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º 3
12 de outubro de 2023 15:15
PARS I
Capítulo III
As despesas
1. Da análise das despesas quando apresentadas pelas classificações orgânica que apresenta as
despesas pelas unidades administrativas em que estão integradas e sobretudo pela funcional
a qual dá a conhecer a atividade do Estado, dividindo as despesas consoantes a natureza
das suas funções exercidas pelo Estado e o custo de cada uma delas e a classificação
económica que apresenta a distinção entre gastos correntes e gastos de capital.
Isto mesmo ressalva a ideia de que a despesa não é feita toda da mesma forma e
interessarão neste âmbito em específico a classificação económica e funcional.
Por sua vez, as despesas correntes são as despesas com o capital, englobando-se aqui as
remunerações dos funcionários, os abonos, as compensações e as despesas com a
segurança social.
Em quarto lugar os subsídios que poderá ir desde os subsídios a empresas como subsídios
de apoio social decorrentes das políticas ativas de emprego e de formação profissional.
Além das despesas de capital e correntes podem existir outras despesas relacionadas com
outras operações de tesouraria e com as contas de ordem.
Já no que diz respeito à classificação funcional, aqui teríamos como referência o DL n.º
51/1994 do qual retira que as despesas então divididas pela função exercida pelo Estado,
designadamente, as funções grais de soberania, que se prendem os serviços de
administração, de segurança nacional, de ordem pública, depois as funções sociais que têm
que ver com a educação, a saúde, a habitação, serviços coletivos, serviços recreativos,
culturais e religiões, entre outros.
2. Tendo em conta os valores de despesa pública por função per capita em 2021 conclui-se que
o Estado português realiza um incorreta distribuição do rendimento, uma vez que, como a
própria Prof.ª Glória refere, esta distribuição de rendimento é manifesta desde logo pela
situação dos contribuintes com níveis de rendimento mais elevado, os quais, pagam taxas
de imposto mais elevadas, segundo um princípio da capacidade distributiva[?] e próprio
princípio da progressividade, no entanto, o valor pago em sede de imposto excede
largamente as vantagens que recebem do Estado que são de forma indiscriminadas
distribuídas e acessíveis a todos os cidadãos, portanto, acaba por não existir a "verdadeira
justiça distributiva".
Há um terceiro requisito que não seria obrigatório nesta questão mas que são a obediência
aos critérios da económica, eficiência e eficácia, critérios estes que se traduzem na
finalidade de obter um máximo de rendimento com um mínimo de dispêndio
considerando a utilidade, a importância da despesa e o acréscimo da produtividade de que
disso resulte.
Analisando o próprio art.º 49.º da LOPTC retiramos a conclusão de que esta fiscalização
traduz-se na realização de auditorias, que tem por objeto a atividade financeira enquanto
está a ser exercida.
Enquanto que esta fiscalização será assegurada pela 1.ª secção no que toca aos
procedimentos de atos administrativos que impliquem despesas de pessoal e contratos que
não estão sujeitos a fiscalização prévia e será, por sua vez assegurada pela 2.ª secção no que
diz respeito ás demais auditorias.
Capítulo IV
As receitas
1. Aa
Já os impostos de obrigação única correspondem àqueles cujo facto gerador surge isolado
no tempo gerando sobre o contribuinte uma obrigação de pagamento com caráter avulso,
pode repetir-se, no entanto, tem esse mesmo caráter de pontualidade.
O IRS ou IRC são exemplos de escola quanto a impostos periódicos visto que incidem
sobre o rendimento obtido pelos sujeitos passivos ao longo do ano, o facto tende por
natureza a repetir-se no tempo.
São também exemplo de impostos de obrigação única, como já foi referido, o IMT e o
Imposto de selo.
Esta distinção acaba por ser bastante relevante no âmbito da exigibilidade fiscal.
3. Enquanto os impostos específicos incidem sobre grandezas físicas tais como a quantidade,
volume ou peso de determinadas mercadorias ou bens, as taxas ad valorem têm como
referente o valor do bem, do rendimento, do património, do consumo do sujeito passivo
ou do produto em si.
4. Desde logo será de mencionar que o pagamento constitui um elemento de técnica fiscal,
por sua vez, o pagamento do imposto pode ser coercivo quando não seja efetuado de
forma voluntária pelo contribuinte ou pagamento voluntário, além disso pode ser faseado
ou de forma antecipada os tais pagamento por conta que correspondem ao pagamento ao
longo do ano entregando uma quantia pecuniária do imposto devido regularmente ou em
prestações nos termos do art.º 42.º da LGT (Lei Geral Tributária), além disso pode ser a
pronto (numa única prestação).
Quando à questão de saber quem pode pagar um imposto, aí será o o própria contribuinte
ou um terceiro que pode assumir a qualidade de responsável tributário (v. art.º 22.º da
LGT) ou um substituto tributário (v. art.º 20.º da LGT).
O substituto tributário está relacionado com a figura dos trabalhadores dependes, p. e., o
trabalhador dependente que aufere um salário bruto será a entidade empregadora no final
do mês a fazer um adiantamento à AT de uma parte desse valor em nome do contribuinte,
sendo assim, o substituto tributário a entidade empregadora e o substituído (ou
contribuinte), o trabalhador, o dependente, ou seja, o substituto tributário acaba por ser um
terceiro que pega numa parcela do rendimento bruto recebido pelo trabalhador
entregando-a a favor da AT.
No caso de incumprimento serão aplicadas a regra da Lei Geral Tributária sendo que nas
situações de incumprimento por parte da administração tributária existe a consequência do
pagamento de juros indemnizatórios nos termos do art.º 43.º (indemnizatórios) da LGT e
no caso do incumprimento, por parte dos contribuintes aí já conduzirá ao pagamento de
juros compensatórios ou moratórios, nos termos dos arts.º 35.º (compensatórios) e 44.º
(moratórios) da LGT.
5.