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SEU PRODUTO

ESTÁ DANDO
LUCRO OU
PREJUÍZO?
Entenda os conceitos do Custeio
de Produção para descobrir!
SUMÁRIO
Introdução 3
Pilares do Custeio por Absorção 5
Custeio de Produção na prática: De onde vem os valores? 8
Passo um: Afinal, por onde começar? 9
Passo dois: Entenda os critérios de rateio por produto. 10
Passo três: Entenda os custos. 11
Contabilidade de custos 13
Margem de Contribuição 15
Webinar Completo de Custeio de Produção 17
Ao falar sobre custeio de produção, estamos falando de
diversas metodologias diferentes que podem ser aplicadas para
calcular esse custo. Em resumo, são três métodos de cálculo
principais: custeio ABC, custeio variável e custeio por absorção
(ou custeio integral, como também é conhecido).

Cada um desses tem suas características específicas e, logo,


suas vantagens e desvantagens. Entretanto, neste material de
consulta, você irá se aprofundar um pouco mais no método
de cálculo de custeio de produção por absorção, pois essa é a
metodologia aceita para fins contábeis e fiscais de acordo com
o Art. 9.580/18 e o Art. 302 a 306.

Para entender como fazer com que este custeio traga


benefícios reais para sua empresa, é preciso diferenciar dois
termos muito comumente confundidos:

Custo: Representa todo o gasto que está ligado à


produção e será transformado em ativo.

Um exemplo de custo é o salário gasto com os operadores de


produção. A mão de obra destes será convertida diretamente em
produto acabado.

Despesa: É todo o gasto que não está ligado diretamente


à produção.

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O gasto do salário de uma equipe administrativa, por exemplo,
é considerado uma despesa, e não um custo, pois não há
como mensurar quanto gasto com esse tipo de serviço está
relacionado de forma direta com o produto fabricado.

De forma mais lúdica, imagine que um colaborador do setor


financeiro fosse mensurar quanto do seu salário precisa ser
dividido para representar um produto acabado. Não tem como
fazer esse cálculo, certo? Por isso, esse salário representa uma
despesa, e não entra como um custo efetivamente.

No caso da metodologia de custeio por absorção, é essencial


saber essas diferenças pois este método não utiliza as despesas
como base de cálculo.

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PILARES DO
CUSTEIO POR
ABSORÇÃO

Para calcular o custeio da produção a partir do método de


custeio integral, você precisa entender e se basear em alguns
pilares que fazem parte desta metodologia. Confira os principais
pontos:

Matéria-prima: Representa qualquer tipo de material


utilizado na produção.

Mão de obra: Representa os salários, benefícios, INSS,


FGTS e quaisquer outros gastos relacionados à operação
do chão de fábrica.

Gastos gerais: Além dos custos citados acima com


a mão de obra da fábrica, também é preciso levar em
consideração outros gastos secundários, mas que ainda
estão diretamente ligados à produção, como água,
luz, telefone, aluguel e os demais gastos relacionados
estritamente a parte da fábrica, e não da estrutura da
empresa como um todo.

Outros gastos: Caso haja depreciações de maquinários,


amortizações e outros possíveis imprevistos ligados ao
chão de fábrica, esses custos também serão considerados.

Reiterando, gastos com o setor administrativo, comercial


e semelhantes não entram no custeio. Mas afinal, se esses

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valores não estão sendo contabilizados, como garantir que o
preço do meu produto está de fato dando um retorno positivo
para a empresa?

A resposta para isso é a margem de contribuição, assunto que


iremos discutir nos próximos capítulos.

Outra dúvida frequente é quais os benefícios reais de investir


em um módulo de Custeio de Produção? Afinal, a implantação
de um módulo como este, além de ser trabalhosa, também
exige um esforço de longo prazo com diversas áreas envolvidas.

Na teoria, Custeio de Produção é um conjunto de métodos


de cálculos matemáticos simples, mas na prática, o grande
trabalho por trás disto é estruturar sua empresa e/ou equipe
de a ponto de assegurar um bom cálculo de custo.

Se você não tem um sistema que registre corretamente o preço


da matéria-prima utilizada, ou se você não faz os registros
de tempo de produção, por exemplo, o custo do seu produto
final será calculado equivocadamente, gerando prejuízos
organizacionais e financeiros para a sua empresa.

O cálculo do custo é o reflexo de tudo que está acontecendo


na sua empresa. Se você não está conseguindo fazer esse
cálculo dentro do seu sistema de gestão, algo está errado e
precisa ser corrigido.

Tendo esses pontos em vista, o resultado deste trabalho de


custeio é a visão estratégica e assertiva de quais vendas são
positivas ou negativas para a saúde econômica do seu negócio.

