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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SERVIÇOS JURÍDICOS CARTORÁRIOS E

NOTARIAIS

DALAIQUE LUDUVIK DA COSTA GOMES

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL - PTI

BOA VISTA – RR
2021
DALAIQUE LUDUVIK DA COSTA GOMES

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL - PTI

Portfólio apresentado ao curso superior em


Serviços Jurídicos, área jurídica da
Universidade Norte do Pará, como requisito
parcial para obtenção de nota nas disciplinas
da PTI.

BOA VISTA – RR
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................6
2.1 Passo 1 – Direito Civil: Coisas.....................................................................................6
2.2 Passo 3 – Teoria Geral da Empresa..............................................................................7
2.3 Passo 4 – Teoria Geral do Processo..............................................................................8
2.4 Passo 5 – Títulos de Crédito e Contratos empresariais...............................................10
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO
Os temas trouxeram uma visão mais ampla sobre o posicionamento do código civil, e
código do processo civil a respeito de situações rotineiras como a responsabilidade do avalista
na situação de responsabilidade solidária, direitos e deveres entre locador e locatário e bem
como o processo de ação de execução judicial.
Os conceitos e entendimento de cada assunto abordado foi necessário para entender e
resolver cada situação exposta no portifólifio. Um exemplo disso é a situação da
responsabilidade solidária diante do aval do avalista em prol de terceiro, onde o mesmo pode
ser afetado judicialmente. Segundo o Código Civil vigente, a responsabilidade solidária
ocorre quando há pluralidade de agentes, tanto no polo passivo quanto ativo, e sobre eles
incorre a obrigação pelo débito todo, ou direito pela prestação inteira, como se cada um fosse
o único credor ou devedor da obrigação (BRASIL, 2002).
O código civil também esclarece nesse estudo as obrigações e direitos que locador e
locatário tem, além do posicionamento do locatário quando passa a ser dono do imóvel que
antes alugava. Diante do contexto e da situação o mesmo pode se enquadrar na situação de
constituto possessório, que se conceitua como uma operação jurídica que altera a titularidade
na posse, onde o a pessoa que possuía o título em nome próprio, passa a possuir em nome
alheio.
Além dessas situações, o portifólio trouxe agregação de aprendizagem quanto as
condições de ação de execução judicial, estabelecimento comercial e litisconsórcio e suas
modalidades.
Diante do exposto, objetivou-se com este portifólio atender respostas concretas e
fundamentadas sobre os assuntos abordados de situações rotineiras dentro dos serviços
jurídicos.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Passo 1 – Direito Civil: Coisas
Consideração o contexto narrado acima, responda fundamentadamente:

a) Considerando que Ravier mantinha um contrato de locação com a Sr.ª Marcia


Gomes e, posteriormente, adquire este imóvel, questiona-se qual a condição de Ravier em
relação ao bem no primeiro momento (contrato de locação) e no segundo momento (promessa
de compra e venda)? Estamos frente à um constituto possessório?

R= No primeiro momento Ravier se enquadra como Locatário/Inquilino conforme a


lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991, conhecida informalmente como Lei do Inquilinato, a
qual se refere a legislação que trata dos regramentos acerca da locação de imóveis urbanos
dentro do território nacional. Ela apresenta os regramentos para o procedimento de locação, os
direitos e deveres do locador (o proprietário do imóvel) e o locatário (aquele que deseja alugar
o imóvel do proprietário), além de dispor de demais particularidades que acercam o tema. No
segundo momento Ravier se enquadra no Constituto possessório, os contratantes pactuam a
alteração da titularidade na posse, por prazo determinado ou indeterminado, de modo que
aquele que possuía em nome próprio, passa a possuir em nome alheio.
b) Como explicado em nosso caso, foi celebrado entre as partes um contrato
particular de promessa de compra e venda. Diante desta situação questiona-se: Referido
documento é hábil para ser levado a registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis? Em
caso positivo justifique? Em caso negativo indique qual o documento deveria ser utilizado e,
em regras gerais, o que deve conter este
documento?
R= Sim o documento é hábil para ser levado ao Cartório de Registro de Imóveis.
Neste caso vale dizer que a promessa de compra e venda tem previsão legal nos artigos 1.417
e 462 e 463 do CC, caso não tenha pacto de arrependimento, o compromisso de compra e
venda deverá ser levado a registro no Cartório Imobiliário para ter eficácia contra terceiros.

