC), que Vossa Excelência se digne de
decretar a extinção do processo, sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, V
do CPC, com a consequente condenação do autor nas custas e nos honorários do
advogado do demandado.

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2.2) DO CHAMAMENTO A LIDE:

Preliminarmente, faz-se necessário que o Banco Honda S.A (CNPJ:


03.634.220/0001-65) venha compor a lide conforme autorizado pelo CPC em seus
artigos 130 e 1311, haja vista que o sinistro foi regulado de forma administrativa e
indenizado ao autor o valor integral com a entrega dos documentos originas do
salvado.

Ademais, em virtude da existência de pendência e não baixa do


gravame a Cia Seguradora fica impossibilitada de proceder com a transferência do
veículo.

Posto isto, NÃO há o que se falar em responsabilidade da Requerida,


tornando-se imprescindível o chamamento da financeira à lide nomeando a autoria
para que esta responda se há valor de financiamento em aberto e o porquê da demora
em proceder com a baixa do gravame. Afinal, foi através da atitude da Financeira, em
demorar a baixar o gravame, que foi gerada a demanda em relação a Seguradora.
Visto que a Cia Seguradora restou impedida de proceder com a transferência do
veículo e baixa da sucata em virtude do gravame pendente junto à financeira. Não
havia o que ser feito pela Requerida antes de tal providência.

O Código Civil dispõe em seus artigos 186 e 927 do CC 2, que aquele


que por ação, omissão causa dano a outrem, comete ato ilícito, e este tem o dever de
repará-lo, obviamente no momento em que a financeira Banco Honda S.A demorou
a proceder com a baixa do gravame, gerou dano a Requerente, tanto que a mesma
vem em juízo pelos seus motivos pleitear indenização por danos materiais e morais.

3) PREJUDICIAL DE MÉRITO – OCORRÊNCIA DE


PRESCRIÇÃO:

1
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu.
Art. 131. A citação daqueles que devam figurar em litisconsórcio passivo será requerida pelo réu na contestação e deve ser
promovida no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de ficar sem efeito o chamamento.
Parágrafo único. Se o chamado residir em outra comarca, seção ou subseção judiciárias, ou em lugar incerto, o prazo será de 2
(dois) meses.
2
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

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Sem prejuízo das demais matérias a serem expostas na presente
defesa, considerando a data do ajuizamento da presente demanda, a saber,
13/11/2018, verifica-se prescrição ânua da pretensão do autor de discutir a relação
contratual, posto que a ação foi proposta mais de 2 (dois) anos da ocorrência do
sinistro que é o fato gerador da pretensão, que se deu em 04/08/2015.

Com efeito, a presente ação tem como pretensão discutir a relação


contratual pactuada, ocorre que, tal PRETENSÃO se enquadra no conceito dispositivo
abaixo transcrito.

Art. 206. Prescreve:


§ 1o Em um ano:
[...]
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste
contra aquele, contado o prazo:
[...]
b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato
gerador da pretensão;

Assim, resta demonstrado que a ação foi distribuída muito após o


decurso do prazo de 01 (um) ano previsto no Código Civil.

A Corte Superior de Justiça já pacificou este entendimento em


julgados recentes, senão vejamos:

AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DE


AUTOMÓVEL. PRESCRIÇÃO. A ação de cobrança de
indenização fundada em contrato de seguro, por ser
inerente à relação entre segurado e segurador e não
relacionada a defeito do serviço, sujeita-se ao prazo
prescricional ânuo previsto no Código Civil e não ao
de cinco anos, preconizado pelo art. 27 do Código de
Defesa do Consumidor. Agravo Regimental improvido.
(STJ - AgRg no Ag: 1236714 ES 2009/0187328-3, Relator:

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Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento: 27/04/2010,
T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 12/05/2010)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E MATERIAIS - SEGURO DE VEÍCULO - PERDA
TOTAL - PRESCRIÇÃO ANUAL - O prazo de prescrição
para o ajuizamento de ação de segurado contra a
seguradora inicia-se com a ciência do fato gerador da
pretensão, e finda um ano após a mesma, nos termos
do artigo 206, § 1º, inciso II, letra 'b', do Código Civil
Brasileiro de 2002. Recurso não provido.(TJ-MG - AC:
10693120003951001 MG, Relator: Anacleto Rodrigues (JD
CONVOCADO), Data de Julgamento: 25/03/2014, Câmaras
Cíveis / 18ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
28/03/2014)

Conclui-se que está clara a prescrição do direito do Autor


reclamar perante a Ré qualquer indenização relativa ao contrato celebrado.