A partir do momento que você tem o custo de produto a


produto, e este valor está fazendo sentido, você tem uma visão
estratégica e o mais importante: lucro.

É muito comum extrair a DRE (Demonstração de Resultado por


Exercício) da empresa e ver que ela está gerando lucros. Mas
você sabe quais produtos, vendas e clientes estão positivando

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ou negativando a economia da empresa? Se você souber a
resposta para esses questionamentos, certamente saberá em
quais operações concentrar energia para melhorar os resultados
e trazer ainda mais lucratividade para o seu negócio.

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CUSTEIO DE
PRODUÇÃO NA
PRÁTICA: DE ONDE
VEM OS VALORES?

Matéria-prima: Materiais registrados em cada ordem


de fabricação via apontamento de produção ou via
baixa pela estrutura do produto, além de requisições
contra almoxarifado.

No Korp ERP, por exemplo, cada material registrado na ordem


de fabricação fica salvo em um histórico. Assim, o custo da
matéria-prima entra automaticamente no custo do produto
fabricado.

O principal ponto a se atentar neste caso, é se o custo da


sua matéria-prima está de fato confiável. As entradas de Notas
Fiscais estão corretas? A unidade de medida foi convertida?
Esse é o momento de checar esses detalhes essenciais para
que o custeio seja fiel a realidade da sua empresa.

Mão de obra, gastos gerais de fabricação e outros:


São fatos/lançamentos contábeis que registram os
acontecimentos e garantem um cálculo de custo
real, integrado com a contabilidade da empresa.
Isso significa que, como o nome já fiz, para fazer o

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custeio integral corretamente, é preciso que tudo
esteja de fato integrado. Por isso, um contador
que contabilize todos esses custos é algo de suma
importância.

Por exemplo, se o contador lançou R$50.000 de


folha de pagamento de produção, o valor será
integralmente rateado ou absorvido pelos produtos
de fabricação.

Por isso o nome da metodologia é custeio por absorção ou


custeio integral, pois está integralmente conectado com a
contabilidade e os custos contábeis lançados são absorvidos
pelos produtos.

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PASSO UM:
AFINAL, POR ONDE COMEÇAR?

Comece pelo pré-rateio. Realize a divisão por centros


de custos (que podem representar setores, máquinas,
células produtivas, etc).

Um exemplo disso seria realizar a divisão de toda a


folha de pagamento da produção em setores. Imagine
que sua folha de pagamento mensal é de R$50.000,
quantos por cento disso é referente ao setor de pintura,
e ao de fundição? Os produtos que passarem pelo
setor de pintura, por exemplo, irão absorver apenas os
custos daquele setor.

Assim, você consegue fazer uma melhor separação e


chegar cada vez mais próximo da assertividade na hora
do custeio.

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PASSO DOIS:
ENTENDA OS CRITÉRIOS DE RATEIO POR
PRODUTO.
Os critérios do custeio de produção são, na verdade,
bastante simples. Mas se você não entende essa
matemática básica, a conta não fecha. Veja o exemplo
a seguir:

Imagine que o setor de pintura da sua empresa teve um


gasto de R$30.000, contando com folha de pagamento,
energia, água, etc.

Durante um mês, foram produzidas apenas duas


ordens de fabricação, que chamaremos de “Produto
X” e “Produto Y”.

Para produção do Produto X, 400 horas de trabalho


foram necessárias, e para o Produto Y, 600 horas,
totalizando assim 1.000 horas de operação do setor de
pintura.

Sendo assim, o Produto X utilizou 40% do total de


horas, por isso absorverá 40% do gasto do setor, que
representa o valor de R$12.000.

Já o Produto Y, que utilizou 60% das horas, precisa


absorver o equivalente a isso. Ou seja, 60% do valor
gasto, que representa R$18.000.

Neste caso, o tempo é o principal critério de rateio pois


não faria sentido utilizar as quantidades produzidas
como critério, por exemplo, já que as empresas
produzem diversos produtos diferentes, cada um com
as suas especificações. Isso só teria sentido se todos
os produtos fossem homogêneos em estrutura, peso,
esforço, etc.

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O tempo é a unidade de medida comum que você
terá em todos os produtos, por isso é o critério mais
recomendado e próximo da realidade.

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PASSO TRÊS:
ENTENDA OS CUSTOS.

Para calcular o custo unitário do seu produto,


basta somar o custo absorvido que você calculou
anteriormente e o custo da matéria-prima. Feito isso,
é só dividir pela quantidade produzida.

Custo absorvido + custo da matéria prima / quantidade


produzida = preço unitário

Exemplo de uma ODF de 100 unidades do Produto X:


R$10.000 de matéria-prima
(valor originado dos materiais apontados)
R$12.000 de custo absorvido
(originou-se da contabilidade)
R$22.000 de custo total

Dividido pelas 100 unidades produzidas:


R$220,00/un.

