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Quelimane.Junho de 2023
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UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES
LICENCIATURA EM DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITO BANCARIO E SEGUROS
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Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 4
2. Objectivos................................................................................................................................ 5
2.1. Objectivo geral ..................................................................................................................... 5
2.2.Objectivos especifico ............................................................................................................ 5
3. Metodologia ............................................................................................................................ 5
4. Desenvolvimento Teórico ....................................................................................................... 5
4.1. Objecto da situação jurídica bancária................................................................................... 5
4.2. O contrato bancário .............................................................................................................. 5
4.3. Contratos bancários no Direito moçambicano ..................................................................... 6
4.4.Contrato de abertura de conta................................................................................................ 7
4.5. Quanto a natureza jurídica.................................................................................................... 7
4.6. Conta bancária ...................................................................................................................... 7
4.7. Depósito bancário ................................................................................................................. 8
4.8. O giro bancário ..................................................................................................................... 8
4.9. Convenção de cheque ........................................................................................................... 9
4.10. O crédito bancário .............................................................................................................. 9
4.11. A Locação financeira (Leasing) ....................................................................................... 10
4.12. Operações bancárias ......................................................................................................... 10
4.13. Garantias bancárias .......................................................................................................... 10
4.14. Garantias Reais ................................................................................................................. 11
4.15. Penhor............................................................................................................................... 11
4.16. Espécie de penhor............................................................................................................. 11
4.17. Conclusão ......................................................................................................................... 12
4.18. Referencia Bibliográficas ................................................................................................. 13
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1. Introdução
O trabalho que a seguir se apresenta ostenta como tema: Objecto do direito bancário,
contractos e garantia bancária, no entanto, a ideia ora avançada encontra amparo doutrinário no
conceito proclamado por José Fernandes Xavier Júnior. Este, simplesmente define contrato
bancário como o acordo celebrado entre o Banco e seu cliente, através do qual criam, modificam
ou extinguem relações jurídicas, com vista a realização de uma ou mais operações bancárias.
Estes contratos são, caracteristicamente, celebrados por adesão, o que significa que,
somente o banco goza da prerrogativa de elaboração do rol de cláusulas (direitos e obrigações),
vendo-se bastante reduzida ou quase que inexistente, em favor do cliente, a possibilidade de
discussão do relativo conteúdo contratual, este, simplesmente limita-se em aceitar ou não o
contrato, isto é, celebrando-o (ou não). Ao cliente, regra geral, apenas, assiste-lhe a liberdade de
celebração.
Como espécie de conta bancária surge a conta corrente que figura como um suporte das
operações bancárias, isto é, contrato celebrado entre o Banco e o seu cliente no qual se postula a
prestação de serviços bancários, com o relevo para o serviço de caixa, reportando-se em
movimentos de dinheiro e negócios mais vastos, assim escreve Teodoro waty.
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2. Objectivos
2.1.Objectivo geral
2.2.Objectivos específicos
Conhecer o objecto do direito bancário, contractos e garantia bancária;
Abordar os aspectos dos contractos do direito bancario no ordenamento Juridico
Mocambicano;
Falar de outras formas dos contractos bancario segundo as bases legais.
3. Metodologia
Com o propósito metodológico, recorremos a pesquisas bibliográficas, a uma vista de olhar
nos serviços eletrónicos, manuais em vários idiomas, como inglês e português, seguindo da
compilação da informação recolhida fez se o que a seguir nos é apresentado
4. Desenvolvimento Teórico
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Na mesma orientação, Ana Prata conceitualiza a figura do contrato como “o negócio
jurídico bilateral ou plurilateral integrado por duas ou mais declarações negociais exprimindo
vontades convergentes no sentido de realização de um objectivo comum que justifica a tutela de
um direito. É, pois, a convenção pela qual duas ou mais pessoas regulam, modificam ou
extinguem relações jurídicas”.
Assim, para que um contrato seja considerado bancário, deverão, nele, militar elementos
específico de cunho subjectivo e objectivo.
