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AULA 3
CONTEXTUALIZANDO
A mão de obra, para ser considerada direta, deve ser mensurada de forma
que seja possível atribuir a cada produto o custo exato decorrente do trabalho
despendido na sua elaboração. Nesse sentido, a mão de obra direta tem relação
apenas com o pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração,
e ainda assim, deve haver uma forma de controle que possibilite a mensuração
do tempo despendido e a identificação do funcionário que executou o trabalho,
sem que haja a necessidade uma base de rateio para a apropriação (Bruni, 2010;
Martins, 2010).
Perceba que uma característica fundamental associada aos custos diretos
é a sua mensuração, ou seja, a quantificação de consumo desses insumos por
cada produto, de modo que seja possível alocar a quantidade exata consumida.
A mesma coisa acontece com a mão de obra: somente podemos dizer que ela é
direta quando é possível identificar o trabalhador que realizou o serviço e dizer
exatamente quanto do seu tempo de trabalho foi despendido na elaboração do
produto ou serviço, pois, conforme exposto por Martins (2010, p. 133), “se houver
qualquer tipo de alocação por meio de estimativas ou divisões proporcionais,
desaparece a característica de direta”.
Exemplo de mão de obra direta: A indústria de calçados Ox Leather
produz três tipos de produtos e mantém os operários locados em cada linha em
separado, não podendo eles realizar atividades fora do seu setor. Dagoberto é
funcionário da linha da linha do produto A e, por conta disso, o seu salário é
classificado como custo de mão de obra direta.
PRODUTO A
PRODUTO B
PRODUTO C
Você já deve ter reparado que a maioria das empresas oferece alguns
incentivos para seus funcionários, dos quais ela paga uma parte e o funcionário
outra parte, ficando o maior gasto por conta da entidade. Diante disso, além de
todos os custos que já mencionamos relacionados com mão de obra, temos que
levar em conta esses incentivos oferecidos pela empresa aos funcionários, os
quais, na maioria das vezes, são chamados de “benefícios”.
Sobre esse fato, S. A. Crepaldi e G. S. Crepaldi (2018, p. 100) descrevem
que “inúmeros outros gastos são arcados pela empresa como decorrência da
mão de obra que utiliza: vestuário, alimentação, transporte, assistência médica,
educação etc.”. Martins (2010) apresenta, além dos mencionados, os subsídios
ao custo de restaurante e a concessão de cestas básicas ou vale-refeição. O
autor classifica todos esses gastos como custos.
Mas a questão é: se todos esses gastos são classificados como custos
quando são benefícios fornecidos aos operários, como esses custos devem ser
classificados, visto que a MO pode ser separada em direta e indireta? A forma
de classificação deve ser muito bem analisada, pois, conforme já estudamos, a
apropriação dos custos aos produtos deve dar-se de forma justa, pois pode
impactar o seu preço de venda, e a empresa pode acabar por comprometer a
sua competitividade caso não tenha eficiência nos processos operacionais. De
acordo com Martins (2010, p. 142):
Esses gastos costumam ser agrupados aos custos indiretos para rateio à
produção (Megliorini, 2012, p. 47)
No entanto, se fizermos uma análise mais a fundo, podemos verificar que
os gastos decorrentes da mão de obra não se limitam aos benefícios oferecidos
aos funcionários. De um modo geral, a empresa tem gastos com os funcionários
desde a admissão até o desligamento deles, o que podemos chamar de ciclo de
mão de obra. Então, na entrada dos funcionários a empresa tem gastos médicos
com exames admissionais, programas de integração, treinamentos, entre outros.
Nesse sentido, Bruni (2006, p. 93) enuncia que:
NA PRÁTICA
a. V, V, V, V, V
b. V, F, V, F, V
c. F, F, V, V, V
d. V, F, V, V, F
e. V, F, F, F, V
FINALIZANDO