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Agravo de Instrumento - Despejo

Prática Processual Civil II (Universidade Estadual de Maringá)

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Baixado por Leonardo Ribeiro (leonardo.ribeiro.e4@gmail.com)
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.

JOÃO, brasileiro, solteiro, professor, portador da cédula de identidade RG nº número do


documento, inscrito sob o CPF/MF sob o nº número do documento, residente e
domiciliado no endereço completo, na cidade de Juiz de Fora/MG, com o seguinte
endereço eletrônico endereço eletrônico, neste ato representado por seu procurador
judicial adiante assinado, na ação de despejo cumulada com cobrança autuada sob o nº
número dos autos, a qual tramita perante a 2ª Vara Cível da Comarca do Juiz de Fora,
que lhe move PEDRO, brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, portador da
cédula de identidade RG nº número do documento, inscrito sob o CPF/MF sob o nº
número do documento, residente e domiciliado no endereço completo, na cidade de Rio
de Janeiro/RJ, com o seguinte endereço eletrônico endereço eletrônico, vem,
respeitosamente perante Vossa Excelência, não se conformando com a decisão de fls.,
interpor, com fulcro no art. 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil

AGRAVO DE INSTRUMENTO

pelas razões anexas.


Requer seja o presente recurso recebido em seu regular efeito devolutivo, bem como
seja concedido o efeito suspensivo nos termos do art. 1.019, I do CPC face à
probabilidade de provimento e do perigo de dano irreparável.

Informa-se, ainda, a este Tribunal o nome e endereço dos advogados das partes:
1 – Advogado do agravante: Nome completo, endereço completo.
2 – Advogado do agravado: Nome completo, endereço completo.

Por fim, esclarece que o agravante que deixa de anexar as guias de preparo devidamente
recolhidas em face do pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Nestes termos, pede e espera deferimento.

Local, data.
Advogado.
OAB.

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AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.

RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Agravante: JOÃO nome completo.


Agravado: PEDRO nome completo.

Egrégio Tribunal.
Colenda Câmara.

I – Do cabimento e da tempestividade deste recurso.

Conforme se verifica do documento de fls. o agravo foi protocolado na data completa,


ademais, consoante a certidão de fls. o agravante foi intimado acerca da decisão no dia
de, logo, o recurso foi protocolado dentro do prazo legal previsto no art. 1.003, §5º do
CPC.

O cerne do presente recurso gira em torno da decisão que concedeu a tutela provisória
pleiteada pelo agravado em sua petição inicial, conforme doc. anexo. Desta forma, o
pronunciamento é passível de questionamentos por meio de agravo de instrumento,
inclusive é o que preleciona o art. 1.015, I do CPC, vejamos: “Art. 1.015. Cabe agravo
de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas
provisórias; (...)”.

II – Das razões recursais.

O agravante firmou com o agravado contrato de locação de bem imóvel com a


finalidade de residência, na avença ficou estipulado que o prazo de locação seria de
48(quarenta e oito) e o que o aluguel seria no valor de R$3.000,00 (três mil reais) por
mês. Contudo, após 1(um) ano de regular cumprimento do acordo de vontades o
agravante começou a passar por dificuldades financeiras, deixando de pagar o aluguel,
fato este que levou o agravado a ajuizar ação de despejo com pedido liminar de tutela
provisória para que o agravante fosse despejado imediatamente.

Ao apreciar a inicial o ilustre juiz a quo deferiu a antecipação da tutela pleiteada pelo
agravado e determinou que o agravante desocupasse o imóvel no prazo de 72(setenta e
duas) horas, sob pena de multa diária no valor de 2.000,00(dois mil reais). Todavia, a
decisão é equivocada, de plano pois ao deferir o pedido liminar de despejo o magistrado
não concedeu ao agravante o prazo de 15(quinze) dias para purgar a mora, ignorando,

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desta forma, o que prescreve o art. 59, §3º da Lei nº8.245/91. Desta forma, a decisão
atacada deve ser reformada a fim de garantir o direito do locatário de, caso queira,
purgar a mora no prazo de 15(quinze) dias.

