Você está na página 1de 2

A presente resenha crítica aborda o tema Recuperação Judicial e Falência e a lei

11.101/2005, que além de perpassar pelo fato de que a lei vigente encontra-se
problemática desde o seu surgimento, ainda apresenta o PL 6229/2005 que busca
regulamentar a lei de Recuperação Judicial e Falência trazendo alterações para esta.

No vídeo, ela exemplifica generalizadamente a situação da sociedade empresarial


quando surge uma dificuldade financeira. Com o corte de custos dentro da empresa e a
preferência pelo pagamento dos fornecedores acaba levando a dívidas com credores, e
consequentemente começam a surgir ações judiciais para pleitear os pagamentos
devidos.

Em seguida, utilizando-se do mesmo contexto, é apresentado em que condições surge


um plano para recuperação judicial, plano este que proporcionaria a possibilidade de
“fôlego” para o empresário. E a Dra. ainda expõe o cenário de dificuldade para a
aplicabilidade destes planos, pois tendem de lidar com uma lei enrijecida, que dificulta
o benefício ao credor.

Por fim, passa pelo PL 6229/2005, pontuando sobre alterações propostas por este
projeto de lei e caracterizando como sendo de grande valia para a objetivação de atingir
um cenário de recuperação judicial ideal.

Considerando a problemática exposta e os estudos realizados previamente sobre a


matéria de recuperação judicial e falência, cabe a concordância em relação a afirmação
de uma inflexibilidade da lei de falência diante do credor, que acaba gerando uma
impotência para toda a sociedade empresarial, tanto credores quanto devedores, e
prejudicando a tentativa de se salvar de uma iminente falência.

Visto que o que se deve pretender é um equilíbrio, uma alternativa que possa satisfazer
os interesses do titular do crédito e ainda manter a integridade da atividade econômica
em tributo à função social de uma empresa. É de extrema importância se objetivar a
preservação da empresa em razão dessa função social, buscando a preservação da
unidade econômica e atividade profissional para que se possa continuar a
produção/circulação de bens e serviços.

Sendo assim, é pertinente falar que o PL realmente objetiva uma melhor aplicabilidade,
alterando a Lei 11.101/05 por algo mais adaptável ao cenário das sociedades
empresariais brasileiras. Entre as maiores inovações estão na prorrogação do stay
period, que busca regularizar o prazo para o plano de recuperação de maneira eficaz e
mais flexível; a possibilidade de um plano de recuperação apresentado pelos credores,
não decretando a falência de imediato caso não seja aceito o plano do devedor; a
possibilidade do prazo de ampliação do prazo de parcelamento de dívidas e a
possibilidade do credor judicial fazer financiamento com os bens pessoais como
garantia, aumentando assim seu caixa para recuperação da empresa.

Todas essas mudanças seriam de grande relevância para um cenário de recuperação


judicial mais eficaz e eficiente, pois viabilizaria o aumento de possibilidades de uma
negociação menos prejudicial para o devedor, e entre a própria sociedade empresária.
Demonstrando assim, o interesse socioeconômico de resguardar a empresa como uma
unidade de produção de bens e/ou serviços, mas também se objetivando a redenção com
os afetados pelo estado deficitário da empresa, pois esta maneira é considerada mais
adequada para se alcançar aos interesses finais, dos credores, empregados e do mercado.

Tendo em vista os fatos, conclui-se que apesar de relativamente recente, a Lei de


Falência já surgiu com problemas e causando insatisfações, motivo pelo qual no mesmo
ano já foi proposto o PL acima citado e que somente agora está passando pelo Senado
Federal.

Assim, é notável a importância deste projeto de lei para regulamentação da recuperação


judicial e a falência. Para que seja possível o alcance de mais recuperações judiciais
ideais e também dos interesses econômicos e sociais que estão englobados na
preservação de uma empresa, pois é possível se falar que a maior parte da população
ativa depende de algum tipo de atividade empresária.

Você também pode gostar