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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Direito

ESCRITURA PÚBLICA PARA A VALIDADE DE ALGUNS ACTOS E


CONTRATOS

Suzete da Esperança Erasto, 81210466

Nampula, Setembro de 2023

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Direito

ESCRITURA PÚBLICA PARA A VALIDADE

DE ALGUNS ACTOS E CONTRATOS

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Direito, na cadeira de DIREITO DE
REGISTO E NOTARIADO do ISCED.

Tutor:

Suzete da Esperança Erasto, 81210466

Nampula, Setembro de 2023


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Índice
I. Introdução..........................................................................................................................4

1.1. Objectivos ......................................................................................................................4

1.1.1. Geral ...........................................................................................................................4

1.1.2. Especifico...................................................................................................................4

2. Escritura pública para a validade de alguns actos e contratos ..............................................5

2.1.Escrituras públicas ..............................................................................................................5

2.2. Validade de alguns Actos e contratos no nosso ordenamento jurídico .............................6

2.3.Contrato ..............................................................................................................................6

2.4. Atos jurídicos.....................................................................................................................6

2.5. Características ....................................................................................................................6

3. Actos e contratos no ordenamento Jurídico Moçambicano ..................................................7

3.1.Contratos duradouros e contratos instantâneos ...............................................................7

3.2. Exigências de forma ..........................................................................................................8

3.3. Elementos de um contrato .................................................................................................8

3.4.Elementos essenciais ..........................................................................................................9

3.4.1.Sujeitos ............................................................................................................................9

3.4.2.Objeto ..............................................................................................................................9

3.4.3. Forma ..............................................................................................................................9

Conclusão ...............................................................................................................................11

Referencias Bibliográficas ......................................................................................................12

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I. Introdução
A presente visa abordar sobre a escritura pública visto que é o nome atribuído às formalidades
associadas à validade e exequibilidade de determinada classe onde no desenvolver doo mesmo
abordara assuntos como actos ou contratos em e origem das escrituras públicas em
Moçambique e Compreender o Modelo de validade de Actos e contratos no nosso
ordenamento jurídico em Moçambique. Para o desenvolver do mesmo ou melhor perante a
pesquisa constatou-se que contrato é tradicionalmente conceituado, sob o ponto de vista
jurídico, como um acordo de vontades que produz efeitos jurídicos.

1.1.Objectivos

1.1.1. Geral
Fazer estudo completo sobre o Direito Publico e Modelo de validade de alguns Actos e
contratos no nosso ordenamento jurídico moçambicano

1.1.2. Especifico
 Conceituar direito público
 Analisar o regime jurídico da escritura pública em Moçambique;
 Conhecer as formas e origem das escrituras públicas em Moçambique;
 Compreender o Modelo de validade de Actos e contratos no nosso ordenamento
jurídico.

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2. Escritura pública para a validade de alguns actos e contratos

2.1.Escrituras públicas
A escritura pública é o nome atribuído às formalidades associadas à validade e exequibilidade
de determinada classe de actos ou contratos em Moçambique. A teoria por detrás da lei
baseasse no facto de que alguns actos ou contratos implicam determinadas consequências e as
pessoas precisam de ser alertadas para o significado dos seus actos. Por está razão a lei insiste
no cerimonial e na participação do Notário. Como a lei considera a constituição de uma
sociedade um acto que acarreta consequências, o mesmo só pode ser feito por escritura pública
– neste caso, uma escritura pública de constituição de sociedade.

A terminologia usada neste contexto pode ser um tanto confusa. Isto porque o mesmo termo
escritura pública – é usado para denominar pelo menos duas coisas diferentes mas
relacionadas. É usado normalmente para significar todo processo formal de constituição,
assim como o documento no qual aquele processo de constituição é registado de forma
abreviada. Referir-nos-emos ao termo de acordo com o último significado, mas mantenha em
mente que o termo é frequentemente usado para referir o processo de constituição como
também outras coisas (tal como o extracto do registo que é produzido pelo Notário para ser
usado nos passos seguintes do processo de constituição, descritos abaixo).

A legislação actualmente em vigor prevê a exigência da outorga de escritura pública para a


validade de alguns actos e contratos, exigência esta que acaba prejudicando a celeridade
pretendida, tornando-se, então, necessário proceder a alterações à legislação vigente.

