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Curso: Contabilidade e Auditoria 3º Ano/ 1º Semestre

Disciplina: Contabilidade Pública Data: 04 de Abril de 2017


Docentes: Pedro Samissone e Jerónimo Uamba 1° TESTE (120 MINUTOS)

Parte I (9,0 Valores)

Para cada um dos pontos seguintes, haverá no mínimo uma alínea que melhor descreve e/ou se identifica com o
processo descrito. Indique para cada caso, pelo menos uma alínea que lhe parece mais apropriada às
circunstâncias:

1. Com base na teoria das Finanças Públicas, assinale a(s) opção (s) falsa(s):
a) Um bem público é caracterizado por ter seu consumo não rival e excludente.
b) Bens privados são aqueles cujo consumo é tanto rival quando excludente e são providos eficientemente
em mercados competitivos.
c) A exclusão permite que o produtor do bem privado possa ser pago sempre que um consumidor fizer uso
do mesmo.
d) Um exemplo de bem público é a segurança nacional.
e) Há rivalidade no consumo de um bem se o consumo desse bem por parte de uma pessoa diminui a
disponibilidade do mesmo para as outras.

2. Os diversos bens existentes na economia são agrupados de acordo com dois critérios: exclusividade e
rivalidade. Segundo esses critérios, assinale a opção incorrecta:
a) Bens públicos puros possuem duas características: a não rivalidade e a impossibilidade de exclusão de
seu consumo.
b) Quando um bem é excludente mas não rival, diz-se que existe um monopólio natural para esse bem.
c) Os benefícios derivados dos bens semipúblicos, somente em parte se submetem ao princípio da exclusão
e apenas parcialmente são divisíveis.
d) A oferta de determinados bens, por meio do orçamento público, torna-se necessária
quando eles são rivais ou se para esses bens se aplica o princípio da exclusão.
e) Os bens privados são bens cujo consumo é rival, de maneira que o consumo desses bens, por um
indivíduo, impossibilita que outro indivíduo também os consuma.

3. Na elaboração do orçamento devem ser respeitados os princípios/regras orçamentários existentes. Neste


contexto o princípio/regra que permite pormenorizar as receitas mínimas previstas e os limites máximos das
despesas, segundo classificações que fixam o grau de discriminação de forma a permitir a sua uniformização,
trata-se de:
a) Princípio da Unidade;
b) Princípio do equilíbrio;
c) Princípio da Especificação;
d) Princípio da Universalidade;
e) Princípio do orçamento bruto.

4. A contabilidade aplicada às entidades Públicas diferencia-se dos demais ramos da contabilidade, entre outros,
pelo seguinte aspecto:
a) A contabilidade pública não evidencia os resultados do ente-público em razão da finalidade do Estado.
b) As entidades públicas não se preocupam em evidenciar o seu património e realizam, somente, os
registros decorrentes da execução orçamentária.
c) Os dispêndios orçamentários são registados como despesa na contabilidade, mesmo que
se refiram a gastos que não afectam a situação patrimonial líquida.
d) Nas entidades públicas, as contas de resultado só registram os factos decorrentes da execução
orçamentária.
e) Nenhuma das anteriores
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5. Qual das seguintes definições melhor se enquadra na definição do orçamento:
a) Uma peça fundamental das finanças públicas no qual estão previstas as receitas a arrecadar e fixadas as
despesas a realizar pelo Estado de dois ou mais exercícios económicos.
b) São as acções que se realizam com vista à obtenção dos meios necessários para o atendimento das
necessidades que a entidade privada assume, constituindo-se, assim, uma necessidade Pública.
c) Uma previsão, em regra anual das despesas a realizar pela entidade privada e dos processos de as cobrir
incorporando a autorização concedida a administração financeira, os poderes financeiros de
administração.
d) Um documento no qual estão fixadas as despesas a realizar pelo Estado, e dos
processos de as cobrir incorporando a autorização concedida a administração financeira
os poderes financeiros de administração em cada período anual.
e) Nenhuma das anteriores

