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Magda Dalmagro Ramos OAB/SC 44.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA


CÍVEL DA COMARCA DE BRAÇO DO NORTE – SANTA CATARINA

URGENTE!

ROSILENE GONÇALVES JOAQUIM, brasileira, solteira, do lar, portadora do


RG nº 2.732.178-9, inscrita no CPF sob nº 770.918.259-34, residente e
domiciliada na Rua Adelmo C. de Oliveira, 830, São Francisco de Assis, Braço
do Norte/SC, CEP 88750-000, neste ato representado por sua advogada
nomeada que a esta subscreve com endereço profissional à Rua Joinville, 175,
sala 01, Bairro Beira Rio, São Ludgero/SC, telefone (48) 9673-0605, endereço
eletrônico: advocacia.sl@hotmail.com, CEP 88730-000, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, propor ALVARÁ JUDICIAL, pelos fatos e
direitos a seguir aduzidos:

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Antes de adentrarmos aos fatos, por não possuir condições


financeiras de arcar com as despesas e custas do processo, honorários de
advogado e demais encargos decorrentes da presente demanda, requer que
seja concedido o benefício da justiça gratuita, nos termos do artigo 2º, §único,
da lei 1.060/1950.

DOS FATOS

Rua Joinville, nº 175, Bairro Beira Rio, Sala 01, São Ludgero/SC, CEP 88730-000 Tel: (48)
9112-3483 (48) 9673-0605, e-mail: advocacia.sl@hotmail. com
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A Requerente é genitora de Kamila Joaquim da Rosa. A filha da


Requerente veio a falecer na data de 13 de novembro de 2015 em virtude de
Trauma Torácico; Trauma Abdominal e Poli traumatismo ocasionados em
acidente de trânsito, conforme certidão de óbito anexa.

A Requerente é a única herdeira legal, uma vez que a filha era


solteira e seu filho faleceu no mesmo acidente ocorrido. Kamila sempre
conviveu junto à Requerente, a qual sempre prestou todo o auxílio e amparo
necessários ao sustento de sua filha e de seu neto.

Neste sentido, a Requerente tem ciência de que a falecida filha


possuía valores correspondentes ao FGTS e PIS junto à Caixa Econômica
Federal, sendo estes de suma importância para a Requerente, que é pessoa
pobre e necessita do dinheiro para realizar uma cirurgia oftalmológica e para
arcar demais despesas.

Apesar de ter conhecimento destes valores, a Requerente não


sabe ao certo o montante, não possuindo sequer os dados da conta bancária
de do respectivo banco.

Requer assim que seja oficiado à Caixa Econômica Federal,


Agência de Braço do Norte/SC para levantamento dos valores correspondentes
ao FGTS e PIS em nome de Kamila Joaquim da Rosa.

Após a exposição dos fatos, passaremos a tratar das matérias de


Direito

DO DIREITO

Rua Joinville, nº 175, Bairro Beira Rio, Sala 01, São Ludgero/SC, CEP 88730-000 Tel: (48)
9112-3483 (48) 9673-0605, e-mail: advocacia.sl@hotmail. com
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Ao iniciar a análise do Direito, buscaremos inicialmente a Lei


6.858/1980, que dispõe sobre o pagamento, aos dependentes ou sucessores,
de valores não recebidos em vida pelos respectivos titulares, onde no seu Art.
1º traz de quem é a competência para impetrar a presente ação:

Art. 1º -Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e


os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos
em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais,
aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou na
forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na
sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará
judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.

Vejamos neste dispositivo que a lei busca primeiramente verificar


se o falecido possuía dependentes cadastrados na Previdência Social.

Deste modo, requer seja oficiado o INSS afim de que seja


informado a existência de eventuais dependentes habilitados.

Em um segundo momento, a lei prevê que a competência será


dos sucessores previstos na lei civil. Pelo fato de ser a Sra. Kamila, solteira,
essa competência caberia, em tese, aos filhos, conforme o disposto no Art.
1.829, do Código Civil. Porém, seu filho faleceu no mesmo acidente de Kamila,
sendo que a Requerente, ora genitora, é quem detém o direito ao recebimento
de tais valores, e ainda por ter sempre amparado a filha e sempre arcado com
todas as despesas da mesma e de seu neto.

E da jurisprudência, colhe-se:

“ALVARÁ JUDICIAL. LEVANTAMENTO DE VALORES EM


DEPÓSITO BANCÁRIO, FGTS, PASEP E PROVENTOS DO INSS.
INEXISTÊNCIA DE BENS. DESNECESSIDADE DE INVENTÁRIO. 1.
O pedido de expedição de alvará judicial é cabível quando,

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inexistindo bens a serem partilhados, existem valores deixados pelo


de cujus e que não foram por ele utilizados, seja em depósitos
bancários, seja em conta de poupança saldo de FGTS, PASEP ou
resíduos salariais. Inteligência da Lei nº 6.858/80. 2. Havendo pedido
de levantamento de parte dos valores a fim de obter o ressarcimento
pelas despesas funerais, que foram comprovadas, é cabível o
acolhimento desse pleito, pois constitui crédito privilegia do ex vi do
art. 965, inc. I, do CCB e deve prioritariamente será tendido. Recurso
provido. (Apelação Cível Nº 70038253274, Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos
Chaves, Julgado em 14/09/2011).

3 – DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer:

1- Seja concedida à Requerente os benefícios da assistência judiciária


gratuita, por ser a autora legalmente necessitada, nos termos da Lei
n° 1060/50.
2- Seja oficiada a Caixa Econômica Federal, agência de Braço do
Norte/SC, para informar os valores em Conta Corrente ou
Poupança que existem em nome de Kamila Joaquim da Rosa, CPF:
090.770.889-70, RG 6473254.
3- A expedição de Alvará Judicial a fim de que a Requerente possa
sacar os valores de direito existentes junto à Caixa Econômica
Federal.

3– A produção de todos os meios de prova em direito admitidos.

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4- Por fim, requer a fixação de honorários advocatícios à


defensora nomeada, expedindo-se a certidão competente.

Dá-se à causa o valor de R$880,00 (oitocentos e oitenta reais).

Termos em que,

Pede deferimento.

São Ludgero, 26 de setembro de 2016

MAGDA C. DALMAGRO RAMOS


OAB/SC 44.438

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