Posto isso, requer se digne Vossa Excelência em declarar a prescrição


extinguindo a ação com julgamento do mérito, nos termos do artigo 487, II, c/c artigo
354, ambos do Código de Processo Civil.

4) DO MÉRITO:

Na hipótese de as preliminares acima serem ultrapassadas, o que se


admite em respeito ao princípio da eventualidade, em sede de mérito não resta
melhor sorte à pretensão autoral, não merecendo procedência os pedidos do Autor,
devendo a ação deve ser extinta com resolução do mérito, nos termos do art. 316 do
CPC, conforme se verá adiante.

4.1) DO CONTRATO DE SEGURO:

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Antes de adentrarmos efetivamente no mérito petitório, faz-se
necessário abordar algumas circunstâncias sobre o contrato de seguro celebrado entre
as partes.

Efetivamente, o Autor contratou junto à Ré um seguro veicular, e a


presente demanda é decorrente do sinistro 9.33.31.635834.7.01.01, registrado na
vigência da apólice 33.31.015748989.0000000.1.

Decretada a indenização integral, foi solicitado os documentos que


viabilizem a sub-rogação, bem como o envio da carta de saldo devedor/boleto para
quitação do financiamento, ou comprovação de quitação.

O Segurado encaminhou boleto para pagamento no valor de R$


936,69, que foi pago em 04/09/2015

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Ocorre que o boleto encaminhado pelo segurado não dava quitação ao
contrato de financiamento e programando o pagamento de indenização final, em
favor do segurado, este por sua vez, não quitou o financiamento, tendo recebido o
valor de R$ 58.521,31.

Ainda que tenha recebido o valor da indenização, o segurado não


comprovou a quitação do financiamento, e inclusive informou que não teria interesse
na quitação, no momento das tratativas administrativas, conforme restará
demonstrado mais à frente.

Vale ressaltar, que o contrato de seguro é o contrato pelo qual o


segurador, mediante o recebimento de um prêmio, assume perante o segurado, a
obrigação de pagamento de uma prestação, se ocorrer o risco a que estiver exposto.

Integra a apólice, as Condições Gerais, as quais trazem uma série de


disposições complementares acerca deste contrato, e que não são tratadas apenas pela
Lei Civil

Assim, pode-se notar que, as partes envolvidas, segurado e


seguradora, submeter-se-ão não só às normas do direito comum, previstas no Código
Civil, mas também às normas estabelecidas nas Condições Gerais da Apólice.

O seguro, é útil acrescentar, está baseado na chamada técnica (ou


ciência) atuarial, que consiste basicamente, na análise estatística de eventos passados,
com o escopo de “prever” a incidência e magnitude dos acontecimentos futuros.

Como corolário desta fundamentação, tem-se que qualquer alteração


neste precário equilíbrio, seja pela cobertura (indenização) de evento não previsto ou
excluído no contrato, seja pela superestimação dos prejuízos, não poderá ser

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amparado pelo contrato de seguro, sob pena de tornar insuficiente o fundo de
recursos gerido pela seguradora, e até mesmo levá-la à insolvência.

O entendimento tradicionalmente aceito pela doutrina e pela


jurisprudência pátria, se ressente, hoje em dia, da efetiva complexidade jurídica do
contrato de seguro, que não pode e não deve ser entendido sob a ótica simplista,
segundo a qual existente o contrato, pago o prêmio, ocorrido o sinistro, a indenização
é devida de forma incontinente.

O tratamento do contrato de seguro pelo ordenamento jurídico pátrio


é feito de forma dispersa, podendo-se, porém, identificar nos artigos 757 a 802 do
Código Civil Brasileiro, assim como o Decreto-lei n.º 73/66, por alguns denominado
de “Lei dos Seguros”, que traz vasta regulamentação sobre a matéria, isto sem contar
inúmeras resoluções da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, do IRB
Brasil Resseguros S/A, e do CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados, também
relativas ao assunto.

