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Beira
Abril de 2023
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Lirza Madalena Tomas José Amade
Docente:
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Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 3
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1. Introdução
E com muita satisfação que apresento o presente trabalho da cadeira de analise da economia
global, na qual terei como base à influencia da taxa de cambio sobre a formulação de preço em
Moçambique, entre: 2019 a 2022. No entanto, buscando desenvolver os conceitos e aspectos
fundamentais sobre a perspetiva económica. Ademais, é com o propósito de “buscar”, entender
ao estudo da economia de global que se propõe o desenvolvimento destas linhas, no entanto,
acredita-se que o desenvolvimento só é possível com a plena garantia dos direitos liberdades e
garantias e direitos económicos sociais e culturais.
Não obstante, tendo em vista que o objetivo aqui é analisar os efeitos da influência no nível da
taxa de câmbio sobre a formulação de preço, o foco mais adequado para este propósito é o que
examina o comportamento dos fluxos de comércio, tomando a taxa de câmbio como variável
exógena. Ainda que este enfoque seja mais adequado para análises restritas a um ambiente de
câmbio fixo, o que não se pode dizer que tenha sido a regra do sistema internacional e do
Moçambique, em particular, nos últimos anos, parece plausível argumentar que, diante de uma
hipotética política de depreciação deliberada da taxa de câmbio, considerar esta como a
variável endógena que irá se ajustar para equilibrar o balanço de pagamentos. Sendo assim, na
revisão teórica realizada adiante, dar-se-á preferência para o enfoque desta natureza e das
subjacentes dinâmicas.
1.1. Contextualização
Uma vez consolidado o processo de estabilidade política e iniciada a transição para um estado
democrático no país, a estabilidade macroeconómica passou a ser a prioridade para o
desencadeamento do início do crescimento económico. Na literatura económica, estudos sobre
a estabilidade macroeconómica têm sido associados à evolução dos preços e taxas de câmbios
e juros. ( Gemo , 2011)
Outrora, os ajustes na taxa de câmbio, em geral, são ocasionados por alterações de oferta e
demanda de domicílios, empresas e instituições financeiras que compram e vendem bens,
serviços e activos. Além disso, essas alterações reflectem no comportamento destes (domicílio,
empresas e instituições financeiras), modificando a demanda por bens cujos preços são
expressos em moedas distintas. ( Chambe, Maposse, & Langa, 2021)
Uma valorização do Metical em relação ao dólar por exemplo, tudo o mais mantido constante,
tornará os preços dos produtos e serviços Moçambicanos mais caros em relação ao equivalente
americano, reduzindo a demanda por produtos Nacionais. Essa valorização fará com que
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Moçambique passe a comprar mais e a vender menos para os Estados Unidos, aumentando a
demanda por dólares e diminuindo a demanda pelo metical.
A evolução do metical por unidade moeda rand foi visualizada perante os câmbios médios,
onde por sua vez, traduziu em valores trimestrais. Diversos choques externos foram
determinantes para a apreciação ou depreciação da moeda, fazendo com fosse sentida
diretamente na economia Moçambicana.
Por outo lado a tendência das taxas de câmbio nominais (MZN/USD e MZN/RAND) ao longo
de tempo é crescente, a partir de 2000 as taxas de câmbios sofrem uma depreciação, destacando
ao alguns períodos em análise uma quebra desta tendência, principalmente entre 2001 e 2002,
2004 e 2006 onde houve uma apreciação seguido de uma tendência depreciativa até 2011
quando começa uma nova vaga de apreciação. No entanto, apesar de vários efeitos das
calamidades naturais registrada no decorrer dos anos, a tendência de taxas de câmbio manteou-
se, por seu turno, entre 2021 a 2022 a taxa de câmbio metical face ao dólar regista uma
apreciação contínua, contra alguma variabilidade da taxa de câmbio do metical face ao rand no
mesmo período em análise.
Com essa tendência do comportamento da taxa de câmbio, percebe-se que mudanças da taxa
de câmbio para os preços comerciáveis de um país constitui uma questão central no debate
sobre a eficácia da política cambial na determinação da inflação.
1.2. Objectivo
1.2.1. Geral
1.2.2. Especificos
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1.3.Metedologia
1.4.Limitações
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2. Revisão de Literatura
A maioria dos autores praticamente define taxa de câmbio como sendo o preço de uma moeda
em relação à outra. Alguns a definem como sendo “o número de unidades de moeda nacional
necessário para comprar uma unidade de moeda estrangeira”, sendo que esta permite que
preços expressos em moedas nacionais diferentes sejam expressos numa mesma unidade de
conta. ( Chambe, Maposse, & Langa, 2021)
Por seu turno, em conformidade Rego (2014), com fenómeno denominado pass-through ou
repasse refere-se a qualquer impacto causal de uma variável sobre a outra. Assim o pass-
through da taxa de câmbio para os preços é o impacto das variações da taxa de câmbio sobre o
nível de preços, que pode ser positivo ou negativo.