Sob ponto de vista subjectivo, um contrato será considerado bancário se nele intervier um
banco num dos pólos contratantes, sendo que, objectivamente, este contrato deverá ostentar
como fito a intermediação do crédito.
A ideia ora avançada encontra amparo doutrinário no conceito proclamado por José
Fernandes Xavier Júnior. Este, simplesmente define contrato bancário como o acordo celebrado
entre o Banco e seu cliente, através do qual criam, modificam ou extinguem relações jurídicas,
com vista a realização de uma ou mais operações bancárias.
Estes contratos são, caracteristicamente, celebrados por adesão, o que significa que,
somente o banco goza da prerrogativa de elaboração do rol de cláusulas (direitos e obrigações),
vendo-se bastante reduzida ou quase que inexistente, em favor do cliente, a possibilidade de
discussão do relativo conteúdo contratual, este, simplesmente limita-se em aceitar ou não o
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contrato, isto é, celebrando-o (ou não). Ao cliente, regra geral, apenas, assiste-lhe a liberdade de
celebração.
4.6.Conta bancária
Ussumani Dauto, citando José Maria Pires define conta bancária como um quadro
gráfico estabelecido por “deve” e “haver”, onde, sob o nome e outros elementos identificadores
do titular se registam operações entre esse titular e o seu banco”.
A conta bancária pode assumir as modalidades de conta à ordem ou à vista; com pré-
aviso ou a prazo, assim o são quanto a exigibilidade, pelo que, quanto ao número dos clientes, as
contas bancárias podem ser conjuntas, solidárias ou mistas.
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Como espécie de conta bancária surge a conta corrente que figura como um suporte das
operações bancárias, isto é, contrato celebrado entre o Banco e o seu cliente no qual se postula a
prestação de serviços bancários, com o relevo para o serviço de caixa, reportando-se em
movimentos de dinheiro e negócios mais vastos, assim escreve Teodoro waty.
4.7.Depósito bancário
O contrato de depósito bancário figura como espécie do género depósito civil. À luz do
Direito Civil o depósito é definido no art.1185, como “o contrato pelo qual uma das partes
entrega à outra uma coisa móvel ou imóvel para que a guarde e a restitua quando for exigida”.
Em sede de Direito Bancário, como se refere José Abudo, citando Menezes Cordeiro,
deverá reputar-se como bancário o depósito em que o cliente (depositante) entrega dinheiro ao
banco (depositário), podendo este dispor livremente do referido dinheiro, porém, com a
obrigação de o restituir quando aquele o quiser. Esta noção impregna o depósito bancário de
carácter irregular, isto porque, seguindo a orientação do art.1205 do CC, ao consistir o depósito
bancário no facto de o cliente (depositante) entregar dinheiro, ao Banco, caracteristicamente
fungível segundo o art.207, CC, o banco pode aplica-lo como melhor lhe aprouver, desde que,
simplesmente restitua o equivalente quando o cliente o queira.
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4.9.Convenção de cheque
A convenção de cheque é um contrato celebrado entre o titular da provisão e a instituição
bancária, pelo qual esta permite ao titular da provisão movimentar os fundos à sua disposição por
meio de emissão de cheque. Por sua vez, o cheque, ainda nos termos deste autor, é um meio de
pagamento, pelo qual uma pessoa (sacador ou emitente) ordena um banco (sacado), onde tenha
fundos disponíveis (provisão) a efectuar um pagamento em seu favor ou terceiro beneficiário
(tomador ou beneficiário).
Como se refere este autor, citando Menezes Cordeiro, o contrato de abertura de crédito
bancário tem efeitos meramente obrigacionais, o que significa que as partes simplesmente
comprometem-se à uma determinada prestação, diferente do mútuo cuja compleição dos seus
requisitos apraz-se com o dare, isto é, com a entrega da coisa.