Uma vez que o seu Korp ERP esteja configurado e


parametrizado corretamente, todas essas informações
são disponibilizadas automaticamente.

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CONTABILIDADE
DE CUSTOS

Atualmente, o sistema Korp conta com um processo de


contabilidade custos automática, ou seja, o próprio custeio
de produção faz essa contabilidade por você. Conheça as
vantagens e desvantagens disso:

VANTAGENS:
Evita trabalhos manuais de contabilização;
Garante que o custo contabilizado é exatamente
o custo analisado produto a produto;
Distribui melhor o custo conforme as vendas. Se
vender menos, haverá menos custo. Se vender
mais, haverá mais custos.

DESVANTAGENS:
Para o lucro real, se a empresa comprou muito
em um período e não vendeu, o custo pode
ficar menor e, consequentemente, aumentar o
Imposto de Renda, já que o custo é proporcional
ao valor vendido.

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Veja alguns exemplos na prática:

CONTABILIZAÇÃO MANUAL:
CPV (Custo do Produto Vendido)= saldo inicial
(R$1.000) + compras (R$500) - saldo final (R$0,00)
= CPV de R$1.500
Toda diferença vira custo.

CONTABILIZAÇÃO AUTOMÁTICA:
Custos de MP (matéria-prima), mão de obra e
outros são enviados para o ativo.
Aqui, todo gasto produtivo é transferido primeiro
para o ativo, e depois, conforme as notas fiscais
de vendas forem entrando, aí sim isso é tirado
do ativo. Dessa forma, o custo sempre será
proporcional às vendas da empresa, ao contrário
da metodologia manual.

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MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO

ENTENDENDO A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E COMO


ESSE INDICADOR PODE AJUDAR A EMPRESA:
Margem de contribuição representa o valor que sobra da receita
total gerada pelas vendas dos produtos, menos os custos e
as despesas variáveis, seu cálculo é extremamente simples:
Margem de Contribuição em R$ = Valor de Venda - Custo do
Produto Vendido - Despesas variáveis em relação a venda (ICMS,
PIS, COFINS, ISS, Comissão, Frete s/ venda, etc.). Ou seja, pega-
se o valor total da venda e subtraí todos os custos e despesas
que incidiram sobre a própria venda. Margem de Contribuição % =
Margem em R$ / Valor da Venda.

Esse valor que sobra é destinado ao pagamento das contas fixas do


negócio e também contribui para o lucro da empresa.

Neste exemplo, despesas fixas representam 7% do faturamento,


ou seja, qualquer venda que após pagar todas as despesas variáveis
sobre menos que 7% em relação ao valor faturado, não é uma venda
interessante para empresa, pois ela não ajudará a cobrir os custos
fixos e muito menos irá contribuir para o lucro do negócio.

Agora, qualquer venda acima de 7% sobre o valor faturado, passa


a ser uma venda interessante para a saúde econômica da empresa,
pois além de cobrir as despesas fixas e variáveis, ainda sobrará uma
margem de lucro.

Vale lembrar que ainda incidirá o Imposto de Renda sobre o valor

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que entrará como lucro.

Dentro do Korp ERP você tem a possibilidade de extrair um relatório


completo sobre os custos das vendas. Nele, você tem todos os
dados referente as vendas da sua empresa, agrupando em um só
lugar informações como valores de impostos, comissões, CFOPs,
fretes, margem e custo médio, por exemplo, além de também ter
acesso a planilhas com resumos de todas essas informações por
produto, por cliente, por estado ou resumos gerais de todas as
informações disponíveis.

Uma vez que as planilhas dinâmicas já sejam extraídas prontas


no sistema Korp, milhares de possibilidades de filtros poderão
ser aplicados para extrair os insights necessários para ter uma
visão completa e analítica dos dados reais de custo da empresa,
visualizando quais produtos, clientes, estados e operações
estão de fato dando um retorno melhor, ou estão trazendo
prejuízos para a empresa. Desta forma, você consegue basear
a tomada de decisão do seu negócio em dados concretos,
garantindo a assertividade dessas escolhas.

No final das contas, Custeio de Produção é uma tática essencial


para empresas que querem entender de fato o funcionamento
da sua empresa, visualizando quais os produtos, serviços,
operações e/ou clientes realmente trazem retorno e quais
estão resultando em prejuízos.

E mais do que isso, fazer um bom custeio da sua produção


é o que permite extrair dados fidedignos que possibilitem
uma estratégia de análise analítica, resolvendo possíveis furos
com produtos sem margem de lucro, mas principalmente,
concentrando forças enxergar os produtos com potencial para
aumentar esse lucro ainda mais.

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prática como peça essencial do custeio de produção
da sua empresa? Assista ao Webinar completo com
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sistema Korp!

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