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Universidade aberta isced – (UnIsced)
Tutor:
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
1.1. Objetivos.............................................................................................................................. 5
1.2. Gerais ................................................................................................................................... 5
1.3. Específicos ....................................................................................................................... 5
2.Contractos Fiscais .................................................................................................................. 6
2.1.O Contrato Fiscal .................................................................................................................. 7
3.Tipos de contratos fiscais ........................................................................................................ 7
a) Os Falsos Contratos Fiscais .................................................................................................... 7
b) Os Verdadeiros Contratos Fiscais .......................................................................................... 8
4.Contratos Fiscais que concedem Benefícios Fiscais ............................................................... 8
5.Conclusao ................................................................................................................................ 9
6.Referencias Bibiograficas ...................................................................................................... 10
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1. Introdução
Esses são tempos de grandes mudanças. A relação entre o Fisco e o contribuinte, potencialmente
conflituosa por natureza, não mais se implementa apenas de modo autoritário e unilateralmente.
Pouco a pouco se verificam iniciativas voltadas a permitir uma maior participação do
contribuinte e a obter arranjos consensuais com relação a elementos controversos da obrigação
tributária e melhores formas para o seu cumprimento. Durante muito tempo, prevaleceu uma
noção da obrigação tributária como relação de poder. O Fisco, parte mais forte da relação, detém
o poder de império e atua com exercício de autoridade buscando impor a cobrança de tributos.
Esta visão, no entanto, merece ser devidamente corrigida e atualizada. Ela incorre no equívoco
de confundir o Estado legislador com o Estado administrador. O exercício de poder impositivo
se esgota no processo legislativo, isto é, o Estado manifesta relação de poder apenas no seu
papel de Estado legislador. Após a edição da lei, o Estado revestido da condição de autoridade
administrativa exerce uma condição de súdito (sujeito de relações jurídicas), sem distinções
relevantes em comparação com o contribuinte e em relação à lei. Sua relação com o contribuinte
é de direito e subordina-se aos limites previstos pela lei
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1.1. Objetivos
1.2. Gerais
1.3. Específicos
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2.Contractos Fiscais
Segundo al. g) do art.7 da LGT os contratos fiscais fazem parte do leque de fontes normativas
dos tributos. Estes contratos fiscais são celebrados entre administração e o seu sujeito passivo,
e visam a atribuição de benefícios ou incentivos fiscais, podendo por vezes revestir a forma de
lei-contratos ou leis pacteadas. Através deles, a administração se obriga para com os
particulares a não lhes aplicar o regime tributário normal ou a conceder-lhes determinados
desagravamentos fiscais.
Parte da doutrina defende, e com alguma legitimidade, que os contractos fiscais não são
admissíveis porque, face ao princípio da legalidade, os elementos essenciais dos impostos
encontram-se abrangidos pela reserva da lei e, face ao princípio de igualdade, todos que dispõe
de capacidade contributiva devem suportar o imposto, não sendo admissíveis favores
individuais. Mas outra doutrina há que entende que o fundamento para a celebração de
contractos fiscais em matérias dos beneficiários fiscais é o princípio de eficiência funcional,
implícito na parte final do n˚1 do art.127 da CRM. Em todo o caso, e seguindo a ideia de Nuno
Gomes (Apud Pene, op. Cit: 37), os contractos fiscais em matéria dos beneficiários fiscais só
serão constitucionalmente legítimos, quando autorizados por leis fiscal formal que defina os
beneficiários a conceder e os pressupostos objetivos e subjetivos da respetiva concessão ao
menos em termos genéricos.
Nessa perspectiva, o contrato é uma espécie de negócio jurídico que se distingue, na formação,
por exigir a presença pelo menos de duas partes. Contrato é, portanto, negócio jurídico bilateral,
ou plurilateral. Da conexão entre os dois conceitos, o de contrato e o de negócio jurídico, segue-
se que o daquele contém todas as características do outro, por ser um conceito derivado. Eis por
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que as noções comuns a todos os negócios jurídicos, bilaterais ou unilaterais, se estudam na
parte geral ou introdutória do Direito Civil naqueles sistemas, como o nosso, em que os
conceitos fundamentais da matéria.
