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(II.AP) Ficha de Trabalho n.

º 3
12 de outubro de 2023 15:15

PARS I

Capítulo III
As despesas

1. Da análise das despesas quando apresentadas pelas classificações orgânica que apresenta as
despesas pelas unidades administrativas em que estão integradas e sobretudo pela funcional
a qual dá a conhecer a atividade do Estado, dividindo as despesas consoantes a natureza
das suas funções exercidas pelo Estado e o custo de cada uma delas e a classificação
económica que apresenta a distinção entre gastos correntes e gastos de capital.

Isto mesmo ressalva a ideia de que a despesa não é feita toda da mesma forma e
interessarão neste âmbito em específico a classificação económica e funcional.

Quanto à classificação económica, de acordo com o DL n.º 26/2002, as despesa dividem-


se em despesas correntes e despesas de capital, ou seja, despesas que ser verificam em
todos os períodos financeiros e despesas que ocorrem pontualmente, isto é, que nem
sempre se verificam.

Por sua vez, as despesas correntes são as despesas com o capital, englobando-se aqui as
remunerações dos funcionários, os abonos, as compensações e as despesas com a
segurança social.

Em segundo lugar a aquisição de bens e serviços incluindo-se aqui a própria aquisição de


bens como materiais de escritório, matérias-primas, combustíveis, munições, materiais de
limpeza e de higiene, e a aquisição de serviços, como serviços de limpeza e de higiene,
como de comunicações de seguros, de vigilância e de segurança.

Em terceiro lugar, juros e outros encargos, seguidamente as transferências correntes sendo


aqui de mencionar e de destacar as transferências realizadas à Administração Local e
Regional.

Em quarto lugar os subsídios que poderá ir desde os subsídios a empresas como subsídios
de apoio social decorrentes das políticas ativas de emprego e de formação profissional.

E, por fim, outras despesas correntes.

Já quanto às despesas de capital, aqui engloba-se a aquisição de bens de capital, ou seja,


despesas relacionados com os investimentos realizados pelo Estado, dos contratos de
locação financeira, e dos bens do domínio públicos, depois as transferência de capital, os
ativos financeiros, os passivos financeiros e, por último, outras despesas de capital.

Além das despesas de capital e correntes podem existir outras despesas relacionadas com
outras operações de tesouraria e com as contas de ordem.

Já no que diz respeito à classificação funcional, aqui teríamos como referência o DL n.º
51/1994 do qual retira que as despesas então divididas pela função exercida pelo Estado,
designadamente, as funções grais de soberania, que se prendem os serviços de
administração, de segurança nacional, de ordem pública, depois as funções sociais que têm
que ver com a educação, a saúde, a habitação, serviços coletivos, serviços recreativos,
culturais e religiões, entre outros.

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E as funções económicas em que está incluída a indústria, a energia, os transportes, as
comunicações e outras funções que estão referidas no próprio anexo do DL supra referido.

Em jeito de conclusão, então, as despesas podem ser classificadas no ponto de vista


económica, distinguindo-se, assim, entre gastos correntes e gastos de capital e segundo
uma classificação funcional, ou seja, a despesa pública consoante a função exercida pelo
Estado.

2. Tendo em conta os valores de despesa pública por função per capita em 2021 conclui-se que
o Estado português realiza um incorreta distribuição do rendimento, uma vez que, como a
própria Prof.ª Glória refere, esta distribuição de rendimento é manifesta desde logo pela
situação dos contribuintes com níveis de rendimento mais elevado, os quais, pagam taxas
de imposto mais elevadas, segundo um princípio da capacidade distributiva[?] e próprio
princípio da progressividade, no entanto, o valor pago em sede de imposto excede
largamente as vantagens que recebem do Estado que são de forma indiscriminadas
distribuídas e acessíveis a todos os cidadãos, portanto, acaba por não existir a "verdadeira
justiça distributiva".

3. Segundo o DL n.º 155/92 consagra o correspondente regime da administração financeira


do Estado, as despesas públicas devem ser autorizadas sendo que para tal é necessário a
observância de diversos requisitos legais, entre os quais, em primeiro lugar, a conformidade
legal, ou seja, a obediência ao princípio da legalidade, isto é, é exigível a existência priva de
uma lei que autorize aquela despesa, em segundo lugar é preciso que exista uma
regularidade financeira a qual depende da inscrição orçamental da despesa em causa e
correspondente cabimento e correta realização da despesa.

Há um terceiro requisito que não seria obrigatório nesta questão mas que são a obediência
aos critérios da económica, eficiência e eficácia, critérios estes que se traduzem na
finalidade de obter um máximo de rendimento com um mínimo de dispêndio
considerando a utilidade, a importância da despesa e o acréscimo da produtividade de que
disso resulte.

4. A realização das despesas encontra-se sujeita a uma fiscalização jurisdicional, competência


do TContas, fiscalização que por sua vez pode ser prévia, concomitante ou sucessiva.