Passo 2 – Teoria da Argumentação Jurídica Consideração o contexto narrado acima, responda


fundamentadamente:
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(A) Ravier, para poder concretizar o sonho de obter seu próprio negócio, precisará
superar diversos obstáculos, como por exemplo, a dispensa do trabalho, a regularização da
propriedade de seu imóvel residencial e a ação de execução judicial. Tendo por base a teoria
da comunicação, em cada etapa será necessário reconhecer os elementos presentes na situação
comunicativa para que possa adequar a sua linguagem. Apresente quais são os seis elementos
da comunicação, trazidos por Jakobson, e o tipo de linguagem a ser utilizada por Ravier nos
três contextos aqui exemplificados.
R= O remetente (ou emissor) é aquele que emite a mensagem; pode ser um
indivíduo ou um grupo. A mensagem é o objeto da comunicação e é constituída pelo
conteúdo das informações. O canal é a via de circulação da mensagem (voz, ondas sonoras,
uma folha de papel, um blog, um livro). O código é o conjunto de signos e as combinações de
usos desses signos (a língua portuguesa, por exemplo). O referente é constituído pelo
contexto, pela situação e pelos objetos aos quais a mensagem está relacionada. Por fim, o
destinatário é aquele que recebe a mensagem.
Ravier terá que usar linguagem emotiva no primeiro exemplo (dispensa do trabalho), so
segundo exemplo a linguagem fática (regularização da propriedade) e no terceiro exemplo
pode se apropriar da linguagem apelativa.

2.2 Passo 3 – Teoria Geral da Empresa


Considerando o contexto narrado acima, responda fundamentadamente:
(A) Considerando os interesses de Ravier e de acordo com nosso regramento legal,
previsto no Código Civil, a atividade empresarial pode ser exercida individualmente através
de 3 (três) espécies empresariais, são elas: empresário individual, empresa de
responsabilidade limitada e sociedade unipessoal. Quais as diferenças entre essas 3 (três)
figuras?
R= O Empresário Individual apresenta diferença diante do faturamento anual que
define sua forma de tributação mais abrangente e exige outras responsabilidades acessórias.
Neste caso, a pessoa física se coloca como titular da empresa e responde de forma ilimitada
pelos débitos do negócio, e também é caracterizado como um profissional que trabalha por
conta própria, mas seu faturamento anual máximo pode chegar até a R$ 360 mil, sendo
considerado ME (Micro Empresa), ou até R$ 4,8 milhões, como EPP (Empresa de Pequeno
Porte). Já a Empresa de responsabilidade limitada é aquela formada por duas ou mais pessoas,
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podendo ser pessoa natural ou jurídica, com capital social dividido em quotas. A
responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas quotas, mas todos os sócios
respondem solidariamente pela integralização do capital social, sendo que a administração
pode ser exercida por sócio ou não sócio devidamente nomeado, e o nome empresarial a ser
adotado poderá ser firma ou denominação, acrescido da palavra final ‘limitada’, por extenso
ou abreviada (LTDA) “. Enquanto a Sociedade Unipessoal existe a possibilidade que uma
única pessoa participasse do quadro societário de uma sociedade limitada. Sendo assim, é
possível abrir uma empresa sozinha, protegendo o patrimônio particular e sem precisar
investir muito dinheiro.
(B) O estabelecimento empresarial é o conjunto de bens, corpóreos ou incorpóreos,
que são utilizados pelo empresário para o desenvolvimento da atividade empresarial,
possuindo estas inúmeras tutelas jurídicas. Discorra sobre a proteção ao empresário que é
locatário de imóvel utilizado como sede do estabelecimento empresarial e suas hipóteses de
cabimento?
R= É possível que o empresário que locou um lugar e queira proteger seu
estabelecimento empresarial e fique amparado para estender a locação caso o locador queira
não locar o lugar mais. Ainda que o local não seja seu, mas se os negócios desenvolvidos ali
rendam altos lucros e popularidade de clientela, o locatário pode ser amparado por lei para
não ser afetado com a retomada do local pelo o proprietário. Neste caso, o “ponto”
empresarial é um dos motivos pelos quais o legislador pátrio viabiliza a ação renovatória de
locação, que é também chamada de renovação de arrendamento. Intentada a ação, o juiz
prolatará uma sentença, fixando uma nova locação para o locador-empresário no mesmo
prazo da locação anterior. Para tanto, deve-se preencher os requisitos do art. 51 da Lei
8.245/91 (Lei de Locações). Qualquer tipo de empresário poderá mover essa ação renovatória
de locação, a qual visa proteger seu ponto empresarial. O sucessor do empresário ou o
adquirente de seu estabelecimento também poderá movê-la.

