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Autor:
Paulo H M Sousa
Aula 01
09 de Julho de 2020
Aula Demonstrativa
Paulo H M Sousa
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Sumário
Considerações iniciais ........................................................................................................................................ 2
Resumo............................................................................................................................................................. 27
Considerações finais......................................................................................................................................... 31
Gabarito............................................................................................................................................................ 55
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais:
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br
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Na aula de hoje você verá a análise de tema muitíssimo relevante na prática socioeconômica e jurídica
brasileira: o sistema da alienação fiduciária em garantia de bem móvel, prevista no Decreto 911/1969 (que
t ataàdaàalie açãoàfidu i ia,àaàpa ti àdeàago aà o i adoàape asà o oà De eto àeà aàLeià .728/1965 (a Lei
do Mercado de Capitais – LMC).
Trata-se de legislação que se alterou profundamente desde sua criação, especialmente após a edição da Lei
9.514/1997 (Lei da Alienação Fiduciária de Imóveis – LAFI) e da Lei 10.931/2004, também voltada à alienação
fiduciária imobiliária. Abordarei, nesta aula, a alienação fiduciária especificamente voltada aos bens móveis.
Trata-se de um aglomerado um pouco disforme e confuso, mas que ainda assim consegue ter uma
pe spe tivaàdeà siste a .àNãoàsãoà uitasà o as; ao contrário; diferentemente de outras normas especiais
sobre as quais eu trato, há um número bem restrito de dispositivos legais a respeito do tema. Eles, porém,
são responsáveis por um número significativo de questões.
ál àdisso,à àu à i ossiste a à ormativo que tem grande apelo jurisprudencial, como você verá. Isso
ocorre, como eu disse no início, por conta da grande aplicabilidade prática desses institutos e do grande
apelo que ele tem junto ao setor financeiro. Trata-se, em larga medida, de verdadeira lex mercatoria, eis que
estatisticamente, a alienação fiduciária de bens móveis e imóveis se tornou a regra, suplantando o penhor
de veículos e o leasing, no caso dos automóveis, e a hipoteca, no caso dos imóveis.
Temos, nas provas das Carreiras Jurídicas, questionamentos constantes sobre esses temas nos últimos anos,
especialmente porque muitas das regras da alienação fiduciária de bens móveis foram alteradas, alteradas
de novo, revogadas, acrescidas, e por aí vai. Isso traz problemas para os candidatos, pois exige constante
atualização legislativa e jurisprudencial.
Se você já acompanha as aulas do Curso de Direito Civil, essa primeira parte da aula pode ser ignorada,
pois corresponde às noções gerais trazidas pelo CC/2002; vá direto para o item 1.2. Se você só adquiriu só
o pacote de Legislação Especial, comece, bem... do começo!
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A vantagem desse instituto é que o credor fica com a propriedade do bem e, na hipótese da resolução por
inadimplemento, pode desfazer o contrato e retomá-lo. Não necessariamente a propriedade fiduciária se
liga a um contrato de mútuo ou a uma relação de consumo, mas essa é a situação mais comum, na prática.
O devedor, cumprida a obrigação, torna-se proprietário, pois a lei lhe confere direito real de aquisição,
incluindo seus cessionários e sucessores (art. 1.368-B). A alienação fiduciária, portanto, é figura típica do
direito real, mas sua utilização é atípica, para garantia.
A propriedade fiduciária é tratada, genericamente, em pontos específicos, por leis especiais, que regulam
tanto a alienação fiduciária de bens móveis quanto de bens imóveis, apesar de o CC/2002 estabelecer seu
uso apenas para bens móveis, inicialmente. Assim, o CC/2002 só se aplica subsidiariamente, no que não
contrariar as leis especiais, na forma do art. 1.368-A.
A propriedade fiduciária, nos termos do art. 1.361, §1º, exige que o contrato seja
celebrado por instrumento público ou particular registrado no Registro de Títulos e
Documentos do domicílio do devedor. Em se tratando de veículos, desnecessário esse
registro, pois compete ao DETRAN o licenciamento dos automóveis, fazendo-se a
anotação no certificado de registro (CRLV).
Excepcionando a regra do res perit domino, o art. 1.363 estabelece que o devedor pode usar a coisa,
correndo o risco por ela, devendo entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento. O devedor
é, nesses casos, equiparado ao depositário. Assim, fica o credor obrigado a vender, judicial ou
extrajudicialmente, a coisa a terceiros, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor (art. 1.364).
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Na prática, porém, é raro que reste saldo ao devedor inadimplente. Mais comum é que,
vendida a coisa, o produto não baste para o pagamento da dívida, pelo que continua o
devedor obrigado pelo restante, na dicção do art. 1.366 do CC/2002. Nula, porém, a
cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia,
se a dívida não for paga no vencimento (art. 1.365).
(VUNESP / PGM-São Paulo-SP - 2014) Com relação à propriedade fiduciária, e de acordo com o
==0==
sistema jurídico vigente, bem como o entendimento jurisprudencial sobre a matéria, assinale a
alternativa correta.
B) Na alienação fiduciária é permitida a cláusula que autoriza o credor fiduciário a ficar com a coisa
alienada em garantia, em caso de inadimplemento.
C) Em caso de alienação do bem pelo credor, o produto da venda deve ser utilizado para saldar o
crédito, sendo vedada a utilização para cobrir despesas de cobrança.
D) A alienação fiduciária não pode ter por objeto bem imóvel, limitando-se aos bens móveis e
infungíveis.
Comentários
A alternativa A est ài o eta,à aàfo aàdoàa t.à . ,ৠº,àdoàCC/ :à Co stitui-se a propriedade
fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve
de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos,
na repartição competente para o licenciamento, fazendo-seàaàa otaçãoà oà e tifi adoàdeà egist o .
A alternativa B est ài o eta,àdeàa o doà o àoàa t.à . àdoàCC/ :à Éà ulaàaà l usulaà ueàauto izaà
o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no
ve i e to .
A alternativa D est à i o eta,à pelaà lite alidadeà daà pa teà i i ialà doà a t.à . à doà CC/ :à áà
propriedade fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I
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do Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial
pertinente, não se equiparando, para quaisquer efeitos,à àp op iedadeàple aàdeà ueàt ataàoàa t.à . .
Se o devedor quiser, com a anuência do credor, pode dar seu direito eventual à coisa em pagamento da
dívida, após o vencimento desta (parágrafo único). Segundo o art. 1.368, se o terceiro, interessado ou não,
pagar a dívida, se sub-rogará no crédito e na propriedade fiduciária.
PRESTE MUITA ATENÇÃO, pois aqui há uma diferença bastante importante para com a regra
geral do Direito das Obrigações de que o terceiro juridicamente desinteressado não se sub-
roga na posição do credor, conforme estabelece o art. 305 c/c art. 346, inc. III.
Ademais, confusão comum se instala entre a alienação e a venda com reserva de domínio,
tratada nos arts. 521 e ss. do CC/2002. Diferencia-se a alienação fiduciária da venda com
reserva de domínio porque esta se restringe a bens móveis, enquanto a alienação pode ser aplicada
também para a venda de imóveis.
Ademais, na venda com reserva de domínio há venda sob condição suspensiva (evento futuro e incerto do
pagamento), embora a posse direta do bem já seja transferida. Na alienação fiduciária, há venda com
condição resolutiva, ou seja, o pagamento da dívida consolida a propriedade no possuidor direto. O comum
entre os dois institutos é a transferência da posse direta do bem para o sujeito que pretende obter seu
domínio.
O Decreto tem cunho procedimental, e é exatamente isso que cai nas provas. Primeiro,
muitas provas trazem uma pegadinha bastante comum: confundir as partes. Isso
porque quem é quem não vem automaticamente à cabeça. Lembre: temos um credor
e um devedor; temos a pessoa que fica com o bem (geralmente consumidor) e a
pessoa que recebe o bem fiduciariamente (geralmente uma instituição financeira); a
pessoa que fica com a posse direta do bem e a pessoa que fica com a propriedade
(fiduciária) e a posse indireta; temos a pessoaà e te àdeà ueàseàpaga àtodoàoàfi a ia e toàvaià e e e àaà
p op iedadeàdeàvoltaàeà deposit io àdessaà o fia ça:
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DepositÁRIO da
Credor Banco FiduciÁRIO
fé
Assim, sempre que pensar em FIDUCIANTE, pense na pessoa; sempre que pensar em
FIDUCIÁRIO, pense no banco. Como eu disse, muitas questões de provas (de nível alto,
inclusive) podem ser resolvidas só ao não se confundir quem é quem. Lembre também que o
FIDUCIANTE não fica com a propriedade; quem fica com a propriedade fiduciária é o...
FIDUCIÁRIO!
Ao longo da aula, eu vou tentar sempre que usar o termo credor, usá-loà o oà edo àfidu i io àeàse p eà
que usar o termo devedor, usá-loà o oà devedo àfidu i io .àÉà hatoàeà epetitivo,àeuàsei;à asà e ess io.à
Não é brincadeira; é impressionante a quantidade de provas a fazer pegadinhas baseadas nessa confusão!
“i ,àoàexa i ado àexigeà de o e a àdoà aisà asoàeàidiotaàpossível,àu àve dadei oàespí itoàdeàpo o...
O art. 2º, §4º, estabelece que os procedimentos previstos no caput e no §2º do art. 2º se aplicam também
às operações de arrendamento mercantil previstas na Lei 6.099/1974. Igualmente, o §15 do art. 3º prevê
que as disposições de todo o 3º também se aplicam à reintegração de posse de veículos no arrendamento
mercantil previsto na Lei 6.099/1974.
Conforme prevê o art. 2º, se houver inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas por
alienação fiduciária, o credor – proprietário fiduciário – pode vender a coisa a terceiros,
independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer outra medida judicial ou
extrajudicial. A exceção fica por conta de previsão contratual em contrário, claro.
Comentários
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O item está correto, na literalidade do art. 2º do Decreto-Leià / :à Noà asoàdeài adi ple e toà
ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário
ou credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação
prévia ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário
prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas
decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houve ,à o àaàdevidaàp estaçãoàdeà o tas .
A mora do devedor fiduciário decorre do simples vencimento do prazo para pagamento (mora ex re,
apurável pela velha regra do dies interpellat pro homine, como em qualquer obrigação impura a termo). Não
obstante, de maneira um tanto contraditória, §2º do Decreto exige que seja ela comprovada por carta
registrada com aviso de recebimento (como nas obrigações puras). Ou seja, a mora é ex re, mas sua
comprovação é ex persona. Ressalte-se que não se exige que a assinatura constante do referido aviso seja
a do próprio destinatário, basta que seja entregue no endereço constante do contrato.
• Ex re;
• Simples vencimento do prazo;
Mora
• Semelhante à obrigação impura a termo.
• Ex persona;
• Carta com aviso de recebimento;
Comprovação
• Semelhante à obrigação pura.
Com a mora ou a ocorrência legal ou convencional de algum dos casos de antecipação de vencimento da
dívida, faculta-se ao credor fiduciário considerar, de pleno direito, vencidas todas as obrigações
contratuais, independentemente de aviso ou notificação judicial ou extrajudicial. Assim, a cobrança incluirá
não apenas as parcelas vencidas, mas também as vincendas.
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Vencida a dívida, nos termos acima expostos, surgem ao credor fiduciário duas opções:
executar o contrato, que é título executivo extrajudicial, por força do art. 5º do Decreto, ou
manejar a ação de busca e apreensão, como lhe faculta o art. 3º. Uma ou outra opção gera ônus
e bônus ao credor fiduciário, já que a execução lhe retira a possiblidade de buscar e apreender o
bem, mas a busca e apreensão esvazia a liquidez inerente e indispensável do título, tendo o
credor fiduciário, então, de promover ação monitória para reaver eventual saldo negativo
remanescente.
