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1. DOS FATOS
Diante disso, em que pese o referido cheque ter sido devolvido sem provisão de
fundos, o Exequente entrou em contato com a Executada em diversas ocasiões na tentativa
de receber amigavelmente o valor devido.
Contudo, por não ter obtido êxito, não se vislumbra outra alternativa que senão
o ajuizamento da presente ação e ainda informa que o Exequente NÃO possui interesse
na designação de audiência para tentativa de conciliação, por tentar inúmeros contatos
com a executada, porém sem nenhum êxito, nos termos do art. 319, VII, do CPC/ C/C art.
53, §1º da lei 9.099/95.
Isto porque, caso haja interesse em composição amigável por parte da Executada,
ao que não se opõe o Exequente, o patrono constituído nos autos poderá entrar em contato
com este procurador, ocasião em que as partes levarão ao conhecimento deste Douto Juízo
petição contendo os termos de acordo.
É admitido neste juízo, com amparo no que dispõe o artigo 301 do CPC c/c
Enunciado 418 do FPPC e no Enunciado 26 do FONAJE, a seguir reverberado, advém o
cabimento da medida liminar, apesar de expressamente não prever a Lei nº 9.099/95:
03- Na posse direta de Ana Maria de Melo da Luz Souza, para efeitos
do art. 1.267, CC/02: Veículo Fiat Palio cor branco banchisa, placa
OQC-5086, da cidade de Matutina / MG”, conforme demonstra o fotos
em anexo (Doc.6).
4. DO DIREITO
O Juizado Especial Cível tem competência relativa para dirimir esta causa, pois
os títulos extrajudiciais não ultrapassam 40 salários-mínimos, no qual a execução
obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, no entanto, com as modificações
impostas ao procedimento executivo para se adequar ao Juizado Especial Cível. (art. 53
caput, da Lei 9.099/95).
Além disso, conforme o art. 784, inciso I do Código de Processo Civil, são títulos
executivos extrajudiciais a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e
o cheque, sendo este último a hipótese da presente ação.
Em relação ao cheque, a Lei nº 7.357/1985 traz em seu texto os procedimentos
para utilização e operação deste título nas transações comerciais, desde o seu conceito até
os trâmites para a cobrança no caso de ocorrer alguma inadimplência no cumprimento de
qualquer obrigação entre credor e devedor.
Por sua vez, os arts. 47 e 52 da lei em comento conferem ao portador a
legitimidade para promover a execução do cheque e para exigir do demandado a
importância do cheque não pago, os juros legais desde o dia da apresentação, as despesas
que fez e a compensação pela perda do valor aquisitivo da moeda.
O cheque objeto da presente ação preenche ainda todos os pressupostos legais,
uma vez é líquido, certo e exigível, ensejando a sua cobrança através do procedimento de
execução por quantia certa contra devedor solvente, nos moldes do art. 783 do Código de
Processo Civil.
In casu, nota-se ainda que o cheque foi apresentado em prazo hábil, estando em
conformidade com o art. 33 da Lei nº 7.357/1985.
Ademais, com relação à qualidade de título executivo extrajudicial que guarda
guarida a presente ação e seu prazo prescricional, o referido cheque está de acordo com o
art. 59 também da Lei nº 7.357/1985.
Com fundamento no art. 798, parágrafo único do Código de Processo Civil, o
Exequente apresenta o valor atualizado do débito, consoante planilha de cálculos anexa
(DOC. 12), o qual alcançou o somatório R$ 20.609,11 (vinte mil e seiscentos e nove reais
e onze centavos) valor já acrescido de juros de mora de 1% ao mês, correção monetária
pelo ICGJ – tabela de julho de 2022 (TJMG) e 10% honorários advocatícios.
5. DOS PEDIDOS
III – Sejam fixados, de plano honorários advocatícios, à base de 10% (dez por cento)
sobre o valor da execução, advertindo que, no de integral pagamento no prazo de 03 (três)
dias, a verba honorária será reduzida pela metade, conforme disposto no art. 827 § 1, do
Código de Processo Civil;
VII – Caso sejam frustradas as penhoras requeridas acima, que seja o sr. Oficial de
Justiça determinado a proceder a penhora e avaliação de tantos bens da Executada quantos
bastem para o pagamento do débito atualizado, juros, correção monetária e honorários
advocatícios, lavrando-se o respectivo auto e intimando o mesmo de tais atos na mesma
oportunidade, nos termos do art. 829 do Código de Processo Civil. Na hipótese de o
Oficial de Justiça não encontrar bens a serem penhorados do Executada, que seja ela
intimada para, no prazo de 5 (cinco) dias, indicar bens passíveis de penhora, sob pena de
ser configurado ato atentatório à dignidade da Justiça e multa de 20% do valor da
execução, conforme determina o art. 774, inciso V e parágrafo único do Código de
Processo Civil;
VIII – A inscrição do nome da Executada nos cadastros de inadimplentes, na forma do
art. 782, § 3º do Código de Processo Civil;