O Contrato, nos dizeres de Rubens Limongi França, é o ato jurídico por força do qual duas ou
mais pessoas convencionam entre si a constituição, modificação ou extinção de um vínculo
jurídico de natureza patrimonial. Verificamos, assim, que os contratos são negócios jurídicos
bilaterais, ou seja, que envolvem acordos de vontades de duas ou mais pessoas, e que tem o
objetivo de criar, modificar ou extinguir direitos, produzindo assim efeitos jurídicos.
Os verdadeiros contratos fiscais, como mencionado anteriormente, são aqueles que constituem,
modificam ou extinguem a relação jurídico-fiscal. Contudo, diversas são as formas de acordo
entre Fisco e contribuintes, e diante de extensas possibilidades, como podemos identificar
propriamente um contrato fiscal? Quais características e elementos permitem com clareza
identifica-los? Victor Polizelli1 ao estudar os contratos fiscais apresenta cinco características
que estão presentes em todos os contratos (verdadeiramente) fiscais: (i) o pressuposto de
existência de incerteza; (ii) adequação ou conformidade legal; (iii) intenção das partes em
afastar a incerteza (bilateralidade); (iv) a vinculação das partes; e (v) publicidade. Ou seja, além
de constituir, modificar ou extinguir a relação jurídico-fiscal, o contrato fiscal precisa apresentar
estas cinco características para que possa ser classificado, propriamente, como um contrato
fiscal.
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b) Os Verdadeiros Contratos Fiscais
Os verdadeiros contratos fiscais, como mencionado anteriormente, são aqueles que constituem,
modificam ou extinguem a relação jurídico-fiscal. Contudo, diversas são as formas de acordo
entre Fisco e contribuintes, e diante de extensas possibilidades, como podemos identificar
propriamente um contrato fiscal? Quais características e elementos permitem com clareza
identifica-los? Victor Polizelli120 ao estudar os contratos fiscais apresenta cinco características
que estão presentes em todos os contratos (verdadeiramente) fiscais: (i) o pressuposto de
existência de incerteza; (ii) adequação ou conformidade legal; (iii) intenção das partes em
afastar a incerteza (bilateralidade); (iv) a vinculação das partes; e (v) publicidade. Ou seja, além
de constituir, modificar ou extinguir a relação jurídico-fiscal, o contrato fiscal precisa apresentar
estas cinco características para que possa ser classificado, propriamente, como um contrato
fiscal. Vejamos. A primeira característica presente nos contratos fiscais é o pressuposto de
existência de incerteza na aplicação da lei, isto é, para que estejamos diante de um contrato
fiscal no caso concreto, deve existir uma incerteza no plano de aplicação da norma tributária e
uma necessidade de eliminar esta incerteza, afastando conflitos potenciais ou já instaurados, e
assim garantir a paz jurídica
A expressão contratos fiscais que concedem benefícios fiscais" abarca além dos contratos que
concedem benefícios fiscais em strictu sensu, também os incentivos ou estímulos fiscais. Neste
sentido, torna-se importante uma breve digressão para diferenciar os benefícios fiscais strictu
sensu dos incentivos ou estímulos fiscais. Os benefícios fiscais strictu sensu, são, nos dizeres
de Nabais, "os desagravamentos fiscais estáticos (relativos a situações passadas e atribuídas por
razões políticas, sociais, de defesa, diplomáticas, religiosas, culturais, etc.) , já os incentivos ou
estímulos fiscais, para o mesmo autor são "os desagravamentos fiscais dinâmico (relativos a
situações que se pretendem desenvolver por razões sobretudo económicas).. Tendo isto em
mente, é importante ressaltar que para efeitos da presente dissertação consideramos como
contratos fiscais que concedem benefícios fiscais tanto os contratos que concedem benefícios
fiscais strictu sensu quanto os contratos que concedem incentivos ou estímulos fiscais. Afinal,
logo no primeiro capítulo definimos os benefícios fiscais como aquelas medidas de caráter
excepcional, usadas pelo Estado como forma de fomento às políticas públicas, e que permitem
o atingimento de seus interesses extrafiscais.
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5.Conclusao
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6.Referencias Bibiograficas
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