Consolidade a
Busca e apreensão Perde a execução
propriedade
Se preferir a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, o credor fiduciário deve comprovar a
mora, na forma supramencionada (art. 2º, §2º). A tutela será concedida liminarmente contra o devedor
fiduciante e mesmo contra terceiro que esteja na posse do bem, independentemente da razão. Trata-se de
clara aplicação da consequência da sequela, característica dos direitos reais.
Caso tenha acesso à base de dados do RENAVAM, ao decretar a busca e apreensão de veículo, o juiz inserirá
diretamente a restrição judicial na base de dados, estabelece o §9º. A restrição será levantada, obviamente,
após a apreensão, já que despicienda restrição com a consolidação da propriedade nas mãos do fiduciário.
Se o juiz não tiver o RENAJUD, deve oficiar ao DETRAN para que registre o gravame referente à decretação
da busca e apreensão do veículo e o retire quando da apreensão do veículo (§10, incs. I e II). Seja como for,
deve o magistrado também determinar a inserção do mandado de busca e apreensão no banco próprio de
mandados judiciais.
Cinco dias após executada a liminar, consolida-se a propriedade e a posse plena e exclusiva
do bem no patrimônio do credor fiduciário, esclarece o §1º. Cabe, então, às repartições
competentes (como o DETRAN), quando for o caso, expedir novo certificado de registro de
propriedade em nome do credor fiduciário, ou de terceiro por ele indicado, livre do ônus da
propriedade fiduciária. A forma de implementação da alienação fiduciária no registro de
propriedade dos veículos automotores é dada por Resolução do CONTRAN.
Nesse prazo, o devedor fiduciante pode pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus.
Assim, incabível a purgação da mora na busca e apreensão de bem móvel, em vista da incompatibilidade
com o que prevê o §2º.
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A) o fiduciante transfere ao fiduciário a nua propriedade e conserva o direito real de uso do bem
oferecido em garantia da dívida.
Comentários
A alternativa A está incorreta, eis que a figura narrada no enunciado da assertiva trata do usufruto.
A alternativa B está incorreta, nos termos do art. 3º, §1º do Decreto-Leià / :à Ci oàdiasàap sà
executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva
do bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o caso,
expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele
i di ado,àliv eàdoà usàdaàp op iedadeàfidu i ia .
A alternativa C está incorreta, quase correta, invertendo-se apenas as figuras, como se detalhará na
alternativa E.
A alternativa D está incorreta, dado que a figura descrita na assertiva trata da enfiteuse.
A alternativa E est à o eta,à aàfo aàdoàa t.à . àdoàCC/ :à Co side a-se fiduciária a propriedade
esolúvelàdeà oisaà velài fu gívelà ueàoàdevedo ,à o àes opoàdeàga a tia,àt a sfe eàaoà edo .
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5 dias
• Paga a integralidade do débito;
• Evita a apreensão, mas não exige restituição de valores.
5 dias e 15 dias
• Paga o débito em 5 dias e contesta em 15 dias.;
• Evita a apreensão e exige restituição de valores.
15 dias
• Contesta em 15 dias, apenas, sem pagar;
• Exige restituição de valores, mas não impede a apreensão.
Imagine que o devedor fiduciante não faça o depósito integral e simplesmente conteste a lide. Nesse meio
tempo, o credor fiduciário aliena o bem e o juiz decreta a improcedência da ação de busca e apreensão. O
que acontece? O §6º prevê que, nesse caso, o juiz irá condenar o credor fiduciário ao pagamento de multa,
em favor do devedor fiduciante, equivalente a 50% do valor originalmente financiado, devidamente
atualizado. Essa multa do §6º não exclui a responsabilidade do credor fiduciário por perdas e danos, se
houver, desde que provados os danos, obviamente.
Ao contrário, se procedente a ação, que medida o credor fiduciário precisa tomar, na sequência? Segundo o
§8º, nenhuma, já que a busca e apreensão constitui processo autônomo e independente de qualquer
procedimento posterior. Assim, se o valor for suficiente, ele devolve ao devedor fiduciante o eventual
remanescente. Se insuficiente, pode ele manejar a ação monitória para cobrar o valor restante, se quiser.
Na prática, o mais comum é que as instituições financeiras sequer cobrem o valor remanescente quando o
valo à ãoà à azo velàpa aài stau a à ovaàlide.àGe al e te,àaà oisaà o e àalià es o,àeisà ueài vi velàaoà
credor fiduciário do ponto de vista econômico (cobrar R$1mil, pagando R$500 ao escritório de advocacia e
outros R$450 de custas processuais, arriscando não obter nada?).
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Eu disse, anteriormente, que em virtude da sequela o terceiro na posse do bem também a perderá em
virtude da apreensão. E se esse terceiro estiver em comarca diversa da do devedor fiduciante? Em regra,
teria o credor fiduciário de requisitar a busca e apreensão ao juízo da comarca onde tramita a lide para que
ele solicite, por carta precatória, que o juízo deprecado ordene a expedição de mandado na comarca
pretendida.
Para tanto, basta que em tal requerimento conste a cópia da petição inicial da ação e, quando for o caso, a
cópia do despacho que concedeu a busca e apreensão do veículo. Nesse caso, a apreensão do veículo deve
ser imediatamente comunicada ao Juízo, que intimará a instituição financeira para retirar o veículo do
local depositado no prazo máximo de 48h (§13).
Obviamente que o devedor fiduciante, por ocasião do cumprimento do mandado de busca e apreensão,
deve entregar o bem e seus respectivos documentos (§14). Anteriormente, se não o fizesse, poderia ser
detido, dada a permissão à prisão do depositário infiel; não mais, dada a aplicação do Pacto de São José da
Costa Rica e da Súmula Vinculante 25 do STF.
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Ainda que não se permita a prisão civil do devedor fiduciante, agora depositário infiel, o art. 66-
B, §2º, da Lei 4.728/1965 (a Lei que regula o mercado de capitais – LMC) esclarece que o devedor
fiduciante que alienar, ou der em garantia a terceiros, coisa que já alienara fiduciariamente
em garantia, fica sujeito à pena prevista no art. 171, §2º, inc. I, do Código Penal. Trata-se do
tipoàpe alàdeà disposiçãoàdeà oisaàalheiaà o oàp p ia ,ài se idoà oà apítuloàdoà estelio atoàeà
out asàf audes ,à ujaàpe aà àdeà e lusão,àdeàu àaà i oàa os,àeà ulta.àCuidado,àpo ,àpo ueà
essa pena só é aplicável à alienação fiduciária encetada no âmbito do mercado financeiro e de capitais!
E nesse caso, se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor
fiduciante, o que ocorre? A rigor, haveria perda do objeto com consequente extinção da lide. No entanto, o
art. 4º permite ao credor fiduciário requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e
apreensão em ação executiva,à aà fo aà dosà a ts.à à eà ss.à doà CPCà exe ução fundada em título
ext ajudi ial .
Cuidado para não confundir a busca do crédito não satisfeito integralmente por meio da busca e apreensão,
que enseja o manejo da ação monitória (como exige a Súmula 382 do STJ), com a conversão da busca e
ap ee sãoàf ust adaàpeloà desapa e i e to àdoà e ,à ueàe sejaàaà o ve sãoàe àaçãoàdeàexe uçãoàdeàtítuloà
extrajudicial (como permite o art. 4º do Decreto). Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...
(CESPE / TJ-DFT - 2015) Maria adquiriu um carro em determinada concessionária, por meio de
contrato de mútuo bancário com instituição financeira. Conforme estabelecido no contrato, o carro
foi dado em garantia por alienação fiduciária. Após sucessivos atrasos no pagamento das prestações,
o banco ajuizou ação para a retomada do automóvel, com pedido liminar de busca e apreensão do
bem que, no entanto, não foi localizado.
B) Por ter ingressado judicialmente com ação cautelar de busca e apreensão do bem alienado
fiduciariamente, o banco deverá ajuizar ação principal no prazo máximo de trinta dias.
C) Maria poderá se valer do instrumento da purga da mora, efetivando o depósito das parcelas em
aberto, mais juros moratórios, correção monetária e honorários advocatícios, o que ensejará a
revogação da liminar.
D) Como o bem não foi localizado, o credor poderá postular judicialmente a conversão do pedido de
busca e apreensão em ação de depósito.
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Comentários
A alternativa B está incorreta, porque não se menciona, no enunciado, o manejo de cautelar, mas de
liminar na busca e apreensão, na aplicação do defunto CPC.
A alternativa C está incorreta, de acordo com o art. 3º, §2º, do Decreto-Leià / à Noàp azoàdoà
§1º, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores
apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do
ônus ,àte doàsidoà evogadaàaà o aà ueàpe itiaàaàpu gaçãoàdaà o a.
A alternativa D está incorreta, nos termos do art. 4º do Decreto-Leià / :à “eàoà e àalie adoà
fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor
requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na
fo aàp evistaà oà[...]àC digoàdeàP o essoàCivil .
A alternativa E est à o eta,à o oà seà ext aià doà a t.à . à doà CC/ :à Co side a-se fiduciária a
propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao
edo ,ào via e teàseàliga doàaàout oà o t ato,à otada e teàdeà útuo.
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Em se tratando da ação executiva, originalmente proposta pelo credor fiduciário que não
optara pela busca e apreensão, ou convertida da busca e apreensão frustrada, ou, se for o
caso, ao executivo fiscal, serão penhorados, a critério do autor da ação, bens do devedor
fiduciante quantos bastem para assegurar a execução. O parágrafo único ainda torna
inaplicável à alienação fiduciária a impenhorabilidade do seguro de vida (art. 883, inc. VI do
CPC) e da pequena propriedade rural (inc. VIII do mesmo dispositivo).
Se a dívida relativa ao bem alienado fiduciariamente for quitada por avalista, fiador ou terceiro
interessado, eles se sub-rogam, de pleno direito, no crédito e na garantia constituída pela alienação
fiduciária, arremata o art. 6º.
Em caso de falência do devedor fiduciário, assegura-se ao credor fiduciante o direito de pedir, na forma
prevista em lei, a restituição do bem alienado fiduciariamente. O parágrafo único do art. 7º afirma, de
maneira óbvia, que se for efetivada a restituição através da busca e apreensão, o fiduciário deve agir na
forma prevista no Decreto.
Mesmo em caso de recuperação judicial ou extrajudicial do devedor fiduciante, nos termos da Lei
11.101/2005, a Lei de Recuperação e Falências – LRF, a distribuição da busca e apreensão do bem não será
impedida. Ou seja, o juízo falimentar não se sobrepõe à alienação fiduciária nem à busca e apreensão.
Deixando isso ainda mais claro, o art. 7º-A estabelece que não se aceita bloqueio judicial de bens constituídos
por alienação fiduciária nos termos do Decreto. Por isso, qualquer discussão sobre concurso de preferências
deve ser resolvida pelo valor da venda do bem, nos termos do art. 2º.
Taxa de juros
Cláusula penal
Em se tratando de cessão fiduciária de direitos sobre bens móveis ou sobre títulos de crédito há a
necessidade, também, de o contrato conter os seguintes itens, como exige o art. 66-B, §4º da LMC c/c art.
18 da LAFI:
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Taxa de juros
Como eu disse, a alienação fiduciária em garantia de bens móveis é voltada claramente aos
automóveis; nada impede, porém, que outros bens móveis sejam objeto de alienação
fiduciária. Por isso, o §1º do art. 66-B estabelece que se a coisa não se identifica por números,
marcas e sinais no contrato de alienação fiduciária (olha o que eu disse; pensado para
automóveis), cabe ao fiduciário o ônus da prova, contra terceiros, da identificação dos bens
do seu domínio que se encontram em poder do fiduciante.
O §3º admite a alienação fiduciária de coisa fungível e a cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis,
bem como de títulos de crédito. Nesses casos, salvo disposição em contrário, a posse direta e indireta do
bem objeto da propriedade fiduciária ou do título representativo do direito ou do crédito é atribuída ao
credor fiduciário. Ou seja, excepciona esse dispositivo a regra de que o devedor fiduciante fica com a posse
direta do bem objeto da garantia fiduciária.