Ademais, verifica-se que a decisão objurgada também erra ao estipular multa para o
caso de descumprimento da ordem de despejo, já que a ordem em questão possui
natureza executiva lato-sensu, isto é, caso o agravante se recuse a cumprir o estado deve
se sub-rogar e cumprir a ordem, promovendo o despejo do locatário através do oficial
de justiça. Em suma, se o próprio estado pode executar a ordem em caso de
descumprimento a multa se mostra sem propósito e desproporcional, devendo a decisão
ser anulada neste ponto para os fins de afastar a multa estipulada.

Caso os ilustres desembargadores não entendam pela ilegalidade da multa, insta


salientar que o valor arbitrado pelo juiz a quo é desproporcional e desarrazoado, uma
vez que o valor do aluguel mensal perfaz o montante de R$3.000,00 (três mil reais) não
é razoável que a multa diária seja estipulada em R$ 2.000,00(dois mil reais). Com um
valor tal exorbitante o descumprimento da ordem por um prazo curto de 3(três) dias
acarretará uma multa equivalente a 2(dois) meses de aluguel, o que inclusive aponta
para o enriquecimento ilícito do agravado. Diante do exposto, caso não seja reconhecida
a ilegalidade da multa com a consequente cassação da decisão, requer subsidiariamente
seja reformada a decisão para fins de minorar o valor arbitrado de multa.

III – Do efeito suspensivo.

Conforme já foi demonstrado no tópico anterior a decisão agravada ignorou a


disposição legal do art. 59, §3º da Lei nº8.245/91 e aplicou uma multa ilegal ou, no
mínimo, desproporcional. Desta forma, evidente a probabilidade de provimento do
presente recurso. Outrossim, caso os efeitos da decisão em questão não sejam suspensos
o agravante será despejado do imóvel onde reside, situação que causará inúmeros danos
e embaraços ao agravante. Ademais, a suspensão da decisão é medida perfeitamente
reversível e não causará qualquer dano ao agravado, uma vez que eventuais
condenações patrimoniais poderão ser exigidas pelo locador.

Em síntese, uma vez que está presente a probabilidade de provimento do recurso e o


perigo de dano, requer seja concedido o efeito suspensivo, obstando os efeitos da
decisão, como previsto pelo art. 1.019, I do CPC.

IV – Do pedido.

Diante do exposto, pede-se que:

a) seja deferido os benefícios da justiça gratuita ao agravante, nos termos do art. 98 do


CPC, uma vez que este não possui condições de arcar com as custas processuais sem
prejuízo de seu sustento. Para provar tal situação, junte-se aos autos a declaração de
hipossuficiência nos termos do art. 99, §3º do CPC;

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b) seja admitido o presente recurso, diante da demonstração do preenchimento dos


pressupostos recursais;

c) seja o recurso recebido no seu regular efeito devolutivo, bem como seja concedido o
efeito suspensivo para fins de obstar os efeitos da decisão até o final julgamento do
agravo, já que estão presentes os requisitos da probabilidade de provimento e do perigo
de dano.

d) o agravado seja intimado para, em querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 15


(quinze) dias;

e) ao final, seja dado provimento para reformar a decisão agravada e,


consequentemente, conceder o prazo de 15(quinze) dias para que o agravante purgue a
mora, bem como para anular a decisão no que se refere a multa aplicada de forma ilegal.
Em relação a multa, requer subsidiariamente, caso não seja acolhido o pedido de
cassação, a reforma da decisão para os fins de minorar o valor arbitrado.

Ainda, o agravante informa ao Tribunal que:


a) no prazo de 3 (três) dias comunicará ao Juízo “a quo” acerca da interposição do
presente recurso, conforme enuncia o artigo 1.018, §2º do CPC.
b) as peças que instruem este agravo são as seguintes:
b.1) Petição inicial e contestação (Doc. 01).
b.2) Decisão agravada (Doc. 02).
b.3) Certidão de intimação (Doc. 03).
b.4) Procurações (Doc. 04).
b.5) Declaração de hipossuficiência (Doc. 05).

Termos em que, pede e espera


provimento. Local, data.
Advogado.
OAB.

Baixado por Leonardo Ribeiro (leonardo.ribeiro.e4@gmail.com)

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