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Eunice Felix Lacerda

AVALIAÇÃO INDIVIDUAL

DISCIPLINA

GESTÃO ESTRATEGICA DE CUSTOS


Questão 1

a) Ponto de Equilíbrio (PE) e Margem de Segurança (MS):


O Ponto de Equilíbrio é o nível de vendas em que a empresa não tem lucro nem
prejuízo. Ele pode ser calculado da seguinte forma:
PE = Custos e Despesas Fixas / (Preço de Venda por Unidade - Custos Variáveis
por Unidade)
PE = R$ 57.250.000 / (R$ 4.500 - R$ 2.500) PE = R$ 57.250.000 / R$ 2.000
PE = 28.625 unidades
O Ponto de Equilíbrio é de 28.625 unidades.
A Margem de Segurança (MS) é a diferença entre o volume de vendas atual e o
ponto de equilíbrio. Você mencionou que o volume de vendas é de 40.000
unidades por ano. Portanto, a MS é:
MS = Volume de Vendas - Ponto de Equilíbrio MS = 40.000 - 28.625 MS = 11.375
unidades

b) Efeito no Lucro com um aumento de 2.000 unidades na Margem de


Segurança:
Para calcular o efeito no lucro, você precisa saber a margem de contribuição por
unidade. A margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda por
unidade e os custos variáveis por unidade:
Margem de Contribuição por Unidade = Preço de Venda por Unidade - Custos
Variáveis por Unidade Margem de Contribuição por Unidade = R$ 4.500 - R$
2.500 Margem de Contribuição por Unidade = R$ 2.000
Agora, podemos calcular o efeito no lucro:
Efeito no Lucro = Aumento na Margem de Segurança x Margem de Contribuição
por Unidade Efeito no Lucro = 2.000 unidades x R$ 2.000 Efeito no Lucro = R$
4.000.000
Um aumento de 2.000 unidades na Margem de Segurança terá um efeito positivo
de R$ 4.000.000 no lucro da empresa.
c) Resultado da Alavancagem Operacional:
A alavancagem operacional mede o impacto percentual nas mudanças no lucro
operacional em relação às mudanças nas vendas. Pode ser calculada da
seguinte maneira:
Alavancagem Operacional = (Margem de Contribuição / Lucro Operacional)
Primeiro, calcule o Lucro Operacional. Para isso, subtraia os custos e despesas
fixas do lucro:
Lucro Operacional = (Volume de Vendas x Margem de Contribuição por Unidade)
- Custos e Despesas Fixas Lucro Operacional = (40.000 x R$ 2.000) –
R$ 57.250.000 Lucro Operacional = R$ 80.000.000 - R$ 57.250.000
Lucro Operacional = R$ 22.750.000
Agora, calcule a Alavancagem Operacional:
Alavancagem Operacional = (R$ 2.000 / R$ 22.750.000) Alavancagem
Operacional ≈ 0,0879 ou 8,79%.

d) Margem de Segurança após uma redução de 20% nos custos fixos:


Se os custos fixos forem reduzidos em 20%, os novos custos fixos serão:
Novos Custos Fixos = Custos e Despesas Fixas - (20% x Custos e Despesas
Fixas) Novos Custos Fixos = R$ 57.250.000 - (0,20 x R$ 57.250.000)
Novos Custos Fixos = R$ 45.800.000
Agora, calcule a nova Margem de Segurança:
PE = R$ 45.800.000 / (R$ 4.500 - R$ 2.500) PE = R$ 45.800.000 / R$ 2.000
PE = 22.900 unidades
A Margem de Segurança em termos percentuais é:
Margem de Segurança (%) = ((Volume de Vendas - Ponto de Equilíbrio) / Volume
de Vendas) x 100 Margem de Segurança (%) = ((40.000 - 22.900) / 40.000) x
100 Margem de Segurança (%) ≈ 42,75%
Portanto, se a empresa conseguir uma redução de 20% nos custos fixos, a
Margem de Segurança aumentará para aproximadamente 42,75%.

