Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES


LICENCIATURA EM DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITO BANCARIO E SEGUROS

Objecto do Direito Bancário, Contractos e Garantia Bancária

Alberto Albano Rocha


Dausse José Taibo
Dino Fernando
Fernando Domingos Chele
Milo Francisco Antônio
Nelsia Amaral Gordane

Quelimane.Junho de 2023

1
UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADES
LICENCIATURA EM DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITO BANCARIO E SEGUROS

Objecto do Direito Bancário, Contractos e Garantia Bancária

Alberto Albano Rocha


Dausse José Taibo
Dino Fernando
Fernando Domingos Chele
Milo Francisco Antônio
Nelsia Amaral Gordane

Trabalho de carácter avaliativo, da disciplina


Direito Bancario e seguros, dado como mecanismo
parcial de obtenção de nota frequência, leccionado
por: Dr. Alberto Marqueza

Quelimane. Junho de 2023

2
Índice
1. Introdução .............................................................................................................................. 4
2. Objectivos................................................................................................................................ 5
2.1. Objectivo geral ..................................................................................................................... 5
2.2.Objectivos especifico ............................................................................................................ 5
3. Metodologia ............................................................................................................................ 5
4. Desenvolvimento Teórico ....................................................................................................... 5
4.1. Objecto da situação jurídica bancária................................................................................... 5
4.2. O contrato bancário .............................................................................................................. 5
4.3. Contratos bancários no Direito moçambicano ..................................................................... 6
4.4.Contrato de abertura de conta................................................................................................ 7
4.5. Quanto a natureza jurídica.................................................................................................... 7
4.6. Conta bancária ...................................................................................................................... 7
4.7. Depósito bancário ................................................................................................................. 8
4.8. O giro bancário ..................................................................................................................... 8
4.9. Convenção de cheque ........................................................................................................... 9
4.10. O crédito bancário .............................................................................................................. 9
4.11. A Locação financeira (Leasing) ....................................................................................... 10
4.12. Operações bancárias ......................................................................................................... 10
4.13. Garantias bancárias .......................................................................................................... 10
4.14. Garantias Reais ................................................................................................................. 11
4.15. Penhor............................................................................................................................... 11
4.16. Espécie de penhor............................................................................................................. 11
4.17. Conclusão ......................................................................................................................... 12
4.18. Referencia Bibliográficas ................................................................................................. 13

3
1. Introdução
O trabalho que a seguir se apresenta ostenta como tema: Objecto do direito bancário,
contractos e garantia bancária, no entanto, a ideia ora avançada encontra amparo doutrinário no
conceito proclamado por José Fernandes Xavier Júnior. Este, simplesmente define contrato
bancário como o acordo celebrado entre o Banco e seu cliente, através do qual criam, modificam
ou extinguem relações jurídicas, com vista a realização de uma ou mais operações bancárias.

Estes contratos são, caracteristicamente, celebrados por adesão, o que significa que,
somente o banco goza da prerrogativa de elaboração do rol de cláusulas (direitos e obrigações),
vendo-se bastante reduzida ou quase que inexistente, em favor do cliente, a possibilidade de
discussão do relativo conteúdo contratual, este, simplesmente limita-se em aceitar ou não o
contrato, isto é, celebrando-o (ou não). Ao cliente, regra geral, apenas, assiste-lhe a liberdade de
celebração.

Como espécie de conta bancária surge a conta corrente que figura como um suporte das
operações bancárias, isto é, contrato celebrado entre o Banco e o seu cliente no qual se postula a
prestação de serviços bancários, com o relevo para o serviço de caixa, reportando-se em
movimentos de dinheiro e negócios mais vastos, assim escreve Teodoro waty.

4
2. Objectivos

2.1.Objectivo geral

 Analisar o objecto do direito bancário, os contractos e garantia bancária.

2.2.Objectivos específicos
 Conhecer o objecto do direito bancário, contractos e garantia bancária;
 Abordar os aspectos dos contractos do direito bancario no ordenamento Juridico
Mocambicano;
 Falar de outras formas dos contractos bancario segundo as bases legais.

