O documento discute os objetivos, natureza jurídica e plano de recuperação judicial segundo a Lei 11.101/2005. Os objetivos incluem viabilizar a superação da crise financeira da empresa, preservar empregos e interesses de credores. Há debates sobre se sua natureza é contratual ou de uma ação judicial. O plano deve ser apresentado em 60 dias e detalha medidas e prazos de pagamento a credores.
O documento discute os objetivos, natureza jurídica e plano de recuperação judicial segundo a Lei 11.101/2005. Os objetivos incluem viabilizar a superação da crise financeira da empresa, preservar empregos e interesses de credores. Há debates sobre se sua natureza é contratual ou de uma ação judicial. O plano deve ser apresentado em 60 dias e detalha medidas e prazos de pagamento a credores.
O documento discute os objetivos, natureza jurídica e plano de recuperação judicial segundo a Lei 11.101/2005. Os objetivos incluem viabilizar a superação da crise financeira da empresa, preservar empregos e interesses de credores. Há debates sobre se sua natureza é contratual ou de uma ação judicial. O plano deve ser apresentado em 60 dias e detalha medidas e prazos de pagamento a credores.
gerais sobre a recuperação Pesquisa judicial de empresas frente a Artigos recentes nova Lei 11.10 Índice de artigos
Douglas Cavallini de Sousa - Advogado
cavallinirp@hotmail.com
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Aspectos gerais sobre a recuperação judicial de empresas frente a nova Lei 11.10
Aspectos gerais sobre a recuperação judicial de empresas frente a
nova Lei 11.101/2005.
1. Objetivos da recuperação judicial.
Os objetivos da recuperação judicial resultam da análise do
instituto em foco e da sua tipicidade legal. Assim a lei estabeleceu quais são seus objetivos, in verbis:
A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação
da crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estimulo à atividade econômica .
Assim, a LRE possui uma normação essencial que abre espaço e
autoriza soluções não ortodoxas, sendo possíveis acordos entre credores de diversas classes e o devedor. Há, contudo, mínimos legais que tem o condão de proteger que determinada categoria de créditos monopolize os recursos do devedor, em detrimento de outros .
Pode se verificar que o legislador se preocupou com a eficiência
e a celeridade no cumprimento do plano de recuperação acordado, tal preocupação é importante, porém também é perigoso, pois as lacunas existentes na lei podem insurgir com inúmeras questões sobre a validade e a adequação sobre a legalidade de determinados mecanismos de recuperação.
Assim, de maneira bastante geral pode-se dizer que a
recuperação judicial tem os seguintes objetivos: a) reorganizar a empresa que esteja passando por uma crise econômico- financeira; b) preservar a relação de emprego; c) aumentar o âmbito da negociação entre devedor e credores; d) abranger a maior parcela possível de credores e empregados do devedor; e) regular a convolação da recuperação em falência; f) fixar mecanismos de alteração do plano; g) estabelecer limites da supervisão judicial da execução do plano e regulamentar o elenco de atribuições dos órgãos administrativos do plano de recuperação. Nesse sentido, Waldo Fázzio Júnior, entende que a LRE disciplina:
a) forma de distribuição dos fundos; b) solução para execução
parcial ou integral dos contratos; c) venda dos bens gravados; d) procedimentos de deliberação; e) expedientes de divulgação; f) soluções para créditos impugnados; g) alternativas para resolução das questões pertinentes ao pessoal da empresa; h) funções executivas reservadas ao administrador judicial; i) condições da constituição do comitê; j) eventual incidência de juros; l) modificações estruturais para viabilização da empresa; m) hipóteses de suspensão do plano; n) extensão do período do plano; e o) afetação do plano por normas tributárias, previdenciárias, trabalhistas, etc .
Derradeiramente pode-se afirmar que o escopo maior da LRE é
viabilizar, proporcionar a possibilidade de superação da situação de crise do devedor, com o mister de permitir à manutenção da empresa, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, pela manutenção da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
2. Natureza jurídica.
A natureza jurídica da recuperação judicial é controvertida na
doutrina brasileira. Para Lídia Valério Marzagão não há dúvida quanto à natureza contratualista da recuperação judicial que a princípio, obriga a participação efetiva de todos os credores representados em Assembléia Geral de Credores, que terão o poder de aprovar ou não o plano de recuperação apresentado pelo devedor . Dessa maneira, entende a advogada que a partir da vigência da LRE esta se resgatando um sistema já adotado no país no século passado.
