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Ernélio Chavango
Líria Mathe
Mário Olímpio
Turma:01 2o Semestre
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 2
4. OBJECTIVOS .................................................................................................................... 3
6. METODOLOGIA ............................................................................................................... 9
7. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 10
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2. JUSTIFICATIVA
Verificado o facto gerador do imposto (legalidade, economicidade e a capacidade jurídica),
nasce por força da lei e nos seus exactos termos, uma relação entre dois sujeitos (o que tem a
obrigação de pagar o imposto – sujeito passivo e o que tem direito de recebê-lo – sujeito
activo). Trata-se de uma relação obrigacional fiscal, resultante do exercício de determinadas
actividades ou percepção de determinados rendimentos, colocando como partes o Estado ou
outro ente público e o particular contribuinte.
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4. OBJECTIVOS
4.1. Objectivo geral
O presente trabalho tem como objectivo geral abordar a extinção das obrigações diversas
previstas na lei.
4.2. Ojectivos específicos
Descrever a relação jurídica fiscal, no seu sentido restrito;
Apresentar a obrigação fiscal;
Identificar as formas de extinção da obrigação fiscal.
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REVISÃO DA LITERATURA
Na visão de (Muhacha 2021) relação jurídica fiscal é constituida pela obrigação fiscal ou de
imposto que, apesar de ser uma obrigação ou direito de crédito tem características especiais
que diferenciam das demais.
A extinção da relação jurídica fiscal seria a morte ou o desaparecimento da obrigação fiscal
ou imposto.
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5.2. Formas de extinção da obrigação fiscal
5.2.1. Cumprimento
De acordo com Waty (2007), o cumprimento que se dá com o pagamento pontual do imposto
pelo sujeito passivo1, é a forma normal de extinção da obrigação do imposto. Este
pagamento, ou cumprimento tem como princípio fundamental a pontualidade, o que significa
que o cumprimento há-de corresponder, em todos os aspectos ao montante à época, ao local e
ao modo.
O pagamento da dívida de imposto pode ser voluntário ou coercivo. O pagamento coercivo
insere-se no processo de execução fiscal. Instaurado o processo executivo o devedor pode
optar pelo pagamento na totalidade ou em prestações, pela dação em cumprimento ou pela
nomeação de bens a penhora. Caso o devedor não assuma nenhuma das posições retro
referidas o credor pode exercer inteira coactividade através da penhora e na venda de certo
património do devedor para pagar a dívida
A prestação deverá ser reslizada no prazo e no local estabelecidos e pela forma legalmente
prevista. Quanto ao prazo do cumprimento, ele é muitas vezes estabelecido directamente pela
lei, que tem definido um período de cobrança à “boca do cofre”, durante o qual os impostos
podem ser pagos sem juros de mora, um período de cobrança voluntária, durante o qual os
impostos já só podem ser pagos acrescidos dos respectivos juros de mora, e um período de
cobrança coerciva, iniciando com o relaxe das contribuições. Assim, acontece com os
impostos directos periódicos.
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No âmbito jurídico, numa relação jurídica comum, o sujeito passivo é o ser que deve assumir uma obrigação
imposta pelo sujeito activo, que é o ser ou entidade que tem o poder de exigir algo.
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Esta forma de cumprimento da divida tributária encontra-se consagrada, por exemplo, no art.
9 da Lei nº 12/2007, de 27 de Junho que refere que o imposto sobre a produção do petróleo
pode ser pago em espécie por opção do Estado.
5.2.4. Compensação
Nos termos do art. 44 da LGT as dívidas tributárias podem extinguir -se, total ou
parcialmente, por compensação. Quando o sujeito activo e sujeito passivo forem
reciprocamente credor e devedor aquele pode livrar-se da sua obrigação por meio da
compensação, nos termos estabelecidos na legislação tributária, e em relação a créditos
reconhecidos por acto administrativo ou decisão judicial, a que tenha direito o sujeito passivo
em razão de pagamentos indevidos de tributos. Conforme se depreende e como dispõe o nº 1
do art. 3 do Regulamento de Compensação das Dívidas Tributárias (RCDT), aprovado pelo
Dec. n° 56/2010, de 2 de Novembro, a compensação materializa-se através do encontro de
contas procedentes de débito ou crédito fiscal (PENE, 2014, p.103).