De tudo quanto exposto, Excelência, cumpre ressaltar que a


Seguradora esta impossibilitada de transferir em razão da Instituição Financeira não
ter procedido com a devida baixa do gravame e diante disso não conseguiu realizar os
trâmites de transferência.

Assim, feitas essas considerações introdutórias, necessárias à perfeita


compreensão das razões que teve a Seguradora para proceder dessa forma, passamos
a expor a análise do mérito.

4.2) DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA


SEGURADORA – DA IMPOSSIBILIDADE DA TRANSFERÊNCIA DO
VEÍCULO CONDICIONADA A QUITAÇÃO E BAIXA DO GRAVAME PELA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA:

Foi demonstrado que o sinistro com o veículo seguro se deu em


04/08/2015, o mesmo fora regulado de forma administrativa sendo indenizado ao
autor o valor da indenização integral com a entrega dos documentos originas do
salvado. Em virtude da existência de gravame pendente junto à Financeira não foi

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possível transferir o bem para o nome da Cia Seguradora sendo esta completamente
impossibilitada de fazer algo para solucionar o ocorrido.

Posto isto, após a regulação do sinistro e o pagamento da indenização


securitária, como prevista no contrato, a Cia seguradora sub-rogando-se aos direitos
do segurado, passando a ter o direito sobre o bem, como se observa nas cláusulas das
condições gerais do contrato em anexo..

21. SUB-ROGAÇÃO DE DIREITOS


21.1. Efetuado o pagamento da indenização, a seguradora sub-
roga-se até o valor da indenização paga em todos os direitos e
ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.
21.2. Salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi
causado pelo cônjuge do segurado, seus descendentes ou
ascendentes, consanguíneos ou afins.
21.3. É ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou
extinga, em prejuízo do segurador, os direitos a que se refere
este artigo.

Observa-se, Excelência, nos sinistros decorrentes de furto/roubo e


perda total, para a transferência do bem há necessidade da realização de
procedimentos juntos aos órgãos competentes, independendo apenas da autonomia
da Seguradora para regularização e transferência do bem.

A referida transferência, contudo, não pode ser analisada sob a ótica


de uma compra e venda comum, um negócio comercial em que duas partes, uma
querendo vender e outra querendo comprar, fazem um negócio pela qual é pago o
preço e entregue a mercadoria.

O negócio em questão é decorrente e consequência do resultado de


um contrato de seguro previamente existente em que o pagamento da indenização por
perda total importa na sub-rogação da seguradora na propriedade do bem.

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Referida propriedade, contudo, reflete somente mais uma fase do
negócio jurídico que envolve o contrato de seguro, já que a seguradora, em verdade,
nunca pretendeu comprar o veículo segurado, ter o veículo segurado para seu uso ou
mesmo revendê-lo com lucro, mas sim somente tem a propriedade passageira do bem,
já que o revenderia em seguida, na qualidade de salvado, arrecadando fundos que
entram na composição do próprio preço do seguro, o prêmio.

Porém, nota-se que a seguradora se deparava sempre com a


impossibilidade de transferir para o seu nome o bem, visto que a instituição financeira
não procedeu com a baixa do gravame do veículo.

Destarte, no caso concreto, a transferência de propriedade do veículo


só poderia ser tomada após a sua baixa, permitindo a Seguradora transferir para o seu
nome o bem, ato este que concretizaria a sub-rogação.

Sendo assim, qualquer falha na aplicação de débitos provenientes do


veículo não é de responsabilidade da Seguradora.

Esclarecidos estes pontos, não há que se falar em falha no


procedimento da Contestante para transferência do veículo, uma vez que esta restou
impedida de fazê-la por culpa da instituição financeira responsável em dar baixa no
gravame do veículo e assim não fez.

Ora, Excelência, tais procedimentos de regularização, baixa do


gravame e transferência da propriedade, repisa-se, não dependem única e
exclusivamente da autonomia da Seguradora, a qual resulta da atuação de banco
quando se tratam de veículos alienados e dos órgãos responsáveis pela regulação,
quais sejam, Polícia Civil e o DETRAN.