3. Metodologia
Com o propósito metodológico, recorremos a pesquisas bibliográficas, a uma vista de olhar
nos serviços eletrónicos, manuais em vários idiomas, como inglês e português, seguindo da
compilação da informação recolhida fez se o que a seguir nos é apresentado

4. Desenvolvimento Teórico

4.1.Objecto da situação jurídica bancária


Na estrutura da relação jurídica, o objecto corresponde ao quid sobre que incidem os
poderes do sujeito activo da relação, pelo que, o objecto subdivide-se em imediato, significando
a prestação que o credor pode exigir do devedor, e mediato, correspondendo a coisa a que o
devedor encontra-se obrigado a prestar.

No plano do Direito Bancário, o objecto imediato corresponderá ao poder que o cliente,


titular do crédito, ostentará em exigir do banco a prestação deste, sendo que, objecto mediato
corresponde ao crédito.

Como refere Teodoro Waty, os bancos destinar-se-ão a prática de actos bancários e as


correspondentes operações, conforme a Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

4.2.O contrato bancário


Este constitui, por excelência, o objecto da situação jurídica bancária. A nosso ver, a
noção do contrato bancário não deverá se desprender da conceituação civilística proclamada a
respeito; pelo que, à guisa do que avança o Prof. Galvão Telles , o contrato deverá manifestar-se
como um acto jurídico lícito, situado na seara do negócio jurídico bilateral ou plurilateral pelo
qual as partes pretendam disciplinar relações jurídicas do seu interesse.

5
Na mesma orientação, Ana Prata conceitualiza a figura do contrato como “o negócio
jurídico bilateral ou plurilateral integrado por duas ou mais declarações negociais exprimindo
vontades convergentes no sentido de realização de um objectivo comum que justifica a tutela de
um direito. É, pois, a convenção pela qual duas ou mais pessoas regulam, modificam ou
extinguem relações jurídicas”.

Assim, para que um contrato seja considerado bancário, deverão, nele, militar elementos
específico de cunho subjectivo e objectivo.

Sob ponto de vista subjectivo, um contrato será considerado bancário se nele intervier um
banco num dos pólos contratantes, sendo que, objectivamente, este contrato deverá ostentar
como fito a intermediação do crédito.

A ideia ora avançada encontra amparo doutrinário no conceito proclamado por José
Fernandes Xavier Júnior. Este, simplesmente define contrato bancário como o acordo celebrado
entre o Banco e seu cliente, através do qual criam, modificam ou extinguem relações jurídicas,
com vista a realização de uma ou mais operações bancárias.

4.3.Contratos bancários no Direito moçambicano


Serão, aqui, estudados alguns contratos que no Direito moçambicano os bancos têm
celebrado com os clientes. Esta enumeração será assumidamente exemplificativa, pois, difícil é,
neste trabalho, exaurir todas as relações contratuais que materializam as relações jurídico-
bancárias.

Os contratos bancários decorrem do inegável princípio da liberdade contratual (405, n°1)


que constitui um vector de suma importância na disciplina jurídica dos contratos. Assim, os
contratos bancários figurarão, na sua maioria, como atípicos, não se encontrando previstos em
instrumentos legislativos.

Estes contratos são, caracteristicamente, celebrados por adesão, o que significa que,
somente o banco goza da prerrogativa de elaboração do rol de cláusulas (direitos e obrigações),
vendo-se bastante reduzida ou quase que inexistente, em favor do cliente, a possibilidade de
discussão do relativo conteúdo contratual, este, simplesmente limita-se em aceitar ou não o

6
contrato, isto é, celebrando-o (ou não). Ao cliente, regra geral, apenas, assiste-lhe a liberdade de
celebração.

4.4.Contrato de abertura de conta


Este tipo contratual assume uma extrema pertinência por constituir um acto nuclear pelo
facto dele constarem e nascerem variadíssimos e complexos actos a realizar entre o banqueiro e o
cliente, assim ensina José Xavier Fernandes Jr. Para Teodoro Waty, o contrato de abertura de
conta constitui um acto que marca o início de uma relação bancária, complexa e duradoura que
constitui um acto que conferirá provimento a celebração de outros contratos bancários e
correspondentes operações.

A abertura de conta bancária, como escreve Ussumane Aly Dauto, no Direito


moçambicano, assenta fundamentalmente, nas práticas bancárias, isto é, usos e costumes
bancários, ademais porque a abertura de conta carece de uma regulamentação específica, sendo
necessário, para o efeito, recorrer à legislação esparsa que regula os actos bancários.