Questão 2

O Custeio ABC (Activity-Based Costing) e o Custeio ABM (Activity-Based


Management) são duas abordagens relacionadas à gestão de custos que têm
como objetivo uma alocação mais precisa dos custos nas atividades da empresa.
Vou explicar e diferenciar esses dois métodos com base em suas características
distintas.
Custeio ABC (Activity-Based Costing):
O Custeio ABC é um método de contabilidade de custos que se concentra na
alocação de custos com base em atividades específicas que consomem
recursos. Ele difere do método tradicional de custeio, que geralmente se baseia
no rateio dos custos totais por meio de critérios mais amplos, como horas de
mão de obra direta ou volume de produção. No Custeio ABC:
Atividades: O primeiro passo é identificar e classificar todas as atividades da
empresa que consomem recursos. Essas atividades podem incluir coisas como
configuração de máquinas, atendimento ao cliente, manutenção de
equipamentos, etc.
Recursos: Em seguida, os custos diretos e indiretos são alocados às atividades
com base em seu consumo real desses recursos. Isso envolve uma análise
detalhada para entender como cada atividade contribui para os custos gerais da
empresa.
Produtos e serviços: Por fim, os custos são atribuídos aos produtos, serviços
ou clientes com base na utilização das atividades. Isso permite uma alocação
mais precisa dos custos e a identificação dos verdadeiros impulsionadores dos
custos.
Custeio ABM (Activity-Based Management):
O Custeio ABM é uma extensão do Custeio ABC, mas enquanto o ABC se
concentra principalmente na alocação de custos, o ABM visa utilizar essas
informações para melhorar a gestão e tomar decisões estratégicas. No Custeio
ABM:
Gestão estratégica: O principal objetivo é entender como as atividades afetam
o desempenho e os resultados da empresa. Isso inclui identificar oportunidades
de redução de custos, melhoria de eficiência e otimização de processos.
Tomada de decisão: As informações obtidas do Custeio ABC são usadas para
tomar decisões informadas sobre alocar recursos de forma eficiente, identificar
produtos ou serviços que são mais rentáveis e identificar áreas de melhoria.
Monitoramento contínuo: O Custeio ABM incentiva um acompanhamento
contínuo das atividades e custos para garantir que a empresa esteja alinhada
com seus objetivos estratégicos.
Diferenças entre Custeio ABC e Custeio ABM:
Foco: O Custeio ABC está focado principalmente na alocação de custos,
enquanto o Custeio ABM vai além, enfatizando a gestão estratégica e a tomada
de decisões baseadas nas informações de custos.
Objetivo: O objetivo do Custeio ABC é alocar custos com precisão, enquanto o
Custeio ABM visa melhorar o desempenho da empresa e a eficiência
operacional.
Aplicação: O Custeio ABC é principalmente uma ferramenta contábil, enquanto
o Custeio ABM é mais uma abordagem gerencial.
Em resumo, o Custeio ABC é o primeiro passo para entender os custos com mais
precisão, enquanto o Custeio ABM vai além, usando essas informações para
melhorar a gestão e a tomada de decisões estratégicas na empresa. Ambos são
valiosos, mas o Custeio ABM tem um foco mais amplo e orientado para a gestão.

Questão 3
Para determinar o melhor regime tributário para a empresa de modo a minimizar
seus custos com tributos, é importante avaliar os dados e as características
específicas do negócio. No seu caso, mencionou que a empresa está na faixa
de 12% no regime do Lucro Presumido. Vou discutir duas opções de regimes
tributários comuns no Brasil: Lucro Presumido e Simples Nacional, e explicar
qual seria a melhor escolha com base nos dados fornecidos.
Lucro Presumido:
No regime do Lucro Presumido, a tributação é baseada em uma margem de lucro
presumida, que varia de acordo com a atividade da empresa. No seu caso, você
mencionou que a empresa está na faixa de 12% no Lucro Presumido. Isso
significa que a empresa paga impostos (principalmente PIS, COFINS, CSLL e
IRPJ) sobre 12% do faturamento bruto.
Vamos calcular os impostos com base nos valores fornecidos:
12% de R$ 2.0 milhões (faturamento) = R$ 240.000
Nesse cenário, a empresa pagaria R$ 240.000 em impostos no regime do Lucro
Presumido.
Simples Nacional:
O Simples Nacional é um regime tributário simplificado que envolve a tributação
com alíquotas progressivas de acordo com a faixa de faturamento. As alíquotas
incluem vários impostos em uma única guia, como PIS, COFINS, ICMS (para
empresas que têm essa obrigação) e outros. O Simples Nacional é
especialmente vantajoso para micro e pequenas empresas.
Para determinar se o Simples Nacional seria mais vantajoso, é necessário
calcular a alíquota efetiva com base no faturamento e na atividade da empresa.
O cálculo das alíquotas é complexo e depende de vários fatores, como a receita
bruta acumulada nos últimos 12 meses, o tipo de atividade e o Estado em que a
empresa está registrada. Portanto, é recomendável consultar um contador para
obter uma análise precisa.
No entanto, considerando que a empresa está no Lucro Presumido e o
faturamento é de R$ 2.0 milhões por ano, o Simples Nacional pode ser uma
opção mais vantajosa em termos de custos tributários, especialmente se a
alíquota efetiva sob o Simples Nacional for menor do que os 12% do Lucro
Presumido.
É importante ressaltar que a decisão entre os regimes tributários também deve
considerar outros fatores, como a estrutura e as metas financeiras da empresa,
bem como as particularidades do setor em que ela atua. Portanto, é altamente
recomendável buscar a orientação de um contador ou consultor tributário para
avaliar a situação da empresa e tomar a decisão mais apropriada.

Questão 3-1
Se levarmos em consideração que tanto o Lucro Real quanto o Lucro Presumido
têm um custo adicional de 20% sobre o valor da folha de pagamento anual de
INSS, enquanto o Simples Nacional não tem esse custo, a análise sobre qual
regime tributário é mais vantajoso para a empresa pode mudar.
Nesse cenário, o Simples Nacional se torna ainda mais atraente, pois não há a
incidência desse custo adicional sobre a folha de pagamento de INSS. Além
disso, o Simples Nacional é um regime tributário simplificado que inclui vários
impostos em uma única guia, o que pode simplificar o cumprimento das
obrigações fiscais.
Portanto, com a informação adicional de que o Lucro Real e o Lucro Presumido
têm esse custo adicional, a escolha do Simples Nacional provavelmente se torna
uma opção ainda mais vantajosa em termos de custos tributários e simplicidade
na gestão fiscal.
No entanto, vale ressaltar que a escolha do regime tributário também deve
considerar outros fatores, como o faturamento, a estrutura da empresa e as
metas financeiras. A análise completa e a consulta a um contador continuam
sendo essenciais para tomar a decisão mais adequada às necessidades
específicas da empresa.

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