Estando o credor fiduciário com a posse direta e indireta, o título representativo ou o crédito, se o devedor
fiduciante estiver em mora, pode aquele vender a terceiros o bem objeto da propriedade fiduciária
independente de leilão, hasta pública ou qualquer outra medida judicial ou extrajudicial. Os valores obtidos
devem ser aplicados no pagamento do crédito e das despesas decorrentes da realização da garantia.
Além do já mencionado art. 18 da LAFI, que se aplica à cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis ou
sobre títulos de crédito, o §4º do art. 66-B da LMC estabelece que também se aplicam os seguintes
dispositivos (vistos no tópico daà legislaçãoàpe ti e te ,àlogoà aisàa aixo :
LAFI
• Arts. 19 e 20
CC/2002
• Arts. 1.421, 1.425, 1.426, 1.435 e 1.436
Por outro lado, não se aplica à alienação fiduciária e à cessão fiduciária da LMC o disposto no art. 644 do
CC/ à visto,à ova e te,à oàt pi oàdaà legislaçãoàpe ti e te ,àaoàfi al .
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LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Não se aplica à alienação fiduciária e à cessão fiduciária da LMC o disposto no art. 644 do CC/2002:
Art. 644. O depositário poderá reter o depósito até que se lhe pague a retribuição devida, o
líquido valor das despesas, ou dos prejuízos a que se refere o artigo anterior, provando
imediatamente esses prejuízos ou essas despesas.
Aplicam-se à cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis ou sobre títulos de crédito os seguintes
dispositivos do CC/2002:
Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração
correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo disposição expressa
no título ou na quitação.
Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:
I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o
devedor, intimado, não a reforçar ou substituir;
II - se o devedor cair em insolvência ou falir;
III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar
estipulado o pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa
renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;
IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;
V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço
que for necessária para o pagamento integral do credor.
§1º Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogará na indenização do
seguro, ou no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela
preferência até seu completo reembolso.
§2º Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o
perecimento, ou a desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger
outras; subsistindo, no caso contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os
demais bens, não desapropriados ou destruídos.
Art. 1.426. Nas hipóteses do artigo anterior, de vencimento antecipado da dívida, não se
compreendem os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido.
Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado:
I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que
for culpado, podendo ser compensada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da
responsabilidade;
II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que
tornarem necessário o exercício de ação possessória;
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III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda
e conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente;
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433.
Art. 1.436. Extingue-se o penhor:
I - extinguindo-se a obrigação;
II - perecendo a coisa;
III - renunciando o credor;
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa;
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor
ou por ele autorizada.
§1º Presume-se a renúncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem
reserva de preço, quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua substituição
por outra garantia.
§2º Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro
o penhor quanto ao resto.
Aplicam-se à cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis ou sobre títulos de crédito os seguintes
dispositivos da LAFI:
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credor fiduciário perante o cedente, como depositário, pelo que receber além do que este lhe
devia.
§2º Se as importâncias recebidas, a que se refere o parágrafo anterior, não bastarem para o
pagamento integral da dívida e seus encargos, bem como das despesas de cobrança e de
administração daqueles créditos, o devedor continuará obrigado a resgatar o saldo
remanescente nas condições convencionadas no contrato.
Art. 20. Na hipótese de falência do devedor cedente e se não tiver havido a tradição dos títulos
representativos dos créditos cedidos fiduciariamente, ficará assegurada ao cessionário fiduciário
a restituição na forma da legislação pertinente.
Parágrafo único. Efetivada a restituição, prosseguirá o cessionário fiduciário no exercício de seus
direitos na forma do disposto nesta seção.
Isso porque os automóveis, de maneira excepcional em relação aos demais bens móveis, possui registro. No
caso, de modo a evitar a necessidade de duplo registro, um junto ao Oficial de Títulos e Documentos e outro
perante o DETRAN do respectivo Estado, faz-se o registro (lato sensu) da propriedade fiduciária apenas
perante a autoridade de trânsito:
Art. 3º Para fins desta Resolução, considera-se registro de contrato de financiamento de veículo
o armazenamento dos seguintes dados a serem fornecidos pelo credor da garantia real:
I - identificação do credor e do devedor, contendo endereço e telefone;
II - o total da dívida ou sua estimativa;
III - o local e a data do pagamento;
IV - a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for permitida e, eventualmente, a cláusula penal
e a estipulação de correção monetária, com indicação dos índices aplicáveis;
V - a descrição do veículo objeto do contrato e os elementos indispensáveis à sua identificação.
Art. 5º Considera-se gravame a anotação, no campo de observações do CRV, da garantia real
incidente sobre o veículo automotor, decorrente de cláusula de alienação fiduciária,
arrendamento mercantil, reserva de domínio e penhor, de acordo com o contrato celebrado pelo
respectivo proprietário ou arrendatário.
Art. 6º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, após
registrarem o contrato na forma prevista nesta Resolução, farão constar no campo observações
do CRV o gravame com a identificação da instituição credora.
Art. 9º Após o cumprimento das obrigações por parte do devedor, a instituição credora
providenciará, automática e eletronicamente, a informação da baixa do gravame junto ao órgão
ou entidade executivo de trânsito no qual o veículo estiver registrado e licenciado, no prazo
máximo de 10 (dez) dias.
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JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
O STF já editou Súmula Vinculante proibindo a prisão do devedor fiduciante em caso de inadimplemento
ou descumprimento do pacto. Trata-se de consolidação de entendimento anteriormente fixado na Corte em
sede de julgamento de RE.
Em que pese o Brasil tenha ratificado o Pacto de San José da Costa Rica em 1992, duas décadas depois muitos
magistrados continuavam a negar aplicação ao pacto, com fundamento na CF/1988. Necessário foi
manifestação sumular do STF para que, finalmente, restasse apenas uma única hipótese de prisão por dívidas
no Brasil, qual seja o caso de alimentos.
O STJ pacificou o entendimento de que a alienação fiduciária pode ter por objeto bem que já era do devedor
fiduciante. São os casos nos quais o proprietário do bem pretende levantar valores, aliena-o à instituição
financeira que o aliena, fiduciariamente, ao outrora proprietário, agora mero possuidor direto.
Pensamento diverso geraria absurda restrição e ensejaria situações de fraude. Por exemplo, eu alienaria
fi ti ia e teàoà e àaàu àte ei oà la a ja ,à ueàalie a iaàoà e à ài stituiçãoàfi a ei a,à ueàpo àsuaàvez,à
alienaria fiduciariamente o bem a mim, novamente.
STJ – Súmula 28
O contrato de alienação fiduciária em garantia pode ter por objeto bem que já integrava o
patrimônio do devedor.
Nas dívidas garantidas por alienação fiduciária a mora é ex re, ou seja, ocorre automaticamente no prazo
para pagamento. Porém, curiosamente, a ação de busca e apreensão do bem exige, em seu ajuizamento, a
comprovação da mora pelo credor fiduciário, por intermédio do envio de comunicação escrita ao devedor
fiduciante (carta com aviso de recebimento).
Ou seja, em que pese a mora seja ex re, a ação de busca e apreensão exige interpelação extrajudicial, por
força de lei:
STJ – Súmula 72
A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente.
Se alguém adquire um veículo e, posteriormente, o credor fiduciário pretende, pelo poder de sequela, obter
o bem para si, não pode fazê-lo se não estava registrada a alienação fiduciária no documento do automóvel.
Assim, não é oponível a alienação fiduciária não anota do CRLV ao adquirente de boa-fé, eis que a
propriedade fiduciária se constitui pelo registro:
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STJ – Súmula 92
A terceiro de boa-fé não é oponível a alienação fiduciária não anotada no certificado de registro
do veiculo automotor.
A notificação que o credor fiduciário envia ao devedor fiduciante, em cumprimento ao art. 2º, §2º, para
conseguir a busca e apreensão judicial, dispensa a indicação do valor do débito. Assim, basta que o credor
fiduciário envie a notificação para que se comprove a mora para fins de busca e apreensão:
Desde 2001 o STJ já tem entendimento de que a Teoria do Adimplemento Substancial se aplica aos casos
de alienação fiduciária em sentido amplo (cuidado porque a Corte alterou posteriormente seu
entendimento). O leading case relacionava-se com a alienação fiduciária de bem móvel. Ou seja, a aplicação
judicial da Teoria do Adimplemento Substancial, em síntese, começa com a alienação fiduciária:
Por outro lado, o mesmo STJ tem o entendimento consolidado de que no caso de inadimplemento, para
evitar a perda do bem, o fiduciante deve depositar o valor relativo à integralidade do débito, e não apenas
os valores relativos às parcelas vencidas:
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Acórdão Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 03/05/2012, DJe
18/06/2013).
É válida a notificação extrajudicial enviada ao devedor fiduciante quando realizada por Cartório de Títulos
e Documentos de outra Comarca, mesmo que não seja aquele do domicílio do devedor fiduciante. O objetivo
da notificação é constituir em mora o devedor fiduciante para fins de busca e apreensão, pelo que o Oficial
que o faz não importa, pois o escopo da lei se cumpriu, qual seja, permitir ao devedor fiduciante emendar a
mora (purgação da mora):
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A cobrança de comissão de permanência - cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos
remuneratórios e moratórios previstos no contrato - exclui a exigibilidade dos juros
remuneratórios, moratórios e da multa contratual.
STJ Súmula 539
É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados
com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-
17/2000, reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada.
STJ Súmula 541
A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é
suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.
Não se pode cobrar Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, mas é possível cobrar a Tarifa de Cadastro expressamente
tipificada. Além disso, pode-se convencionar o pagamento de IOF por meio de financiamento acessório ao
mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais:
O STJ tinha súmula permitindo a purgação da mora, mas com a mudança legislativa operada, perdeu o
sentido essa Súmula. Agora, o devedor fiduciante tem de pagar a integralidade da dívida – entendida esta
como os valores apresentados e comprovados pelo credor fiduciário na inicial – para evitar a busca e
apreensão:
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O STJ fixou o entendimento de que é possível, à escolha do credor fiduciário, o protesto de cédula de crédito
bancário garantida por alienação fiduciária, junto ao Tabelião de Notas em que se situa a praça de
pagamento indicada no título ou no domicílio do devedor fiduciante. Novamente, não se deve analisar as
questões que envolvem os Serviços de Notas e Registros de maneira excessivamente estrita, mas a partir da
instrumentalidade das formas:
O STJ definiu que é incabível indenização por danos patrimoniais (materiais) ou extrapatrimoniais (morais)
no caso de ação de busca e apreensão sob a alegação de aplicabilidade da Teoria do Adimplemento
Substancial, em favor do devedor fiduciante. Assim, sendo incabível a aplicação da referida teoria,
descabida igualmente eventual indenização por danos:
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Estabelece o art. 93 do CC/2002 que são pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes,
destinam-se, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Exemplifica-se
pertença como o protetor do volante, o difusor de aroma ou ainda os alto-falantes acrescidos no porta-
malas; parte integrante é o retrovisor, os pneus ou ainda o banco do automóvel.
A distinção releva porque o art. 94 prevê que os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das
circunstâncias do caso.
Assim, é de se questionar se os aparelhos de direção especiais para pessoas com deficiência física
(notadamente o acelerador e freio manuais), constituem pertenças ou partes integrantes essenciais. Não se
discute, por óbvio, que sejam acessórios, já que o bem principal é, a toda evidência, o carro.
Para resolver a controvérsia, basta se questionar: esses bens acessórios, se retirados, fazem com que o bem
principal perca sua utilidade ou função? Um carro sem pneus ou bancos não se presta a ser veículo; um carro
sem difusor de aroma ou protetor de volante não deixa de ser veículo.