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É todo e qualquer acontecimento que gera uma relação jurídica fiscal, contribuindo com a criação, modificação
ou extinção de direitos
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De acordo com o disposto nos arts 150 e 151 da LGT a compensação pode ocorrer por
iniciativa do sujeito activo ou do sujeito passivo.
Nos casos em que o sujeito passivo tenha efectuado pagamento de imposto superior ao
devido a AT pode tomar a iniciativa de compensar qualquer outra dívida tributária (presente)
do sujeito passivo ou, com o consentimento deste, compensar qualquer dívida tributária
futura.
A compensação por iniciativa do próprio sujeito passivo de dívidas tributárias presentes ou
futuras deve ser requerida ao Ministro das Finanças antes da instauração do processo
executivo.
Segundo o art. 5 do RCDT a compensação efectua-se observando a seguinte ordem de
preferência:
Com dívidas da mesma natureza e, se respeitarem a impostos periódicos, em primeiro
lugar as relativas ao mesmo período de tributação, e só depois as respeitantes a
diferentes períodos de tributação;
Com dívidas provenientes de impostos retidos na fonte ou legalmente repercutidos a
terceiros e não entregues; e
Com dívidas provenientes de outros impostos.
Sendo crédito do sujeito passivo insuficiente para cobrir a totalidade da dívida tributária,
segue-se a seguinte ordem de compensação:
Juros de mora;
Outros encargos legais;
Multas; e
Dívida tributária, incluindo juros compensatórios.
Dentro da mesma hierarquia (ex. juros de mora) a compensação segue a seguinte ordem:
As dívidas mais antigas;
Sendo a mesma a antiguidade, as de maior valor; e
Sendo igual a antiguidade e o valor, qualquer delas.
5.2.5. Confusão
De acordo com Pene (2014), segundo o art. 46 da LGT a confusão ocorre quando se reúnem
as qualidades de credor e devedor de uma mesma obrigação de imposto na mesma entidade
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pública. O instituto da confusão, que no direito fiscal moçambicano não encontra nenhuma
particularidade em relação ao direito civil, encontra-se desenvolvido nos artigos 868 e
seguintes do CC, sendo de aplicação subsidiária por força da al. a) do nº 3 do art. 2 da LGT.
Um exemplo da confusão como forma de extinção da obrigação de imposto, é quando a
herança é deferida ao Estado, por falta de todos os parentes sucessíveis e do cônjuge – artigo
2152 do Código Civil ou quando, relativamente ao imposto sucessório, o Estado é chamado à
sucessão do contribuinte.
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6. METODOLOGIA
Segundo (Gil, 2002), metodologia é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado cientifico, é necessária a
identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o modo que possibilitou
chegar ao conhecimento.
Ainda na visão de (Gil, 2002), pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vista a torna-los mais explícitos ou a constituir hipóteses.
Seu planeamento é, portanto, bastante flexível e na maioria dos casos envolvem
levantamentos bibliográficos, entrevistas e analise de exemplos.
Assim, no presente trabalho de pesquisa, foi utilizado o método de pesquisa exploratória, com
a finalidade de colher informação sobre a Extinção da Obrigação Fiscal. Foi realizada uma
busca bibliográfica em Manuais, Legislação e outras bases legais em vigor no Estado
Moçambicano.
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7. CONCLUSÃO
Conforme demostrado ao longo deste trabalho, não é apenas o cumprimento ou o pagamento
que põe fim a uma obrigação fiscal poi, o Código Civil prevê expressamente outras formas de
extinção da obrigação, nomeadamente: a dação em cumprimento, a confusão, a compensação,
a prescrição. Estas formas de extinção da obrigação sem pagamento apresentam
peculiaridades que não podem passar despercebidas pelo operador de direito, haja vista a
grande repercussão prática que possuem no cotidiano jurídico.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KPMG, A. e. (2021). Codigo Civil. Maputo: Plural Editores.
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