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Modal Ferroviário

Introdução

O transporte ferroviário brasileiro atravessa um


período de revitalização em sua participação entre os
outros modais utilizados no país. 
No início do século, a existência das ferrovias era de
extrema importância para o escoamento das
mercadorias, por serem elas muito volumosas e
pesadas, porém ao passar dos anos o que observamos
foi um total desinteresse por parte do governo, tanto
nos investimentos em manutenção e tecnologias novas,
como também no apoio para que as empresas viessem
a utilizar esse meio de transporte.
Modal Ferroviário – Surgimento.

Devido à transformação da produção manufatureira


pela chegada da indústria mecânica o surgimento da
ferrovia é bastante relacionado ao período conhecido
como Revolução Industrial. Porém antes, os egípcios e
romanos já haviam utilizado o trilho de madeira, fixado
no solo, onde os veículos deslizavam. E na Inglaterra, no
séc. XVI, os trilhos de madeira também já
eram utilizados nas minas de carvão. Tais
acontecimentos foram decisivos para o surgimento da
primeira estrada de ferro no séc. XIX. 
Modal Ferroviário – Surgimento.

Para aquela época o modal era


inovador e a idéia se espalhou
rapidamente pelo mundo. Nessa
época, as ferrovias representaram
o único modo de transporte para
atingir locais, velocidade e
segurança inimagináveis para o
transporte hidroviário que era
dominante. Em grande sentido, as
ferrovias viabilizaram a
especialização regional e
provocaram um grande surto de
crescimento mercantil entre as
nações e dentro delas. 
Modal Ferroviário – Surgimento.

Aumentando sua capacidade de respostas a


necessidades especificas dos clientes, em 1970 as
ferrovias começaram a segmentar o mercado de
transportes concentrando–se no tráfego de vagões de
carga, para oferecer um serviço melhor aos principais
clientes, as ferrovias contemporâneas se concentram
no desenvolvimento de equipamentos especializados,
como vagões fechados com três andares para
automóveis, vagões especiais para eletrodomésticos,
trens dedicados, vagões articulados e vagões
plataforma com empilhamento duplo.
Modal Ferroviário – Surgimento.

O pioneiro na introdução das estradas


de ferro no Brasil foi o Barão de Mauá,
que financiou quase a totalidade deste
empreendimento. A Estrada de Ferro
Mauá foi inaugurada em 30 de abril de
1854 e ligava o Porto de Mauá (interior
da Baía de Guanabara) ao início da
Serra de Petrópolis. Seus 14,50
quilômetros de extensão eram
percorridos em 23 minutos. A intenção
era: a interligação das regiões do País;
o início do desenvolvimento ferroviário
no Brasil foi fundamentado na
economia cafeeira, predominante
naquele momento histórico.
Modal Ferroviário - Privatização

O processo de privatização foi realizado com


objetivo de reverter o estado de degradação do setor
no País. O governo não possuía recursos suficientes
para investir neste modal, o custo operacional estava
elevado e havia uma grande ineficiência nas
operações, trazendo grandes prejuízos para os cofres
públicos. Pôde-se observar um processo de divisão
horizontal por região, mas mantendo as empresas
verticalizadas, sendo criados monopólios regionais.
Modal Ferroviário - Privatização

O processo de reestruturação do setor


ferroviário de cargas no Brasil foi implantado em
1997 e contava com os serviços de transporte
ferroviário de duas empresas: a RFFSA, criada em
1957 pelo governo federal e que operava seis
divisões pelo país; e as Ferrovias Paulistas
Sociedade Anônima (FEPASA), criada pelo estado
de São Paulo em 1974.
Modal Ferroviário - Privatização

RFFSA

FEPASA
Modal Ferroviário – Cenário Atual.

O país possui hoje 30.000 km de ferrovias para


tráfego, o que dá uma densidade ferroviária de 3, 1
metros por km²; é bem pequena em relação aos EUA
(150m/km²) e Argentina (15m/km²). Apenas 2.450
km são eletrificados. As ferrovias apresentam-se mal
distribuídas e mal situadas, estando 52% localizadas
na Região Sudeste.
Modal Ferroviário – Cenário Atual

O crescimento da produção (TKU) aumentou


quase 112% até 2011. Para 2012 estimou-se um
crescimento de 133% em relação a 1997 e de mais de
10% em relação ao ano anterior.
Modal Ferroviário – Cenário atual.

Toneladas úteis transportadas por


quilômetro (TKU).
Modal Ferroviário – Cenário Atual.

No que diz respeito à produção no país, a


mercadoria com maior volume transportado é o
minério de ferro (73,84%), com grande foco em
exportação, seguido de produtos agrícolas, tais
como: soja (5,18%) e milho (3,79%). A visível
diferença entre os tipos de produtos transportados
pode ser explicada pelos negócios realizados pelas
empresas com maior participação nas concessões.
Modal Ferroviário - Cenário Atual
Modal Ferroviário – Cenário Atual.

O modal ferroviário representa apenas 24% do volume


transportado, porém considerando as dimensões do país e
o grande volume de produtos agrícolas, transportados a
grandes distâncias, indica que tal percentual deveria ser no
mínimo o dobro para permitir significativa redução dos
custos de transportes, com maior competitividade na
exportação e aumento na margem de lucro e no saldo da
balança de comércio exterior. 
Existem grandes projetos em andamento (ferrovias Norte-
Sul e Integração Centro-Oeste), porém o andamento está
muito abaixo das necessidades e com registros de enormes
atrasos.
Modal Ferroviário - Situação atual.

Analisando os cinco modais de transportes, pode


dizer que o modal rodoviário tem como principais
vantagens sua agilidade e trajetos exclusivos onde
não há vias para outros modais, por isso é o tipo
mais usado. Em contra partida, tem limite de carga,
e alto custo de transporte, que são vantagens no
transporte ferroviário, que possui uma grande
capacidade de carga e um custo de frete menor, mas
o prazo de entrega é muito longo.
Modal Ferroviário – Conclusão.

Apesar de o uso das ferrovias ser retomado e ser bastante positivo


por aspectos econômicos e logísticos, tem-se a preocupação com a
geração de poluentes pelo consumo de combustíveis. Porém, com
os investimentos em locomotivas mais eficientes em potência, se
transporta um maior volume com o mesmo consumo ou inferior
ao anterior. Pode-se concluir, então, que o modal ferroviário, seja
por seu custo, por suas características afins aos principais
produtos da pauta exportadora do Brasil, teve e ainda tem grande
importância no escoamento da produção do País para mercados
domésticos e internacionais. Entretanto, houve poucos
investimentos no modal durante um período pelo governo
brasileiro e os processos de concessão e privatização trouxeram
uma recuperação para esse transporte.

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