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Suzanne Vega, titular de 5% (cinco por cento) dos créditos trabalhistas, apresentou objeção
ao plano formulado, sob o argumento de ser vedada a venda parcial dos bens como meio de
recuperação do devedor.
Pergunta 2
O requerimento da recuperação judicial é uma forma do devedor reconhecer que está em crise
e que tem dificuldade para honrar suas obrigações. Assim que deferido o processo da
recuperação judicial, o devedor passa a gozar de uma série de benefícios de negociação com
os credores. Em contrapartida a esses benefícios, ele passará a ter sua atuação fiscalizada.
V I. Fica impedido de exercer o cargo de administrador a pessoa que, nos últimos cinco anos,
ao desempenhar essa função foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais
ou teve a prestação de contas desaprovada.
? II. É um agente auxiliar da justiça, criado para representar credor e devedor, como
intermediador, dada a necessidade de proteção dos interesses de ambos na recuperação
judicial.
FALSA “auxiliar qualificado do juízo. Inserto no elenco dos particulares
colaboradores da justiça, não representa os credores nem substitui o
devedor falido” (FAZZIO JR, 2005. p. 326).
F III. Pela competência que possui, é certo que atos do administrador judicial podem causar
danos a massa falida, ao devedor ou aos credores, por esta razão, é desnecessária a
constatação de dolo ou omissão para responsabilização do administrador, por decorrência
lógica, do nexo de causalidade entre a conduta do administrador e o dano causado.
Pergunta 3
A respeito da recuperação judicial é correto afirmar que o devedor, no momento do pedido,
deverá atender aos seguintes requisitos legais:
V III – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
V IV – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em
julgado, as responsabilidades daí decorrentes
Pergunta 4
Recuperação extrajudicial
Segundo Coelho (2008), a partir da lei de falência e recuperação, criam-se condições para a
atuação lógica do mercado na superação de crises empresariais. Salomão e Santos (2012)
argumentam que a realidade tem demonstrado que credores e devedores buscam regularizar
seus negócios informalmente, fora do juízo, evitando processos judiciais dispendiosos que,
por sua vez, têm a rapidez e discrição como principais vantagens. Ainda segundo os autores,
a nova lei proporciona alternativa prévia à recuperação judicial, pressupondo haver
viabilidade econômica compatível com a renegociação com alguns credores. Mamede (2006)
explica que, ao assumir uma negociação entre credores e devedores fora dos tribunais, nota-
se a possibilidade de viabilidade socioeconômica da empresa em crise financeira, uma vez
que os credores acatam a nova negociação, permitindo que a recuperação do caixa da
empresa ocorra, voltando a operar normalmente.
Considerando a afirmação acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
PORQUE
II - Se tal fosse possível haveria fácil manipulação dos trabalhadores quanto a assinatura do
Plano de recuperação extrajudicial, considerando que este acordo é realizado
extrajudicialmente e apenas levado ao Judiciário para homologação.
Pergunta 5
Além de definir o prazo de apresentação do plano de recuperação judicial, a Lei nº
11.101/2005, em seu artigo 53, define os elementos que devem constar do plano de
recuperação judicial. A apresentação de um plano incompleto equivale a sua não
apresentação, e, por isso, conduzirá a falência.
III. A apresentação da viabilidade econômica tem como objetivo demonstrar aos credores os
efeitos positivos da recuperação judicial, embora seja o próprio devedor que apresente as
justificativas.
Pergunta 6
A recuperação judicial tem por objetivo
viabilizar a superação da situação de
crise econômico-financeira do devedor,
a fim de permitir a manutenção da fonte
produtora, do emprego dos trabalhadores
e dos interesses dos credores,
promovendo, assim, a preservação da
empresa, sua função social e o estímulo
à atividade econômica.
Pergunta 7
Em razão dos princípios que regem a recuperação da empresa, a Lei n°11.101/2005 autoriza
uma forma alternativa de aprovação do plano de recuperação judicial. Assim, mesmo sem
atingir a aprovação unânime em cada uma das classes de credores, o juiz poderá considerar
aprovado o plano, desde que atendidos alguns requisitos.
Sobre os requisitos necessários para o juiz considerar o plano de recuperação judicial
aprovado, avalie as afirmações a seguir:
? I. voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos
presentes à assembleia;
F III. aprovação de credores que representem pelo menos um terço dos credores titulares de
créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho devendo
ser considerado cumulativamente o valor e o número de credores independentemente do valor
dos créditos.
F IV. não implicação de tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver
rejeitado.
V V. aprovação de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos
presentes à assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes.