4.5.Quanto a natureza jurídica


O contrato de abertura de conta pode assumir-se, como contrato promessa ou como
mandato. Será equiparado a um contrato promessa (art.410, n°1, do CC), pois, o Banqueiro e o
seu cliente, obrigar-se-ão, posteriormente, a celebrar outros negócios, como a convenção de
cheque, emissão de cartões de débito e de crédito, e a concessão de crédito.

Na teoria do mandato o contrato bancário figura como um acto de permissão que o


cliente confere ao banqueiro para, em seu nome e interesse, praticar actos e operações bancárias.

4.6.Conta bancária
Ussumani Dauto, citando José Maria Pires define conta bancária como um quadro
gráfico estabelecido por “deve” e “haver”, onde, sob o nome e outros elementos identificadores
do titular se registam operações entre esse titular e o seu banco”.

A conta bancária pode assumir as modalidades de conta à ordem ou à vista; com pré-
aviso ou a prazo, assim o são quanto a exigibilidade, pelo que, quanto ao número dos clientes, as
contas bancárias podem ser conjuntas, solidárias ou mistas.

7
Como espécie de conta bancária surge a conta corrente que figura como um suporte das
operações bancárias, isto é, contrato celebrado entre o Banco e o seu cliente no qual se postula a
prestação de serviços bancários, com o relevo para o serviço de caixa, reportando-se em
movimentos de dinheiro e negócios mais vastos, assim escreve Teodoro waty.

4.7.Depósito bancário
O contrato de depósito bancário figura como espécie do género depósito civil. À luz do
Direito Civil o depósito é definido no art.1185, como “o contrato pelo qual uma das partes
entrega à outra uma coisa móvel ou imóvel para que a guarde e a restitua quando for exigida”.

Segundo Menezes Cordeiro, O contrato de depósito caracteristicamente vislumbra-se


como contrato gratuito (art.1186, CC), podendo figurar como oneroso (art.1158, CC); é real, o
que significa que este assume um carácter quod constitutionem, isto é, produz efeitos reais,
contendo como um dos elementos essências para a compleição dos seus requisitos a entrega da
coisa; pode ser consensual ou formal, conforme o quantum a depositar (o sublinhado é nosso).

Em sede de Direito Bancário, como se refere José Abudo, citando Menezes Cordeiro,
deverá reputar-se como bancário o depósito em que o cliente (depositante) entrega dinheiro ao
banco (depositário), podendo este dispor livremente do referido dinheiro, porém, com a
obrigação de o restituir quando aquele o quiser. Esta noção impregna o depósito bancário de
carácter irregular, isto porque, seguindo a orientação do art.1205 do CC, ao consistir o depósito
bancário no facto de o cliente (depositante) entregar dinheiro, ao Banco, caracteristicamente
fungível segundo o art.207, CC, o banco pode aplica-lo como melhor lhe aprouver, desde que,
simplesmente restitua o equivalente quando o cliente o queira.

4.8. O giro bancário


Como se refere Teodoro Waty, o contrato de giro bancário designa o conjunto de
operações escriturais de transmissão de fundos realizados pelo banco, solicitado pelo seu cliente.
Como ensina este autor, o giro bancário figurará, concomitantemente, como um contrato quadro
donde advirão variadíssimos contratos e operações bancárias. Porém, o giro bancário pressupõe
que, ab initio, tenha se celebrado o contrato de abertura de conta bancária.

8
4.9.Convenção de cheque
A convenção de cheque é um contrato celebrado entre o titular da provisão e a instituição
bancária, pelo qual esta permite ao titular da provisão movimentar os fundos à sua disposição por
meio de emissão de cheque. Por sua vez, o cheque, ainda nos termos deste autor, é um meio de
pagamento, pelo qual uma pessoa (sacador ou emitente) ordena um banco (sacado), onde tenha
fundos disponíveis (provisão) a efectuar um pagamento em seu favor ou terceiro beneficiário
(tomador ou beneficiário).

O cheque, indubitavelmente, vislumbra-se como um meio seguro de pagamento,


revestido de suma importância, pelo facto de incorporar e representar valores altíssimos, o que,
como última ratio, só dinamiza o comércio jurídico. Como características, marcadamente, o
cheque patenteia-se pela literalidade, autonomia, circulabilidade e incorporação.

Voltando à convenção de cheque, depreende-se, quanto aos elementos essenciais deste


negócio, segundo Menezes Cordeiro, amparado por José Mota do Amaral, que, subjectivamente
intervêm o Banco e o seu cliente. Esta convenção pode ser tácita ou expressa.