Pois bem. Sem os aparelhos de adaptação de direção para pessoa com deficiência física, o carro é menos
carro? Ao contrário, sua retirada importa em manutenção da originalidade do bem principal, talqualmente
foi adquirido, o que demonstra sua natureza de pertença. Assim, na ação de busca e apreensão, os aparelhos
de adaptação de direção para pessoa com deficiência física são pertenças, que não seguem o bem
principal, portanto, permitem sua retirada:
O STJ afirmou que a aplicação dessa Teoria é insuficiente para impedir a análise pelo Poder Judiciário da
ação, ou seja, não pode o juiz simplesmente extinguir a busca e apreensão, sem análise do mérito, sob a
alegação de carência de ação. Não que o magistrado não possa indeferir a busca e apreensão, ou suspendê-
la, se julgar presentes os princípios contratuais que autorizem a aplicação da Teoria.
Mas ele não pode, sequer sem analisar o mérito, simplesmente descartar a ação, ou mandar o credor
fiduciário transformá-la em ação de cobrança ordinária. Deve ele analisar o fundo do direito para verificar
se, de fato, é de se aplicar a medida ou não.
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No entanto, o entendimento que vem se fixando na Corte é de que é incabível a aplicação da Teoria do
Adimplemento Substancial nos casos de busca e apreensão regida pelo Decreto 911/1969, por
incompatibilidade:
O entendimento é, no mínimo, controvertido, eis que, em seguimento à regra res perit domino (a coisa
perece para o dono), quando o bem está alienado fiduciariamente, a instituição financeira não corre os riscos
por ela, mas o devedor fiduciante. Por exemplo, se o veículo é roubado, o devedor fiduciante continua
obrigado, consequentemente.
De qualquer forma, o julgado não afasta a possibilidade de o credor fiduciário continuar a buscar seu
crédito, independentemente do perdimento do bem. Vale dizer, o devedor fiduciante continua obrigado
a satisfazer o crédito:
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deu causa à pena. É o que se verifica dos seguintes julgados: AgRg no REsp 1.383.048/PR, Rel.
Ministra Diva Malerbi - Desembargadora Convocada TRF 3ª Região, Segunda Turma, DJe
31/3/2016; REsp 1.572.680/SP, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe
29/2/2016; AgRg no AgRg no AREsp 178.271/PR, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda
Turma, DJe 9/10/2015 (EREsp 1240899/SC, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 14/06/2017, DJe 30/06/2017).
Se a excussão da garantia fiduciária é insuficiente para cobrir o débito e o devedor fiduciante encontra-se
em recuperação judicial ou em falência, eventual saldo devedor apresenta natureza de dívida pessoal,
devendo ser habilitado na recuperação judicial ou falência na classe dos credores quirografários:
RESUMO
Quais são os requisitos do contrato de alienação fiduciária em garantia?
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DepositÁRIO da
Credor Banco FiduciÁRIO
fé
• Ex re;
• Simples vencimento do prazo;
Mora
• Semelhante à obrigação impura a termo.
• Ex persona;
• Carta com aviso de recebimento;
Comprovação
• Semelhante à obrigação pura.
Consolidade a
Busca e apreensão Perde a execução
propriedade
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Paulo H M Sousa
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A partir da efetivação da busca e apreensão, o que pode o fiduciante fazer? Quais sãos os prazos para essas
ações?
5 dias
• Paga a integralidade do débito;
• Evita a apreensão, mas não exige restituição de valores.
5 dias e 15 dias
• Paga o débito em 5 dias e contesta em 15 dias.;
• Evita a apreensão e exige restituição de valores.
15 dias
• Contesta em 15 dias, apenas, sem pagar;
• Exige restituição de valores, mas não impede a apreensão.
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Cabe ação de busca e apreensão, ação de execução de título extrajudicial ou ação monitória?
O contrato de alienação fiduciária celebrado no âmbito do mercado financeiro e de capitais, bem como
em garantia de créditos fiscais e previdenciários, deve conter, além dos requisitos exigidos pelo art. 1.362
do CC/2002, exige quais requisitos?
Taxa de juros
Cláusula penal
Em se tratando de cessão fiduciária de direitos sobre bens móveis ou sobre títulos de crédito há a
necessidade, também, de o contrato conter quais itens?
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Taxa de juros
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo da aula, você pôde ver os aspectos mais importantes a respeito da alienação fiduciária em garantia
de bens imóveis. É um conjunto de regras simples e curto, sendo que as bancas têm especial predileção pela
jurisprudência do STJ.
Quaisquer dúvidas, sugestões, críticas ou mesmo elogios, não hesite em entrar em contato comigo. Estou
disponível preferencialmente no Fórum de Dúvidas do Curso, mas também nas redes sociais, claro. Estou
aguardando você na próxima aula. Até lá!
Paulo H M Sousa
QUESTÕES COMENTADAS
Além das questões vistas ao longo da aula, agora você agora terá uma longa lista de questões para treino.
Eu as apresento assim: a. questões sem comentários; b. gabaritos das questões; c. questões com
comentários. Mesmo as questões vistas na aula estarão nessa bateria, para que você faça o máximo de
exercícios que puder. Lembre-se de que as questões comentadas são parte fundamental do seu
aprendizado com nosso material eletrônico!
Se você quer testar seus conhecimentos, faça as questões sem os comentários, anote os gabaritos e confira
com o gabarito apresentado; nas que você não sabia responder, chutou, ou ficou com dúvida, vá aos
comentários. Se preferir, passe diretamente às questões comentadas!
1. (ENAMAT – TST – Juiz do Trabalho Substituto – 2017) Gervásio firmou contrato de empréstimo de
di hei oà o àoàBa oà B ,àte doàt a sfe idoà ài stituiçãoàfi a ei aà edo a,à o àes opoàdeàga a tia,àaà
p op iedadeà esolúvelàdoàveí uloàauto oto à V .àOà es oàGe v sio,àp e isa doàai daàdeà aisàdi hei o,à
firmou também contrato de mútuo feneratício com seu colega de trabalho Raimundo. Neste negócio,
o oàga a tiaàdoàpaga e to,à‘ai u doà e e euàaàp op iedadeàfidu i iaàdoài óvelà I .àNaàhipóteseàdeà
Ge v sioà vi à aà des u p i à oà paga e toà dasà p estaçõesà devidasà ta toà aoà Ba oà B à uanto ao colega
Raimundo, fazendo com que os respectivos bens sejam levados a leilão, e caso os produtos das respectivas
regulares arrematações não sejam suficientes para o pagamento das respectivas dívidas e despesas de
cobrança, Gervásio
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(A) não será maisà o side adoàdevedo ,àu aàvezà ueàta toàaàdívidaà o àoàBa oà B à ua toàaà o àoàseuà
colega Raimundo serão consideradas extintas.
(B) continuará responsável pelo pagamento do restante devido de apenas uma das duas obrigações,
podendo exercer o direito de escolha acerca da prestação que deverá ser considerada extinta.
C à o ti ua à espo s velàpeloàpaga e toàdoà esta teàdevidoàaoàBa oà B ,à asàaàdívidaà o àRai u doà
será considerada extinta.
(D) continuará responsável tanto pelo pagamento do restante devidoàaoàBa oà B à ua toàdoàdevidoàaoàseuà
colega Raimundo.
(E) continuará responsável pelo pagamento do restante devido ao seu colega Raimundo, mas a dívida com o
Ba oà B àse à o side adaàexti taà
Comentários
Eu cá tenho minhas ressalvas com o gabarito desta questão, já que não se menciona que no caso da alienação
fiduciária em garantia de bem imóvel houve um segundo leilão, como exige a lei. De toda sorte, a banca
manteve o gabarito.
A alternativa A está incorreta, pois apenas a dívida com o seu colega Raimundo será extinta, permanecendo
a dívida com o Banco, que poderá ser cobrada através de ação monitória.
A alternativa B está incorreta, dado que a dívida em relação a instituição financeira não é extinta, não tendo
o devedor direito de escolha.
A alternativa C está correta, a dívida contraída perante o Banco permanece, de acordo com o art. 1º, §5º,
do Decreto-Lei 911/1969:à Se o preço da venda da coisa não bastar para pagar o crédito do proprietário
fiduciário e despesas, na forma do parágrafo anterior, o devedor continuará pessoalmente obrigado a pagar
oàsaldoàdevedo àapu ado . Assim, o remanescente pode ser cobrado através de ação monitória, conforme
entendimento da Súmula 384 doà “TJ:à Ca e ação monitória para haver saldo remanescente oriundo
de ve daà ext ajudi ialà deà e à alie adoà fidu ia ia e teà e à ga a tia .à Qua toà à dívida com seu colega
Raimundo, esta será extinta, diante do que dispõe o art. 27, §5º, da Lei 9.514/1997:à “e,à oàsegu doàleilão,à
o maior lance oferecido não for igual ou superior ao valor referido no § 2º, considerar-se-á extinta a dívida e
exo e adoàoà edo àdaào igaçãoàdeà ueàt ataàoà§à º .
Comentários
O item está correto, na literalidade do art. 2º do Decreto-Leià / :à Noà asoàdeài adi ple e toàouà
mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor
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poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer
outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo
aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o
saldo apurado, se houver, com aàdevidaàp estaçãoàdeà o tas .
3. (CESPE / TJ-DFT - 2015) Maria adquiriu um carro em determinada concessionária, por meio de
contrato de mútuo bancário com instituição financeira. Conforme estabelecido no contrato, o carro foi
dado em garantia por alienação fiduciária. Após sucessivos atrasos no pagamento das prestações, o banco
ajuizou ação para a retomada do automóvel, com pedido liminar de busca e apreensão do bem que, no
entanto, não foi localizado. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Maria passou a ser considerada proprietária fiduciária do carro no momento da assinatura do contrato,
independentemente do registro desse instrumento na repartição competente para o licenciamento.
b) Por ter ingressado judicialmente com ação cautelar de busca e apreensão do bem alienado
fiduciariamente, o banco deverá ajuizar ação principal no prazo máximo de trinta dias.
c) Maria poderá se valer do instrumento da purga da mora, efetivando o depósito das parcelas em aberto,
mais juros moratórios, correção monetária e honorários advocatícios, o que ensejará a revogação da liminar.
d) Como o bem não foi localizado, o credor poderá postular judicialmente a conversão do pedido de busca e
apreensão em ação de depósito.
e) Na situação em apreço, o contrato de alienação fiduciária configura um contrato meio de garantia de
cumprimento do contrato de mútuo bancário.
Comentários
A alternativa A está incorreta, já que o proprietário fiduciário é o credor fiduciário, no caso, a instituição
financeira.
A alternativa B está incorreta, porque não se menciona, no enunciado, o manejo de cautelar, mas de liminar
na busca e apreensão, na aplicação do defunto CPC.
A alternativa C está incorreta, de acordo com o art. 3º, §2º, do Decreto-Leià / à Noàp azoàdoৠº,àoà
devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo
edo àfidu i ioà aài i ial,àhip teseà aà ualàoà e àlheàse à estituídoàliv eàdoà us ,àte doàsidoà evogadaàaà
norma que permitia a purgação da mora.
A alternativa D está incorreta, nos termos do art. 4º do Decreto-Leià / :à “eà oà e à alie adoà
fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer,
nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista no
[...]àC digoàdeàP o essoàCivil .
A alternativa E est à o eta,à o oàseàext aiàdoàa t.à . àdoàCC/ :à Co side a-se fiduciária a propriedade
resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de ga a tia,à t a sfe eà aoà edo ,à
obviamente se ligando a outro contrato, notadamente de mútuo.
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4. (FCC / TJ-CE - 2015) Nos contratos de financiamento, por instituição financeira, com alienação
fiduciária em garantia de bem móvel, não sendo paga a dívida, o credor
Comentários
A alternativa B está incorreta, conforme o art. 2º do Decreto-Leià / :à Noà asoàdeài adi ple e toàouà
mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor
poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer
outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo
aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o
saldoàapu ado,àseàhouve ,à o àaàdevidaàp estaçãoàdeà o tas .
