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Apuração e Análise de

Custos
Prof. Ronaldo Martins
Quais seriam os custos de uma pizza?

 Massa?
 Queijo?
 Outros ingredientes?
Quais seriam os custos de uma pizza?

 Salário do pizzaiolo;
 Depreciação de utensílios;
 Energia elétrica da cozinha;
 Espaço da cozinha;
 Etc.
 O modelo do negócio irá
determinar os custos.
1. Contabilidade de Custos - conceito

 Contabilidade de Custos: área da ciência contábil que estuda os gastos referentes à


produção de bens e serviços.
 Aplicação: no departamento de produção das empresas.
 Objetivo:
 a) Quando surgiu: avaliar estoques e apurar o resultado das indústrias.
 b) Hoje: planejar, controlar e auxiliar a tomada de decisões.
 Ex.: Mão-de-Obra Direta e Indireta, Materiais Diretos (Matérias- Primas, Embalagens e
Insumos) e Gastos Gerais de Fabricação, também chamados de Custos Indiretos de
Fabricação (energia elétrica, depreciação e aluguéis da fábrica, entre outros).
2. Análise de Custos

 É uma ferramenta estratégica no processo decisorial, sendo indispensável na


execução de diversas tarefas gerenciais, tais como formação de preços,
otimização da produção, valorização dos estoques, etc.
 Dentre suas funções, estão:
 Apuração de custos e conseqüentemente Lucro da organização;
 Controle das operações (estoques, preços de compras de serviços e produtos)
para utilização em orçamentos e na comparação entre o orçado e o realizado;
 Na tomada de decisões (retorno sobre investimento, linha de produção,
proposta de negócios).
3. Empresa Comercial x Empresa Industrial

Comercial Industrial
4. Terminologia Contábil
4.1. Terminologia Contábil - conceitos

 GASTOS: consiste no sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um


bem ou serviço, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).
 Custo: gastos relativos à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção.
 Ex. salário do pessoal da produção; depreciação dos equipamentos da fabrica; gastos
com manutenção das máquinas da fabrica.
 Despesa: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de
receitas, e não utilizado na atividade produtiva.
 Ex. comissão do vendedor; salário do pessoal do escritório de administração; energia
elétrica consumida no escritório.
4.2. Terminologia Contábil - conceitos

 Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de


benefícios atribuíveis a futuros períodos.
 Ex. matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como
investimento circulante; máquina é um gasto que se transforma num
investimento permanente.
 Desembolso: ato de pagar. Pode ocorrer concomitantemente com o
gasto (pagamento à vista) ou depois deste (pagamento a prazo).
4.3. Terminologia Contábil - conceitos
5. Classificação dos Custos

 Quanto à apropriação aos  Quanto ao nível de atividade:


produtos:
 Custos Fixos
 Custos Diretos
 Custos Variáveis
 Custos Indiretos
5.1. Classificação dos Custos (apropriação aos produtos)

 Custos Diretos (CD): são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos
produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta
fabricação.
 Ex. aço para fabricar chapas, mão de obra direta, material de embalagem.
 Custos Indiretos de Fabricação ou Gastos Gerais de Fabricação (CIF): são
aqueles apropriados aos produtos fabricados mediante rateios ou estimativas,
por não poderem ser identificados de forma precisa na composição dos custos
dos produtos.
 Ex. mão de obra indireta, seguros e alugueis da fabrica, materiais indiretos.
 Custo de Produção (CP): custo identificado com o processo produtivo.
5.1. Classificação dos Custos (apropriação aos produtos)

 Rateio do CIF: é um processo empregado para alocar ou apropriar os custos


indiretos aos produtos ou departamentos.
 Ex.: Rateio de R$ 20.000,00 em gastos com material indireto entre dois produtos
A e B. O critério mais adequado é consumo de MP. O produto A consome R$
50.000,00 de MP e o produto B R$ 150.000,00.