Assim, ao abrigo da alíneaj) do artigo 204 da-Constituição da República, o Conselho de


Ministros decreta:

Artigo I. O artigo 10 do Decreto no·43525, de·7 de Março de 1961, passa a ter a seguinte
redacção: "Artigo 10Devem ser reduzidos a documento escrito:

a) Os arrendamentos sujeitos ao registo;


b) Os arrendamentos para comércio ou indústria;
c) Os arrendamentos para o exercício de profissão Iliberal;

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d) Os arrendamentos tomados por quaisquer Corporações, fundações, associações ou
agremiações de utilidade pública ou particular, legalmente organizadas.

2.2. Validade de alguns Actos e contratos no nosso ordenamento jurídico

2.3.Contrato
Em um sentido amplo, um contrato é uma operação econômica entre duas ou mais pessoas.
Nesse sentido, um contrato é uma troca econômica, visando a circulação de riqueza, sendo
sinônimo do conceito de negócio. RIZZARDO, (2015).

Sob o ponto de vista do direito, um contrato é a formalização jurídica de uma operação


econômica, formalização essa entendida como um instrumento jurídico que vincula os
contratantes aos compromissos por eles assumidos.

Factos jurídicos

 Facto jurídico em sentido estrito: ocorre independentemente da vontade dos sujeitos.


 Atos jurídicos: atuação do sujeito conforme à sua vontade.
 Para o direito o que releva são as relações que estabelecemos com os outros. Os nossos
comportamentos correspondem a decisões que tenhamos tomado.

2.4. Atos jurídicos


 Atos jurídicos em sentido estrito: liberdade de celebração (fazer/não fazer) - artigo
1318º CC.
 Negócios jurídicos: liberdade de celebração e de estipulação. Ex.: compra e venda de
carro.
 Distinção: até quando é que o direito valora a

O contrato depende da conjugação das duas perspetivas:

 Relevância tal que o ordenamento jurídico tenha relevância para intervir.


 Tem de haver vontade das partes.

2.5. Características
Quatro características do contrato:

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i. É um facto jurídico, daí resultarem efeitos jurídicos. Estruturalmente um contrato é
um acordo, mas nem todos os acordos são contratos.
ii. O contrato é sempre plurilateral dado que duas ou mais pessoas/esferas jurídicas
colocam-se em polos diferentes do fenómeno jurídico. É bi/plurilateral quanto aos
efeitos dado que permite um encontro de efeitos entre as esferas jurídicas que
estiverem na sua base. Os efeitos nas esferas jurídicas têm como contrapartidas os
efeitos produzidos nas outras.

Um contrato sinalagmático produz direitos e obrigações em ambas as partes, como a compra


e venda. A doação não é sinalagmática.

iii. O contrato é performativo - destina-se a alterar o ordenamento jurídico, ou seja, é por


definição fértil. (produz frutos)

Um contrato é um plano que nós esperamos/queremos que venha a acontecer.

Ex.: quero comprar um livro e celebro um contrato de compra e venda, faço então um plano
daquilo que quero que venha acontecer. Se o contrato cumpriu a sua função desaparece tal
como todos os planos que foram cumpridos. Se o contrato não cumpriu a sua função (devido
a defeito no livro, por exemplo) tal é regido pelo direito

Direito reage às divergências entre o plano e o que acontece mesmo.

A ideia fundamental é que o contrato é uma maneira de alcançar um fim. O fim são os efeitos
jurídicos.

3. Actos e contratos no ordenamento Jurídico Moçambicano


De acordo com PEREIRA, (2010). Os contratos são instrumentos da nossa vida e podemos
mesmo dizer que todos os dias celebramos vários contratos sem sequer darmos por isso.
Quando o direito contratual começou a ser estudado e regularizado (pandectista alemã), os
principais instrumentos jurídicos eram o direito de propriedade e o próprio contrato, tendo
apenas em vista a transmissão do direito de propriedade.

3.1.Contratos duradouros e contratos instantâneos


 Os contratos duradouros

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Correspondem a um número muitíssimo significativo daqueles que são celebrados no
quotidiano, já que a maioria dos contratos são vocacionados para durar, isto é, são celebrados
numa perspetiva de futuro, com ideia de se prolongar por um determinado período de tempo
ou mesmo sem prazo, e nesse caso serão contratos por tempo indefinido.

 Contrato instantâneo

Tudo acontece num dado instante e o contrato fica perfeito nesse mesmo instante. O contrato
de execução instantânea paradigmático é a compra e venda, que fica pronto no momento em
que o celebramos, nomeadamente o pagamento do preço e a transmissão da coisa. Por outro
lado, contratos como o de trabalho ou o de fornecimento de água e luz, que têm vocação para
perdurar, são exemplos de contratos duradouros.