6. PERDA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO ALÉM DOS


CASOS PREVISTOS EM LEI, EM QUE HAVERÁ PERDA
DE DIREITO À INDENIZAÇÃO, A SEGURADORA
ISENTA-SE DE QUALQUER OBRIGAÇÃO SE:

6.1.2. O veículo segurado:

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a) não estiver livre de dívidas, penhoras, ônus,
gravames, contestações ou restrições de qualquer
natureza, mesmo que provenientes do proprietário
anterior; (grifo proposital).

Relação de Documentos

* Carta em papel timbrado da Financeira, informando dados


bancários da financeira para crédito ou boleto bancário
informando o saldo devedor, com prazo de 5 dias ÚTEIS para
pagamento

* Baixa no Sistema Nacional de Gravames (SNG)

* CRV-Certificado Registro do Veículo preenchido com firma


reconhecida por autenticidade à partir da data de entrega,
conforme dados a seguir: Itaú Seguros de Auto e Residência SA-
CNPJ 08.816.067/0001-00 Av. Eusébio Matoso,1385 CEP-
05423-905 SP

* Cópia do CPF, RG e comprovante de residência com data de


emissão inferior a 3 meses(conta de condomínio, água, luz, gás,
telefone fixo, IPTU ou taxas Municipais do imóvel) do recebedor
da indenização.

* Recibo de Quitação do Sinistro

* RIC - Registro de informações Cadastrais

* Comprovante de pagamento do Seguro DPVAT 2012 e de


exercício(s) pendente(s) dos anos anteriores, se houver

* Comprovante(s) de pagamento(s) de MULTA(s) ou extrato de


MULTA(s) com nada consta.

* Comprovante de pagamento integral do IPVA - Exercício 2015

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Penalizar a Seguradora em razão de um procedimento que independe
apenas de sua vontade, estaria responsabilizando-a por ato que não deu causa e,
menos ainda teve a intenção de causar.

No caso em tela o Segurado encaminhou boleto para pagamento no


valor de R$ 936,69, que foi pago em 04/09/2015

Ocorre que o boleto encaminhado pelo segurado não dava quitação ao


contrato de financiamento. Deste modo fora programando o pagamento de
indenização final, em favor do segurado, que por sua vez, não quitou o financiamento.
Recebendo o valor de R$ 58.521,31.

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Recebido o valor da indenização, o segurado não comprovou a
quitação do financiamento, e informou que não teria interesse na quitação, no
momento das tratativas administrativas, conforme segue:

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Deste modo, o Salvado encontra-se com a Cia Seguradora,
aguardando a baixa do gravame para transferência, o que não ocorreu pois consta
gravame ativo, e a seguradora-contestante devido ao sigilo bancário, não tem acesso
às informações do financiamento , isto é,  se existe saldo devedor.

Deste modo, Excelência, esclarece-se que o autor tenta transferir


responsabilidades a Cia Seguradora, sem que tenha havido o cumprimento da
obrigação lhe imposta pelo contrato de seguro, que seria a baixa do gravame, de modo
a viabilizar a transferência do salvado.

Demonstra-se, conforme cópia do processo, que ainda consta a


restrição financeira ativa, essa restrição impossibilita a transferência do veículo.
A Seguradora não pode nem negociar o valor pendente do financiamento pois devido
sigilo bancário, a financeira somente passa as informações para a pessoa que
contratou o financiamento, além do que a indenização ter sido integralmente paga.

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Ressalta-se que o veículo se encontra no pátio da seguradora devido a
pendência do segurado em quitar o financiamento e isso gera custos para a cia
seguradora.

Veículo com restrição:

Desta feita, não há qualquer responsabilidade da Cia Seguradora pelo


protesto do nome do Autor junto ao Cartório, bem como pela ausência de
transferência do veículo, de modo que, a demanda deve ser julgada improcedente.