4.10. O crédito bancário


Crédito bancário (ou abertura de crédito bancário) define-se como um contrato pelo qual
o banco promete, por determinado período, ter à disposição do cliente, ficando este obrigado a
pagar as comissões que forem devidas e na medida da utilização do crédito, a reembolsar ao
banco e a satisfazer os respectivos juros, assim o diz Teodoro Waty.

Como se refere este autor, citando Menezes Cordeiro, o contrato de abertura de crédito
bancário tem efeitos meramente obrigacionais, o que significa que as partes simplesmente
comprometem-se à uma determinada prestação, diferente do mútuo cuja compleição dos seus
requisitos apraz-se com o dare, isto é, com a entrega da coisa.

Inegável é a importância que, hodiernamente, manifesta o crédito bancário nas relações


sociais e económicas.

Segundo Menezes Cordeiro são contemplados, em especial, nos contratos de crédito


bancário, alem do da abertura de crédito bancário, o descoberto em conta; a antecipação
bancária; o desconto bancário; o crédito documentário e o crédito ao consumo.

9
4.11. A Locação financeira (Leasing)
O leasing, definido por Galvão Telles (em citação ao art.1 do Dec-Lei n°150/95, de 24 de
Junho) “é um contrato pelo qual uma das partes, locador financeiro, se obriga, mediante
retribuição, a ceder à outra, locatário financeiro, o gozo temporário de uma coisa, móvel ou
imóvel, adquirida ou construída por indicação desta, e que o locatário comprar, decorrido o
prazo acordado, por um preço nele determinado ou determinável mediante simples aplicação
dos critérios nele fixados” (o sublinhado é nosso).

O leasing, em termos práticos, manifesta-se no facto de o interessado (locatário


financeiro) dirigir-se ao locador financeiro (banco), pretendendo comprar coisa móvel ou imóvel,
informar a este, que o faz, porém, aluga ou arrenda àquele por determinado período, findo o qual,
este decidirá se o compra ou prorroga o prazo da locação.

Entre nós, o leasing, inegavelmente figura como um contrato atípico, isto é, não previsto
no Cod.Civ. este decorre da liberdade contratual (art.405, n°1 do CC). Ademais, à guisa desta
liberdade contratual, este figura como um contrato misto, compreendendo, primeiramente, o
contrato de locação, art.1022 do CC, que pode ser de arrendamento ou aluguer, art.1023; sendo
que, em segundo plano, este contrato compreende a compra e venda, art.874 ou 875, conforme
seja coisa móvel ou imóvel.

4.12. Operações bancárias


Designam-se por operações bancárias o modo pelo qual o banco realiza as actividades
cabíveis no seu objecto de actuação, mormente a intermediação de crédito. Estas operações
podem ser fundamentais ou acessórias; as primeiras podem ser activas ou passivas. Enquadrar-se
dentro das operações activas a aplicação do crédito pelo banco (mutuo, abertura de crédito e
desconto bancário) e operações passivas que consistem na recepção de poupanças (o depósito
bancário).

4.13. Garantias bancárias


As garantias bancárias, portanto têm por finalidade suportar o risco do inadimplemento
do devedor principal, revestindo-se de grande interesse prático, pela forte solvibilidade que os
bancos em regra possuem no exacto cumprimento dos seus compromissos.

No que diz respeito a forma de satisfação da divida, as garantias bancárias podem se


referir a um bem (garantias reais) ou a um terceiro (garantias pessoais), descritos a seguir.

10
4.14. Garantias Reais
As garantias reais são aquelas que envolvem um bem que devera garantir a satisfação de uma
obrigação. Estas garantias dividem-se nos seguintes grupos:

 Penhor;
 Hipoteca;
 Alienação fiduciária.

4.15. Penhor
O penhor é um direito real que consiste, „na transferência efectiva de uma coisa móvel ou
mobilizável, susceptível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor, a fim de
garantir o pagamento de débito, conforme a previsão do art 666 do CC.

Constitui-se penhor pela transferência efectiva da posse que, em garantia do débito ao


credor ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de umas coisas móvel,
susceptível de alienação.