A alternativa C est à o eta,à o oàdisp eàoàa t.à ºàdoàDe eto:à Oàp op iet ioàfidu i ioàouà edo àpode ,à
desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2o do art. 2o, ou o inadimplemento, requerer
contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida
li i a e te,àpode doàse àap e iadaàe àpla tãoàjudi i io .
A alternativa D está correta,àsegu doà e o he euàoà“TFà aà“ú ulaàVi ula teà :à Éàilí itaàaàp isãoà ivilàdeà
deposit ioài fiel,à ual ue à ueàsejaàaà odalidadeàdeàdep sito .
A alternativa E está incorreta, porque a alienação não é alternativa, mas obrigação do credor, quando da
consolidação da propriedade em seu nome.
5. (FCC / SEFAZ-PE - 2015) Em relação ao contrato mercantil de alienação fiduciária, é correto afirmar:
a) Trata-se de contrato acessório, pois assegura o cumprimento de outro contrato, de financiamento de bens
móveis ou imóveis, pelo qual o credor fiduciário disponibilizou recursos a serem utilizados na aquisição
desses bens.
b) É o contrato em garantia pelo qual o devedor, a fim de garantir o pagamento de uma dívida, transfere a
propriedade de um bem móvel durável ou imóvel, sob condição suspensiva da integral quitação do débito.
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c) O credor fiduciário assume a posse direta do bem dado em garantia, o que será mantido enquanto o
devedor fiduciante estiver em dia com o pagamento.
d) O devedor fiduciante assume a condição de fiel depositário do bem, tanto que poderá ser preso,
civilmente, se referido bem desaparecer por sua culpa.
e) Trata-se de avença solene, a ser realizada necessariamente por meio de instrumento público e registrada
no Cartório de Títulos e Documentos.
Comentários
A alternativa A está correta, vendo-se, aqui, como a distinção clássica, um tanto atécnica, entre contrato
principal e acessório (que parte da premissa da autonomia econômico-jurídica) é menos adequada que a
classificação mais técnica dependente e independente. Isso porque a alienação fiduciária é, a rigor, contrato
autônomo, mas que depende de outro, geralmente um mútuo. Por isso, trata-se de contrato dependente,
ou, segundo a doutrina tradicional, acessório.
A alternativa B está incorreta, já que a condição que incide no negócio é resolutiva, não suspensiva.
A alternativa C está incorreta, sendo que a posse direta permanece com o devedor fiduciante, transferindo-
se a propriedade e a posse indireta ao credor fiduciário desde o início do pacto.
A alternativa D está incorreta, pois apesar de se assumir a posição de depositário, a infidelidade dele não
mais acarreta prisão civil.
A alternativa E est ài o eta,à o fo eàoàa t.à . ,ৠºàdoàCC/ :à Co stitui-se a propriedade fiduciária
com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição
competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certifi adoàdeà egist o .
6. (CONSULPLAN / TJ-MG - )à á a ildo,àve dedo àp ofissio alàdeàveí ulos,àve deuàu àauto óvelà
usado a Reinaldo, pelo valor de R$ 20.000,00. Como Reinaldo não tinha a totalidade do preço, celebrou
o t atoà o àoà Ba oàBZ ,à ueàe p estou‐lhe o valor de R$ 10.000,00 para a quitação do veículo com
Amarildo. No contrato com a instituição financeira foi instituída alienação fiduciária em garantia do
paga e toàdoàe p ésti oàeàdosàju os,à ueàfoiàdivididoàe à àpa elasàdeà‘$à , . àáàpa ti da situação
descrita e considerando‐se a legislação civil em vigor, assinale a alternativa correta.
a) É lícita a cláusula que autoriza o Banco BZ a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga
no vencimento.
b) Com a constituição da propriedade fiduciária dá‐se o desdobramento da posse, tornando‐se Reinaldo o
possuidor indireto da coisa.
c) Para que seja constituída a propriedade fiduciária, é necessário o registro do contrato junto ao cartório de
notas do domicílio de Reinaldo.
d) O contrato celebrado por Reinaldo com o Banco BZ transfere a propriedade resolúvel do automóvel para
a instituição financeira, com o escopo de garantir o pagamento do valor mutuado.
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Comentários
A alternativa A está incorreta, segundo o art. 1.365 do CC/2002: Éà ulaàaà l usulaà ueàauto izaàoàp op iet ioà
fidu i ioàaàfi a à o àaà oisaàalie adaàe àga a tia,àseàaàdívidaà ãoàfo àpagaà oàve i e to .
A alternativa B est ài o eta,à o fo eàoàa t.à . ,ৠºàdoàCC/ :à Co àaà o stituiçãoàdaàp op iedadeà
fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-seàoàdevedo àpossuido àdi etoàdaà oisa .
A alternativa C est à i o eta,à deà a o doà o à oà a t.à . ,à § ºà doà CC/ :à Co stitui-se a propriedade
fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de
título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na
repartição competente para o licenciamento, fazendo-seàaàa otaçãoà oà e tifi adoàdeà egist o .
A alternativa D est à o eta,à aàlite alidadeàdoàa t.à . àdoàCC/ :à Co side a-se fiduciária a propriedade
esolúvelàdeà oisaà velài fu gívelà ueàoàdevedo ,à o àes opoàdeàga a tia,àt a sfe eàaoà edo .
a) o fiduciante transfere ao fiduciário a nua propriedade e conserva o direito real de uso do bem oferecido
em garantia da dívida.
b) o fiduciário automaticamente adquire a propriedade plena do bem oferecido em garantia, se a dívida não
for paga no vencimento.
c) o fiduciário transfere ao fiduciante a propriedade resolúvel do bem oferecido em garantia.
d) o fiduciante transfere ao fiduciário a propriedade perpétua do bem oferecido em garantia.
e) o fiduciante transfere ao fiduciário a propriedade resolúvel do bem oferecido em garantia.
Comentários
A alternativa A está incorreta, eis que a figura narrada no enunciado da assertiva trata do usufruto.
A alternativa B está incorreta, nos termos do art. 3º, §1º do Decreto-Leià / :à Ci oà diasà ap sà
executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do
bem no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o caso, expedir
novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do
ônus da propriedadeàfidu i ia .
A alternativa C está incorreta, quase correta, invertendo-se apenas as figuras, como se detalhará na
alternativa E.
A alternativa D está incorreta, dado que a figura descrita na assertiva trata da enfiteuse.
A alternativa E está correta,à aà fo aà doà a t.à . à doà CC/ :à Co side a-se fiduciária a propriedade
esolúvelàdeà oisaà velài fu gívelà ueàoàdevedo ,à o àes opoàdeàga a tia,àt a sfe eàaoà edo .
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8. (FCC / TJ/AP - 2014) Em relação à alienação fiduciária em garantia de bens móveis, é correto
afirmar:
a) Na sentença que julgar a ação de busca e apreensão improcedente, o Juiz condenará o credor fiduciário
ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente ao dobro do valor originalmente
financiado, atualizado, se o bem já houver sido alienado.
b) Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o credor
deverá propor ação autônoma para haver as perdas e danos sofridas, extinguindo-se o processo de busca e
apreensão.
c) A mora contratual decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento, podendo ser comprovada,
exclusivamente, pelo protesto do título.
d) Da sentença proferida na ação de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente cabe apelação, a
ser recebida no efeito suspensivo e devolutivo.
e) É cabível ao credor fiduciário a ação de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, contra o
devedor ou terceiro, a qual será concedida liminarmente, desde que comprovada a mora ou o
inadimplemento do devedor fiduciante.
Comentários
A alternativa A está incorreta, na dicção do art. 3º, §6º do Decreto-Leià / :à Naàse te çaà ueàde eta à
a improcedência da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário ao pagamento de multa,
em favor do devedor fiduciante, equivalente a cinquenta por cento do valor originalmente financiado,
devida e teàatualizado,à asoàoà e àj àte haàsidoàalie ado .
A alternativa B está incorreta, de acordo com o art. 4º do Decreto-Leià / :à “eà oà e à alie adoà
fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer,
nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista no
CPC .
A alternativa C está incorreta, nos termos do art. 2º, §2º do Decreto-Leià / :à áà o aàde o e àdoà
simples vencimento do prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta registrada com aviso de
e e i e to,à ãoàseàexigi doà ueàaàassi atu aà o sta teàdoà efe idoàavisoàsejaàaàdoàp p ioàdesti at io .
A alternativa D está incorreta, segundo o art. 3º, §5º do Decreto-Leià / :à Daàse te çaà a eàapelaçãoà
ape asà oàefeitoàdevolutivo ,àape as.
A alternativa E está correta, na literalidade do art. 3º do Decreto-Leià / :à Oàp op iet ioàfidu i ioàouà
credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2º, ou o
inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em pla tãoàjudi i io .
9. (FCC / DPE-CE - 2014) Fe a doà fi a iouà aà a uisiçãoà deà veí uloà pe a teà Ba oà Co alà “.á. ,à
alienando-o fiduciariamente em garantia e pactuando comissão de permanência, juros moratórios e multa
para o caso de inadimplemento. Julgando abusivo o contrato, ajuizou ação revisional e requereu, em sede
de liminar, fosse manutenido na posse do bem, alegando que, com o pedido de revisão, teria sido
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descaracterizada a mora. A título de provimento final, pugnou fosse afastada a cobrança da comissão de
permanência. De acordo com Súmulas do Superior Tribunal de Justiça, o pedido liminar deverá ser
a) deferido, pois a propositura de ação revisional inibe a caracterização da mora. A comissão de permanência
poderá ser cobrada se o seu valor não ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios,
afastando a exigibilidade dos juros remuneratórios e moratórios e da multa contratual.
b) indeferido, pois a simples propositura de ação revisional não inibe a caracterização da mora. A comissão
de permanência poderá ser cobrada se o seu valor não ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios, afastando a exigibilidade dos juros remuneratórios e moratórios, porém não da multa
contratual.
c) indeferido, pois a simples propositura de ação revisional não inibe a caracterização da mora. A comissão
de permanência poderá ser cobrada se o seu valor não ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios, afastando a exigibilidade dos juros remuneratórios e moratórios e da multa contratual.
d) indeferido, pois a simples propositura de ação revisional não inibe a caracterização da mora. A comissão
de permanência deverá ser necessariamente afastada, pois se trata de cláusula abusiva.
e) deferido, pois se aplicam aos contratos bancários as disposições do Código de Defesa do Consumidor. A
comissão de permanência deverá ser necessariamente afastada, pois se trata de cláusula onerosamente
excessiva ao consumidor.
Comentários
A alternativa A est ài o eta,à o fo eàaà“ú ulaà àdoà“TJ:à áàsi plesàp opositu aàdaàaçãoàdeà evisãoàde
o t atoà ãoài i eàaà a a te izaçãoàdaà o aàdoàauto .
A alternativa B est ài o eta,àpelaà o jugaçãoàdaà“ú ulaàsup a itadaà o àaà“ú ulaà àdoà“TJ:à áà o a çaà
de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios previstos no contrato – exclui a exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa
o t atual .
A alternativa D está incorreta, já que, apesar de adequada com a Súmula 380, está inadequada quanto à
Súmula 472, ambas do STJ.
10. (VUNESP / PGM-São Paulo-SP - 2014) Com relação à propriedade fiduciária, e de acordo com o
sistema jurídico vigente, bem como o entendimento jurisprudencial sobre a matéria, assinale a alternativa
correta.
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c) Em caso de alienação do bem pelo credor, o produto da venda deve ser utilizado para saldar o crédito,
sendo vedada a utilização para cobrir despesas de cobrança.
d) A alienação fiduciária não pode ter por objeto bem imóvel, limitando-se aos bens móveis e infungíveis.
e) A teoria do adimplemento substancial alcança os casos de alienação fiduciária.