Produto Matéria-prima Taxa CIF Valor Rateio


A 50.000 25% R$ 5.000
B 150.000 75% R$ 15.000
Total 200.000 100% R$ 20.000
5.2. Classificação dos Custos (nível de atividade)

 CUSTOS FIXOS: são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o
volume de produção, ou seja, uma alteração no volume de produção para mais
ou para menos não altera o valor total dos custos fixos. Existem mesmo que
não haja produção.
 Ex.: aluguel da fabrica, este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o
nível da produção, inclusive no caso da fabrica nada produzir.
 CUSTOS VARIÁVEIS: são aqueles cujos valores se alteram em função do volume
de produção da empresa, proporcionalmente. Se não houver quantidade
produzida o custo variável será nulo.
 Ex.: matéria-prima, embalagens.
6. Custo do Produto Vendido (CPV)

 É a soma dos custos incorridos na fabricação dos produtos que foram vendidos
em determinado período.
 ETAPAS NA APURAÇÃO DO CPV
 1ª) Separar os custos das despesas
 2ª) Separar os custos diretos dos custos indiretos
 3ª) Apropriação dos custos diretos ao produto
 4ª) Rateio dos custos indiretos ao produto
7. Margem de Contribuição

 Indica a capacidade da empresa em cobrir seus custos fixos e gerar lucros.;


 Permite avaliar a lucratividade dos produtos antes de os custos fixos serem
considerados .
 MC = PV – CV - DV
 MC: Margem de Contribuição
 PV: Preço de Venda
 CV: Custo Variável
 DV: Despesa Variável
7. Margem de Contribuição - Vantagens

 A margem de contribuição ajuda a empresa a decidir que mercadorias merecem


maior esforço de vendas e qual será o preço mínimo para promoções;
 As margens de contribuição são essenciais para auxiliar a administração da
empresa a decidir pela manutenção ou não de determinados produtos;
 As margens de contribuição podem ser usadas também para avaliar alternativas
de reduzir preços e aumentar o volume de vendas;
 A margem de contribuição é utilizada também para determinar o ponto de
equilíbrio da empresa.
8. Lucro

 É o resultado econômico positivo obtido por meio de transações ou operações


que envolvem a obtenção de receitas e a realização de custos e despesas.
 LUCRO = FATURAMENTO BRUTO – DEDUÇÕES S/ VENDAS – CMV – DESPESAS

 VER PLANILHA EXCEL


9. Custeio Direto ou Variável

 Nesse método de custeio, apenas os custos variáveis são atribuídos aos


produtos. Os custos fixos são tratados como despesas do período, sendo
lançados diretamente na Demonstração do Resultado do Exercício.
 O Custeio Variável ou Direto pode ser usado para fins gerenciais, mas não na
contabilidade oficial, pois fere o princípio da Competência, especialmente na
parte referente ao confronte das receitas e despesas.
 Custeio variável (não podem ser utilizados na contabilidade oficial):
 Custos variáveis Produtos
 Custos fixos DRE
10. Custeio ABC

 É um método de custeio em que os custos inicialmente são atribuídos a


atividades e depois aos produtos, com base no consumo de atividades pelo
produto. O custeio baseado em atividades baseia-se no conceito de que os
produtos consomem atividades e as atividades consomem recursos.
 Objetivo: reduzir algumas distorções no que diz respeito ao critério de rateio do
custo indireto. A diferença fundamental entre o ABC e os métodos tradicionais
de custeio está no tratamento dado aos custos indiretos.
10. Custeio ABC
 DEPARTAMENTOS ATIVIDADES PRODUTO
 1º: os custos são apropriados aos departamentos de produção;
 2º: os custos de cada departamento são distribuídos para as atividades correspondentes;
 3º: definição da relação entre as atividades e os produtos por intermédio de
direcionadores de atividades que é utilizado para a alocação dos custos das atividades aos
produtos;
 No ABC, os custos são atribuídos por meio de rastreamento.
 Rastrear o custo: identificar e analisar a relação entre o custo e a atividade desenvolvida em
determinado setor, por intermédio do direcionador de custos alocados a cada
departamento de produção.
 Atenção!!! Rastreamento ≠ Rateio

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