Você está na página 1de 24

Qual a importância e como fazer a apuração de resultados da empresa

É uma prática obrigatória no ramo contábil, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), é


essencial para a gestão financeira dos negócios, pois ela mostrará se todas as ações aplicadas no
empreendimento estão gerando os números esperados.

Apuração de resultados significa mensurar se a empresa está obtendo lucro ou prejuízo no final
do período especificado. Com isso, ela se torna imprescindível na gestão econômica financeira
dos negócios, pois os indicadores dessa demonstração serão o embasamento para as estratégias
futuras, assim mantendo ou recuperando a saúde financeira do empreendimento.

Como realizar a apuração de resultados?

Basicamente, para montar o relatório da apuração é preciso utilizar as contas de receitas, custos e
despesas, também conhecidas como contas de resultados. Contabilmente, a apuração do
resultado é apresentada anualmente com os demais demonstrativos contábeis obrigatórios para a
maioria das empresas. Neles, são apresentados os números contábeis do exercício.

Entretanto, para fins gerenciais, é essencial que o gestor estipule qual período pretende analisar.
Uma vez que cada empreendimento apresenta suas particularidades, esse relatório deve ser
voltado para as necessidades de cada empresa.

A partir do período estipulado, são elencadas todas as contas de receitas que estão diretamente
ligadas às vendas e à prestação de serviços. Depois, são mensuradas as contas que envolvem os
custos e as despesas.

Em situações em que o saldo seja positivo, isso significa que a empresa trabalha com o lucro.
Quando os custos e despesas são maiores que a soma das entradas do período, isso demonstra
que o empreendimento trabalha com saldo negativo. Assim, caso a empresa não tenha uma boa
estrutura financeira, em longo tempo o negócio pode começar a sofrer com a falta de capital de
giro, obrigando aos gestores a recorrerem a empréstimos e financiamentos.

Qual a importância da apuração de resul


importância da apuração de resultados: seu negócio é lucrativo?

Ao calcular a diferença entre as vendas totais e os custos e despesas de um período, pode-se


avaliar se o negócio está dando lucro ou prejuízo.

Custeio ABC: entenda como funciona o custeio baseado em atividades

O controle de custos é vital tanto na gestão financeira da vida pessoal como do ambiente
empresarial. Existem metodologias para custeio utilizadas para o cálculo de quanto se gasta com
cada produto, de olho na lucratividade da organização. Um desses métodos é o Custeio ABC.

Custeio ABC é uma abreviação de Activity Based Costing, em português “Custeio Baseado em
Atividades”, e faz parte das atividades contábeis de uma empresa.

Custeio ABC

O Custeio ABC é uma metodologia de rastreamento de custos das atividades realizadas por uma
empresa e de verificação sobre como essas atividades estão relacionadas para a geração de
receitas e o consumo de recursos. Sua principal função é amenizar as distorções provocadas pelo
uso do rateio arbitrário. (Reis, 2019)

Ele consiste em observar separadamente as várias atividades de uma empresa, para identificar
individualmente os custos envolvidos em cada processo. Assim, no método de Custeio ABC são
identificados os custos mais altos envolvidos em cada ação ou medida que a empresa toma. A
partir disso, as informações obtidas permite que seja feito um aprimoramento onde existem
ineficiências.

Objetivos do Custeio ABC

Devido a sua análise individual, o Custeio Baseado em Atividades possibilita:

Rateamento e divisão dos custos;

Descobrir os produtos que envolvem os maiores custos de produção;


Considerar não apenas serviços e produtos como consumidores de recursos, mas atividades que
levam à obtenção do produto ou serviço final.

Como apurar o custo no Custeio ABC

O sistema do Custeio ABC identifica custos indiretos, levando em conta todas as atividades,
porém considerando cada uma delas de forma específica.

Assim, o sistema de Custeio ABC ordena as atividades que “sugam” mais recursos da empresa.
Essa ordenação não ocorre em outros sistemas de custeio.

Tal ordenamento é realizado ao avaliar os custos de cada atividade, levando em conta:

Produto;

Linha de produção;

Serviços;

Outros aspectos que se mostrem apropriados.

Custos de recursos e custos de atividades

Para entender a aplicação do Custeio ABC, é necessário saber que o sistema considera dois
grupos de custos:

os custos de recursos: essa etapa, a análise se dá no sentido de verificar o consumo de recursos.