A outra parte da doutrina entende que a recuperação judicial
tem natureza jurídica de uma ação, assim entende Waldo Fazzio:
Diz a LRE que a recuperação judicial é uma ação. Ação de
conhecimento da espécie constitutiva acrescente-se. Inaugura uma nova conjuntura jurídica, modificando a índole das relações entre o devedor e seus credores e, bem assim, entre o devedor e seus empregados. Para não dizer, entre devedor e a atividade empresarial que exerce .
Adotamos esse entendimento de que a natureza jurídica da
recuperação judicial e de uma ação, uma vez que se trata de uma dicção legal, ou seja, a própria lei já dispõe ser a recuperação judicial uma ação e em momento algum contrato.
A ação de recuperação judicial está prevista nos artigos 47, e
seguintes da nova lei. A ação tem por fim sanear a situação gerada pela crise econômico-financeira da empresa devedora, como toda ação, o autor postula do Poder Judiciário o deferimento de uma pretensão que é a de por em prática um plano de reorganização da empresa, ou seja, um plano de recuperação judicial. Imperioso se faz ressaltar, que a LRE diz que a recuperação judicial da microempresa é uma medida que pode ser requerida pelos titulares dessa empresa antevendo a possibilidade de uma crise econômico-financeira. Assim como se pode depreender da interpretação exegeta, pode se verificar que a recuperação judicial não tem caráter de ressurreição, mas sim caráter preventivo, devendo ser concedido somente às empresas viáveis, sendo a falência a solução jurídica aplicável às empresas inviáveis.
3. Plano de recuperação judicial.
O plano de recuperação judicial será apresentado pelo devedor
em juízo no prazo improrrogável de 60 (sessenta) dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência. Esse plano deverá conter a discriminação pormenorizada do resultado da situação econômico-financeira do devedor, bem como, de forma discriminada, a indicação dos meios de recuperação a serem adotados, detalhando os prazos e formas de pagamentos dos credores . Deverá conter ainda, a demonstração da viabilidade econômica, além de laudo econômico-financeiro e de avaliação dos bens e ativos do devedor, subscrito por profissional legalmente habilitado ou empresa especializada.
Deve-se ressaltar que se trata de um plano oneroso o que
inviabiliza a concretização do plano. Nesse sentido salienta Paulo Roberto Colombo Arnoldi:
Normalmente, as empresas que se encontra em dificuldades
econômico-financeira o primeiro compromisso que deixam de cumprir é com as obrigações fiscais, na esperança que o fisco venha conceder isenção das multas e o parcelamento do crédito, como forma de evitar problemas sociais com a sua quebra. Todavia, quando propuser o plano o saldo será elevado, o que dificulta ainda mais a obtenção da certidão negativa .
Ainda o mesmo autor:
Outra questão que tem criado certa dificuldade na aprovação
dos planos de recuperação judicial é a complexidade do processo de negociação com os credores, ou seja, as dificuldades de reunir em um único plano soluções que atendam os interesses de credores tão diversos, que pode englobar, desde um simples produtor rural, a um banco internacional .
O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo para o
cumprimento do plano, entretanto, estabeleceu critérios no sentido de que não haverá prazo superior a um ano para pagamento de créditos derivados da legislação do trabalho ou créditos decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido da recuperação judicial. O plano não poderá prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencido nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial .
Ressalte-se, ainda, que qualquer credor poderá manifestar ao
juiz sua objeção ao plano de recuperação judicial no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da publicação da relação de credores apresentada pelo administrador judicial. Nessa hipótese, havendo objeção por qualquer credor, o juiz determinará a convocação da Assembléia Geral para deliberar sobre as condições nele estabelecidas.
O plano de recuperação poderá sofrer alterações na Assembléia
Geral, no entanto deverá haver expressado concordância do devedor, e, ainda assim, em termos que não implique em diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes.
Caso o plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor
seja rejeitado, é permitido aos credores apresentarem plano alternativo, sendo que, se rejeitado pela Assembléia, o juiz deverá decretar a falência do devedor. Dispõe o artigo 67 da LRE, que as obrigações contraídas pelo devedor no curso da recuperação judicial decorrente de fornecimentos de bens e serviços e contratos de mútuos, durante o período da recuperação, são considerados créditos extra-concursais em caso de decretação da falência, e terão preferência no pagamento se convolada a recuperação judicial em falência. No que se refere aos créditos quirografários sujeitos a recuperação judicial pertencente a fornecedores de bens ou serviços que continuarem a provê-los normalmente após o pedido de recuperação judicial terão privilégio geral de recebimento em caso de decretação de falência, no limite do valor dos bens ou serviços fornecidos durante o período de recuperação. Vislumbra-se a exacerbada intenção do legislador em proporcionar segurança jurídica àqueles que mantêm fornecimento às empresas submetidas a esse regime. A prioridade dada a esses créditos em relação aos demais, tem sido vista de forma positiva pela maioria dos operadores do direito, uma vez que o fornecedor terá maior garantia com relação à satisfação de seu crédito ao passo que a empresa em recuperação, oportunidades concretas de alcançar o seu objetivo de reorganização .