6. Com relação às receitas, julgue as alíneas abaixo indicadas. (1,25 V).


a) As chamadas renúncias de receitas, apesar de não representarem dispêndios de recursos, devem ser
objecto de estimativa que acompanha o projecto de lei orçamental, de forma a se evidenciarem os seus
efeitos segundo critério de distribuição regional dessas renúncias. VERDADEIRA
b) Os recursos correspondentes às dotações orçamentais destinadas ao Poder Judiciário ser-lhe-ão
entregues até o dia 20 de cada mês, na proporção das liberações efectuadas pelo Poder Executivo às
suas próprias unidades orçamentais. FALSA
c) A receita extra-orçamental é representada no balanço patrimonial como passivo financeiro, por se tratar
de recursos de terceiros que transitam pelos cofres públicos. VERDADEIRA
d) Os empréstimos compulsórios são considerados de natureza tributária, estando o produto de sua
arrecadação vinculado à despesa que lhe fundamentou a instituição. Dependendo de sua modalidade,
estarão ou não sujeitos ao princípio da anterioridade. VERDADEIRA
e) Constituem receitas de capital as receitas imobiliárias e as intergovernamentais das quais não decorra
exigência de contraprestação por parte do beneficiário dos recursos. FALSA

7. As operações de crédito por antecipação da receita serão classificadas como receitas:


a) Correntes.
b) Extra-orçamentárias.
c) De Capital.
d) Extraordinárias.
e) Eventuais.

8. O Estado concedeu uma ajuda financeira ao Município de Maputo, a fim de que com ela este construísse uma
ponte. Essa receita, no Município, deve ser classificada como:
a) Inversões Financeiras.
b) Transferências de Capital
c) Receita Patrimonial.
d) Outras Receitas de Capital.
e) Transferências Correntes.

9. O estágio da receita pública que visa a identificar e individualizar o contribuinte ou o devedor, verificando a
procedência do crédito fiscal, é denominado por:
a) Cabimento;
b) Cobrança;
c) Lançamento;
d) Arrecadação;
e) Liquidação

10. No balanço patrimonial de 2012, o activo financeiro e o passivo financeiro somavam, respectivamente, 900 e
550 mil MT. No exercício de 2013 foram reabertos créditos especiais e extraordinários no valor de 100 mil MT,
havendo operações de crédito no valor de 20 mil MT a eles vinculadas a serem realizadas nesse exercício.
Sem levar em conta os demais recursos disponíveis, o montante de créditos a serem abertos em 2013, tendo
em vista essa situação, é de:
a) 250 mil MT.
b) 270 mil MT. Activo: 900+20=920 Passivo: 550+100=650 Resolução: 920-650=270
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c) 350 mil MT.
d) 430 mil MT.
e) 530 mil MT.

11. O valor das Receitas de Capital com base no quadro a seguir é:

Receitas Previsão Arrecadação Recolhimento


Alienação de bens 2.000 1.500 0
Dividendos recebidos 5.000 4.500 4.000
Empréstimos contraídos 3.000 2.500 2.500
Multas 4.000 3.500 3.500
Total 14.000 12.000 10.000

a) 2.500
b) 8.500
c) 4.000
d) 10.000
e) 8.000

12. Os diferentes tipos de descentralização vão potenciar a existência de diferentes tipos de autonomia. O poder
de gerir de forma autónoma os recursos monetários próprios, em execução ou não do orçamento trata-se de:
a) Autonomia Patrimonial
b) Autonomia Financeira
c) Autonomia Administrativa
d) Autonomia Orçamental
e) Autonomia de Tesouraria

13. Na Contabilidade Pública se as Receitas forem menores que as Despesas, podemos afirmar que:
a) A administração está exigindo dos contribuintes uma carga Fiscal excessiva;
b) A longo prazo, a administração necessitará aumentar os impostos ou obter empréstimos;
c) É possível, a longo prazo, atender às necessidades colectivas sem maiores sacrifícios dos contribuintes;
d) É sintoma de que ocorrerão grandes superavits;
e) A curto prazo a administração necessitará diminuir os impostos.