Comentários
A alternativa A está incorreta, na forma do art. 1.361, §1º, do CC/ :à Co stitui-se a propriedade fiduciária
com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição
competente para o licenciamento, fazendo-seàaàa otaçãoà oà e tifi adoàdeà egist o .
A alternativa B est ài o eta,àdeàa o doà o àoàa t.à . àdoàCC/ :à Éà ulaàaà l usulaà ueàauto izaàoà
proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, seàaàdívidaà ãoàfo àpagaà oàve i e to .
A alternativa D est ài o eta,àpelaàlite alidadeàdaàpa teài i ialàdoàa t.à . àdoàCC/ :à áàp op iedadeà
fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X do Livro
III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial pertinente, não se
e uipa a do,àpa aà uais ue àefeitos,à àp op iedadeàple aàdeà ueàt ataàoàa t.à . .
11. (VUNESP / PGM-São José do Rio Preto-SP - 2014) Assinale a alternativa correta acerca do instituto
da propriedade fiduciária
Comentários
A alternativa A est ài o eta,à aàfo aàdoàa t.à . ,ৠº,àdoàCC/ :à Co stitui-se a propriedade fiduciária
com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição
competente para o licenciamento, fazendo-seàaàa otaçãoà oà e tifi adoàdeà egist o .
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A alternativa B est ài o eta,àsegu doàoàa t.à . àdoàCC/ :à Ve idaàaàdívida,àeà ãoàpaga,àfi aàoà edo à
obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu
ditoàeàdasàdespesasàdeà o a ça,àeàaàe t ega àoàsaldo,àseàhouve ,àaoàdevedo .
A alternativa C est ài o eta,àpelaàlite alidadeàdaàpa teài i ialàdoàa t.à . àdoàCC/ :à áàp op iedadeà
fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X do Livro
III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial pertinente, não se
e uipa a do,àpa aà uais ue àefeitos,à àp op iedadeàple aàdeà ueàt ataàoàa t.à . .
A alternativa D est à o eta,à o fo eàoàa t.à . ,ৠº,àdoàCC/ :à Co àaà o stituiçãoàdaàp op iedadeà
fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-seàoàdevedo àpossuido àdi etoàdaà oisa .
A alternativa E está incorreta, como prevê o art. 1.366 doàCC/ :à Qua do,àve didaàaà oisa,àoàp odutoà ãoà
bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo
esta te .
12. (FCC / TRT-20ª R-SE - 2012) A alienação fiduciária em garantia de bem móvel faculta ao credor,
vencida a dívida e não paga,
a) promover a busca e apreensão judicial do bem, a qual será convertida em ação de depósito, se o bem não
for encontrado e, por isso, ficando o devedor sujeito a prisão civil como depositário infiel.
b) ficar com a coisa alienada, a título de pagamento de seu crédito, pelo valor de mercado, restituindo ao
devedor a diferença que houver entre aquele valor e a dívida não paga.
c) somente cobrá-la do devedor ou de seus garantidores, preferindo o bem alienado na penhora, sobre
qualquer outro.
d) vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiro e aplicar o preço no pagamento de seu crédito,
entregando o saldo, se houver, ao devedor.
e) ficar com a coisa alienada, a título de dação em pagamento, independente da vontade do devedor, e sem
a necessidade de qualquer restituição em dinheiro, salvo se já houver sido pago mais de 40% (quarenta por
cento) do débito.
Comentários
A alternativa A está incorreta, nos termos do art. 4º do Decreto-Leià / :à “eà oà e à alie adoà
fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer,
nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista no
[...]àC digoàdeàP o essoàCivil .
A alternativa B está incor eta,à aà di çãoà doà a t.à . à doà CC/ :à Éà ulaà aà l usulaà ueà auto izaà oà
p op iet ioàfidu i ioàaàfi a à o àaà oisaàalie adaàe àga a tia,àseàaàdívidaà ãoàfo àpagaà oàve i e to .
A alternativa C está incorreta, segundo o art. 2º do Decreto-Lei 911/1969:à Noà asoàdeài adi ple e toàouà
mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor
poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer
outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo
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aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o
saldo apurado, se houver, com a devida prestação deà o tas .
13. (CESGRANRIO / Banco do Brasil - 2012) Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos
precisam utilizar meios para garantir suas operações e salvaguardar seus ativos. Qual o tipo de operação
que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em que há a transferência
desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor?
a) Hipoteca
b) Fiança bancária
c) Alienação fiduciária
d) Penhor
e) Aval bancário.
Comentários
A alternativa A está incorreta, porque, salvo as aeronaves e embarcações, prevê o art. 1.473 do CC/2002
que podem ser objeto de hipoteca somente bens imóveis.
A alternativa B est à i o eta,à poisà aà fia çaà à ga a tiaà fidejuss ia,à ãoà ga a tiaà eal,à poisà oà ga a te à à
pessoa, não coisa.
A alternativa C está correta, segundo as leis especiais relativas à alienação fiduciária em garantia de bens
móveis e imóveis.
A alternativa D está incorreta, já que o penhor se volta a bens móveis, tão somente.
A alternativa E está incorreta, dado que o aval é igualmente garantia fidejussória, e não real.
14. (PGE / PGE-RO - 2011) A prisão civil do inadimplente em se tratando de alienação fiduciária em
garantia
a) nunca foi admitida pelo Supremo Tribunal Federal, porquanto sempre se reconheceu a
inconstitucionalidade superveniente do Decreto-Lei no 911/69.
b) é possível, haja vista que a Constituição Federal de forma expressa equipara o alienante fiduciário à figura
do depositário infiel, conforme sedimentado pela Súmula Vinculante no 25.
c) não é mais admissível em razão de entendimento sumulado de forma vinculante pelo Supremo Tribunal
Federal.
d) é admitida pelo Supremo Tribunal Federal, haja vista que o Decreto-Lei no 911/69 não pode ser oposto
ao texto expresso da Constituição Federal que admite a responsabilidade corporal do depositário infiel.
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e) é possível, haja vista a recepção do disposto no Decreto-Lei no 911/69, o qual equipara o devedor à figura
do depositário infiel, conforme entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal.
Comentários
A alternativa A está incorreta, porque se admitia a prisão do depositário infiel antes de o Brasil se tornar
signatário do Pacto de São José da Costa Rica e de o STF pacificar a questão por meio de Súmula.
A alternativa B está incorreta, segundo o entendimento sumulado exatamente ao inverso, visto adiante.
A alternativa C est à o eta,à o fo eàoàe te di e toàfixadoà aà“ú ulaàVi ula teà àdoà“TF:à Éàilí itaàaà
p isãoà ivilàdeàdeposit ioài fiel,à ual ue à ueàsejaàaà odalidadeàdeàdep sito .
A alternativa E está incorreta, porque, a despeito da recepção do Decreto-Lei 911/1969, ele é norma
infraconstitucional.
15. (TRT-15ªR / TRT-15ª R - 2010) A respeito da alienação fiduciária, assinale a alternativa correta:
a) constitui-se a propriedade fiduciária com o registro, no órgão próprio, do contrato celebrado por
instrumento público ou particular, por meio do qual o devedor transfere ao credor a propriedade resolúvel
de bem móvel infungível, mantendo a posse direta, circunstância essa que perdura até o pagamento do
preço;
b) é o negócio jurídico pelo qual o fiduciante, para garantir o pagamento da dívida, transmite ao fiduciário a
propriedade de um bem móvel infungível, retendo, todavia, a posse indireta, sob a condição resolutiva de
saldar a dívida;
c) o fiduciante mantém a propriedade da coisa móvel infungível e transfere ao fiduciário a posse indireta do
bem, até que seja pago o preço avençado;
d) vencida a dívida, e não paga, o credor poderá vender o bem a terceiros, judicial ou extrajudicialmente,
devendo aplicar o valor obtido na alienação integralmente no pagamento do seu crédito;
e) é válida a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a
divida não for paga no vencimento.
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A alternativa A está correta, na conjugação do art. 1.361, caput Co side a-se fiduciária a propriedade
esolúvelàdeà oisaà velài fu gívelà ueàoàdevedo ,à o àes opoàdeàga a tia,àt a sfe eàaoà edo ,à o àoৠºà
Co stitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou
particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se
tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado
deà egist o ,à oà § ºà Co à aà o stituiçãoà da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse,
tornando-seàoàdevedo àpossuido àdi etoàdaà oisa àeàoৠºà áàp op iedadeàsupe ve ie te,àad ui idaàpeloà
devedo ,àto aàefi az,àdesdeàoàa uiva e to,àaàt a sfe iaàdaàp op iedadeàfidu i ia ,àtodos do CC/2002.
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Veja-se que é possível a instituição sobre bem imóvel, a despeito do silêncio da alternativa, o que a torna,
em alguma medida, questionável.
A alternativa B está incorreta, já que o devedor fiduciante permanece com a posse direta do bem, não
indireta.
A alternativa C est à i o eta,à deà a o doà o à oà § ºà doà a t.à . à doà CC/ :à Co à aà o stituiçãoà daà
propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-seàoàdevedo àpossuido àdi etoàdaà oisa .
A alternativa D está incorreta, conforme oàa t.à . àdoàCC/ :à Ve idaàaàdívida,àeà ãoàpaga,àfi aàoà edo à
obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu
crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedo .
A alternativa E est à i o eta,à aà di çãoà doà a t.à . à doà CC/ :à Éà ulaà aà l usulaà ueà auto izaà oà
p op iet ioàfidu i ioàaàfi a à o àaà oisaàalie adaàe àga a tia,àseàaàdívidaà ãoàfo àpagaà oàve i e to .
16. (CESPE / TRF-2ª R - 2009) Assinale a opção correta quanto ao contrato de alienação fiduciária em
garantia.
Comentários
A alternativa A est ài o eta,àpelaàlite alidadeàdaàpa teài i ialàdoàa t.à . àdoàCC/ :à áàp op iedadeà
fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X do Livro
III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial pertinente, não se
e uipa a do,àpa aà uais ue àefeitos,à àp op iedadeàple aàdeà ueàt ataàoàa t.à . .
A alternativa B está incorreta, conforme o art. 3º do Decreto-Leià / :à Oàp op iet ioàfidu i ioàouà
credor poderá, desde que comprovada a mora, na forma estabelecida pelo §2º do art. 2º, ou o
inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado
fiduciariame te,àaà ualàse à o edidaàli i a e te,àpode doàse àap e iadaàe àpla tãoàjudi i io .
A alternativa C está incorreta, na forma do art. 3º, §2º, do Decreto-Leià / :à Noà p azoà doà § º,à oà
devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo
edo àfidu i ioà aài i ial,àhip teseà aà ualàoà e àlheàse à estituídoàliv eàdoà us .
A alternativa D est à o eta,à o soa teà eg aàdoàa t.à . ,ৠº,àdoàCC/ :à Co stitui-se a propriedade
fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de
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17. (FCC / TJ-GO - 2009) O leasing financeiro e a alienação fiduciária em garantia caracterizam-se,
respectivamente, pela
a) aquisição, em ambos os contratos, de bens duráveis mediante financiamento bancário, sem que haja
transferência de propriedade entre credor e devedor, ficando o bem em penhor nas mãos do devedor.
b) aquisição do bem pelo financiador e locação dele para o tomador, que escolheu o bem, com opção de
compra depois de certo prazo; e pela transferência pelo fiduciante da propriedade resolúvel do bem ao
fiduciário, que o transferirá ao fiduciante mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
c) alienação do bem pelo proprietário que continuar na posse do bem como locatário, com opção de
recomprá-lo depois de certo prazo; e pela transferência pelo fiduciante da propriedade resolúvel do bem ao
fiduciário, que o transferirá ao fiduciante mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
d) locação do bem com obrigação de assistência técnica ao tomador que tem a opção de compra depois de
decorrido certo prazo; e pela transferência pelo fiduciário da propriedade resolúvel do bem ao fiduciante,
que o transferirá ao fiduciário mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
e) locação do bem pelo fornecedor ao tomador, que, juntamente com as prestações do aluguel,
necessariamente, antecipará o valor residual garantido com vistas à aquisição compulsória do bem depois
de certo prazo; e pela transferência pelo fiduciante da propriedade resolúvel do bem ao fiduciário, que o
transferirá ao fiduciante mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
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A alternativa B está correta, sendo que no leasing financeiro o bem arrendado não pertence à arrendadora,
mas é indicado pelo arrendatário para a aquisição e posterior locação ao arrendatário.
