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Gestão de Recursos Financeiros na Administração Autárquica (Autarquias) – Caso do

Município de Maputo, período 2009-2014

Por

Domingas Benfica

Universidade Técnica de Moçambique


DIRECÇÃO DA PÓS GRADUAÇÃO
Mestrados em Finanças e Comércio Internacional
Índice

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1

1.1 Problema da Pesquisa ........................................................................................................... 1

1.2 Justificativa da Pesquisa............................................................................................................. 1

1.3 Delimitação do Tema .................................................................................................................. 2

1.4 Hipóteses ...................................................................................................................................... 2

1.5 Objectivos .................................................................................................................................... 2

1.5.1 Objectivo Geral .................................................................................................................... 2

1.5.2 Objectivos Específicos.......................................................................................................... 2

1.6 Metodologia ................................................................................................................................. 2

1.7 Estrutura...................................................................................................................................... 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................................... 4

3. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES ........................................................................................... 5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 6

PROPOSTA DE ESTRUTURA ........................................................................................................... 7

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Problema da Pesquisa

O processo de reforma administrativa e descentralização em Moçambique começou a ganhar


forma nos finais da década de 90 e culminou com a criação das autarquias e vilas pela lei 2/97,
de 28 de Maio que determina que as autarquias locais gozam de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial. Neste contexto, torna-se de vital importância a análise de como é feita
a gestão dos recursos financeiros ao dispor das autarquias, tendo em conta o ordenamento
jurídico dos municípios dentro da estrutura financeira do Estado.

O Município de Maputo, contrariamente aos outros, tem um estatuto especial, mas não deixa
de seguir as regras emanadas a instituições públicas, desde que seja feita de forma transparente
e eficiente. Assim, com este trabalho pretende-se avaliar se a gestão dos recursos financeiros
municipais é feita eficientemente.

Como pergunta de partida de partida coloca-se a seguinte questão: qual é a maior fonte de
financiamento das despesas municipais, tanto na forma de despesas correntes e bem como na
forma de investimento, no período de 2009 a 2014.

1.2 Justificativa da Pesquisa


As motivações para a realização da pesquisa são de índole variada. Primeiro, o trabalho pode
constituir um contributo teórico na literatura sobre a gestão de recursos financeiros nas
instituições públicas.

Segundo, contribuir para o debate sobre o melhoramento da eficiência na gestão de recursos


financeiros do Estado m Moçambique num contexto de autonomia financeira a que estão
sujeitos os municípios.

Terceiro, pode constituir um veículo de melhoramento das políticas públicas segundo as


constatações, ilações e recomendações de políticas avançadas no decurso da elaboração do
presente Trabalho.

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1.3 Delimitação do Tema
Em termos de delimitação temporal o trabalho focará a sua análise no período de 2009 a 2014,
Quanto a delimitação espacial, o trabalho aborda sobre a gestão dos recursos financeiros e mais
concretamente do Município de Maputo.

1.4 Hipóteses
Para o propósito do presente trabalho, foram definidas as seguintes hipóteses:

Hipótese 1: O Município de Maputo tem tido uma gestão eficiente dos seus recursos financeiros
pois as receitas fiscais cobrem as despesas de funcionamento no período de 2009 à 2014.

Hipótese 2: O Município de Maputo não tem tido uma gestão eficiente dos seus recursos
financeiros pois as receitas fiscais não cobrem as despesas de funcionamento no período 2009
à 2014.

1.5 Objectivos
Em relação ao tema em estudo foi definido os seguintes objectivos.

1.5.1 Objectivo Geral


O objectivo geral do trabalho é avaliar o nível de eficiência de gestão dos recursos financeiros
nas instituições públicas através do estudo de caso do Município de Maputo.

1.5.2 Objectivos Específicos


Em relação aos objectivos específicos foram definidos os seguintes

 Enquadrar a gestão financeira no município de Maputo do restante da administração


pública;
 Determinar a estrutura das receitas municipais e a sua contribuição na cobrança dos
impostos e taxas municipais;
 Propor medidas de políticas para melhorar a gestão financeira dos recursos financeiros
no Município de Maputo.

1.6 Metodologia
O método utilizado é o de estudo de caso. Segundo Yin (2005) e Goode e Hatt (1975), esse
método é adequado nos casos em que a pesquisa pretende relacionar vários aspectos de um

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mesmo fenómeno. Permite, através de uma abordagem holística, estudar várias facetas de um
mesmo objecto, investigando, em profundidade, suas relações.

Para Creswell (1997), o método de estudo de caso é escolhido para estudar um caso com
fronteiras bem definidas. O autor ainda destaca a importância do acesso a materiais contextuais,
bem como de um conjunto amplo de informações que permitam ao pesquisador uma descrição
profunda e detalhada do caso. De fato, para Creswell (1997), o método tem como foco
desenvolver uma análise com profundidade de um único caso ou de casos múltiplos.

O método de estudo de caso é apropriado para o trabalho em questão, pois permite uma análise
em profundidade dos aspectos relacionados ao problema proposto, possibilitando uma leitura
das diversas facetas relacionados ao fenómeno estudado.