Essa verificação de custos se baseia em um direcionamento. Tal direcionamento determina o
aspecto que se deseja averiguar. Por exemplo: o gasto com eletricidade em determinada etapa
produtiva; e

os custos de atividades: Averígua o quanto é consumido por serviços ou produtos nas


atividades, até o fim do processo de produção. É baseado nos custos dos recursos, mas, aqui, o
foco é o quanto as atividades consomem. Por exemplo: quanto se gastou para contratar
funcionários, em cada setor, a fim de criar determinado produto.

Custeio Baseado em Atividades


O Custeio Baseado em Atividades parte do princípio que os custos de uma empresa são gerados
pelas atividades desempenhadas nela e que essas atividades são consumidas por produtos e
serviços gerados nesta mesma empresa. Essa metodologia permite mensurar com mais exatidão
as despesas e os custos indiretos — aqueles que não estão diretamente ligados à produção —, por
meio da análise das atividades, dos seus geradores de custos e dos utilizadores (Fagunde, 2019).

eles são usados para a gestão e o controle interno da empresa, o famoso “gerencial”, auxiliando
no gerenciamento orçamentário e na prestação de contas da empresa..

direcionadores de custos

O direcionador de custos, no popular da controladoria chamados de “driver de custeio”, pode ser


definido como uma transação que determina a quantidade de trabalho aplicada em uma atividade
para saber o seu custo, assim como a quantidade de atividade usada para a produção de um
produto ou a entrega de um serviço .

Classificaçao

É classificado em duas categorias:

 Direcionador de custos de recursos: rastrea e identifica o quanto cada atividade consome


de recursos, para isso, este direcionador deve estabelecer uma ligação direta entre o recurso
utilizado e a atividade executada.

 Direcionador de custos de atividades: é o mecanismo utilizado para rastrear e indicar as


atividades necessárias para a fabricação de um produto ou a execução de um serviço.

Factores

Na hora de escolher um direcionador, deve ter em consideração os seguintes fatores:

 A facilidade ou a dificuldade em coletar e processar os dados relativos aos direcionadores


de custos;
 O grau de correlação com o consumo dos recursos, que deve ser próximo de 1. No caso
da nossa fábrica de roupas, por exemplo, o número de pedidos atendidos (direcionador)
deve ser proporcional ao montante de recursos consumidos para atendê-los;
 A ocorrência de eventuais variações provocadas por efeitos comportamentais. Este tipo
de ocorrência apresenta um alto grau de risco na escolha de um direcionador. Por
exemplo, se os custos da fábrica estão apropriados à área de vendas com base no número
de clientes atendidos (direcionador), pode ocorrer de os vendedores atenderem,
preferencialmente, os grandes clientes. E isso pode distorcer a alocação dos custos
indiretos nesta atividade.

Implementação o custeio

Antes de qualquer coisa, é preciso definir em qual área, departamento ou processo será
feita a aplicação da metodologia. Depois, é só seguir os passos abaixo:

Para implementação do método ABC é necessário ter em conta alguns passos a seguir:

 Definir as atividades que compõem o processo a ser analisado.

 Definir os custos dos recursos usados no processo.


 Definir os direcionadores de custo para o primeiro estágio da metodologia (recursos
rateados entre as atividades executadas).
 Definir os direcionadores para o segundo estágio da metodologia (custos das atividades
alocados aos produtos ou serviços).
 Determinar o custo do processo para cada produto ou serviço.

Exemplo prático de custeio baseado em atividades

Numa fábrica de roupas são produzidas camisetas e camisas e são desenvolvidas, entre tantas
outras, as atividades de comprar materiais, cortar e costurar. Aplicando o método de custeio
ABC a esta produção, é possível identificar o valor de quanto o produto camiseta usa da
atividade de comprar materiais, por exemplo.

