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MATRIZ DE ATIVIDADE INDIVIDUAL

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1. Parecer questão 1

Quanto à solução do endividamento da sociedade empresária VFC Comércio e


Indústria de Material Esportivo LTDA, denota-se que a opção mais viável inicialmente,
é a recuperação extrajudicial, pois possibilita que todos os interessados cheguem a
uma solução para o endividamento, considerando que os credores também se
beneficiam com a manutenção da empresa no mercado.

Veja-se que as dívidas da empresa que seriam objeto da negociação junto aos credores
e da recuperação extrajudicial são as seguintes:

R$ 1.000.000,00 de débitos trabalhistas;


R$ 3.500.000,00 de débitos para fornecedores – não garantidos;
R$ 6.500.000,00 de débitos bancários, garantidos por hipoteca;
R$ 1.500.000,00 de débitos para fornecedores ME ou EPP – não garantidos – e
R$ 100.000,00 de débitos perante a operadora de prestação de serviço de energia
elétrica.

Frise-se que a recuperação judicial ordinária, além de ser mais burocrática e menos
célere, também trará mais gastos para a empresa, que terá de manter o processo
judicial, além de expor a empresa a um risco de decretação da falência precoce, pois

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um dos riscos deste tipo de procedimento é justamente não se poder prever qual o
resultado da Assembleia de Credores para aprovação do plano de recuperação judicial
proposto.

Segundo o doutrinador Daniel Carnio a recuperação extrajudicial é um meio eficiente


para soerguimento empresarial:

O Capítulo VI da Lei 11.101/2005 trata da recuperação extrajudicial. Essa inovação


da Lei objetiva possibilitar a construção, entre os detentores de interesse, de uma
solução de mercado que garanta a continuidade do negocio no caso de sua viabilidade,
conferindo-lhe maior eficiência por um meio formal de acordo especial com os credores.

Deste modo, não é necessário o ajuizamento da recuperação judicial ordinária no


presente caso, podendo ser utilizada a recuperação extrajudicial como meio de
soerguer a atividade empresarial em crise.

2. Parecer questão 2

Conforme já dito acima, a melhor solução seria a recuperação extrajudicial,


considerando os débitos existentes, e todos os pontos positivos envolvendo o instituto,
especialmente em razão de existir a possibilidade dela ser homologada de forma
impositiva aos credores que não aderiram voluntariamente ao plano.

3. Parecer questão 3

A Lei 11.101/2005 prevê em seu artigo 167 que é possível qualquer espécie de acordo
entre credor e devedor, Segundo Leonardo Marques “ao prever que o disposto no
capítulo atinente à recuperação extrajudicial não implicará a “impossibilidade de
realização de outras modalidades de acordos privados entre o devedor e seus
credores”. Dessa forma, além do acordo celebrado e homologado nos termos da Lei
nº 11.101/05, o devedor poderá celebrar acordos paralelos com alguns credores”.

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O § 2º do art. 161 da Lei 11.101/2005 prevê que os requisitos para homologacao do
plano proposto é que nao preveja pagamento antecipado de dívidas, nem contemple
tratamento desfavorável aos credores que ao plano não estejam sujeitos.

*Referências bibliográficas

COSTA, Daniel Carnio. Comentários à Lei de Recuperação de Empresa e Falência.


Curitiba: Juruá, 2021.

MARQUES, Leonardo. Falências e recuperação de empresas. Rio de Janeiro: FGV,


2022.

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