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AULA 02
GRACIANO ROCHA
DA DESPESA
Como princípio, a despesa pública deve ser aplicada numa finalidade pública.
Isso pode envolver tanto atendimento direto a necessidades de segmentos
da população quanto a necessidades de estruturas do próprio governo.
Crédito X recurso
Vale a pena distinguir essas palavras, que têm uma relação muito
próxima.
Por outro lado, tal qual ocorre com a receita, também existem as despesas
extraorçamentárias. Essas despesas representam a devolução de recursos
que estavam em poder do ente público, mas que não pertenciam
realmente ao erário, e que, portanto, não podem ser executados em favor
de ações governamentais.
• recolhimento de consignações/retenções;
(...)
SETOR PRIVADO
MOMENTO 1
REGISTRO DA IMPACTO
FATO GERADOR
DESPESA PATRIMONIAL
SETOR PÚBLICO
Por outro lado, no setor público, verifica-se total independência entre esses
fatos. O fato gerador pode ocorrer num momento anterior ou posterior ao
empenho e à liquidação. E uma despesa pode ter seu impacto patrimonial em
momento bem posterior a seu registro.
Essas observações são muito importantes para uma série de questões. Fique
atento!
Esse entendimento que estamos expondo foi repetido na questão 6, que, por
isso, está CERTA.
ESTÁGIOS DA DESPESA
Planejamento
Execução da despesa
O empenho foi conceituado pela lei como uma obrigação pendente para o
Estado. As pendências que transformarão o empenho numa despesa efetiva
serão resolvidas no próximo estágio, a liquidação.
(...)
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado "nota
de empenho" que indicará o nome do credor, a representação e a importância
da despesa bem como a dedução desta do saldo da dotação própria.
Empenho por estimativa. Por sua vez, os empenhos por estimativa são
empregados para processamento de despesas sem valor conhecido
previamente. Os exemplos mais comuns são de despesas recorrentes, de
prestação variável, como contas de telefone, água e luz. Nesses casos, o
empenho por estimativa é registrado e vai sendo executado aos poucos, para
cobrir as faturas que vão chegando.
Pelo fato de conter apenas uma estimativa de gasto, este último tipo de
empenho implica ajustes à sua execução. Se, ao final, para cobrir a
despesa, for necessário um montante maior que o saldo do empenho por
estimativa, será necessário reforçar o empenho; se, após a finalização da
despesa, restar um saldo do empenho por estimativa, procede-se à anulação
desse saldo.
A questão 11 está CERTA. O empenho ainda não reflete uma obrigação líquida
e certa, mas uma garantia de que existe autorização orçamentária para
realizar a despesa.
II - a nota de empenho;
DESPESAS CORRENTES
DESPESAS DE CAPITAL
Inversões Transferências de
Investimentos
Financeiras Capital
Amortização da
Obras Públicas Aquisição de Imóveis
Dívida Pública
Participação em
Constituição ou
Serviços em Regime
Aumento de Capital Auxílios para Obras
de Programação
de Empresas ou Públicas
Especial
Entidades Comerciais
ou Financeiras
Aquisição de Títulos
Auxílios para
Equipamentos e Representativos de
Equipamentos e
Instalações Capital de Empresa
Instalações
em Funcionamento
Participação em
Constituição ou
Aumento de Capital Concessão de
Outras Contribuições
de Empresas ou Empréstimos
Entidades Industriais
ou Agrícolas
Diversas Inversões
Financeiras
1. categoria econômica;
3. modalidade de aplicação;
4. elemento de despesa;
Vimos que os PET’s são, normalmente, grandes projetos, que, por sua
dimensão, não podem ser discriminados desde logo, no momento da
A questão 31 está ERRADA, pelo fato de despesas com pessoal serem sempre
classificadas no grupo Pessoal e Encargos, pertencente às despesas correntes.
Entretanto, para a União como um todo, não teria havido nem receita nem
despesa, pelo simples fato de não ter havido entrada ou saída de recursos do
Tesouro Nacional.
Transferências
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado
com base em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à
disposição dos interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência
prèviamente fixados.
Art. 21. A Lei de Orçamento não consignará auxílio para investimentos que se
devam incorporar ao patrimônio das emprêsas privadas de fins lucrativos.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Nesse sentido, o ponto de partida para o estudo dos créditos adicionais está na
Lei 4.320/64. Leia abaixo:
(...)