No quadro abaixo, temos os produtos, a produção mensal, o valor unitário e o total das vendas
(considerando que tudo o que foi produzido foi vendido):
Produção
Produto Preço unitárioTotal da vendas
mensal

Camisetas 10.000 8,00 80.000,00

Camisas 5.000 12,00 60.000,00

Depois dos valores verificados no quadro acima, precisamos encontrar os custos diretos por
unidade de produto, que são facilmente identificáveis. Na nossa fábrica de roupas, temos:

Custos diretos por unidade

Camisetas Camisas

Tecido 2,00 2,00

Mão de obra direta 0,50 0,80

Total por unidade 2,50 2,80

Custos indiretos e as despesas:

Custos indiretos + despesas

Aluguel 15.000,00

Material de consumo 10.000,00

Despesas com vendas 8.000,00

Total 33.000,00

Com todos esses números em mãos, vamos aplicar a metodologia seguindo quatro passos:

1º - Identificaçao das atividades relevantes de cada departamento:

Departamentos Atividades

Compras Comprar os materiais


Corte e costura Cortar e costurar

2º - Atribuiçao dos custos às atividades:

Departamento
Atividades Custos diretos
s

15.00 ,00
Compras Comprar os materiais
5.000

18.00 , 00
Corte e costura Cortar e costurar
20.000

33.00 , 00
Total
25.000

3º - Levantamento dos direcionadores das actividades e o levantamento da quantidade de


direcionadores para cada produto:

Departamento
Actividades Direcionadores de atividades
s

Compras Comprar os materiais Número de pedidos

Corte e costura Cortar e costurar Tempo de corte e costura

Direcionadores de
Camisetas Camisas Total
atividades

Número de pedidos 100 unidades 150 unidades 250

Tempo de corte e costura 1.500 horas 2.000 horas 3.500 horas


Diante dessas definições, devemos saber qual é o custo de cada atividade conforme seus
direcionadores:

Comprar os materiais

15.00 ,00
Custo total
5.000 ,00

Direcionador: Número de pedidos

Camisetas Camisas Total

Número de pedidos 100 150 250

Proporção 40 % 60 % 100 %

(
nº de pedidos
total de pedido
) x 100 ( 100
250 )
x 100 ( 150
250 )
x 100 ( 252500 ) ×100
Custo de comprar os 40 % x 15.000 6.000 60 % x 15.000 9.000 15.000 ,00
= =
materiais 5.000 2.000 5.000 3.000 5.000

Cortar e costurar

18.000 ,00
Custo total
20.000

Direcionador: Tempo de corte e costura

Camisetas Camisas Total

Tempo de corte e costura 1.500 horas 2.000 horas 3.500 horas

Proporção
nº de pedidos 42,85% 57,15% 100%
( )
total de pedidos

Custo de cortar e costurar 42 , 85 % x 18.000 57 ,15 x 18.000 10.287 18.000


=
20.000 20.000 11.430 20.000
7.713
¿
8.570

4º - Demonstração dos resultados

Camisetas Camisas Total

Receita de vendas 80.000,00 60.000,00 140.000,00

(-) Tecido −¿20.000,00 −¿10.000,00 −¿ 30.000,00

(-) Mão de obra direta −¿ 5.000,00 −¿ 4.000,00 −¿ 9.000,00

Custos diretos - subtotal −¿ 25.000,00 −¿14.000,00 −¿ 39.000,00

(-) Comprar os materiais −¿ 6.000,00/2.000 −¿ 9.000,00/3.000 −¿15.000,00/5.000

−¿18.000,00/20.00
(-) Cortar e costurar −¿7.713,00/8.570 −¿10.287,00/11.430
0

−¿33.000,00/25.00
Custos indiretos - subtotal −¿13.713,00/10.570 −¿19.287,00/14.430
0

(=) Resultado antes do −¿68.000,00/76.00


−¿41.287,00/44.430 −¿35.713,00/31.570
Imposto de Renda 0

Vantagens da aplicação do custeio ABC

Por ser uma metodologia que envolve processos, pessoas e tecnologias, o custeio baseado em
atividades apresenta vantagens significativas para a gestão de uma empresa, que sao

 Ter informações gerenciais mais fiéis por meio da redução do rateio arbitrário;

 Adequar-se com mais facilidade às empresas de serviços, cuja definição de custos, gastos e
despesas é mais difícil;

 Atender aos Princípios Fundamentais de Contabilidade (similar ao custeio por absorção);


 Responsabiliza os gestores a implantar, manter e revisar os controles internos;

 Proporcionar uma melhor visualização dos fluxos dos processos;

 Identificar, de forma mais transparente, quais produtos ou serviços em estudo estão


consumindo mais recursos;

 Apontar o custo de cada atividade em relação aos custos totais do negócio;

 Ser usado em empresas de diversos segmentos e portes, como indústrias, estabelecimentos


comerciais e prestadoras de serviços;

 Utilizar a metodologia como um sistema paralelo ao sistema de contabilidade financeira;

 Fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reposição;

 Possibilitar a eliminação ou a redução das atividades que não agregam valor ao produto.