Pelo princípio da eventualidade, a hipótese de entendimento pela


condenação da Cia Seguradora na obrigação de fazer, caberá ao Magistrado
determinar ao autor, proceda com a quitação do financiamento, pois já recebeu o
valor da indenização integral, em decorrência do sinistro e perda total do veículo, para
que a Cia Seguradora possa seguir com a regularização do veículo, quitação dos
débitos e transferência.

Desta feita, ante a demonstração da ausência de responsabilidade da


Seguradora pela regularização do veículo, requer-se a este D. Juízo que julgue
improcedente os pedidos requeridos pelo Autor em sua inicial.

5) DA NÃO INCIDÊNCIA DOS DANOS MORAIS:

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Excelência urge evidenciar, que no caso em apreço, a situação
experimentada pelo autor não ultrapassou o mero dissabor, e esta nem mesmo foi
capaz de provar ofensa a sua honra subjetiva, além do que não houve o cometimento
de ato ilícito por parte da contestante.

Nesse sentido, de acordo com o ensinamento de Caio Mário da Silva


Pereira, o dano moral é:

“qualquer sofrimento humano que não é causado por uma


perda pecuniária e abrange todo o atentado à sua segurança e
tranqüilidade, ao seu amor-próprio estético, à integridade de
sua inteligência, à suas afeições, etc....”3

Veja-se o entendimento Jurisprudencial:

VÍCIO DO PRODUTO. DEMORA NO CONSERTO. DANOS


MORAIS NÃO CONFIGURADOS. 1. A DEMORA DE MAIS 30
TRINTA DIAS PARA O CONSERTO DO PRODUTO COLOCA À
DISPOSIÇÃO DO CONSUMIDOR UMA DAS ALTERNATIVAS
CONTIDAS NO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 18 DO CDC,
MAS, DE PER SI, É IGUALMENTE INSUSCETÍVEL DE
GERAR REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. 2. O DANO
MORAL ESTÁ INEXORAVELMENTE LIGADO A
SENTIMENTOS QUE ULTRAPASSEM AS
VICISSITUDES E AS IMPERFEIÇÕES DO DIA A DIA,
TRADUZIDAS EM ABORRECIMENTOS E
ADVERSIDADES. 3. RECURSO CONHECIDO E NÃO
PROVIDO. 4. RECORRENTE CONDENADA A PAGAR AS
CUSTAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS,
ESTES FIXADOS EM 10% SOBRE O VALOR DA
CONDENAÇÃO. 5. ACÓRDÃO LAVRADO NA FORMA DO ART.
46 DA LEI 9.099/95. (TJ-DF - ACJ: 20130111487598 DF
0148759-77.2013.8.07.0001, Relator: EDI MARIA COUTINHO

3
SILVA, Caio Mário Pereira da. Responsabilidade Civil. 8ª ed., Rio de Janeiro:
Forense, 1998.

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BIZZI, Data de Julgamento: 03/06/2014, 3ª Turma Recursal
dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 13/06/2014 . Pág.: 195)

O dano moral é lesão que atinge a essência da própria condição


humana, capaz de causar sofrimentos tangíveis, como humilhação, vexame, angústia,
e, portanto, torna-se de difícil valoração pecuniária, o que se vê na inicial, são apenas
alegações, o que não forma lastro probatório para indenização a título de danos
morais, pois mera irresignação ou aborrecimento não ensejam reparação.

O dano moral não é presumível, sob pena de transformar o judiciário


em balcão de loteria, não tendo reparação caráter pecuniário, portanto o valor
pleiteado pelo autor beira o absurdo.

Acrescente-se que não houve o cometimento de ato ilícito que


condicione ao pagamento de qualquer indenização, pois a seguradora/contestante não
teve nenhuma ação negativa em relação a parte autora, o que fora pactuado entre
segurada e seguradora foi cumprido.

Temos no artigo 927 do Código Civil:

Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

Resta descaracterizada a responsabilidade civil, face a inexistência de


ato ilícito por parte da requerida, portanto não há que se falar em pagamento de
indenização, sob pena de restar configurada afronta ao artigo 186 do Código Civil:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

É cediço que em nosso ordenamento na ocorrência de ato ilícito


adota-se a teoria subjetiva da culpa, onde o lesado deve comprovar o evento danoso, o
dano e nexo de causalidade.

