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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 11ª Vara Cível da Comarca de São Paulo-SP

Processo nº...

Pedro, já devidamente qualificado nos autos da Ação de Indenização que lhe move Fred já
devidamente qualificado nos autos, vem tempestivamente por meio de seu advogado (procuração
em anexo) propor Contestação com fulcro no art.335 e seguintes do Código de Processo Civil pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos.

I) Fatos

Trata-se de uma Ação de Indenização, pois o autor lhe moveu, com base que o réu teve culpa no
acidente que estragou seu veículo no valor de R$ 35,000,00 (trinta e cinco mil), em razão da colisão
da motocicleta do réu ter colido na lateral esquerda do veículo do Autor.

Ocorre que, a ação não deve prosperar pois o réu não teve culpa, pois este fez um Boletim de
Ocorrência, que foi lavrado por policiais que periciaram o fato e constaram que no momento do
acidente, Fred estava dirigindo bêbado, em uma velocidade acima do permitido, quando trocou
bruscamente da faixa 1 para faixa 2, sem ao menos utilizar a seta indicadora, e no laudo consta que
Pedro dirigia dentro do limite de velocidade, permitida para o local.

Diante do fato exposto, a ação deve ser julgada improcedente pelos fundamentos a seguir expostos.

II) Dos Fundamentos

Conforme o art. 336. Incumbe ao réu, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razoes
de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende
produzir.

O réu alega que não possuí condições de arcar com as despesas judiciais, e requer a gratuidade da
justiça com base no art. 98 e seguintes e art.99. Do Código de Processo Civil.

O réu requer a indenização por dano moral sofrido no valor de R$ 100,000,00(Cem mil reais), em
decorrência dos meses que permaneceu internado, em razão do acidente, que o arremessou de sua
motocicleta, e casou traumatismo crânio encefálico, e realizou uma cirurgia para a retirada dos dois
testículos, devido ao acidente, onde também sofreu fraturas nos dois fêmures, permanecendo por
120 dias sem trabalhar, e conforme o art.927. do Código Civil. Aquele que, por ato ilícito, causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

O réu ainda pleiteia o ressarcimento por danos estético no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
pelo fato da retirada dos testículos, já que teve seu corpo mutilado, e já não consegue se olhar no
espelho, e o art.949 do Código Civil diz que no caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor
indenizara o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

O Superior tribunal de Justiça entende que são cumuláveis as indenizações por dano material e
moral sofrido como está descrito na súmula 37 do STJ. Diante disso entende-se que o réu tem
direito, a reparação integral pelos danos patrimoniais e extrapatrimoniais sofridos.
III) Dos pedidos

A) Que o réu sejá citado para oferecer contestação no prazo de 15 dias conforme o art.335 inciso I

B) Diante dos fatos expostos requer-se a condenação dos danos morais e estéticos com fulcros nos
arts. 931 e 949 do Código Civil.

C) Que seja concedido a gratuidade de justiça com base no arts.98 e 99 do Código de Processo Civil.

D) A intimação dos advogados das partes em seus respectivos endereços com base no art.77. Do
Código de Processo Civil.

E) Que requeira todos os meios de prova das partes com base no art.369 do Código de Processo
Civil, especialmente a prova documental com base no art 435. Parágrafo único.

F) Que os pedidos do autor sejam julgados improcedentes com base no art.330 incisos I e IV do
Código de Processo Civil. E incumbe ao réu alegar antes de discutir o mérito, alegar a inépcia da
petição inicial, com base no art.337 inciso IV.

Termos, em que pede deferimento

Local e data

Advogado

OAB

Respostas

1) A) Sim, com base na súmula do STJ nº 385 que diz que se houver tiver inscrição legitima
preexistente, o autor não tem direito a indenização por danos morais, em caso de anotação irregular
em cadastro de proteção ao crédito.

B) Acontecera que o processo será extinto, se a providencia couber ao autor, e até mesmo o juíz
não resolverá o mérito se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento
e regular do processo conforme os arts. 76 parágrafo 1º e 485 inciso IV do Código de Processo Cívil.

2) A) Sim, conforme o art. 54.-A Parágrafo 1º do Código de defesa do Consumidor que entende que o
se endividamento a impossibilidade de manifesta de o consumidor pessoal natural de boa-fé, pagar
a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo
existencial, nos termos da regulamentação, e o parágrafo 2º. O art. 54-B estabelece que no
fornecimento de crédito e na venda de a prazo, além das informações obrigatórias previstas no art.
52, o fornecedor ou intermediário deverá informar o consumidor, prévia e adequadamente, no
momento da oferta sobre: o direito do consumidor á liquidação antecipada e não onerosa do débito,
nos termos do parágrafo 2º do art.52. O art.52 parágrafo 2º do Código de defesa do consumidor,
assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante
redução proporcional dos juros e demais acréscimos.

B) Silvana, poderá propor a ação de repactuação de dívidas, essa medida, será feita com vistas de
audiência conciliatória, presidida por ele ou por conciliador credenciado no juízo, com a presença de
todos os credores de dívidas previstas no art.54.-A. Essa ação tem objetivo do consumidor
apresentar proposta de plano de pagamento com prazo máximo de 5 (cinco) anos, preservados o
mínimo existencial, nos termos da regulamentação, e as garantias e as formas de pagamento
originalmente pactuadas, no plano de pagamento constará, medidas de dilação dos prazos de
pagamento e de redução dos encargos da dívida ou da remuneração do fornecedor, entre outras
destinadas a facilitar o pagamento da dívida, referência á suspensão ou á extinção das ações judiciais
em curso, a data a partir da qual será providenciada a exclusão do consumidor no banco de dados e
de cadastros de inadimplentes e o condicionamento de seus efeitos á abstenção, pelo consumidor,
de condutas que importem no agravamento de sua situação de superendividamento como está
descrito no art.104-A e parágrafo 3º do Código de Defesa do Consumidor.

3) A) Sim, conforme o que está descrito no art.794 do Código de Processo Civil, o fiador, quando
executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor situados na
mesma comarca, livres e desembargados, indicando-os pormenorizadamente a penhora ou seja o
fiador executado tem esse direito. Já no parágrafo 1º só ficara sujeito á execução os bens do fiador
se os do devedor forem insuficientes a satisfação do direito do credor, mas tem que ser bens
situados na mesma comarca, e a fiadora caso decida pagar a dívida poderá executar o afiançado nos
autos do mesmo processo conforme o parágrafo 2 do art.794 do Código de Processo Civil.

B) O prazo para Miguel apresentar embargos, findou depois de iniciar o prazo para Joana, pois
conforme o art915. Parágrafo 1º, quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo comprovante de citação, salvo no caso de
cônjuges ou de companheiros, quando será contada a partir da juntada do último.

C) Sim, pois o art.229 do Código de Processo Civil dispõe que os litisconsortes que tiverem
procuradores de escritórios distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas
manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independente de requerimento.

4) A) Não, pois Laura herdara todos os bens de Flávio, com base no art.1973 do Código Civil. Que diz
que sobrevindo descendente sucessível ao testador que não tinha ou não conhecia quando testou,
rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador, e
também art. 1974 do Código Civil que diz que se rompe também o testamento feito na ignorância de
existirem outros herdeiros necessários.

B) Sim, pois havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial, se


todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a
qual constituirá documento hábil para qualquer documento hábil pára qualquer registro, bem como
para levantamento de importância depositada em instituições financeiras conforme o que está
descrito no art.610 parágrafo 1º

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