Custeio ABC - Custeio baseado em atividades

O que é o Custeio ABC?

O Custeio Baseado em Atividades é um método de apuramento de custos na contabilidade,


que proporciona uma análise separada pelas diferentes atividades da empresa.

Este método de custeio também é chamado de Custeio ABC, em inglês ActivityBasedCosting, e


oferece aos utilizadores da informação contábil uma avaliação de desempenho por cada etapa
que se queira analisar.

A proposta deste método está em evidenciar os custos mais elevados em cada atividade para que
possa ser feita uma intervenção de melhoria nestas etapas.
Conceito do método de custeio ABC

Esta metodologia de apuramento de custos começou a se desenvolver, principalmente, após o


aparecimento dos processos industriais automatizados. Com isso, houve um aumento dos custos
indiretos, como por exemplo os de energia elétrica.

Sendo assim, o rateio de custos por este método proporciona identificar, entre uma quantidade
diversificada de produtos, aqueles que absorvem mais custos na produção.

A ideia central deste método é em considerar que não são os produtos e serviços que consomem
os recursos, mas sim, que os recursos são consumidos pelas atividades, nas quais resultam o
produto final.

O objetivo deste sistema de custeio, para os gerentes e administradores, é o de melhorar a


competitividade da empresa reduzindo os preços dos produtos após uma redução de custos.

Como é apurado o custo pelo método ABC

A principal característica deste método está na identificação dos custos indiretos, que apenas são
indicados pelo conjunto agregado das atividades, mas desta vez, atribuídos separadamente para
cada atividade.

Além disso, é preciso existir uma ordenação daquelas atividades que consomem a maior parte
dos recursos, o que não aparece em outros métodos de custeios e que exige um maior cuidado ao
fazer.

Esta ordenação é definida levando em consideração as atividades que se quer analisar os custos
separadamente, sendo por produto, por linha de produção, serviços ou outra que seja necessária.

Direcionamento dos custos de recursos

O ABC considera as atividades como os principais utilizadores dos recursos, por isso, o primeiro
passo está em analisar como elas consomem os recursos utilizados, a partir de um "direcionador"
destes custos.
Com este direcionamento deve ser determinado o fator que se queira analisar, como por
exemplo: considerando uma certa etapa de produção, o quanto de energia elétrica é consumida
naquela atividade.

Direcionamento dos custos de atividades

O segundo passo é a identificação do quanto os produtos ou serviços consomem das atividades,


para que se obtenha o resultado final.

Este direcionamento surge a partir da etapa anterior, considerando agora os fatores que levam ao
consumo da atividade, como por exemplo: para produzir um certo produto, o quanto foi gasto
com trabalhadores por setor.

As duas etapas de direcionamento de custos seguem o esquema a seguir para cada uma das
atividades analisadas:
Exemplo de utilização deste método

Cada recurso utilizado direciona-se para uma ou mais atividades, como por exemplo o uso de
uma empilhadeira para guarda de materiais em estoque, mas também para embarque na saída de
mercadorias em expedição.

As duas atividades citadas, ainda podem possuir outros recursos em comum, como mão-de-obra
e pessoal administrativo que levam acabam por definir o produto ou serviço pronto para venda.
Neste caso é possível analisar o custo de cada produto como objeto de custo.

Vantagens e desvantagens do Custeio ABC

Como vantagens deste sistema de rastreamento de custos podemos considerar:

 Melhor qualidade nas informações dos custos de produção ou serviços;

 Pode ser usado como um sistema de contabilidade de gestão;

 Menor necessidade de rateios arbitrários;

 Identifica quais produtos ou serviços consomem mais recursos e seus consequentes gastos;

 Identifica o custo de cada atividade pelos custos totais.