Nesta ótica, deve haver a existência da ação ou omissão contrária ao


ordenamento e ainda a possibilidade de ser imputável a culpa a outrem, que contribui

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para o evento danoso, deve haver um elo entre a conduta ilícita do agente e o
resultado lesivo para a vítima.

Além do que Excelência, caso seja comprovado qualquer falha no


pacto de seguro, tratar-se-ia de apenas de mero inadimplemento contratual, o que não
enseja reparação a qualquer título.

É entendimento assentado no Superior Tribunal de Justiça:

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL.INADIMPLEMENTOCONTRATUAL. DANOS
MORAIS. NÃO OCORRÊNCIA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.1. A jurisprudência desta Corte é pacífica
no sentido de que, em regra, o simples
inadimplemento contratual não gera indenização por
danos morais. Precedentes.2. A Corte local, no caso em
apreço, analisou exaustivamente a questão, chegando à
conclusão de que não houve dano moral indenizável. Alterar
esta conclusão demandaria reexame do acervo fático-
probatório, o que atrai a incidência da Súmula 7/STJ, que é
aplicável ao recurso fundado em ambas as alíneas do
permissivoconstitucional.3. Agravo regimental a que se nega
provimento. (141971 SP 2012/0020561- 3, Relator: Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 24/04/2012,
T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/04/2012).

Por todo exposto, fica claro que não se está diante da hipótese de
dano moral, devendo o mesmo ser afastado.

Caso Vossa Excelência entenda pela procedência deste pedido em


relação a contestante, o que não se espera, imprescindível que seja arbitrada em
patamares razoáveis, posto que não se presta a uma punição efetiva, mas
compensatória pelos transtornos enfrentados, assim, é que R$ 12.000,00 (Doze

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Mil Reais) mostram-se demasiadamente excessivos, por uma situação que
esta seguradora sequer ter responsabilidade.

Seria desnecessário contestarmos este tópico, pois entendemos que


não houve nenhuma ofensa a honra do Autor, mesmo porque não é devida a
indenização pelos motivos acima expostos.

Ademais, inexiste nos autos qualquer prova de que a conduta da Ré


tenha provocado danos, ofensa à honra, ao bom nome ou à imagem do Autor.

Ora Exa., não há como se dar guarida às alegações formuladas na


inicial e que fundamentam o pedido de dano moral, repita-se, porque o Autor não
comprova, qual teriam sido as humilhações.

O que se percebe, no entanto, é que, galgados nessa impossibilidade


de verificar e se aferir materialmente o dano moral, alguns indivíduos aproveitam
situações e se enchem de sensibilidade, envergando a bandeira de uma moralidade
inexistente, e fazem disto uma tentativa funesta de enriquecer as expensas de outras
pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, que em muitas vezes nenhuma conduta ilícita
praticou.

E sobre os pedidos de indenização por danos morais naqueles casos


em que somente se vislumbra um mero aborrecimento, assim tem decidido os
Tribunais Pátrios:

“RESPONSABILIDADE CIVIL – CARTÃO DE CRÉDITO –


FALSIFICAÇÃO – BLOQUEIO – ESTORNO DE DÉBITO –
DANO MORAL – INOCORRÊNCIA – RECURSO IMPROVIDO
– Responsabilidade Civil. Cartão de crédito. Cobranças de
compra realizada através de falsificação. Bloqueio do cartão.
Pagamento não efetuado. Valor estornado após a verificação do
erro. Não há dano moral a compor se o fato não
provocou qualquer repercussão de ordem patrimonial
ou extrapatrimonial. Mero aborrecimento, normal à
vida social. Sentença de improcedência correta. Apelação

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improvida.” (TJRJ – AC 7.763/1999 – (Ac. 13101999) – 16ª
C.Cív. – Rel. Des. Carlos C. Lavigne de Lemos – J. 31.08.1999)

Não se pode esquecer, e o Autor disso descuidou-se, que o instituto do


“DANO MORAL” insere-se dentro do quadro geral da responsabilidade civil, ou seja,
para sua proteção jurídica, é essencial a comprovação do dano, e do nexo causal entre
ele e o ato tido como ilícito.