14. Sobre as Receitas Públicas, indique a opção correcta.


a) A arrecadação consiste na entrega dos recursos a Direcção Nacional do Tesouro.
b) Como receitas de capital, podemos citar aquelas derivadas de alienações de bens imóveis e de
recebimento de taxas por prestação de serviços.
c) As receitas de capital podem derivar do domínio Rural, das explorações industriais e comerciais de
utilidade pública.
d) A remuneração das disponibilidades da Direcção Nacional do Tesouro caracteriza-se como receita
corrente.
e) Multas e juros de mora sobre impostos caracterizam-se como receitas correntes.

Parte II (8,0 Valores)

1. Explique em que consiste a provisão de bens públicos e comente em linhas breves as razões que levam ao
Estado fazer essa provisão. (3,0 Valores)

R: A Provisão Pública de bens consiste no fornecimento de bens ou serviços através de prestação de


serviços públicos com vista a proporcionar maior bem-estar económico e social. A provisão pode assumir o
carácter duradoiro (património do Estado) ou anual (despesas públicas).

As razões são:
a) O Estado tem uma perspectiva de interesse geral,
b) O Estado tem perspectiva temporal ilimitada e uma capacidade de risco superior à dos outros
grupos ou associações contratuais.

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c) O Estado dispõe de autoridade para impôr regras da utilização dos bens patrimoniais e seu
funcionamento (coacção, no seu aspecto sociológico); e
d) O Estado tem por via de regra, em cada comunidade, dimensão que lhe possibilita empreender
esforços que não estão ao alcance de instituições ou pessoas privadas e que a comunidade em si
não pode resolver com êxito.

2. Estabelece os principais pontos de divergência existentes entre o orçamento de Gerência do orçamento de


Exercício. (3,0 Valores)
R: O orçamento da gerência é aquele em que se prevêem as receitas que o Estado irá cobrar e as
despesas que irá pagar durante o período financeiro. É uma previsão de receitas e despesas na sua fase
terminal das cobranças e de pagamentos.

O orçamento do exercício é aquele em que se prevêem as receitas que o Estado irá cobrar e as despesas
que irá pagar em virtude dos créditos e das dívidas que irão surgir a seu favor e contra si durante o período
financeiro. É uma previsão das receitas e de despesas na sua fase inicial de créditos e de dívidas.

3. O Sr. Mungoi tem posses entendeu financiar o caminho que dá acesso à sua quinta. Vedou o uso do
caminho pelos outros cidadãos. Discuta a actuação do Sr. Mungoi. (2,0 valores)

Resposta aberta, tendo em conta os princípios das finanças públicas.

Parte III (3,0 Valores)


1. Considere a seguinte situação hipotética.

A Conta Geral do Município Crise apresentava as seguintes contas e saldos em 31/12/2016:

Receita Orçamental Previsão Execução


Fiscal 270.00 258.00
Patrimonial 228.00 144.00
Serviços 132.00 153.00
Transferências Correntes 570.00 492.00
Alienação de Bens 330.00 228.00
Transferências de Capital 510.00 540.00
Receita Extraorçamental 120.00 110.00

Despesa Orçamentária Fixação Execução


Bens e serviços 1,020.00 1,005.00
Créditos Iniciais 947.00 908.00
Créditos Adicionais 73.00 78.00
Pretende-se:

a) O valor arrecadado das receitas correntes; (1.0 valores)


Receitas correntes arrecadadas = 258+144+153+492=1047
b) O valor orçamental das receitas de capital; (1.0 valores)
Valor orçamental das receitas de capital = 330 + 510=840
c) Analise e justifique o comportamento da execução orçamentária das receitas em relação as metas
estabelecidas na aprovação do Orçamento do Município Maravilhoso. (1,0 valores)

Durante o exercício de 2016 o Município Maravilhoso havia previsto arrecadar 2040 meticais de receitas
provenientes de diversos impostos e taxas. Contudo, a execução da receita foi de 1925 meticais que
corresponde a 94,36% abaixo da meta planificada devido a diversos factores que contribuíram para o
fracasso da arrecadação das receitas.
Os docentes

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