Pergunta 8
A constatação prévia na nova Lei de Recuperação Judicial e Falências.
Após aprovação pela Câmara e pelo Senado no segundo semestre de 2020, foi sancionada
pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 24 de dezembro, a reforma da Lei de Recuperação de
Empresas e Falências. Entrando em vigor neste domingo (24/1), a nova Lei nº 14.112/2020,
além de propor novas opções para conferir efetividade aos processos de insolvência,
introduziu a ferramenta de constatação prévia no artigo 51-A, sendo resultado de uma
observável utilização desse instituto por magistrados especializados na seara insolvencial.
A constatação prévia na nova Lei de Recuperação Judicial e Falências. Por Mateus Cecy.
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-jan-24/cecy-constatacao-previa-lei-
recuperacao-judicial. Acesso em: 19.04.2021 (adaptado).
Considerando a afirmação acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
PORQUE
Pergunta 9
Em meio à crise econômica que assola o mundo há mais de um ano em razão da pandemia do
coronavírus, a questão da regularidade das dívidas tributárias volta à tona. Setores da
economia têm pressionado parlamentares e o executivo para a criação de um novo REFIS.
Pergunta 10
Com dívidas de 480 milhões de reais, o grupo educacional Metodista pediu recuperação
judicial, no Rio Grande do Sul. A empresa tem ainda unidades em São Paulo, Rio de Janeiro
e Minas Gerais e alega que a crise da Covid-19 foi a gota d’agua na já difícil vida financeira
que passou a ter depois das restrições do programa de financiamento estudantil (FIES) e a
forte inadimplência dos alunos que se beneficiaram do programa. Os contratos anuais via
FIES caíram 86% desde o auge, em 2014. A inadimplência dos contratos chegou a 47%, em
2019. Já a pandemia afetou especialmente o Rio Grande do Sul, onde foram registradas as
maiores taxas de evasão com queda de 80% no número de alunos.
Pergunta 11
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise
econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do
emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação
da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
III – Optando pelo regime empresarial, a partir da inscrição adequada, o produtor rural fica
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro, de modo que poderá
requerer a sua recuperação judicial.
Pergunta 12
O requerimento da recuperação judicial é uma forma do devedor reconhecer que está em crise
e que tem dificuldade para honrar suas obrigações. Assim que deferido o processo da
recuperação judicial, o devedor passa a gozar de uma série de benefícios de negociação com
os credores.
Sobre os credores do devedor na recuperação judicial, é correto afirmar que são divididos nas
seguintes classes:
Pergunta 13
Pankas Skate Ltda. formulou pedido de recuperação judicial, cujo processamento foi deferido
pelo juiz da Vara de Recuperação Judicial e Falência da Comarca de Porto Alegre. Contudo,
a assembleia-geral de credores rejeitou o plano de recuperação apresentado pela Pankas Skate
Ltda., dado que reprovado por todas as classes de credores.
Pergunta 14
Da consolidação processual e da consolidação substancial.
A redação original da lei não previa a possibilidade de devedores se reunirem para formular,
conjuntamente, pedido de recuperação judicial. Como o litisconsórcio ativo não era
expressamente proibido, nem expressamente permitido, a prática forense acabou por moldar a
recuperação judicial de grupos econômicos.
Barros Neto, Geraldo Fonseca de. Reforma da Lei de Recuperação Judicial e Falência:
comentada e comparada. Rio de Janeiro: Forense, 2021.
PORQUE
Pergunta 15
A consolidação processual na recuperação judicial à luz da Lei 14.112/2020.
Situação cada vez mais comum nos dias de hoje é a organização de empresas em grupos
empresariais, especialmente em sociedades de grande porte, as quais podem estar interligadas
por diversos fatores, seja por complementação de atividades, identidade de sócios ou sob o
comando de uma empresa controladora, podendo agir com interesse comum ou até "oposto".
Na hipótese de afetação de uma empresa integrante de grupo econômico por crise econômica,
a situação de crise pode ou não comprometer as demais empresas do grupo, a depender da
forma em que o grupo foi estruturado e a interdependência destas empresas. A crise pode
envolver a integralidade do grupo, o que é absolutamente comum.
A solução para o soerguimento da crise pode ser única a todo o grupo, e uma das hipóteses de
solução da crise é o pedido de recuperação judicial. (...)
F III. Como na consolidação processual os ativos e os passivos dos devedores são unificados,
o plano de recuperação judicial deverá ser único, a ser submetido a uma mesma coletividade
de credores.
V IV. A consolidação processual não impede que alguns devedores obtenham a concessão da
recuperação judicial e outros tenham a falência decretada.