A indenização por dano moral deve, portanto, partir dos fundamentos


da responsabilidade civil, que não tem por objetivo criar fonte injustificada de lucros e
vantagens sem causa.

Sob qualquer um dos aspectos o Autor deveria ter seu pleito afastado.
Como já asseverado, é completamente omissa no dever de demonstrar, descrever e
provar o dano e sua extensão.

Portanto, como não restou comprovado qualquer ato ilícito, leia-se


ato culposo, nem tampouco doloso por parte da ré, não há que se falar em indenização
por dano moral.

É ainda da Jurisprudência Pátria:

“DANOS MORAIS. DEMONSTRAÇÃO CABAL. NECESSIDADE.


Qualquer agressão à dignidade pessoal lesiona a honra, constitui
dano moral e é por isso indenizável. Valores como a liberdade, a
inteligência, o trabalho, a honestidade, aceitos pelo homem
comum, formam a realidade axiológica a que todos estamos
sujeitos. Ofensa a tais postulados exige compensação
indenizatória. Mas é indispensável demonstração cabal e
inequívoca do gravame sofrido”. (TJSC – 2ª Câm. Civ. –
19/01/94 – Ap. Civ. N° 40.541 – Rel. Xavier Vieira)

A Requerida, portanto, impugna, expressamente, a condenação aos


danos morais, pelas razões já anteriormente expostas, bem como por ser
manifestamente abusivo, excessivo, inexplicável, configurando, sem dúvida,
pretensão de enriquecimento sem causa, o que é repudiado pelo Direito.

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6) DA CONCLUSÃO E DOS PEDIDOS:

Por tudo quanto exposto, a ITAÚ SEGUROS DE AUTO E


RESIDÊNCIA S.A. requer o seguinte:

1. Que seja deferida a preliminar arguida afim de que seja chamado a


lide o Banco Honda S.A (CNPJ: 03.634.220/0001-65) e citado no atual endereço,
situado na Av. Dr. José Áureo Bustamante, 377, Mezanino – Santo Amaro
- SÃO PAULO/SP - CEP: 04.710-090, para que este ofereça, se quiser, contestação no
prazo legal;

2. Que seja julgada totalmente improcedente a ação, tendo em vista


que a Seguradora agiu integralmente com boa-fé, não causando-lhe qualquer prejuízo
no âmbito material, tampouco moral;

3. A condenação do Autor nas custas e honorários advocatícios;

Requer, por fim, como provas todos os meios em direito admitidos,


especialmente o depoimento pessoal do Autor, sob pena de confesso, especialmente
expedição de ofícios ao DETRAN/TO para que informe acerca da transferência do
bem para a Seguradora, além da juntada de novos documentos, e outras modalidades
de provas que se fizerem necessárias.

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Requer, finalmente, que todas as intimações sejam expedidas,
exclusivamente, sob pena de nulidade4, em nome do Dr. MAX AGUIAR
JARDIM, inscrito na OAB/PA sob o nº 10.812.

Estes são os termos em que,


pede e espera deferimento.

De Belém (PA) para Palmas (TO), 4 de November de 2021.

MAX AGUIAR JARDIM


OAB/PA nº 10.812

THIAGO COLLARES PALMEIRA


OAB/PA 11.730

4
“Advogado. Intimação. Requerimento indicando o nome do advogado que receberá as intimações. Precedentes
da Corte. 1. Comprovado que está nos autos expresso requerimento para que as intimações fossem feitas em
nome dos subscritores antes da decisão que provocou a extinção do processo, fica evidente a nulidade. 2.
Recurso Especial conhecido e provido”. (Ac un da 3ª T do STJ – Resp. 586.362/SP. Rel. Min. Carlos Alberto
Menezes Direito – j. 05.10.2004 – DJU 21.01.2005 – Ementa Oficial) (grifou-se).
“(...) INTIMAÇÃO. Quando o advogado substabelecido, ainda que o substabelecimento seja com reservas,
requer, em petição escrita, que as intimações sejam feitas em seu nome, o desatendimento dessa vontade assim
manifestada implica ofensa ao art. 236, par – 1º do CPC. Recurso Conhecido e Provido”. (STJ – RT 702/207)
(grifou-se).

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