2.3 Passo 4 – Teoria Geral do Processo


Considerando o contexto narrado acima, responda fundamentadamente:
a) A ação de execução mencionada na situação geradora de aprendizagem envolve três
pessoas no polo passivo, formando uma pluralidade de réus. Trata-se do instituto do
litisconsórcio passivo. Explique, de forma fundamentada e com suas palavras, o conceito de
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litisconsórcio passivo, informando, ainda, se o caso é de litisconsórcio necessário ou


facultativo; simples ou unitário (para responder, considere que a demanda poderia ter sido
proposta em face de apenas um, dois ou de todos os réus; e que a decisão judicial será a
mesma – homogênea - para todos).
R= O litisconsórcio passivo se diz quando existe mais de um integrante no polo
passivo da demanda, ou seja, mais de um réu na mesma ação. Isto pode ser explicado pela
situação de Ravier que entrou nesse conflito de ação de execução judicial devido ser avalista
do cheque sem fundo, o qual se encontra numa situação de responsabilidade solidária entre
seu amigo Fernando e o emissor do cheque Paulo. Neste quesito, pode-se afirmar que o caso é
litisconsórcio facultativo, onde o credor diante da solidariedade naquela dívida, tanto poderá
acionar cada uma ré separadamente como propor suas várias ações contra todos ou alguns em
um só processo”.
b) No caso de responsabilidade solidária pelo pagamento de uma obrigação, quando
duas ou mais pessoas têm o dever de pagar a integralidade da dívida, é facultado ao credor
ajuizar uma ação de cobrança em face de um, dois ou todos os devedores. Considerando uma
situação hipotética em que o autor promove a ação apenas em face de um devedor, e este
queira convocar o codevedor para integrar o polo passivo da ação, haverá a necessidade de
uma intervenção de terceiro, convocando o codevedor também para o processo. A partir
dessas premissas, explique, de forma fundamentada e com suas palavras, o que é intervenção
de terceiro; informando qual a modalidade de intervenção de terceiro seria adequada para o
caso, ou seja, nas situações em que o réu – devedor – queira convocar o codevedor solidário
para ser incluído no polo passivo da ação.
R= A intervenção de terceiro é um fenômeno processual que acontece quando um
indivíduo participa sem ser parte da causa, com o intuito de auxiliar ou excluir os litigantes,
para resguardar direitos, ou o próprio interesse que possa ser prejudicado pela sentença, ou
quando é provocado. Esse conceito de intervenção de Terceiros se encaixa na situação de
Ravier, que entrará na causa para se respaldar de seus direitos, já que fez um favor a um
amigo sem o intuito de prejudicar as partes envolvidas, mas que ao final tende a ser
prejudicado devido o cheque não ter fundo e sua assinatura constar como avalista. Neste caso
também aplica-se a modalidade de intervenção de Assistência litisconsorcial, onde
se caracteriza pela relação que o assistente tem com o assistido e a parte contrária, ou seja,
todos participam da mesma relação de direito material, sendo possível apenas nos casos
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de litisconsórcio facultativo, ou seja, quando o julgamento do mérito da demanda não


depender de sua formação.

2.4 Passo 5 – Títulos de Crédito e Contratos empresariais


Considerando o contexto narrado acima, responda fundamentadamente:
(A) No direito cambiário, em que consiste a figura do aval e qual a sua
responsabilidade do avalista em relação ao título de crédito? Podemos afirmar que o aval e a
fiança são conceitos sinônimos? Por quê?
R= O aval é uma espécie de garantia pessoal em que o avalista assume perante o
credor a responsabilidade pelo adimplemento de um título de crédito. É por essa razão que,
em caso de inadimplemento da obrigação pelo avalizado, o credor poderá executar o
patrimônio do avalista. Deste modo, pode-se afirmar que o aval não é um sinônimo de fiança,
apesar de ambos serem tipos de garantia pessoal, a fiança é uma garantia fidejussória ampla, e
hábil a ser aplicada a qualquer espécie de obrigação, já o aval é restrito aos títulos de crédito.

3 CONCLUSÃO
O portifólio foi respondido baseado em fontes seguras oriundo do Código Civil e base
de dados como artigos científicos.

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