A alternativa C está incorreta, eis que a indicação do leasing financeiro está incorreta, conforme a alternativa
anterior, sendo essa a modalidade de lease back.
A alternativa D está incorreta, tratando-se esse do leasing operacional (o bem arrendado já pertence à
arrendadora, que se compromete a prestar a assistência técnica).
A alternativa E está incorreta, eis que o VRG pode ser estabelecido conjuntamente com as prestações ou ao
final.
18. (FCC / TJ-RR - 2008) Em contrato de financiamento, garantido por alienação fiduciária de coisa
móvel
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A alternativa A est à o eta,à aà di çãoà doà a t.à . à doà CC/ :à Co side a-se fiduciária a propriedade
resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor [fiduciante], com escopo de garantia, transfere ao credor
[fidu i io] .
A alternativa B está incorreta, porque a propriedade resolúvel permanece nas mãos do credor fiduciário.
A alternativa D está incorreta, havendo grandes diferenças entre o penhor e a alienação fiduciária de bens
móveis.
19. (FGV / TJ-AP - 2008) A respeito da alienação fiduciária em garantia, assinale a afirmativa incorreta.
a) É nula a cláusula contratual que autoriza o credor fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a
dívida não for paga no vencimento.
b) A mora do devedor fiduciante é considerada ex re, ou seja, caracteriza-se pelo simples inadimplemento
da obrigação pactuada no prazo avençado.
c) Na sentença que decretar a improcedência do pedido da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o
credor fiduciário ao pagamento de multa em favor do devedor fiduciante, no valor equivalente ao
originariamente financiado.
d) O credor fiduciário poderá alienar a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública ou
avaliação do bem, na hipótese de inadimplemento da obrigação assumida pelo devedor fiduciante.
e) De acordo com entendimento consolidado pelo STF, a notificação destinada a comprovar a mora nas
dívidas garantidas por alienação fiduciária dispensa a indicação do valor do débito.
Comentários
A alternativa A est à o eta,à o fo eàoàa t.à . àdoàCC/ :à Éà ulaàaà l usulaà ueàauto izaàoàp op iet ioà
fidu i ioàaàfi a à o àaà oisaàalie adaàe àga a tia,àseàaàdívidaà ãoàfo àpagaà oàve i e to .
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A alternativa C está incorreta, na leitura do art. 3º, §6º, do Decreto-Leià / :à Naàse te çaà ueàde eta à
a improcedência da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário ao pagamento de multa,
em favor do devedor fiduciante, equivalente a cinquenta por cento do valor originalmente financiado,
devida e teàatualizado,à asoàoà e àj àte haàsidoàalie ado .
A alternativa D está correta, segundo o art. 2º do Decreto-Leià / :à Noà asoàdeài adi ple e toàouà
mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor
poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer
outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo
aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o
saldoàapu ado,àseàhouve ,à o àaàdevidaàp estaçãoàdeà o tas .
A alternativa E está correta, aàdi çãoàdaà“ú ulaà àdoà“TJ:à áà otifi açãoàdesti adaàaà o p ova àaà o aà
asàdívidasàga a tidasàpo àalie açãoàfidu i iaàdispe saàaài di açãoàdoàvalo àdoàd ito .
20. (FGV / TCM-RJ - 2008) A respeito do contrato de alienação fiduciária em garantia, assinale a
afirmativa incorreta.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pela regra do art. 2º do Decreto-Leià / :à Noà asoàdeài adi ple e toà
ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou
credor poderá vender a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou
qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em contrário prevista no contrato,
devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao
devedo àoàsaldoàapu ado,àseàhouve ,à o àaàdevidaàp estaçãoàdeà o tas .
A alternativa B está correta, tendo ele também a propriedade, restando ao devedor fiduciário apenas a posse
direta.
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A alternativa C está incorreta, nos termos do art. 4º do Decreto-Leià / :à “eà oà e à alie adoà
fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer,
nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista no
[...] Código de P o essoàCivil .
A alternativa D est à o eta,à o fo eàoàa t.à . ,ৠºàdoàCC/ :à Co stitui-se a propriedade fiduciária
com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição
competente para o licenciamento, fazendo-seàaàa otaçãoà oà e tifi adoàdeà egist o .
21. (CESPE / Banco do Brasil - 2007) A alienação fiduciária em garantia não tem por finalidade precípua
a transmissão da propriedade, embora esta seja sua natureza.
Comentários
A assertiva está correta,à o oàseàext aiàdoàa t.à . àdoàCC/ :à Co side a-se fiduciária a propriedade
resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia,àt a sfe eàaoà edo .
22. (CESPE / Banco do Brasil - 2007) A fiança, o aval e a alienação fiduciária são garantias fidejussórias.
Comentários
A alternativa está incorreta, porque a alienação fiduciária é modalidade de garantia real, ainda que atípica.
23. (FCC / Banco do Brasil - 2006) Em relação à alienação fiduciária, é correto afirmar que
a) o devedor não pode utilizar o bem dado em garantia às suas expensas e risco, sendo, ainda, obrigado a
zelar por sua conservação.
b) a propriedade do bem dado em garantia é transferida ao devedor, preservando-se a posse com o credor.
c) o contrato conterá a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua
identificação.
d) a dívida será considerada quitada, mesmo que o produto da venda do bem dado em garantia seja inferior
ao valor emprestado.
e) deve ser celebrada por instrumento público ou particular a ser registrado no Cartório de Títulos e
Documentos do domicílio do credor.
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A alternativa B está incorreta, porque a posse direta se mantém com o devedor, mas a propriedade é
transferida para o credor.
A alternativa C está correta, de acordo com o art. 1.362, inc. IV, do CC/20 :à Oà o t ato,à ueàse veàdeàtítuloà
à propriedade fiduciária, conterá a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos
i dispe s veisà àsuaàide tifi ação .
A alternativa D está incorreta, seguindo a linha geral estabelecida pelo art. 1.366 doàCC/ :à Qua do,à
vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará
oàdevedo ào igadoàpeloà esta te .
A alternativa E est ài o eta,à o fo eàoàa t.à . ,ৠº,àdoàCC/ :à Co stitui-se a propriedade fiduciária
com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no
Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição
competente para o licenciamento, fazendo-seàaàa otaçãoà oà e tifi adoàdeà egist o .
LISTA DE QUESTÕES
1. (ENAMAT – TST – Juiz do Trabalho Substituto – 2017) Gervásio firmou contrato de empréstimo de
di hei oà o àoàBa oà B ,àte doàt a sfe idoà ài stituiçãoàfi a ei aà edo a,à o àes opoàdeàga a tia,àaà
p op iedadeà esolúvelàdoàveí uloàauto oto à V .àOà es oàGe v sio,àp e isa doàai daàdeà aisàdi hei o,à
firmou também contrato de mútuo feneratício com seu colega de trabalho Raimundo. Neste negócio,
o oàga a tiaàdoàpaga e to,à‘ai u doà e e euàaàp op iedadeàfidu i iaàdoài óvelà I .àNaàhipóteseàdeà
Ge v sioà vi à aà des u p i à oà paga e toà dasà p estaçõesà devidasà ta toà aoà Ba oà B à ua toà aoà olegaà
Raimundo, fazendo com que os respectivos bens sejam levados a leilão, e caso os produtos das respectivas
regulares arrematações não sejam suficientes para o pagamento das respectivas dívidas e despesas de
cobrança, Gervásio
(A) não ser à aisà o side adoàdevedo ,àu aàvezà ueàta toàaàdívidaà o àoàBa oà B à ua toàaà o àoàseuà
colega Raimundo serão consideradas extintas.
(B) continuará responsável pelo pagamento do restante devido de apenas uma das duas obrigações,
podendo exercer o direito de escolha acerca da prestação que deverá ser considerada extinta.
C à o ti ua à espo s velàpeloàpaga e toàdoà esta teàdevidoàaoàBa oà B ,à asàaàdívidaà o àRai u doà
será considerada extinta.
(D) continuará responsável tanto pelo pagamento do restanteàdevidoàaoàBa oà B à ua toàdoàdevidoàaoàseuà
colega Raimundo.
(E) continuará responsável pelo pagamento do restante devido ao seu colega Raimundo, mas a dívida com o
Ba oà B àse à o side adaàexti taà
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dado em garantia por alienação fiduciária. Após sucessivos atrasos no pagamento das prestações, o banco
ajuizou ação para a retomada do automóvel, com pedido liminar de busca e apreensão do bem que, no
entanto, não foi localizado. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) Maria passou a ser considerada proprietária fiduciária do carro no momento da assinatura do contrato,
independentemente do registro desse instrumento na repartição competente para o licenciamento.
b) Por ter ingressado judicialmente com ação cautelar de busca e apreensão do bem alienado
fiduciariamente, o banco deverá ajuizar ação principal no prazo máximo de trinta dias.
c) Maria poderá se valer do instrumento da purga da mora, efetivando o depósito das parcelas em aberto,
mais juros moratórios, correção monetária e honorários advocatícios, o que ensejará a revogação da liminar.
d) Como o bem não foi localizado, o credor poderá postular judicialmente a conversão do pedido de busca e
apreensão em ação de depósito.
e) Na situação em apreço, o contrato de alienação fiduciária configura um contrato meio de garantia de
cumprimento do contrato de mútuo bancário.
4. (FCC / TJ-CE - 2015) Nos contratos de financiamento, por instituição financeira, com alienação
fiduciária em garantia de bem móvel, não sendo paga a dívida, o credor
5. (FCC / SEFAZ-PE - 2015) Em relação ao contrato mercantil de alienação fiduciária, é correto afirmar:
a) Trata-se de contrato acessório, pois assegura o cumprimento de outro contrato, de financiamento de bens
móveis ou imóveis, pelo qual o credor fiduciário disponibilizou recursos a serem utilizados na aquisição
desses bens.
b) É o contrato em garantia pelo qual o devedor, a fim de garantir o pagamento de uma dívida, transfere a
propriedade de um bem móvel durável ou imóvel, sob condição suspensiva da integral quitação do débito.
c) O credor fiduciário assume a posse direta do bem dado em garantia, o que será mantido enquanto o
devedor fiduciante estiver em dia com o pagamento.
d) O devedor fiduciante assume a condição de fiel depositário do bem, tanto que poderá ser preso,
civilmente, se referido bem desaparecer por sua culpa.
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e) Trata-se de avença solene, a ser realizada necessariamente por meio de instrumento público e registrada
no Cartório de Títulos e Documentos.
a) É lícita a cláusula que autoriza o Banco BZ a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga
no vencimento.
b) Com a constituição da propriedade fiduciária dá‐se o desdobramento da posse, tornando‐se Reinaldo o
possuidor indireto da coisa.
c) Para que seja constituída a propriedade fiduciária, é necessário o registro do contrato junto ao cartório de
notas do domicílio de Reinaldo.
d) O contrato celebrado por Reinaldo com o Banco BZ transfere a propriedade resolúvel do automóvel para
a instituição financeira, com o escopo de garantir o pagamento do valor mutuado.
a) o fiduciante transfere ao fiduciário a nua propriedade e conserva o direito real de uso do bem oferecido
em garantia da dívida.
b) o fiduciário automaticamente adquire a propriedade plena do bem oferecido em garantia, se a dívida não
for paga no vencimento.
c) o fiduciário transfere ao fiduciante a propriedade resolúvel do bem oferecido em garantia.
d) o fiduciante transfere ao fiduciário a propriedade perpétua do bem oferecido em garantia.
e) o fiduciante transfere ao fiduciário a propriedade resolúvel do bem oferecido em garantia.