3.2. Exigências de forma


O artigo 219º contempla o princípio da liberdade de forma. Contudo, podem haver exceções
previstas pela lei ou porque as partes o convencionaram. Os três tipos de forma são:

 Forma solene, documento autêntico, exarado por pessoas dotadas de fé pública


(escritura pública); documento autenticado, previamente elaborado e posteriormente
confirmado perante pessoas com funções públicas e autenticação.
 Forma escrita, documento particular (escrito e assinado, artigo 373ª); suporte escrito e
assinado.
 Outras formas, como a oral ou gestual.

Alguns casos em que a própria lei exige que o contrato assuma uma determinada forma são a
compra e venda de imóveis (escritura pública ou documento particular autenticado, artigo
875º), alguns contratos de trabalho (contrato de trabalho com trabalhador estrangeiro, artigoº
5 código de trabalho), contratos de arrendamento urbano (documento particular, artigoº 1069),
entre muitos outros.

3.3. Elementos de um contrato


Segundo GOMES, (2007). O contrato, como todo negócio jurídico, deve apresentar certos
elementos mínimos para que exista, tenha validade e produza efeitos. Fala-se em elementos

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essenciais para designar elementos que integram a própria essência do ato, e em elementos
acidentais, que são elementos inseridos no contrato pelas partes.

Os elementos essenciais são divididos em essenciais à existência do ato, também


denominados elementos constitutivos, devendo estar presentes para que o contrato exista no
plano jurídico, e essenciais à validade, os quais tornam o contrato inválido, se apresentados
com algum defeito ou vício. Não há, contudo, uma padronização nessa denominação.

Alguns autores preferem falar em requisitos ao invés de elementos; outros diferenciam


pressupostos de requisitos; havendo ainda aqueles que distinguem requisitos extrínsecos e
intrínsecos. á razoável consenso, no entanto, em apontar como elementos essenciais à
existência de um contrato (e de todo negócio jurídico) o sujeito, o objeto e a forma; alguns
autores adicionam também a vontade.

3.4.Elementos essenciais

3.4.1.Sujeitos
O contrato é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral, de modo que necessita, para sua
existência, da participação de pelo menos dois sujeitos. Os chamados autocontratos ou
contratos consigo mesmo, apesar da denominação, são considerados contratos, já que se
identifica neles dois sujeitos e duas vontades distintas.

3.4.2.Objeto
O contrato, como todo negócio jurídico, deve apresentar um objeto. Para que o contrato seja
válido, esse objeto deve ser lícito, possível e determinado ou determinável, nos termos do
art.144 CP. O objeto possível é aquele que possa existir tanto campo físico quanto no jurídico;
por fim, o objeto determinado ou determinável é aquele que possua elementos mínimos de
individualização que lhe permitam caracterizá-lo.

3.4.3. Forma
A forma, sob o ponto de vista da existência do contrato, é o meio de exteriorização da vontade
do contratante, isto é, a escrita, a fala, a mímica, etc. Do ponto de vista da validade do contrato,
deve-se observar a forma específica, prescrita por lei.

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Conclusão
Chegado ao final pesquisa conclui-se que os contratos são instrumentos da nossa vida e
podemos mesmo dizer que todos os dias celebramos vários contratos sem sequer darmos por
isso. Quando o direito contratual começou a ser estudado e regularizado (pandectista alemã),
os principais instrumentos jurídicos eram o direito de propriedade e o próprio contrato, tendo
apenas em vista a transmissão do direito de propriedade.

Aqui vamos abordar o contrato civil, os contratos de direito privado bilaterais ou plurilaterais,
mas não públicos. Um exemplo de negócio jurídico unilateral pode ser o testamento, em que
estamos perante a declaração de uma vontade que produz os seus efeitos meramente
unilaterais, esgotando-os. Já a doação, por sua vez, é um exemplo de contrato bilateral, por
exigir o consentimento de quem a recebe.

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Referencias Bibliográficas
Código do Notariado; Decreto-Lei nº.4/2006, de 23 de Agosto;

ALVARES, Luís Ramon. (2016), O que você precisa saber sobre o cartório de notas. São José
dos Campos: Crono

GOMES, Orlando (2007). Contratos 26ª ed. Rio de Janeiro: Forense.

GONÇALVES, Carlos Roberto (2019). Direito civil brasileiro. Volume 3: contratos e atos
unilaterais 16ª ed. São Paulo: Saraiva Educação

PEREIRA, Caio Mário da Silva (2010). Instituições de direito civil. Volume III - Contratos
14ª ed. Rio de Janeiro

RIZZARDO, Arnaldo (2015). Contratos 15ª ed. Rio de Janeiro: Forense

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