Créditos extraordinários
(...)
Destaquei a conjunção “como” para ressaltar que a CF/88 abriu esse leque.
Agora ele é exemplificativo, ou seja, cabe ao Poder Executivo, responsável
pela abertura dos créditos extraordinários, decidir quais situações são
comparáveis a guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Inclusive, tem havido críticas diversas ao Poder Executivo nos últimos anos,
justamente pela abertura de créditos extraordinários que não apresentam,
aparentemente, as características de urgência e imprevisibilidade necessárias.
Tanto utilizando a Lei 4.320/64 quanto a CF/88 como exemplo, fica claro:
créditos extraordinários devem atender exclusivamente a despesas
imprevisíveis e urgentes. A questão 52 está CERTA.
Se fizermos uma leitura atenta da Lei 4.320/64, veremos que ela ao tratar da
autorização/abertura dos créditos, fez uma separação bem nítida entre os
tipos. Compare o art. 42 acima com o seguinte:
NOVIDADE IMPORTANTE
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível.
Muito bem, então deixemos bem assentado que essa prorrogação só se aplica
aos créditos especiais e extraordinários.
Assim, como regra, os créditos adicionais (todos eles) devem ser executados
no exercício de sua autorização. Todavia, caso algum crédito especial ou
extraordinário seja autorizado mais para o fim do ano (de setembro para
frente), já está pré-autorizada, pela CF/88, a reabertura do eventual saldo
desse crédito no outro exercício.
Art. 43, § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não
comprometidos:
Além dessas fontes de recursos, devemos buscar outro normativo que trata do
tema, o Decreto-Lei 200/67:
Para fechar o entendimento sobre o superávit, vou adiantar agora outra fonte
de recursos para créditos adicionais: operações de crédito. Isso mesmo, o
governo pode pegar dinheiro emprestado para custear créditos adicionais.
Espero que minha explicação tenha ficado mais clara que a lei, rsrs.
Art. 43, § 3º – Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo,
o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação
prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Vale a pena assinalar aqui um detalhe. Assim como o superávit financeiro sofre
um ajuste para se chegar à real disponibilidade financeira em caixa, o excesso
de arrecadação também sofre uma dedução.
Tendo isso em vista, ARO’s não podem servir de fonte para créditos
adicionais. Para tanto, deverão ser contratadas operações normais de crédito.
Como vimos acima, pelo Decreto-Lei 200/67, temos aí mais uma fonte de
recursos para créditos adicionais. Entretanto, a Lei de Responsabilidade Fiscal,
que é mais recente, definiu, em seu art. 5º, que a forma de utilização da
reserva de contingência será estabelecida pela LDO.
Por outro lado, num momento mais à frente, a discordância pode se dar por
parte do Presidente da República, vetando dotações incluídas no projeto de
LOA mediante emendas parlamentares. A partir disso, a LOA seria promulgada
com dotações vetadas.
Caro aluno, agora devo destacar com ênfase um tipo de questão cobrado pelo
CESPE. Ele apresenta algumas possibilidades de fontes de recursos para
créditos adicionais e pede que calculemos o resultado da real disponibilidade.
Veja só:
• as “dotações que não serão utilizadas”, nesse tipo de questão, devem ser
contabilizadas como dotações a cancelar, em favor de créditos
adicionais; aqui, o valor é de R$ 380.000;
Questão ERRADA.
Caro aluno, como disse no início, para adiantar o processo, deixarei os itens
relativos a fundos especiais, controle da execução e contabilidade para o
próximo encontro.
GRACIANO ROCHA
RESUMO DA AULA
14. A categoria econômica da despesa indica o efeito que ela terá sobre a
economia. Assim, existem as categorias “despesa corrente” e “despesa de
capital”.
24. Auxílios são instituídos diretamente pela Lei Orçamentária, enquanto que
as contribuições são disciplinadas por lei especial anterior (passando a
figurar também na Lei Orçamentária).
QUESTÕES ADICIONAIS
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C C E E E C E E C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C E C E C C E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C E C E C C E E C C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E C C C C C C E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C E E C E E C C E E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C E C E E C E E E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E E E C E E C C C E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C E C E C E C E E E
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
C C E E E E C C C E
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
E C E E C C E E E C
E E C C C C