1.7 Estrutura
Em relação a estrutura da apresentação. Além da presente secção introdutória, a seguinte consta
o enquadramento teórico. A secção 3 faz uma breve apresentação e caracterização do
Município de Maputo. Segue-se depois a abordagem da gestão financeira no Município de
Maputo, seguida das conclusões e recomendações.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo o Banco Mundial (2009) as finanças autárquicas em Moçambique são muito limitadas
em termos de capacidade para cobrir a gama de serviços e actividades da sua responsabilidade,
pois apesar de consideráveis progressos no aumento da receita e na gestão financeira, a falta
de recursos e os inadequados sistemas de gestão financeira, continuam a ser importantes
factores limitativos para o integral cumprimento das suas atribuições.

Segundo Noronha e Brito (2010) há uma necessidade urgente dos municípios moçambicanos
garantir uma gestão financeira sustentável, como forma de garantir uma melhor provisão de
serviços para que as nossas autarquias possam ser, verdadeiramente, um pólo de
desenvolvimento local.

O Município de Maputo iniciou também um processo de desconcentração com vista a potenciar


o papel de unidades territoriais menores como os Distritos municipais na prestação de serviços
públicos, o que acaba exigindo cada vez mais recursos financeiros.

A gestão dos recursos financeiros municipais baseiam-se no Sistema de Administração


Financeira do Estado – SISTAFE, aprovada pela Lei n.º 09/2002, de 12 de Fevereiro onde são
previstos alguns princípios da gestão das finanças públicas e aplica-se a todos os órgãos e
instituições do Estado.

Segundo Calderiras Menezes (2016) independentemente de qual for o tipo de instituição, a


gestão financeira deve ser feita de forma transparente e eficiente que permitam a realização de
suas actividades de forma eficaz.

As autarquias para a realização de suas actividades gozam de autonomia administrativa,


financeira e patrimonial. E segundo o número 3 d artigo 7, da lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro
conjugado com a Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro que aprova sistema tributário autárquico, a
autonomia financeira compreende os seguintes poderes: (i) elaborar, aprovar, alterar e executar
planos de actividades e orçamento: (ii) dispor de receitas próprias e arrecadar quaisquer outras
que por lei lhe sejam destinadas: (iii) ordenar e processar as despesas orçamentais; (iv) Realizar
investimentos públicos; (v) elaborar e aprovar as contas de gerência; (vi) gerir o património
autárquico; e, (vii) contrair empréstimos nos termos da lei.

Para avaliar a eficiência da gestão financeira municipal deve-se medir a eficiência da


administração fiscal e avaliar se as receitas suportam as despesas.

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3. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES E RECURSOS

CRONOGRAMA

Actividades Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março


Elaboração do Projecto
Levantamento do
material Bibliográfico
Colecta de Dados
Tratamento de Dados
Elaboração do Texto
Final
Revisão do Texto
Edição
Entrega do Trabalho

Recursos
Humanos Financeiros Custo Materiais Custo
Pesquisadora Transporte 1500,00 Flash 350,00
Tutor Impressão 2000,00 Esferográficas 150,00
Copias 1000,00 Lápis 150,00
Telefone 1000,00 Folha A4 1000,00
Bloco de Notas 300,00
Computador 12000,00
TOTAL 5500,00 13950,00

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Assembleia da Republica (1997) Lei n.º 09/2002, de 12 de Fevereiro, Lei de SISTAFE.


Assembleia da Republica (1997) lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro, Lei de Base das Autarquias,
Assembleia da Republica (2008) Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro que aprova sistema tributário
autárquico.
Banco Mundial: Desenvolvimento Municipal em Moçambique: As Lições da Primeira Década
Creswell, John. (1997). Qualitative inquiry and research design: Choosing among five
traditions. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
Caldeira Menezes, H, (2016): Princípios de Gestão Financeira, Editorial Presença.
GOODE, William J.; HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. São Paulo: Nacional, 1975.
H. Caldeira Menezes (2016) Princípios de Gestão Financeira (13 Edição).
Noronha, J. e Lídia Brito (2010); Desafios da Gestão Municipal de uma Lógica Administrativa
e Institucional para uma Lógica de Desenvolvimento Organizacional e Sustentabilidade.
IESE.
Yin, R. (2005). Estudo de Caso. Planejamento e Métodos. Porto Alegre: Bookman.

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PROPOSTA DE ESTRUTURA

I. INTRODUÇÃO

II. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

III. METODOLOGIA

IV. APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MAPUTO

4.1 O município

4.2 Característica do município

4.3 Estrutura Orgânica

4.4 Atribuições e competências

5. ANÁLISE DA GESTÃO DE RECURSOS FINANCEIROS NO MUNICÍPIO DE


MAPUTO

5.1 Orçamentação

5.2 Execução das receitas

5.3 Execução das despesas

5.4 Gestão Patrimonial

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

6.1 Conclusões

6.2 Recomendações

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIA

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