Você está na página 1de 4

1º OFÍCIO GERAL – Boa Vista/RR

AO JUÍZO DA 3ª VARA FEDERAL DE JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO


JUDICIÁRIA DE RORAIMA

Processo nº: 1002432-53.2019.4.01.4200

(PAJ/DPU nº: 2019/005-00392

NAUDEMIR ROBERTO ALVES DA SILVA, já qualificado nos autos em


epígrafe, por intermédio da DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, vem manifestar ciência do
laudo pericial apresentado, e sobre este manifestar-se, nos termos do art. 477, §1º, do
Código de Processo Civil.

I. BREVE RELATO

O Requerente, assistido pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, que neste


ato se faz presente pela Defensora Pública Federal infra-assinada, exerceu seu direito de
ação em face do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, objetivando o a concessão de
BPC - LOAS (NB 703.826.556-4) de maneira retroativa à data do requerimento
administrativo (28/08/2018).

A autarquia previdenciária apresentou inicialmente contestação, postulando no


mérito a improcedência dos pedidos autorais. Ao evento em que o Douto Juízo determinou
a realização de perícia médica judicial, cujo laudo encontra-se juntado. É o relato
necessário.

II. MANIFESTAÇÃO. LAUDO FAVORÁVEL

__________________________________________
Av. Nossa Senhora da Consolata, 613, Centro, CEP: 69.301-011, Boa Vista/RR
dpu.rr@dpu.gov.br - Tel.: (95) 3212-3000| www.dpu.gov.br

Página 1 de 4
1º OFÍCIO GERAL – Boa Vista/RR

Inicialmente, cumpre enfatizar que o laudo pericial exarado pelo experto


nomeado é francamente favorável à pretensão autoral. De acordo com a perícia médica
judicial determinada por este juízo (id 390855433), ficou atestado que o requerente está
incapacitado de forma total e permanente para exercer sua atividade laborativa em razão de
apresentar fratura exposta do antebraço esquerdo (CID- S52) decorrente de ser vítima de
um atropelamento, conforme respostas aos quesitos números 3, e 7 do juízo.

O experto afirmou ainda que não há um tratamento previsto para a incapacidade


do requerente far-se-á durante o restante da vida, sem possibilidade de retorno às
atividades laborais habituais ou mesmo outras mediante reabilitação imediata (incapacidade
profissional) em virtude do estado mórbido grave do sujeito periciado, tendo em vista que a
doença que acomete o requerente possui um prognóstico muito ruim, consoante respostas
aos quesitos números 2, 4 e 5 do autor e a conclusão médico-pericial.

Ademais, em resposta aos quesitos número 7 e 8 do juízo, o douto perito atestou


o início da incapacidade laboral, e que tal incapacidade gerou ou gera impedimentos por
prazos superiores a 2 (dois) anos. Assim, o laudo do requerente evidencia a incapacidade
total e até o presente momento definitiva para exercer qualquer atividade laboral.

Desse modo, inevitável constatar a ilegalidade da decisão do INSS que resultou


no indeferimento da concessão do BPC - LOAS NB 703.826.556-4, em 28/08/2018, haja
vista que, nos termos do art. 2°, e, da Lei nº 8.742/93, o benefício em questão é devido à
pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família.

Desse maneira, por meio da perícia judicial, resta comprovado que a parte
demandante teve seu benefício indeferido enquanto persistia sua incapacidade e que não
há possibilidade de recuperação para qualquer atividade, devendo lhe ser pago os valores
não percebidos à título de BPC - LOAS, desde 28/08/2018 (data do indeferimento indevido
do requerimento de NB 703.826.556-4).

III. DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

__________________________________________
Av. Nossa Senhora da Consolata, 613, Centro, CEP: 69.301-011, Boa Vista/RR
dpu.rr@dpu.gov.br - Tel.: (95) 3212-3000| www.dpu.gov.br

Página 2 de 4
1º OFÍCIO GERAL – Boa Vista/RR

Conforme laudo médico judicial, O Requerente encontra-se incapacitado para o


exercício de qualquer labor. Veja-se as conclusões:

Dessa forma, de acordo com o laudo médico judicial, a requerente faz jus ao
benefício de prestação continuada, nos termos do art. 42, da Lei nº 8.742/1993.

IV- DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, NAUDEMIR ROBERTO ALVES DA SILVA, por intermédio


da DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, requer sejam todos os pedidos julgados
procedentes

a) A concessão da gratuidade da justiça, nos termos do art. 98 e ss., do CPC/15;

b) A reapreciação do pedido de tutela de urgência, nos termos expostos;

c) Ao final, condenando-se o INSS a pagar os valores retroativos a título de


benefício de prestação continuada de NB 703.826.556-4, indeferido
indevidamente, desde a data do indeferimento do requerimento administrativo
(28/08/2018), com juros de mora e correção monetária;

Nestes termos, pede deferimento.


Boa Vista/RR, 26 de abril de 2021.
__________________________________________
Av. Nossa Senhora da Consolata, 613, Centro, CEP: 69.301-011, Boa Vista/RR
dpu.rr@dpu.gov.br - Tel.: (95) 3212-3000| www.dpu.gov.br

Página 3 de 4
1º OFÍCIO GERAL – Boa Vista/RR

RAQUEL GIOVANINI DE MOURA


Defensora Pública Federal

NATHÁLIA KAROLINE GOMES RODRIGUES


Estagiária da Defensoria Pública da União

__________________________________________
Av. Nossa Senhora da Consolata, 613, Centro, CEP: 69.301-011, Boa Vista/RR
dpu.rr@dpu.gov.br - Tel.: (95) 3212-3000| www.dpu.gov.br

Página 4 de 4

Você também pode gostar