Neste âmbito interessará perceber concretamente o que é a fiscalização concomitante. Nos


termos do art.º 49.º da LOPTC este tipo de fiscalização tem por finalidade controlar os
procedimentos e atos administrativos que envolvem despesas de pessoal e além disso os
contratos que não estão sujeitos a fiscalização prévia.

Analisando o próprio art.º 49.º da LOPTC retiramos a conclusão de que esta fiscalização
traduz-se na realização de auditorias, que tem por objeto a atividade financeira enquanto
está a ser exercida.

Enquanto que esta fiscalização será assegurada pela 1.ª secção no que toca aos
procedimentos de atos administrativos que impliquem despesas de pessoal e contratos que
não estão sujeitos a fiscalização prévia e será, por sua vez assegurada pela 2.ª secção no que
diz respeito ás demais auditorias.

No caso de se apurar uma ilegalidade no âmbito da fiscalização concomitante nos termo do


n.º 2 do art.º 49 a entidade competente para efetuar a despesa deve ser notificada para
remeter no ato ou no contrato para fiscalização prévia e não dar execução enquanto não
obtém o visto respetivo sob pena responsabilidade financeira.

Capítulo IV
As receitas

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As receitas

1. Aa

2. Tal como a professora menciona no manual de Direito Fiscal e no Manual de Finanças


Públicas dizem-se impos periódicos aqueles que cujo o fator gerador se repete no tempo,
apresentando assim um caráter de generalidade e de regularidade, ou seja, o facto
tributário[?] acaba por ser contínuo, não se esgotando num único momento, estende-se,
assim, no tempo.

Quanto a estes impostos um prazo de caducidade conta-se a partir da ocorrência do facto


tributário excecionando-se nas situações previstas na lei.

Já os impostos de obrigação única correspondem àqueles cujo facto gerador surge isolado
no tempo gerando sobre o contribuinte uma obrigação de pagamento com caráter avulso,
pode repetir-se, no entanto, tem esse mesmo caráter de pontualidade.

Em relação a estes o prazo de caducidade conta-se a partir do termo do ano no qual o


facto tributário se verifica.

O IRS ou IRC são exemplos de escola quanto a impostos periódicos visto que incidem
sobre o rendimento obtido pelos sujeitos passivos ao longo do ano, o facto tende por
natureza a repetir-se no tempo.

Já por sua vez o IVA e os impostos especiais do consumo constituem exemplos de


impostos de obrigação única uma vez que incidem sobre operações avulsas, que por regra
se produzem que se esgotam de um modo instantâneo sendo sempre incerta a sua
repetição.

São também exemplo de impostos de obrigação única, como já foi referido, o IMT e o
Imposto de selo.

Esta distinção acaba por ser bastante relevante no âmbito da exigibilidade fiscal.

3. Enquanto os impostos específicos incidem sobre grandezas físicas tais como a quantidade,
volume ou peso de determinadas mercadorias ou bens, as taxas ad valorem têm como
referente o valor do bem, do rendimento, do património, do consumo do sujeito passivo
ou do produto em si.

4. Desde logo será de mencionar que o pagamento constitui um elemento de técnica fiscal,
por sua vez, o pagamento do imposto pode ser coercivo quando não seja efetuado de
forma voluntária pelo contribuinte ou pagamento voluntário, além disso pode ser faseado
ou de forma antecipada os tais pagamento por conta que correspondem ao pagamento ao
longo do ano entregando uma quantia pecuniária do imposto devido regularmente ou em
prestações nos termos do art.º 42.º da LGT (Lei Geral Tributária), além disso pode ser a
pronto (numa única prestação).

Quando à questão de saber quem pode pagar um imposto, aí será o o própria contribuinte
ou um terceiro que pode assumir a qualidade de responsável tributário (v. art.º 22.º da
LGT) ou um substituto tributário (v. art.º 20.º da LGT).

O substituto tributário está relacionado com a figura dos trabalhadores dependes, p. e., o
trabalhador dependente que aufere um salário bruto será a entidade empregadora no final
do mês a fazer um adiantamento à AT de uma parte desse valor em nome do contribuinte,
sendo assim, o substituto tributário a entidade empregadora e o substituído (ou
contribuinte), o trabalhador, o dependente, ou seja, o substituto tributário acaba por ser um
terceiro que pega numa parcela do rendimento bruto recebido pelo trabalhador
entregando-a a favor da AT.

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entregando-a a favor da AT.

No caso de incumprimento serão aplicadas a regra da Lei Geral Tributária sendo que nas
situações de incumprimento por parte da administração tributária existe a consequência do
pagamento de juros indemnizatórios nos termos do art.º 43.º (indemnizatórios) da LGT e
no caso do incumprimento, por parte dos contribuintes aí já conduzirá ao pagamento de
juros compensatórios ou moratórios, nos termos dos arts.º 35.º (compensatórios) e 44.º
(moratórios) da LGT.

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