De acordo com os dados fornecidos pelo Banco Central, as taxas médias mensais de câmbio
das principais divisas de transações no mercado moçambicano apontam uma tendência de
apreciação nominal do Metical.1
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INE (2023), ao longo do IV Trimestre de 2022 relacionando-se ao IV Trimestre do ano de 2020.
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o aumento da taxa de juros está associado ao aperto da política monetária do país, a
taxa de câmbio aumenta, mas se a taxa aumente devido à alta inflação, a taxa de câmbio
cairá.
Balança de pagamentos: A balança de pagamentos do país é o fluxo de caixa sob a
forma de pagamentos recebidos e pagos pelo país. No caso da balança de pagamentos
activa, a demanda por moeda nacional aumenta, e sua taxa também se fortalece. No
caso da balança de pagamentos passiva, aumenta a demanda por uma moeda
estrangeira, portanto, a taxa de uma moeda nacional diminui.
A competitividade dos bens do país nos mercados mundiais: A alta competitividade
contribui para o aumento das exportações do país e, portanto, para o ingresso de moeda
estrangeira e o crescimento da taxa de sua própria unidade monetária.
Transacções de moeda especulativa e actividade de organizações financeiras: Se
uma taxa de câmbio cai por algum motivo, então, na tentativa de eliminar os riscos
cambiais, as principais organizações financeiras vendem essa moeda, contribuindo
ainda mais para o enfraquecimento de sua posição no mercado financeiro.
Preços de energia e outras matérias-primas: Se a economia de um país não é
diversificada e depende principalmente da exportação de matérias-primas, então, caso
os preços mundiais de mercadorias cair (petróleo, gás, ouro, etc.), a taxa de câmbio
nacional cairá também.
Além disso, as taxas de câmbio são afectadas por situações políticas em vários países, guerras,
cataclismos. Mais frequentemente, notícias inesperadas fundamentais levam ao pânico em
massa e, consequentemente, a fortes flutuações cambiais, que eventualmente se estabilizam em
novos níveis. ( Chambe, Maposse, & Langa, 2021)
Sobre estes ajustes de mercado, Sachs (1998) relata: Dentro do sistema de taxas de câmbio
flexíveis pode-se ter dois tipos de flutuações: livres ou limpas e dirigidas ou sujas.
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Quando a autoridade monetária se omite completamente e não intervém de modo algum no
mercado cambial, permitindo que as taxas de câmbio sejam determinadas livremente pelo
mercado de divisas, têm-se a chamada flutuação livre ou limpa. Nesse caso, as transacções com
reservas oficiais são iguais às zero. Isso significa que saldo do balanço de pagamentos também
seria zero, pois as taxas de câmbio ajustariam-se de forma que a soma das contas correntes e
de capital fossem iguais à zero. É pouco provável que exista uma flutuação realmente limpa,
pois a maioria das políticas do governo afectam a taxa de câmbio, bem como o governo não
aplica essas políticas sem saber seus efeitos na taxa de câmbio.
Por outro lado, o sistema tem-se caracterizado por flutuações dirigidas ou sujas. Nessa
modalidade, os bancos centrais tentam influenciar o valor da moeda realizando operações no
mercado de câmbio de moeda estrangeira. As transacções com reservas oficiais, portanto, não
serão iguais à zero. Os bancos centrais realizam essas operações com o objectivo de estabilizar
as flutuações no curto prazo. É nisso que esse sistema se diferencia da taxa de câmbio fixa,
pois, nessa última, o governo intervém no mercado de forma a influenciar o valor da taxa de
câmbio no longo prazo.
A ideia que justifica o sistema de câmbio fixo é a de evitar grandes oscilações na taxa de
câmbio, o que geralmente termina por trazer incertezas aos agentes económicos. Diversas
nações em desenvolvimento utilizaram esse sistema cambial em seus programas de
estabilização económica, permitindo, assim, aos agentes económicos ajustarem seus preços
relativos em relação à uma moeda forte (geralmente o dólar americano), enquanto as
autoridades monetárias garantiam a manutenção da taxa cambial, permitindo, assim, a
estabilização de preços e o fim da Inflação crónica que afectava estes países. Essa política de
estabilização é conhecida como âncora cambial, pois o sistema de preços é garantido pelo
câmbio.