8. (FCC / TJ/AP - 2014) Em relação à alienação fiduciária em garantia de bens móveis, é correto
afirmar:
a) Na sentença que julgar a ação de busca e apreensão improcedente, o Juiz condenará o credor fiduciário
ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente ao dobro do valor originalmente
financiado, atualizado, se o bem já houver sido alienado.
b) Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o credor
deverá propor ação autônoma para haver as perdas e danos sofridas, extinguindo-se o processo de busca e
apreensão.
c) A mora contratual decorrerá do simples vencimento do prazo para pagamento, podendo ser comprovada,
exclusivamente, pelo protesto do título.
d) Da sentença proferida na ação de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente cabe apelação, a
ser recebida no efeito suspensivo e devolutivo.
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e) É cabível ao credor fiduciário a ação de busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente, contra o
devedor ou terceiro, a qual será concedida liminarmente, desde que comprovada a mora ou o
inadimplemento do devedor fiduciante.
9. (FCC / DPE-CE - )à Fe a doà fi a iouà aà a uisiçãoà deà veí uloà pe a teà Ba oà Co alà “.á. ,à
alienando-o fiduciariamente em garantia e pactuando comissão de permanência, juros moratórios e multa
para o caso de inadimplemento. Julgando abusivo o contrato, ajuizou ação revisional e requereu, em sede
de liminar, fosse manutenido na posse do bem, alegando que, com o pedido de revisão, teria sido
descaracterizada a mora. A título de provimento final, pugnou fosse afastada a cobrança da comissão de
permanência. De acordo com Súmulas do Superior Tribunal de Justiça, o pedido liminar deverá ser
a) deferido, pois a propositura de ação revisional inibe a caracterização da mora. A comissão de permanência
poderá ser cobrada se o seu valor não ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios,
afastando a exigibilidade dos juros remuneratórios e moratórios e da multa contratual.
b) indeferido, pois a simples propositura de ação revisional não inibe a caracterização da mora. A comissão
de permanência poderá ser cobrada se o seu valor não ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios, afastando a exigibilidade dos juros remuneratórios e moratórios, porém não da multa
contratual.
c) indeferido, pois a simples propositura de ação revisional não inibe a caracterização da mora. A comissão
de permanência poderá ser cobrada se o seu valor não ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios, afastando a exigibilidade dos juros remuneratórios e moratórios e da multa contratual.
d) indeferido, pois a simples propositura de ação revisional não inibe a caracterização da mora. A comissão
de permanência deverá ser necessariamente afastada, pois se trata de cláusula abusiva.
e) deferido, pois se aplicam aos contratos bancários as disposições do Código de Defesa do Consumidor. A
comissão de permanência deverá ser necessariamente afastada, pois se trata de cláusula onerosamente
excessiva ao consumidor.
10. (VUNESP / PGM-São Paulo-SP - 2014) Com relação à propriedade fiduciária, e de acordo com o
sistema jurídico vigente, bem como o entendimento jurisprudencial sobre a matéria, assinale a alternativa
correta.
11. (VUNESP / PGM-São José do Rio Preto-SP - 2014) Assinale a alternativa correta acerca do instituto
da propriedade fiduciária
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b) Em caso de inadimplemento pelo devedor, poderá o credor, em regra, optar pela adjudicação da coisa,
caso não prefira aliená-la
c) O regime da alienação fiduciária é aplicável aos móveis, sendo vedada sua utilização para bens imóveis.
d) Com a constituição da propriedade fiduciária, ocorre o desdobramento da posse, atribuindo-se ao devedor
a posse direta e ao credor a posse indireta.
e) Em caso de alienação do bem por inadimplemento do devedor, quando o produto da venda não for
suficiente para quitação da dívida, o devedor ficará exonerado do excedente.
12. (FCC / TRT-20ª R-SE - 2012) A alienação fiduciária em garantia de bem móvel faculta ao credor,
vencida a dívida e não paga,
a) promover a busca e apreensão judicial do bem, a qual será convertida em ação de depósito, se o bem não
for encontrado e, por isso, ficando o devedor sujeito a prisão civil como depositário infiel.
b) ficar com a coisa alienada, a título de pagamento de seu crédito, pelo valor de mercado, restituindo ao
devedor a diferença que houver entre aquele valor e a dívida não paga.
c) somente cobrá-la do devedor ou de seus garantidores, preferindo o bem alienado na penhora, sobre
qualquer outro.
d) vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiro e aplicar o preço no pagamento de seu crédito,
entregando o saldo, se houver, ao devedor.
e) ficar com a coisa alienada, a título de dação em pagamento, independente da vontade do devedor, e sem
a necessidade de qualquer restituição em dinheiro, salvo se já houver sido pago mais de 40% (quarenta por
cento) do débito.
13. (CESGRANRIO / Banco do Brasil - 2012) Devido à grande exposição ao risco de crédito, os bancos
precisam utilizar meios para garantir suas operações e salvaguardar seus ativos. Qual o tipo de operação
que garante o cumprimento de uma obrigação na compra de um bem a crédito, em que há a transferência
desse bem, móvel ou imóvel, do devedor ao credor?
a) Hipoteca
b) Fiança bancária
c) Alienação fiduciária
d) Penhor
e) Aval bancário.
14. (PGE / PGE-RO - 2011) A prisão civil do inadimplente em se tratando de alienação fiduciária em
garantia
a) nunca foi admitida pelo Supremo Tribunal Federal, porquanto sempre se reconheceu a
inconstitucionalidade superveniente do Decreto-Lei no 911/69.
b) é possível, haja vista que a Constituição Federal de forma expressa equipara o alienante fiduciário à figura
do depositário infiel, conforme sedimentado pela Súmula Vinculante no 25.
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c) não é mais admissível em razão de entendimento sumulado de forma vinculante pelo Supremo Tribunal
Federal.
d) é admitida pelo Supremo Tribunal Federal, haja vista que o Decreto-Lei no 911/69 não pode ser oposto
ao texto expresso da Constituição Federal que admite a responsabilidade corporal do depositário infiel.
e) é possível, haja vista a recepção do disposto no Decreto-Lei no 911/69, o qual equipara o devedor à figura
do depositário infiel, conforme entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal.
15. (TRT-15ª R / TRT-15ª R - 2010) A respeito da alienação fiduciária, assinale a alternativa correta:
a) constitui-se a propriedade fiduciária com o registro, no órgão próprio, do contrato celebrado por
instrumento público ou particular, por meio do qual o devedor transfere ao credor a propriedade resolúvel
de bem móvel infungível, mantendo a posse direta, circunstância essa que perdura até o pagamento do
preço;
b) é o negócio jurídico pelo qual o fiduciante, para garantir o pagamento da dívida, transmite ao fiduciário a
propriedade de um bem móvel infungível, retendo, todavia, a posse indireta, sob a condição resolutiva de
saldar a dívida;
c) o fiduciante mantém a propriedade da coisa móvel infungível e transfere ao fiduciário a posse indireta do
bem, até que seja pago o preço avençado;
d) vencida a dívida, e não paga, o credor poderá vender o bem a terceiros, judicial ou extrajudicialmente,
devendo aplicar o valor obtido na alienação integralmente no pagamento do seu crédito;
e) é válida a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a
divida não for paga no vencimento.
16. (CESPE / TRF-2ª R - 2009) Assinale a opção correta quanto ao contrato de alienação fiduciária em
garantia.
17. (FCC / TJ-GO - 2009) O leasing financeiro e a alienação fiduciária em garantia caracterizam-se,
respectivamente, pela
a) aquisição, em ambos os contratos, de bens duráveis mediante financiamento bancário, sem que haja
transferência de propriedade entre credor e devedor, ficando o bem em penhor nas mãos do devedor.
b) aquisição do bem pelo financiador e locação dele para o tomador, que escolheu o bem, com opção de
compra depois de certo prazo; e pela transferência pelo fiduciante da propriedade resolúvel do bem ao
fiduciário, que o transferirá ao fiduciante mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
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c) alienação do bem pelo proprietário que continuar na posse do bem como locatário, com opção de
recomprá-lo depois de certo prazo; e pela transferência pelo fiduciante da propriedade resolúvel do bem ao
fiduciário, que o transferirá ao fiduciante mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
d) locação do bem com obrigação de assistência técnica ao tomador que tem a opção de compra depois de
decorrido certo prazo; e pela transferência pelo fiduciário da propriedade resolúvel do bem ao fiduciante,
que o transferirá ao fiduciário mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
e) locação do bem pelo fornecedor ao tomador, que, juntamente com as prestações do aluguel,
necessariamente, antecipará o valor residual garantido com vistas à aquisição compulsória do bem depois
de certo prazo; e pela transferência pelo fiduciante da propriedade resolúvel do bem ao fiduciário, que o
transferirá ao fiduciante mediante o cumprimento das obrigações por este assumidas.
18. (FCC / TJ-RR - 2008) Em contrato de financiamento, garantido por alienação fiduciária de coisa
móvel
19. (FGV / TJ-AP - 2008) A respeito da alienação fiduciária em garantia, assinale a afirmativa incorreta.
a) É nula a cláusula contratual que autoriza o credor fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a
dívida não for paga no vencimento.
b) A mora do devedor fiduciante é considerada ex re, ou seja, caracteriza-se pelo simples inadimplemento
da obrigação pactuada no prazo avençado.
c) Na sentença que decretar a improcedência do pedido da ação de busca e apreensão, o juiz condenará o
credor fiduciário ao pagamento de multa em favor do devedor fiduciante, no valor equivalente ao
originariamente financiado.
d) O credor fiduciário poderá alienar a coisa a terceiros, independentemente de leilão, hasta pública ou
avaliação do bem, na hipótese de inadimplemento da obrigação assumida pelo devedor fiduciante.
e) De acordo com entendimento consolidado pelo STF, a notificação destinada a comprovar a mora nas
dívidas garantidas por alienação fiduciária dispensa a indicação do valor do débito.
20. (FGV / TCM-RJ - 2008) A respeito do contrato de alienação fiduciária em garantia, assinale a
afirmativa incorreta.
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aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes da cobrança, e entregar
o saldo remanescente, se houver, ao devedor fiduciante.
b) O credor fiduciário detém a posse indireta do bem objeto do contrato.
c) O credor fiduciário pode requerer a conversão do pedido de busca e apreensão em ação de depósito, se
o bem alienado fiduciariamente não for encontrado, ou não se achar na posse do devedor.
d) A constituição do direito real decorrente do contrato de alienação fiduciária em garantia depende do
registro da avença no órgão competente.
e) O direito real que decorre do contrato de alienação fiduciária em garantia é a propriedade fiduciária.
21. (CESPE / Banco do Brasil - 2007) A alienação fiduciária em garantia não tem por finalidade precípua
a transmissão da propriedade, embora esta seja sua natureza.
22. (CESPE / Banco do Brasil - 2007) A fiança, o aval e a alienação fiduciária são garantias fidejussórias.
23. (FCC / Banco do Brasil - 2006) Em relação à alienação fiduciária, é correto afirmar que
a) o devedor não pode utilizar o bem dado em garantia às suas expensas e risco, sendo, ainda, obrigado a
zelar por sua conservação.
b) a propriedade do bem dado em garantia é transferida ao devedor, preservando-se a posse com o credor.
c) o contrato conterá a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua
identificação.
d) a dívida será considerada quitada, mesmo que o produto da venda do bem dado em garantia seja inferior
ao valor emprestado.
e) deve ser celebrada por instrumento público ou particular a ser registrado no Cartório de Títulos e
Documentos do domicílio do credor.
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