Este sistema de custeio também apresenta suas limitações quando se decide implementar, das
quais podemos listar:

 É um método custeio complexo e que leva tempo para sua apuração total;

 É preciso formular os próprios padrões de análise, o que necessita muita dedicação por parte
da equipe;

 As informações buscadas podem não estar totalmente fidedignas;

 Possui necessidade de revisão constante.


Custeio ABC – Custeio baseado em atividades

O sistema de custeio ABC permite melhor visualização dos custos através da análise das
atividades executadas dentro da empresa e suas respectivas relações com os objetos de custos.
Nele, os custos tornam-se visíveis e passam a ser alvos de programas para sua redução e de
aperfeiçoamento de processos, auxiliando, assim, as organizações a tornarem-se mais lucrativas e
eficientes.

Com seu poder de assinalar as causas que levam ao surgimento dos custos, o ABC permite aos
gerentes uma atuação mais seletiva e eficaz sobre o comportamento dos custos da organização.

O ABC determina que atividades consomem os recursos da empresa, agregando-as em centros de


custos por atividades. Em seguida, e para cada um desses centros de atividades, atribui custos aos
produtos baseado em seu consumo de recursos. Com isso, é possível se determinar quais são os
produtos subcusteados e quais são os supercusteados, possibilitando uma melhoria nas decisões
gerenciais. O ABC permite ainda que se tome ações para o melhoramento contínuo das tarefas de
redução dos custos, como a melhora dos serviços, avaliação das iniciativas de qualidade, corte de
desperdícios, aprimoramento dos processos de negócio da empresa, entre outros

No sistema de custeio ABC a atribuição dos custos indiretos são feitos em dois estágios. No
primeiro estágio, denominado de “custeio das atividades”, os custos são direcionados as
atividades. No segundo estágio, denominado de “custeio dos objetos”, os custos das atividades
são atribuídos aos produtos, serviços e clientes.

Assim como os demais sistemas de custeio, ele também tem suas restrições, e entre elas a de não
ser aceito pelo fisco.

Pelas suas próprias características, o ABC tem como fortes candidatas a sua implantação as
organizações que utilizam grande quantidade de custos indiretos no seu processo produtivo e que
tenham significativa diversificação em produtos, processos de produção e clientes.

Embora suficientemente simples, o sistema de custeio ABC, tem contribuído para melhorar
sensivelmente a tradicional metodologia de análise de custos. Seu objetivo é rastrear as
atividades mais relevantes, para que se identifiquem as mais diversas rotas de consumo do
recursos da empresa. Por meio dessa análise de atividades, busca-se planejar e realizar o uso
eficiente e eficaz dos recursos da empresa. A atribuição de custos as atividades é feita de uma
forma criteriosa de acordo as seguintes prioridades:

1) alocação direta: isto se faz quando há uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens
de custos com certas atividades;

2) rastreamento: é uma alocação com base na identificação da relação, causa, efeito, entre a
ocorrência da atividade e a geração de custos. Essa relação é expressa através de direcionadores
de custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos e recursos;

3) rateio: o rateio é realizado quando não há a possibilidade de utilizar nem a alocação direta,
nem o rastreamento.

A medida que as empresas utilizam tecnologia de produção mais avançadas os custos indiretos
de fabricação aumentam e o valor da mão-de-obra direta diminui. Assim a distribuição dos
custos indiretos proporcionalmente a mão-de-obra direta conduz a um custeio incorreto dos
produtos. Nesse intenso movimento de mudanças o processo de gestão empresarial passa por
novos desafios e os gestores, necessariamente, passam a trabalhar com novos modelos de decisão
e esses novos modelos de decisão demandam novas informações. Não podemos esquecer que a
informação é a matéria-prima do processo de tomada de decisões.

Para melhor entendimento apresentamos as vantagens e desvantagens da aplicação do método de


custeio ABC.

Como vantagenspodemosressaltar:

 informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio;

 adequa-se mais facilmente as empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que


seja custos, gastos e despesas nessas entidades;

 menor necessidade de rateios arbitrários;

 atende aos Princípios Fundamentais de Contabilidade;


 obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos;

 proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos;

 identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais
recursos;

 identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais da entidade;

 pode ser empregado em diversos tipos de empresas;

 pode, ou não, ser um sistema paralelo ao sistema de contabilidade;

 pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de


reposição;

 possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto.

