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Curso: Contabilidade e Auditoria 3º Ano/ 1º Semestre

Disciplina: Contabilidade Pública Data: 03 de Abril de 2018


Docentes: Jerónimo Uamba e Pedro Samissone 1° TESTE (100 MINUTOS)

Parte I (15,0 Valores)

Para cada um dos pontos seguintes, haverá no mínimo uma alínea que melhor descreve e/ou se identifica com o
processo descrito. Indique para cada caso, pelo menos uma alínea que lhe parece mais apropriada às circunstâncias:

1. Com base na teoria das Finanças Públicas, assinale a(s) opção (s) falsa(s):
a) Um bem público é caracterizado por ter seu consumo não rival e excludente.
b) Bens privados são aqueles cujo consumo é tanto rival quando excludente e são providos eficientemente em
mercados competitivos.
c) A exclusão permite que o produtor do bem privado possa ser pago sempre que um consumidor fizer uso do
mesmo.
d) Um exemplo de bem público é a segurança nacional.
e) Há rivalidade no consumo de um bem se o consumo desse bem por parte de uma pessoa diminui a
disponibilidade do mesmo para as outras.

2. Os diversos bens existentes na economia são agrupados de acordo com dois critérios: exclusividade e
rivalidade. Segundo esses critérios, assinale a opção incorrecta:
a) Bens públicos puros possuem duas características: a não rivalidade e a impossibilidade de exclusão de seu
consumo.
b) Quando um bem é excludente mas não rival, diz-se que existe um monopólio natural para esse bem.
c) Os benefícios derivados dos bens semipúblicos, somente em parte se submetem ao princípio da exclusão e
apenas parcialmente são divisíveis.
d) A oferta de determinados bens, por meio do orçamento público, torna-se necessária quando eles
são rivais ou se para esses bens se aplica o princípio da exclusão.
e) Os bens privados são bens cujo consumo é rival, de maneira que o consumo desses bens, por um
indivíduo, impossibilita que outro indivíduo também os consuma.

3. A função fiscalizadora do estado, é vinculada a um dos poderes da República. O Tribunal de Administrativo


funciona como órgão auxiliar do:
a) Poder Independente
b) Poder Executivo
c) Poder Legislativo
d) Poder Judiciário

4. O Orçamento/lei Orçamental, deve conter a discriminação da receita e despesa, obedecendo aos Princípios:
a) Competência, Universalidade e Anualidade;
b) Prudência, Universalidade e Tempestividade;
c) Custo histórico, Prudência e Continuidade;
d) Custo histórico, Entidade e Continuidade;
e) Unidade, Universalidade e Anualidade.

5. A contabilidade aplicada às entidades Públicas diferencia-se dos demais ramos da contabilidade, entre outros,
pelo seguinte aspecto:
a) A contabilidade pública não evidencia os resultados do ente-público em razão da finalidade do Estado.
b) As entidades públicas não se preocupam em evidenciar o seu património e realizam, somente, os registros
decorrentes da execução orçamentária.
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c) Os dispêndios orçamentários são registados como despesa na contabilidade, mesmo que se refiram
a gastos que não afectam a situação patrimonial líquida.
d) Nas entidades públicas, as contas de resultado só registram os factos decorrentes da execução
orçamentária.
e) Nenhuma das anteriores

6. As receitas públicas não efectivas provém de:


a) Da cobrança de impostos.
b) De empréstimos.
c) Venda de produtos e das prestações de serviços.
d) Prestação de serviços a preços autoritariamente fixados.
e) Todas as alternativas anteriores.

7. As fontes de renda provenientes da utilização de bens pertencentes ao Estado, como aluguéis e arrendamentos,
são consideradas:
a) Receitas tributárias;
b) Receitas de serviços;
c) Receitas patrimoniais;
d) Outras receitas correntes
e) Nenhuma das anteriores

8. A imunidade constitucional das instituições de ensino (sem fins lucrativos) refere-se a:


a) Apenas taxas
b) Impostos e contribuições
c) Impostos, taxas e contribuições
d) Apenas impostos

9. A receita orçamentária pertencerá ao exercício em que for:


a) Arrecadada;
b) Estimada no orçamento;
c) Inscrita na Dívida Ativa;
d) Cobrada;
e) Lançada.

10. De acordo com o Princípio da Competência, as receitas consideram-se realizadas:


a) Quando deixar de existir o correspondente valor activo, por transferência de sua propriedade para terceiro;
b) Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um activo;
c) Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente activo;
d) Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o
desaparecimento concomitante de um activo de valor igual ou maior;

Comment:
A COMPETÊNCIA é o Princípio que estabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio,
para transformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido.
Da confrontação entre o valor final dos aumentos do Patrimônio Liquido - usualmente denominados "receitas" - e das
suas diminuições - normalmente chamadas de "despesas" ou "custos”, emerge o conceito de "resultado do período":
positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário.
As receitas consideram-se realizadas:
- Nas transações com terceiros, quando estes efectuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de
efectivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à Entidade, quer pela fruição de
serviços por esta prestados;
- Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um activo de valor igual ou maior;
- Pela geração natural de novos activos independentemente da intervenção de terceiros;
- No recebimento efectivo de doações e subvenções.