Portanto, por se tratar de contrato real, o penhor depende da tradição, com a efectiva
transferência da posse não se efectivando com simples acordo de vontade. Entretanto, esta não é
uma regra absoluta, sendo afastada no caso de penhor rural, industrial, mercantil e de veículos,
casos em que a coisa deve permanecer em poder do devedor, a quem caberá guarda-las e
conserva-las.

4.16. Espécie de penhor


Quanto à sua fonte, o penhor pode ser legal ou convencional. Chama-se convencional o
penhor quando, a partir de um acordo de vontades, o credor recebe como garantia, um bem tendo
como objectivo assegurar o pagamento de uma divida.

Já o penhor legal não depende do acordo de vontade, estando sujeito à homologação


judicial e tendo por finalidade a protecção de credores em situação particulares, como locadores,
hospedeiros e fornecedores de alimentos.

Credores pignoratícios, indecentemente de convenção: os hospedeiros, ou fornecedores


de pousadas ou alimentos, sobre passagens, moveis, são deveres e do credor pignoratício art 670
e deveres do credor pignoratício art 671 ambos do CC.

11
4.17. Conclusão
Durante a realização do presente trabalho, chegamos a conclusão que, os contratos
bancários decorrem do inegável princípio da liberdade contratual (405, n°1) que constitui um
vector de suma importância na disciplina jurídica dos contratos. Assim, os contratos bancários
figurarão, na sua maioria, como atípicos, não se encontrando previstos em instrumentos
legislativos. O contracto bancario constitui, por excelência, o objecto da situação jurídica
bancária. A nosso ver, a noção do contrato bancário não deverá se desprender da conceituação
civilística proclamada a respeito; pelo que, à guisa do que avança o Prof. Galvão Telles , o
contrato deverá manifestar-se como um acto jurídico lícito, situado na seara do negócio jurídico
bilateral ou plurilateral pelo qual as partes pretendam disciplinar relações jurídicas do seu
interesse. Os contratos bancários decorrem do inegável princípio da liberdade contratual (405,
n°1) que constitui um vector de suma importância na disciplina jurídica dos contratos. Assim, os
contratos bancários figurarão, na sua maioria, como atípicos, não se encontrando previstos em
instrumentos legislativos.

Ao passo que, As garantias bancárias, portanto têm por finalidade suportar o risco do
inadimplemento do devedor principal, revestindo-se de grande interesse prático, pela forte
solvibilidade que os bancos em regra possuem no exacto cumprimento dos seus compromissos.

12
4.18. Referencia Bibliográficas
ABUDO, José Ibrahimo; O DEPÓSITO BANCÁRIO; in temas de Direito Bancário; 1° .Vol; 1ª
Edição; Maputo; 1999;

AIRES do AMARAL, José Mota; EMISSÃO E USO DE CHEQUE EM MOÇAMBIQUE; in


temas de Direito Bancário; 1° .Vol; 1ª Edição; Maputo; 1999;

ALMEIDA; Carlos Ferreira de; DIREITO DOS CONSUMIDORES; 1°.Vol; 1ª.Ediçao; Livraria
Almedina; Coimbra; 1982.

ANDRADE, Manuel A. Domingues; TEORIA GERAL DA RELAÇÃO JURÍDICA; Vol.I;


Livraria Almedina; Coimbra; 1997;

ASCENSÃO, José de Oliveira; O DIREITO, Introdução e Teoria Geral; 13ª Ed; Almedina; 2011.

CORDEIRO, António Menezes; MANUAL DE DIREITO BANCÁRIO; 2ª Ed; Livraria


Almedina; Coimbra; 2001;

CORDEIRO, António Menezes; DIREITO DAS OBRIGAÇÕES; Vol.II; 1ªEdiçao, Associação


Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa; 1980; pag.258.

DAUTO, Ussumane Aly; ABERTURA DE CONTA BANCÁRIA; in temas de Direito Bancário;


1° .Vol; 1ª Edição; Maputo; 1999;

FARIA, Jorge Leite Areias Ribeiro de; DIREITO DAS OBRIGAÇÕES; Vol.I; Almedina
Editora; Coimbra;

GOMES, Fernando J.Correia; A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS BANCOS PELO


PAGAMENTO DE CHEQUES FALSOS OU FALSIFICADOS; VISLIS Editora; Porto; 2004;

Instituto Superior de Gestão Bancária; O DIREITO NA ACTIVIDADE BANCÁRIA; 1997;


APB-ISGB; Lisboa;

13

Você também pode gostar