Mesmo ante as preocupações existentes, ainda, nos meios
forenses acredita-se que de maneira geral os resultados tem sido positivos e que o instituto tende a prosperar em virtude dos benefícios que acarreta às empresas em dificuldade econômico-financeira.
4. Meios de recuperação judicial
Após amplas discussões com vários segmentos da sociedade
brasileira, a LRE elenca de maneira generosa algumas formas de recuperação, o artigo 50, é taxativo, porém, não é exaustivo e traz uma relação de meios que o devedor poderá se utilizar para organizar um plano de reestruturação da empresa. Segundo a doutrina de Waldo Fázzio:
O artigo 50 congrega reformulações administrativas,
sucedâneos da concordata preventiva, contratos, formas de solução obrigacional, modificações societárias estruturais, alienação do ativo, usufruto empresarial, administração compartilhada, emissão de valores mobiliários e outros, deixando bem clara a intenção de permitir os credores e devedores que utilizem sua liberdade de contratar, embora sob parâmetros técnicos e jurisdicionais .
Há que se considerar que além dos meios apresentados pelo
legislador, o devedor poderá apresentar outros com características e formas diferenciadas que melhor atendam suas necessidades. Para Lídia Valério Marzagão, o legislador deixou ao livre-arbítrio do devedor expor a forma pela qual pretende sair da crise, exigindo, no entanto, que o plano de recuperação esteja adequado às condições econômicas e sociais da empresa .
Nesse sentido, entendemos que a lista apresentada pelo artigo
50, é enumerativa e não taxativa, assim, permitindo, que o plano de recuperação judicial indique qualquer outro meio capaz de levar a empresa a ser recuperada, desde que o plano seja aprovado pelos credores, e como antes salientado esteja convenientemente adequada às condições econômicas que permita sua continuidade das atividades empresariais.
De acordo com o artigo 50, constituem meios de recuperação
judicial, dentre outros:
• Concessão de prazos e condições especiais para pagamento
das obrigações vencidas ou vincendas;
• Cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade,
constituição de subsidiária integral, ou cessão de quotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente;
• Alteração do controle societário;
• Substituição total ou parcial dos administradores do devedor
ou modificação dos seus órgãos administrativos;
• Concessão aos credores de direito de eleição às matérias que
o plano especificar;
• Aumento de capital social;
• Trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à
sociedade constituída pelos próprios empregados;
• Redução salarial, compensação de horários e redução da
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
• Dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com
ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
• Constituição de sociedade de credores;
• Venda parcial dos bens;
• Equalização de encargos financeiros relativos e débitos de
qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica;
• Usufruto da empresa;
• Administração compartilhada;
• Emissão de valores mobiliários; e
• Constituição de sociedade de propósito específico para
adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
Como antes salientado, outros meios poderão compor o plano,
entretanto deverão ser observados os seguintes aspectos: a) se houver alienação de bem objeto de garantia real, a supressão de garantia ou sua substituição, somente será admitida mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia . b) se tratando de crédito em moeda estrangeira, a variação cambial deverá manter como parâmetro a indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor aprovar .
5. Da convolação da recuperação judicial em falência.
A LRE elenca nos artigos 73 e 74 as hipóteses em que o
magistrado poderá convolar o plano de recuperação, caso este se mostre inviável, em falência. Assim o juiz decretará a falência durante o processo de recuperação judicial:
• Por deliberação da assembléia-geral de credores, que tem
atribuição de deliberar sobre aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor, nas formas do artigo 42 e parágrafo 4° da LRE (art. 73, inc. I, c/c art. 42, parágrafo 4°);
• A não apresentação, pelo devedor, do plano de recuperação
no prazo de 60 dias do despacho que deferiu o processamento do pedido de recuperação e ainda pela falta dos documentos essenciais descritos no artigo 53, os quais devem estar anexados ao plano (art. 73, inc. II, c/c Art. 53);
• Quando após a concessão da recuperação o devedor
descumprir qualquer obrigação assumida no plano de recuperação, ou ainda, por decisão judicial que, por qualquer outro motivo, julgue improcedente o pedido de recuperação (art. 73, inc. III, c/c art. 56, parágrafo 4°).
Mister ressaltar que, a decisão que determinar a convolação em
falência, ou a decisão que indeferir o pedido de falência se sujeita ao recurso de agravo de instrumento.