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4.11. A Locação financeira (Leasing)
O leasing, definido por Galvão Telles (em citação ao art.1 do Dec-Lei n°150/95, de 24 de
Junho) “é um contrato pelo qual uma das partes, locador financeiro, se obriga, mediante
retribuição, a ceder à outra, locatário financeiro, o gozo temporário de uma coisa, móvel ou
imóvel, adquirida ou construída por indicação desta, e que o locatário comprar, decorrido o
prazo acordado, por um preço nele determinado ou determinável mediante simples aplicação
dos critérios nele fixados” (o sublinhado é nosso).
Entre nós, o leasing, inegavelmente figura como um contrato atípico, isto é, não previsto
no Cod.Civ. este decorre da liberdade contratual (art.405, n°1 do CC). Ademais, à guisa desta
liberdade contratual, este figura como um contrato misto, compreendendo, primeiramente, o
contrato de locação, art.1022 do CC, que pode ser de arrendamento ou aluguer, art.1023; sendo
que, em segundo plano, este contrato compreende a compra e venda, art.874 ou 875, conforme
seja coisa móvel ou imóvel.
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4.14. Garantias Reais
As garantias reais são aquelas que envolvem um bem que devera garantir a satisfação de uma
obrigação. Estas garantias dividem-se nos seguintes grupos:
Penhor;
Hipoteca;
Alienação fiduciária.
4.15. Penhor
O penhor é um direito real que consiste, „na transferência efectiva de uma coisa móvel ou
mobilizável, susceptível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor, a fim de
garantir o pagamento de débito, conforme a previsão do art 666 do CC.
Portanto, por se tratar de contrato real, o penhor depende da tradição, com a efectiva
transferência da posse não se efectivando com simples acordo de vontade. Entretanto, esta não é
uma regra absoluta, sendo afastada no caso de penhor rural, industrial, mercantil e de veículos,
casos em que a coisa deve permanecer em poder do devedor, a quem caberá guarda-las e
conserva-las.
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4.17. Conclusão
Durante a realização do presente trabalho, chegamos a conclusão que, os contratos
bancários decorrem do inegável princípio da liberdade contratual (405, n°1) que constitui um
vector de suma importância na disciplina jurídica dos contratos. Assim, os contratos bancários
figurarão, na sua maioria, como atípicos, não se encontrando previstos em instrumentos
legislativos. O contracto bancario constitui, por excelência, o objecto da situação jurídica
bancária. A nosso ver, a noção do contrato bancário não deverá se desprender da conceituação
civilística proclamada a respeito; pelo que, à guisa do que avança o Prof. Galvão Telles , o
contrato deverá manifestar-se como um acto jurídico lícito, situado na seara do negócio jurídico
bilateral ou plurilateral pelo qual as partes pretendam disciplinar relações jurídicas do seu
interesse. Os contratos bancários decorrem do inegável princípio da liberdade contratual (405,
n°1) que constitui um vector de suma importância na disciplina jurídica dos contratos. Assim, os
contratos bancários figurarão, na sua maioria, como atípicos, não se encontrando previstos em
instrumentos legislativos.
Ao passo que, As garantias bancárias, portanto têm por finalidade suportar o risco do
inadimplemento do devedor principal, revestindo-se de grande interesse prático, pela forte
solvibilidade que os bancos em regra possuem no exacto cumprimento dos seus compromissos.
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4.18. Referencia Bibliográficas
ABUDO, José Ibrahimo; O DEPÓSITO BANCÁRIO; in temas de Direito Bancário; 1° .Vol; 1ª
Edição; Maputo; 1999;
ALMEIDA; Carlos Ferreira de; DIREITO DOS CONSUMIDORES; 1°.Vol; 1ª.Ediçao; Livraria
Almedina; Coimbra; 1982.
ASCENSÃO, José de Oliveira; O DIREITO, Introdução e Teoria Geral; 13ª Ed; Almedina; 2011.
FARIA, Jorge Leite Areias Ribeiro de; DIREITO DAS OBRIGAÇÕES; Vol.I; Almedina
Editora; Coimbra;
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