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A D V O C A C I A & C O N S U L T O R I A
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Autor não tem condições de arcar com as custas, honorários e demais despesas
processuais advindas da presente demanda, sem que para isto comprometa sua própria
subsistência e de sua família. Desta feita, requer o deferimento dos benefícios da gratuidade de
justiça, nos termos do art.5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal.
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No dia 31 de março do corrente ano, o autor teve o seu término de vínculo trabalhista e
ao solicitar o saque do FGTS, não logrou êxito, posto que terceira pessoa, sem o seu conhecimento
ou anuência, promoveu adesão ao programa Saque-Aniversário e empréstimo na modalidade de
adiantamento do FGTS, através da CAIXA ECONOMICA FEDERAL.
Nesse mesmo dia às 20h11, foi realizado saque no valor de R$ 720,00 (setecentos e vinte
reais) na agência da Caixa Econômica Federal em Goiânia/GO sem o conhecimento do Autor.
Ocorre Excelência, que o Autor nunca efetuou tal contratação, não tinha o aplicativo
instalado em seu celular, não efetuou o saque, e que no dia do ocorrido estava trabalhando em
Brasília/DF, conforme folha de ponto anexa. Ademais, o Autor não conhece a cidade de
Goiânia/GO.
Essa modalidade, pouco conhecida por muitos brasileiros, tornou-se alvo de golpistas
que, após fraudarem os acessos, desviam valores e contratam empréstimos no nome das vítimas.
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Referida operação comprometeu totalmente o autor, vez que a única reserva que poderia
lhe socorrer no momento em que ficou desempregado seria justamente as verbas oriundas do
FGTS.
O Autor seguiu à risca, todas as orientações da Ré, prazos e fases foram cumpridos e, até
a presente data não houve solução, não restando outra alternativa para o Autor a não ser propor a
presente demanda.
III- DO DIREITO
III.I - DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Registre-se que a hipótese deu origem à súmula do STJ, nos termos que seguem:
Súmula 297: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às
instituições financeiras.”
Destarte, Vossa Excelência, não subsiste a mais mínima dúvida acerca da aplicação do
Código Brasileiro do Consumidor, Lei 8.078 de 11 de setembro de 1990, aos contratos firmados
entre as instituições financeiras e os seus clientes.
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o Banco deve investir em segurança a fim de evitar as fraudes. Notícias recentes demonstraram
que o Banco ora requerido possui sistema frágil, posto que a autor não é o primeiro e nem será a
última vítima, tudo porque os bancos não investem em tecnologias e sistemas de segurança para
coibir as fraudes. Portanto, resta devidamente configurado a legitimidade do banco requerido na
presente ação.
Desse modo, cabe a ré demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pela autora.
Resta informar ainda que algumas provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se
acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima,
pois se trata de princípios básicos do consumidor.
O autor fora demitido sem justa causa em 31/03/2023, conforme faz prova documentos
em anexo.
A empresa lhe forneceu as chaves para a liberação do FGTS, contudo, ao tentar sacar, a
Caixa Econômica Federal não permitiu o saque sob alegação de que o Autor havia contratado a
modalidade saque aniversário, não podendo fazer a retirada naquele momento.
Tal informação não procede, pois o Autor nunca efetuou tal contratação.
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Fato é que, o direito do Autor está sendo cerceado, surrupiado, POIS ELE NUNCA
OPTOU POR ESTA MODALIDADE e está sendo impedido de retirar seus valores neste
momento, onde encontra-se desempregado, desamparado e com contas a pagar.
Nos termos do art. 20, I, da Lei nº 8.036/90, a conta vinculada do trabalhador poderá ser
movimentada na despedida sem justa causa.
Se houve fraude e outra pessoa contratou o saque aniversário e sacou valores no lugar do
autor, trata-se isso de fraude bancária.
Desse modo, requer alvará de liberação de FGTS no valor de R$ 3.908,17 (três mil
novecentos e oito e dezessete centavos).
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No caso sob exame o autor, em momento algum, concorreu para a ocorrência do dano.
Pelo contrário. Procurou a Caixa Econômica Federal para ver o que tinha acontecido com a
impossibilidade em sacar seu FGTS e foi informado que tinha sido feito a contratação do saque
aniversário e logo em seguida saque de sua conta em Estado diverso de onde mora.
É de competência da instituição bancária zelar pela regularidade dos documentos que lhe
são apresentados para fins de contratação de serviços e saque de valores na instituição, o que não
foi feito.
III.VI – DO RESSARCIMENTO EM DOBRO
Em recente decisão do Superior tribunal de Justiça, foi editado entendimento de que NÃO
é necessário a comprovação da intencionalidade da empresa (má-fé), bastando que o fornecedor
tenha agido de forma contrária a boa-fé objetiva, adotando-se como tese:
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Logo, por ter pago de forma indevida as parcelas dos empréstimos no total de R$ 721,13
(setecentos e vinte um reais e treze centavos) requer o pagamento em dobro, perfazendo o total
de R$ 1.442,26 (um mil quatrocentos e quarenta e dois reais e vinte e seis centavos)
A conduta da CEF gerou grandes transtornos, visto que o autor se encontra desempregado
e este era o único meio de fornecer seu sustento e de sua família, principalmente o sustento
alimentar.
Diante dos fatos supracitados mostra-se patente a configuração dos “danos morais”
sofridos do requerente. A moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos
diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, inc. V, da carta magna/1988:
Outrossim, o art. 186 e o art. 927, do código civil de 2002, assim estabelecem:
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A Aludida operação comprometeu totalmente o autor, vez que a única reserva que poderia
lhe socorrer no momento em que ficou desempregado seria justamente as verbas oriundas do
FGTS.
Sobre a tutela pleiteada, tem-se o art. 300, do atual Código de Processo Civil,
in verbis:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso,
exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. (grifei).
Ve-se, então, que os requisitos necessários para a concessão da tutela de
urgência antecipada estão presentes no caso em questão.
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Por sua vez, o perigo de dano também está estampado junto as provas acostadas,
uma vez que, caso não realize o saque do seu FGTS, comprometerá no seu sustento e da sua
família, que conta com a verba, fruto do seu trabalho.
Dessa forma, desde logo, o Autor requer seja deferida a TUTELA DE URGÊNCIA
ANTECIPADA para DETERMINAR QUE O RÉU libere seu FGTS, sob pena de multa diária.
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Protesta provar por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pela
prova documental já anexa aos autos.
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