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Um conceito importante tratando-se de taxas cambiais fixas refere-se à conversibilidade da
moeda. Quando a população não consegue comprar ou vender moedas pelo preço fixado, diz-
se que esta moeda é inconversível. Caso haja muitas restrições sobre a compra de moeda
estrangeira, esta também pode ser considerada inconversível. O principal indicador de
inconversibilidade da moeda é o mercado negro. Caso taxa do câmbio negro for muito maior
que a taxa oficial, significa que a autoridade monetária não está tornando disponível a moeda
estrangeira em quantidade suficiente para mantê-la no preço previamente estipulado. Caso a
moeda possa ser trocada sem muitas restrições, diz-se que essa moeda é conversível2.
A relação entre volatilidade da taxa de câmbio e o crescimento económico tem tomado mais a
atenção dos economistas teóricos desde o começo da década de 90. Trabalhos empíricos sobre
o tema são menos frequentes, mas não inexistentes. Ramey (1995) apud Chambe, Maposse, &
Langa, (2021), por exemplo, encontrara uma correlação negativa significante entre volatilidade
da taxa de câmbio real e crescimento económico.
Davidson (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021), testa a hipótese de que países com
sistemas financeiros menos desenvolvidos são mais afectados pela volatilidade cambial. Os
autores apresentam um modelo de uma economia pequena com rigidez de salários na qual os
choques exógenos são causados pela volatilidade cambial. O crescimento é medido pelo
aumento na produtividade via investimento. O desenvolvimento do sistema financeiro medido
pela proporção do crédito em relação ao PIB, ganha importância quando os proprietários das
empresas têm duas opções diante do choque cambial: endividam-se e continuam investindo,
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Chambe, Maposse, & Langa (2021), Geralmente, o sistema cambial fixo tende a ser unilateral, principalmente
nas nações em desenvolvimento. Por unilateral entende-se que o Banco Central, que fixa o preço da moeda,
responsabiliza-se pela taxa cambial sem a participação da autoridade monetária da moeda em que ela foi fixada.
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ou se protegem do choque cessando os investimentos. Fica claro nesse ponto que, em países
que têm um sistema de crédito desenvolvido, o prémio ao risco é muito mais acessível.
Os autores testaram essa hipótese para um conjunto de 83 países usando um painel dinâmico e
encontraram resultados que, em sua grande maioria, vão de encontro com a hipótese proposta.
Em países menos desenvolvidos, que geralmente possuem um mercado financeiro mais
incipiente do que o dos países desenvolvidos, quanto mais flexível for a taxa de câmbio, mais
a volatilidade da taxa de câmbio real afecta o crescimento. Esse resultado é importante porque,
por um lado, desmistifica a ideia de que uma taxa de câmbio flutuante ajuda a estabilizar o
produto via comércio externo e, por outro, evidencia a ideia de que alguns modelos, que
explicam satisfatoriamente o comportamento de economias desenvolvidas, não têm o mesmo
apelo empírico quando se trata das economias emergentes.3
Davidson (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021), por exemplo, explora o tema de
uma perspetiva, na qual a incerteza é um elemento recorrente da tomada de decisões
económicas, particularmente na irreversível decisão de investimento. O autor propôs que, em
uma economia aberta, uma taxa de câmbio volátil aumenta o grau de incerteza com relação ao
futuro; essa incerteza, por sua vez, aumenta a preferência pela liquidez e, portanto, eleva a taxa
de juros. Por outro lado, a ampliação da incerteza sobre o comportamento futuro da economia
tende a diminuir a eficiência marginal do capital. Tais efeitos contribuem, em seu conjunto,
para a redução dos gastos com investimento e, portanto, do nível de demanda agregada do
sistema.
Serven (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021) testa e confirma a hipótese de que nos
países em desenvolvimento, como por exemplo Moçambique, as consequências negativas de
uma alta taxa de volatilidade no câmbio sobre decisões de investimento são mais acentuadas
que nos países desenvolvidos. O autor argumenta que nos países em desenvolvimento as
incertezas são maiores. Isso acontece em face aos choques de credibilidade no passado, típicos
das economias emergentes, e seu baixo desenvolvimento do sistema financeiro. Incerteza maior
significa, segundo o autor, uma taxa menor de investimento.
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Davidson (2002) apud Chambe, Maposse, & Langa (2021), O efeito da volatilidade cambial sobre as decisões
de investimento é outro canal de transmissão estudado pela literatura económica em suas vertentes convencionais.