Por outro lado, pode-se enumerar como desvantagens:

 gastoselevadosparaimplantação;

 alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados;

 necessidade de revisãoconstante;

 leva em consideração muitos dados;

 informações de difícilextração;

 dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa;

 necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação;

 dificuldade na integração das informações entre departamentos;

 falta de pessoal competente, qualificado e experiente para implantação e


acompanhamento;
 necessidade de formulação de procedimentos padrões;

 não é aceito pelo fisco;

 maior preocupação em gerar informações estratégicas do que em usa-las.

O sistema de custeio ABC apresenta diversas vantagens que devem ser cuidadosamente
analisadas pelas empresas, com o sentido de serem tirados proveitos de suas informações,
colocando a entidade em uma posição privilegiada. Contudo a necessidade imposta pelo
mercado, os custos de implantação e acompanhamento, o recurso humano necessário, os
produtos envolvidos, as necessidades dos gestores, etc, devem ser analisados para que se
dimensionem as vantagens e desvantagens para cada instituição.

Não se pretendeu ser finalista nos estudos sobre vantagens e desvantagens do ABC, visto que em
cada entidade poder-se-ão numerar outros pontos. O que deve ocorrer é manter-se sempre pronto
para as mudanças mercadológicas e estar sempre preparados para reorganizar o sistema de
custeio ABC de maneira harmônica com cada momento da economia.

CONCLUSÃO

Ficou muito mais claro a ideia de Custo por Absorção e Custo Baseado na Atividade. Suas ideias
básicas nos mostraram a eficiência de seus conceitos.

A ideia de que os custos são essenciais para a empresa é um fator determinante. Hoje em dia,
todas as decisões empresariais devem ser tomadas com base nas informações fornecidas pelo
custo. Nenhuma informação deve ser desprezada.

Ao analisar o sistema ABC, fica difícil exemplificar com dados numéricos a sua contabilização,
isso pois, como já dissemos, é preciso ter um conhecimento único da empresa e de todo o seu
sistema de informação e produção.

BIBLIOGRAFIA

Contabilidade de Custos – Elizeu Martins Apostila de Custos II – JunioKitahara

Custos .Cálculos, Sistemas e Análises – José Geraldo Lima


Contabilidade Empresarial – José Carlos Marion

Autoria: Silvio Fim Netto

Orçamento flexível: o que é e quais as vantagens?

O orçamento flexível é uma metodologia de gestão orçamentária que tem como principal
característica a flexibilidade, porque não estabelece valores fixos de vendas e produção,
conheça as suas vantagens e as suas desvantagens.

Não existe um modelo padrão para a gestão orçamentária e financeira que possa ser
utilizado para todas as empresas, isso acontece porque existem várias metodologias e
ferramentas de gestão orçamentaria, vários tipos de orçamentos empresariais e várias
formas de fazer o planejamento orçamentário e financeiro, diante desse cenário cada
empresa precisa definir como será o seu modelo, buscando alternativas para atender as suas
necessidades da melhor forma possível.

Normalmente a definição da metodologia de gestão orçamentária e financeira é um processo


contínuo de aprendizagem, porque conforme ela vai “amadurecendo” na empresa, são
realizados os ajustes necessários para melhorar o orçamento empresarial.

Isso é necessário porque cada empresa tem a sua cultura, tem a sua metodologia de gestão
empresarial, tem a sua curva de aprendizado e amadurecimento, além de todo o contexto
mercadológico que está inserida.

Nesse artigo vamos descrever sobre o que é o orçamento flexível, com as suas vantagens e
desvantagens sobre os demais tipos de orçamentos empresariais.

O que é o orçamento flexível?

O orçamento flexível é um conjunto de orçamentos que são ajustáveis a qualquer nível de


atividade (vendas e produção), porém tem algumas empresas que utilizam essa metodologia
que estabelecem um nível mínimo e um nível máximo de atividade que o orçamento pode
variar, tendo vários fatores envolvidos nessa análise, como capacidade máxima de produção,
capacidade de vendas, necessidade mínima de faturamento para cobrir o ponto de equilíbrio,
entre outros.