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11. No balanço patrimonial de 2016, o activo financeiro e o passivo financeiro somavam, respectivamente, 1.800 e
1.100 mil MT. No exercício de 2017 foram reabertos créditos especiais e extraordinários no valor de 200 mil MT,
havendo operações de crédito no valor de 40 mil MT a eles vinculadas a serem realizadas nesse exercício. Sem
levar em conta os demais recursos disponíveis, o montante de créditos a serem abertos em 2017, tendo em
vista essa situação, é de:
a) 500 mil MT.
b) 540 mil MT. Activo: 1.800+40=1.840 Passivo: 1.100+200=1.300 Resolução: 1.840 – 1.300=540
c) 700 mil MT.
d) 860 mil MT.
e) 1060 mil MT.

12. O saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada,
considerando-se ainda a tendência do exercício, entende-se por:
a) Excesso de Arrecadação
b) Superávit Financeiro
c) Activo Real Líquido
d) Superávit Orçamentário

EXCESSO DE ARRECADAÇÃO: Ocorre quando as receitas orçamentárias efectivamente recebidas são maiores que
as receitas orçamentárias previstas. Surge de uma diferença positiva entre ambas.

13. O empréstimo tomado para atender insuficiência de Caixa, com prazos abaixo de 12 meses, constitui
dívida:

a) fundada
b) consolidada
c) activa.
d) externa
e) flutuante

14. O superávit financeiro que permitirá a abertura de créditos suplementares nos termos da lei é apurado em:
a) Balanço das Variações Patrimoniais;
b) Balanço Financeiro
c) Balanço Orçamentário
d)Balanço Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL: porque os recursos convenientes para a abertura de créditos suplementares e especiais
são os seguintes: Superávit Financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior. Consiste na diferença
positiva entre o Activo Financeiro e o Passivo Financeiro, se conjugado ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos e as operações de créditos a eles vinculadas.

15. A Lei 9/2002 define a Dívida Pública Externa como sendo “aquela que é contraída pelo Estado com outros
Estados, organismos internacionais ou outras entidades de direito público ou privado, com residência ou
domicílio fora do País, e cujo pagamento é exigível fora do território nacional”. Na óptica do credor, a dívida
pode ser:
a) Bilateral, quando um governo deve a instituições financeiras internacionais (Banco Mundial, FMI, BAD) que
representam interesses de diversos Governos;
b) Multilateral, quando se trata de empréstimo entre governos;
c) Comercial, quando o governo ou empresas recorrem a bancos comerciais nacionais para a contracção de
crédito.
d) As dívidas comerciais se guiam pelas condições do mercado.
e) Nas dívidas multilaterais e bilaterais, as condições são desfavoráveis (juros altos, períodos de graça e
longos).

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16. Com base na análise dos dados relativos ao balanço orçamentário abaixo, assinale a opção correta.

Balanço orçamentário (em MT)


Receitas Despesas
Título Previsão Execução Diferença Título Fixação Execução Diferença
Receita corrente 10.000 11.600 (1.600) Despesa corrente 14.000 14.000 0
Receita de capital 12.000 9.400 2.600 Despesa de capital 8.000 7.000 1.000

a) O excesso de arrecadação obtido foi de 1.600


b) Ocorreu equilíbrio na execução orçamentária
c) Não houve economia orçamentária
d) Houve superávit do orçamento corrente
e) Houve déficit do orçamento de capital.

Receita executada = 11.600 + 9.400 = 21.000


Despesa Executada = 14.000 + 7.000 =31.500
Diferença = 0

Parte II (5,0 Valores)

1. Explique em que consiste a provisão de bens públicos e comente em linhas breves as razões que levam ao
Estado fazer essa provisão. (3,0 Valores)

R: A Provisão Pública de bens consiste no fornecimento de bens ou serviços através de prestação de serviços
públicos com vista a proporcionar maior bem-estar económico e social. A provisão pode assumir o carácter
duradoiro (património do Estado) ou anual (despesas públicas).

As razões são:
a) O Estado tem uma perspectiva de interesse geral,
b) O Estado tem perspectiva temporal ilimitada e uma capacidade de risco superior à dos outros grupos
ou associações contratuais.
c) O Estado dispõe de autoridade para impôr regras da utilização dos bens patrimoniais e seu
funcionamento (coacção, no seu aspecto sociológico); e
d) O Estado tem por via de regra, em cada comunidade, dimensão que lhe possibilita empreender
esforços que não estão ao alcance de instituições ou pessoas privadas e que a comunidade em si
não pode resolver com êxito.

2. O Sr. Mungoi tem posses entendeu financiar o caminho que dá acesso à sua quinta. Vedou o uso do caminho
pelos outros cidadãos. Discuta a actuação do Sr. Mungoi. (2,0 valores)
Os docentes

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