Em síntese, a convolação do plano de recuperação em falência
significa o reconhecimento jurisdicional do não cumprimento do respectivo plano.
6. As microempresas e empresas de pequeno porte frente à
nova lei.
As microempresas e empresas de pequeno porte leciona Paulo
Roberto Colombo Arnoldi, representam expressivo seguimento empresarial no Brasil, ou seja, 98% (noventa e oito por cento), empregando 60% (sessenta por cento), da mão de obra com vínculo trabalhista . O número de micro e pequenas empresas em algumas regiões de governo do interior paulista teve um crescimento acima da média em todo o Estado de São Paulo, (conforme demonstra anexo).
A LRE dedicou um capítulo à recuperação judicial da micro e da
pequena empresa, excluindo, a mesma, da possibilidade de se recuperar extra-judicialmente .
A priori, a problemática que se propomos a discutir é a questão
da constitucionalidade do tratamento dado às micro e pequenas empresas pela nova lei de falências. A Constituição Federal de 1988 assegura a todos o direito da igualdade que se fundamenta no princípio da isonomia, ou igualdade. Nesse sentido porque foi concedido tratamento diferenciado às (MPEs)?
O artigo 170, inciso IX, da Carta Magna, insere os princípios da
ordem econômica e o tratamento favorecido para essas empresas. Nesse sentido, leciona Waldo Fázzio, ipsis literis:
Microempresa e empresa de pequeno porte são agentes
econômicos, conquanto diferenciados, quanto à dimensão negocial. E nem por isso menos importante que as empresas stricto sensu. A própria CF o admite, quando lhes assegura regime jurídico especial, o que concretiza o seu estatuto (Lei n. 9.841/99). Daí por que o regime jurídico de insolvência que as disciplina, coerentemente, comporta, regras excepcionadoras do regime empresarial comum .
Concordamos com o entendimento do jurista. O tratamento
diferenciado não fere o principio da isonomia, pois a CF/88 admite e assegura regime jurídico especial às microempresas e empresas de pequeno porte, portanto perfeitamente consoante com os ditames constitucionais à previsão de um plano simplificado para a recuperação judicial das (MPEs), muito embora com características peculiares que serão adiante examinadas.
No processo de recuperação judicial das (MPEs) estas poderão
optar pela apresentação de um plano de recuperação, com a utilização de todos os meios de recuperação previstos na LRE, ou, propor um plano especial, porém restrito.
Esse plano especial trata-se de uma moratória, por meio da
qual o devedor poderá pagar seus débitos em 36 (trinta e seis) parcelas mensais, iguais, sucessivas, corrigidas e acrescidas de juros de 12% (doze por cento), ao ano. A oferta de pagamento deverá ser apresentada no prazo de até 60 dias após o deferimento do processamento da recuperação e obrigará somente os credores quirografários, excetuados aqueles decorrentes de repasse de recursos oficiais. O primeiro pagamento deverá ser efetuado no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da distribuição do pedido da recuperação judicial.
Para a concessão da moratória não há necessidade de anuência
dos credores. Os credores sujeitos ao plano poderão apresentar objeções dentro do prazo de 30 (trinta) dias. No plano especial em tela, o devedor sofre a restrição de não poder aumentar despesas nem contratar empregados sem autorização judicial, ouvido o administrador judicial e, se for o caso, o Comitê de Credores . A falência deverá ser decretada se houver objeções dos titulares de mais da metade dos créditos sujeitos ao plano.
Optando pelo plano especial, as (MPEs) ficarão dispensadas da
apresentação de laudo econômico-financeiro e de avaliação de ativos, entre outros documentos exigidos para a instrução do pedido de recuperação. Imperioso lembrar que, antes de optar pelo plano especial, o micro e pequeno empresário deverá verificar se a projeção de seu fluxo de caixa permite honrar suas obrigações nos prazos destacados pela nova lei, ou seja, é necessário analisar a viabilidade econômica da empresa. Derradeiramente, a convolação da recuperação em falência poderá se dar quando a proposta não tiver cumprimento conforme prometido, tal hipótese não está inserida na LRE, porém lógico tal raciocínio.
Bibliografia.
FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Nova lei de falências e recuperação de
empresas. São Paulo: Atlas, 2005.
MACHADO, Rubens Approbato (coord.). Comentários à nova Lei
de Falências e recuperação de Empresas. São Paulo: Quariter Latin, 2005.
ARNOLDI, Paulo Roberto Colombo. Balanço do primeiro ano de
vigência da nova lei de recuperação brasileira – Lei n. 11.101/05: Êxitos e preocupações quanto à solução da crise econômica financeira. 2006, Jornadas de Derecho Comercial.