É utilizado para controlar o custo por produto, fazendo o calculo da capacidade de produção
de cada produto, também calculando a capacidade de cada recurso (funcionário, máquinas e
computador), conseguindo fazer um controle amplo dos seus recursos, fazendo os ajustes a
qualquer tempo conforme for necessário.

Com essa flexibilidade não é estabelecido uma meta fixa de faturamento ou de quantidade de
produção por produto. Os comparativos dos valores orçados com os realizados serão baseados
nas quantidades realizadas em cada período, normalmente mensal.

A base de elaboração do orçamento flexível é a distinção entre os custos variáveis e as


despesas fixas, sendo tratados de formas distintas.

Exemplos do orçamento flexível

Os custos variáveis como o nome já diz, são variáveis de acordo com a variação do
faturamento, vamos a um exemplo: o custo de matéria-prima para produzir cada item é 30,00,
então se produzir 50.000 unidades, o custo variável total será de 1.500.000,00 (30,00 X
50.000 unidades). Nessa simulação se a empresa aumentar a sua produção para 70.000
unidades o custo variável total será de 2.100.000,00 (30,00 X 70.000 unidades), aumentado de
forma proporcional.

As despesas fixas na teoria são fixas independente do faturamento ou da produção, devendo


ser tratados de forma diferente dos custos variáveis, porém dependendo do nível de variação
da produção ou das vendas elas acabam sofrendo variações, mas de forma não proporcional ao
faturamento.

Então cada empresa deve estabelecer os seus parâmetros de variação das despesas fixas, aqui
existem várias possibilidade e dependem da realidade de cada empresa, um exemplo seria, a
partir de 50.000 unidades produzidas por mês será acrescido 2,00 por unidade nas despesas
fixas. conforme tabela abaixo.
Descriçao

Nivel de actividade (volume produzido) 50.000 60.000 70.000

Receita liquida por unidade 40,00 40,00 40,00

Receita liquida total (volume produzido × custo 2.000.000,00 2.400.000,00 2.800.000,00


variavel unitario)

Custo variavel unitario 30,00 30,00 30,00

Custo variavel total (volume produzido × custo 1.500.000,00 1.800.000,00 2.100.000,00


variavel unitario)

Margem de contribuiçao (receita liquida – custo 500.000,00 600.000,00 700.000,000


variavel total)

Despesas fixas total ¿ 500.000 , 00 500.000,00 600.000,00 700.000,00

(+¿ ) 2,00 por unidade p/ produçao acima de


50.000,00 unidades

Despesa fixa unitaria 10,00 8,67 7,71

Custo unitario total 40,00 8,67 37,71

Resultado operacional (margem de contribuiçao 0,00 80.000,00 160.000,00


– despesa fixa total)

Tabela 1: orçamento flexivel (valores orçados)

Outro exemplo seria estabelecer um valor de custo fixo por faixa de atividade, como até
50.000 unidades por mês as despesas fixas de 500.000,00, de 50.000 a 60.000 unidades mês as
despesas fixas de 530.000,00, acima de 60.000 unidades mês as despesas fixas de 550.000,00,
etc.
Descriaçao

Nivel actividade ( volume prodzido) 50.000 60.000 70.000

Receita liquida por unidade 40,00 40,00 40,00

Receita liquida total (volume produzido × 2.000.000,00 2.400.000,00 2.800.000,00


receita liquida por unidade)

Custo variavel unitario 30,00 30,00 30,00

Custo variavel total(volume produzido × custo 1.500.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00


variavel unitario)

Mergem de contribuiçao (receita liquida – custo 500.000,00 600.000,00 700.000,00


variavel total)

Despesas fixas total(valores fixos por faixa de 500.000,00 530.000,00 550.000,00


actividade)

Despesa fixa unitaria( despesas fixas total / 10,00 10,00 10,00


volume produzido)

Custo unitario total(custo variavel unitario + 0,00 70.000,00 150.000,00


despesa fixa unitaria)

Tabela 2: orcamento flexivel (valores orçados)

Dessa forma o orçamento flexível faz projeções dos valores de custos variáveis e despesas
fixas que devem ser geradas por volumes reais de vendas e produção, esses ajustes devem
acontecer conforme acontecem as variações dos volumes da atividade da empresa.

