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ANHANGUERA ADMINISTRAÇÃO – M

LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL

1)principais características da Recuperação Judicial.

Uma das principais características da recuperação judicial é a proteção da


empresa contra ações de execução por parte de seus credores. Durante o processo, a
empresa fica resguardada de cobranças e penhoras, o que possibilita a reestruturação de
suas dívidas e a busca por soluções para sua situação financeira. Isso permite que a
empresa possa se reerguer, preservando seus ativos e sua continuidade operacional.
Além disso, a recuperação judicial também envolve a elaboração de um plano de
recuperação, que deve ser aprovado pelos credores e pelo juiz responsável, garantindo
assim um caminho viável para a superação das dificuldades financeiras.

2)Principais norteadores da Recuperação Judicial.

Existem alguns princípios norteadores da recuperação judicial, que visam


garantir a efetividade do processo e a proteção dos interesses de todas as partes
envolvidas. Alguns desses princípios são:
1. Princípio da preservação da empresa: A recuperação judicial tem como
objetivo principal preservar a empresa, permitindo que ela supere suas dificuldades
financeiras e continue suas atividades.
2. Princípio da igualdade de tratamento dos credores: Todos os credores devem
ser tratados de forma igualitária durante o processo de recuperação judicial, sem
qualquer tipo de discriminação ou preferência.
3. Princípio da transparência e publicidade: Toda a tramitação do processo de
recuperação judicial deve ser transparente e acessível a todas as partes interessadas,
garantindo a ampla divulgação das informações relevantes.
4. Princípio da boa-fé: Tanto a empresa em recuperação quanto os credores
devem agir de boa-fé durante o processo, buscando soluções que sejam justas e viáveis
para todas as partes envolvidas.
5. Princípio do interesse coletivo: A recuperação judicial visa não apenas a
proteção dos interesses da empresa em dificuldades, mas também a preservação do

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interesse coletivo, como a manutenção de empregos e o cumprimento de obrigações


com fornecedores e demais stakeholders.
Esses são apenas alguns dos princípios que norteiam a recuperação judicial,
buscando conciliar os interesses das partes envolvidas e possibilitando a superação das
dificuldades financeiras da empresa.

3) Principais Artigos da Recuperação Judicial

Os principais artigos da Lei de Recuperação Judicial e Falência (Lei nº


11.101/2005) que tratam da recuperação judicial são:
- Artigo 47: Define a possibilidade de requerer a recuperação judicial empresas
que se encontrem em situação de crise econômico-financeira, mas que ainda possuam
viabilidade econômica.
- Artigo 48: Estabelece os requisitos para o deferimento do pedido de
recuperação judicial, como a comprovação da regularidade fiscal e a demonstração da
viabilidade econômica.
- Artigo 49: Determina que a recuperação judicial abrange todos os créditos
existentes na data do pedido, inclusive aqueles decorrentes de obrigações anteriores à
lei.
- Artigo 50: Define a suspensão das ações e execuções contra o devedor durante
o processo de recuperação judicial.
- Artigo 51: Estabelece o plano de recuperação judicial, que deve ser
apresentado pela empresa em dificuldades financeiras e aprovado pelos credores.
- Artigo 52: Determina que a aprovação do plano de recuperação judicial requer
o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos
de cada classe.
- Artigo 53: Regula os efeitos da aprovação do plano de recuperação judicial,
como a novação dos créditos e a suspensão das obrigações do devedor.
- Artigo 54: Estabelece que, após a aprovação do plano de recuperação judicial,
este será submetido à homologação judicial.
- Artigo 58: Determina que a falha no cumprimento do plano de recuperação
judicial pode levar à convolação da recuperação judicial em falência.

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- Artigo 59: Estabelece que a recuperação judicial terá duração de até 2 anos,
podendo ser prorrogada por mais 180 dias, mediante justificativa e aprovação dos
credores.
- Artigo 60: Determina que o plano de recuperação judicial poderá prever a
concessão de prazos e condições especiais para pagamento dos créditos, bem como a
possibilidade de conversão de parte da dívida em participação societária.
- Artigo 61: Regula a possibilidade de os credores apresentarem objeções ao
plano de recuperação judicial, dentro de determinado prazo.
- Artigo 63: Estabelece que o devedor deverá apresentar relatórios mensais de
acompanhamento da execução do plano de recuperação judicial.
- Artigo 66: Determina que, caso o devedor descumpra o plano de recuperação
judicial, poderá ser decretada a falência.
- Artigo 67: Regula a possibilidade de o devedor apresentar um plano alternativo
de recuperação judicial, caso o plano original seja rejeitado pelos credores.
- Artigo 73: Estabelece os efeitos da concessão da recuperação judicial, como a
suspensão das ações de execução e a impossibilidade de decretação de falência durante
o processo.
- Artigo 83: Determina a ordem de pagamento dos créditos na recuperação
judicial, priorizando os créditos trabalhistas, tributários e com garantia real, entre
outros.
- Artigo 94: Regula a extinção da recuperação judicial, que ocorre quando forem
cumpridas todas as obrigações previstas no plano e após a apresentação do relatório
final.

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