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teórico simples que explica como a política monetária influência as expectativas de inflação e
o pass- through da taxa de câmbio nos preços, que foi testada em vinte países industrializados.4
Os primeiros estudos buscavam entender como desvalorizações cambiais causavam efeitos nos
preços de importações e exportações. Nesta época, os economistas procuravam determinar a
magnitude dos ajustes nas contas externas e a ocorrência de transmissão entre os bens
importados e bens produzidos localmente. (Rego, 2014)
Segundo Krugman (1986) apud Rego (2014), em geral, pode-se afirmar que os preços de
importação caem em pequenas proporções quando amoeda aprecia (valorização cambial).
Segundo Grauwe e Tullio (1997) apud Rego (2014), descreve-nos 3 estágios a destacar:
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Gagnon e Ihrig (2004), de referir que, os resultados indicam uma forte ligação e significativa do pass-through
da taxa de câmbio nos preços, e o comportamento da política monetária é um factor de declínio do pass- through,
pois quando a autoridade da política monetária incide fortemente na estabilização da taxa de inflação o pass-
through reduz.
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2.3. Revisão de Literatura Focalizada
Internamente, também existem alguns estudos sobre a temática em questão dos quais se podem-
se destacar o seguinte, por ter sido o mais globalizante na área económica: Estudos sobre as
transmissões de preços por Cirera e Nhate (2006), que examinam a transmissão de preços numa
amostra de 25 produtos importantes em três províncias (Maputo, Beira, Nampula), de modo a
abranger Moçambique; Estudos de Nhatsave e Cueteia (2013), onde analisaram empiricamente
a relação entre a taxa de câmbio e preços e, Estudos de Rego (2012), onde análise do efeito
pass-through cambial para a formação dos índices de preços em moçambique.
Não obstante, analisando o tema em apresso, a evolução do metical por unidade moeda rand
foi visualizada perante os câmbios médios, onde por sua vez, traduziu em valores trimestrais.
Diversos choques internos foram determinantes para a apreciação ou depreciação da moeda,
fazendo com fosse sentida diretamente na economia Sul-africana. O Metical registou uma
estabilidade crescente desde IV Trimestre do ano de 2019, consequentemente, afetada por
situações políticas no país, guerras, cataclismos, viu-se com situações de melhoria do metical
em 2020. Entretanto, nota-se que o metical ganha terreno face ao rand (apreciou), podendo-se
apalpar esta situação ate aproximadamente o primeiro trimestre de 2021. A tendência dos
câmbios médios (MZN/ZAR) veio a ter uma depreciação aos meados do segundo trimestre de
2021 atingindo o maior pico, mas porém esta tendência foi alterada até ao final do período em
análise, isto é, ultimo trimestre de 2022
Contudo, em função dos autores acima citados, em relação a respectiva teórica, nota-se que os
efeitos de causalidade de curto prazo numa variável influencia o índice preços ao consumidor,
pois dificilmente apresentariam uma causalidade, sendo muitas vezes influenciada pelos
factores internos do mercado e fenómenos adversos do país. Entretanto, perante alguns
indícios, pode-se sugerir que, as variações da taxa de câmbio metical face ao dólar e rand
repassados para os preços e consequente leva a uma volatilidade da inflação doméstica. (Rego,
2014)
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Banco de Moçambique, Relatórios anuais (2022) nota-se que o efeito depreciativo do metical face ao dólar norte-
americano, contribui de certa forma o que chamamos de dolarização da economia, uma vez que ao longo de tempo
são necessários mais meticais para adquirir um dólar norte-americano
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4. Considerações Finais
Chegada altura conclui-se em linhas gerais que, o trabalho ora apresentado teve o propósito
inicialmente atingido, de modo a lançar luz sobre a seguinte questão: que influência se pode
constatar da taxa de câmbio sobre a formulação de preço no País? Para tanto, examinou-se as
diferentes categorias de modelos de determinação do balanço de pagamentos com o fito de
identificar os principais mecanismos de transmissão pelos quais a modificação do nível da taxa
de câmbio pode influenciar o comportamento das contas externas, e, em particular, das
exportações e importações.
Como ficou claro ao longo da revisão teórica realizada, uma mudança na taxa de câmbio pode
afetar o desempenho do comércio por duas vias principais: o efeito via preços relativos (isto é,
pela alteração da taxa real de câmbio, que influencia as decisões de oferta e demanda na
economia em geral, e as decisões sobre importações e exportações em particular), e o efeito
direto na absorção, que opera principalmente através do chamado real balance effect – a reação
dos agentes à modificação de seu estoque real de moeda, que os leva a modificar a absorção
(aumentar ou reduzir seus gastos) para restabelecer o estoque real de moeda que desejam
manter.
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5. Referências bibliográficas
2. Cueteia , E., Guambe, D., & Nhatsave, N. (2012). Analise temporal da taxa de cambio
e precos em Mocambique. Instituto de Estudos Sociasis e Economicos
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