Nesses exemplos simulamos a produção de um item, mas na prática deve ser simulado para a
quantidade total de itens que a empresa produz. Também foi exemplificado somente o orçado,
devendo posteriormente ser comparado com o realizado, para o mesmo nível de atividade
realizada.
Vantagens do orçamento flexível

A flexibilidade para ajustar os valores do orçamento para qualquer nível de atividade é a


principal vantagem em relação aos demais tipos de orçamentos, como o incremental, o
estático, o orçamento participativo, o orçamento base zero ou o orçamento matricial.

Demonstra a relação de custo e volume a curto prazo, refazendo rapidamente as estimativas de


custos e despesas para qualquer volume de atividade, mantendo o orçamento
empresarial sempre atualizado, diferente dos demais tipos de orçamento que quando sofrem
uma variação significativa em relação ao orçado precisam ser revisados.

Desvantagens do orçamento flexível

Uma das desvantagens é que o orçamento flexível não estabelece um valor fixo de vendas,
dessa forma a controladoria não consegue definir e controlar algumas metas orçamentárias,
principalmente as relacionadas as vendas e resultados (lucro).

Como não tem a definição de um ou mais níveis de atividades (projeção de cenários),


compromete a projeção das demonstrações econômicas e financeiras, como demonstrações de
resultados e fluxo de caixa, que são um dos principais conceitos da gestão orçamentária.

Os gestores envolvidos na gestão orçamentária precisam ter uma grande capacidade de se


adaptarem as mudanças, porque para cada nível de atividade diferente os custos e despesas
precisam ser ajustados.

Conclusões

O orçamento flexível tem como principal característica a flexibilidade, sendo projetado sem
estabelecer níveis de atividades fixos, sendo que essa flexibilidade compromete alguns
conceitos da gestão orçamentária como a definição de cenários e as projeções econômicas e
financeiras, como demonstrativos de resultados e fluxo de caixa.
Existem poucas empresas que fazem a opção de utilizar esse tipo de orçamento,
principalmente pela sua complexidade. As empresas que utilizam normalmente tem grandes
variações nos seus volumes vendidos e produzidos como uma das características dos seus
negócios

Para empresas que tem um volume de vendas e produção mais estáveis existem outras
metodologias mais adequadas, como o orçamento incremental, o orçamento participativo, o
orçamento estático, o orçamento matricial ou o orçamento base zero.

Analise as situações e alternativas para alguns ramos de atividades que demandam recursos
elevados em capital de giro:

 Comércio de móveis, eletrodomésticos, veículos e materiais de construção oferecem prazos


maiores para pagamentos das vendas. Para essas situações, é preciso buscar uma parceria com
um banco para financiar as vendas a prazo. A maioria das empresas que operam nessas
atividades financia seus clientes por intermédio de uma financeira. Quando essa alternativa é
adotada, a loja passa a receber à vista, ou seja, o cliente fica devendo à financeira. Com isso,
você agiliza a entrada de dinheiro no caixa.

 Construção civil, estruturas metálicas e fabricação de equipamentos de grande porte são ramos
de atividades que têm ciclo de produção longo. Ou seja, há um longo período entre o início da
produção e a sua entrega ao cliente. Nesses setores, deve-se adotar as alternativas anteriores ou,
então, estabelecer alternativas para os clientes pagarem ainda durante o período de produção. Em
último caso, é preciso buscar uma linha de crédito a custos acessíveis para financiar a
necessidade de capital de giro.

O segundo procedimento é fazer uma apuração mensal de resultados. Esse é um instrumento de


gestão econômica que possibilita ao empresário conhecer os resultados de seu negócio, no fim de
determinado período (por exemplo, no fim de cada mês, trimestre, semestre ou de cada ano).

A apuração de resultados representa a diferença entre as vendas totais e os custos e despesas


totais (do período que se pretende apurar). Quando o resultado é positivo, significa que a
empresa operou com lucro; quando o resultado é negativo, significa que teve prejuízo. Se a
empresa já mantém os controles financeiros organizados e atualizados, então tem as informações
necessárias para fazer a apuração de resultados mensais.

A apuração dos resultados mensais deve ser feita depois do fim do mês, ou seja, no início do mês
seguinte, quando o empresário já tem dados confiáveis das operações do mês anterior.

Você também pode gostar