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A África vive atualmente uma recuperação econômica sem precedentes, com fortes
projeções de crescimento nas próximas três a quatro décadas. O crescimento é
impulsionado por uma demografia de rápido crescimento e uma grande urbanização em
escala. A operação de novas minas, campos de gás e petróleo, bem como o aumento do
intra-regional e o comércio internacional são fatores adicionais de crescimento. O setor
de transporte pode acelerar e intensificar o comércio na África. O transporte ferroviário
em particular, como resultado de sua eficiência energética, redução das emissões de
gases de efeito estufa e menor custo por tonelada-quilômetro, é esperada desempenhar
um papel cada vez mais importante no transporte de mercadorias por longas distâncias.
Em comparação a outros meios de transporte, as ferrovias são particularmente úteis em
sistemas de transporte de massa, tanto para cidades e configurações urbanas.
Objetivo geral:
Objetivo específico:
• Parâmetros da via.
• AMV.
• Plataformas.
Aliado a isso, o fato de que os trens são guiados pela via, ou seja, o sistema possui
apenas um grau de liberdade, faz com que colisões possam ser evitadas somente quando
os veículos estão em determinado local em diferentes tempos (FENNER, 2007).
Assim, vê-se que apesar de algumas diferenças, ambos os conjuntos de princípios tem
relação direta com a dificuldade que há para se parar um trem em situações de
emergência. Ou seja, evita-se qualquer possibilidade de dois trens estarem no mesmo
local ao mesmo tempo, desde que os veículos obedeçam às licenças e limites de
velocidade estabelecidos pela sinalização ferroviária.
Este subsistema pode ser dividido em duas partes: subsistema elétrico de baixa potência
e subsistema elétrico de alta potência. O subsistema elétrico de baixa potência é
responsável pelo controle automático da locomotiva e por suprir de energia elétrica os
circuitos de iluminação e os acessórios da mesma. A seguir são descritos alguns
componentes deste subsistema e suas respectivas funções básicas.
• Relés e Contatores: são componentes que possuem contatos que são fechados ou
abertos a partir de um sinal elétrico. São utilizados para realizar as lógicas no controle
automático da locomotiva, acionando ou desligando componentes elétricos;
O subsistema elétrico de alta potência é responsável por gerar energia elétrica por meio
do gerador a fim de suprir os motores elétricos que tracionam a locomotiva. A seguir
são descritos alguns componentes deste subsistema e suas respectivas funções básicas.
• Gerador Elétrico: responsável por receber energia mecânica gerada pelo motor
diesel através de acoplamento por eixos e por transformá-la em energia elétrica.
Segurança - O ajustamento das regras de exploração das redes e das qualificações dos
maquinistas, do pessoal de bordo e do pessoal dos centros de controlo deve assegurar a
exploração segura, tendo em conta os diferentes requisitos dos serviços internacionais e
nacionais; As operações e a periodicidade da manutenção, a formação e as qualificações
do pessoal de manutenção e dos centros de controlo e o sistema de garantia de qualidade
estabelecido pelos operadores nos centros de controlo e manutenção devem garantir um
elevado nível de segurança.
2.5.Subsistema de manutenção
Os países da SADC tornaram-se, desde a última década, uma região com elevado
potencial de crescimento proporcionado pela forte alta do preço dos recursos minerais
no mercado internacional. Apesar dessa onda de bonança, existem importantes desafios
a serem enfrentados pelos países da região tanto no referente à manutenção das taxas de
crescimento como na garantia do compartilhamento econômico dos benefícios da
extração das riquezas naturais por toda a população. Um desses desafios é o
desenvolvimento da infraestrutura de transportes, a maior parte dos caminhos de ferro
da regulação Austral de África são constituídos de linhas isoladas únicas entre o
interior e as áreas costeiras uma vez que foram construídos para a exploração de
recursos. Além disso, a adoção de diferentes padrões, procedimentos operacionais e
carris ferroviários múltiplos também dificultam uma maior integração da rede.
Características técnicas
a. Medidores: Existem nove medidores diferentes em uso na África, dos quais os três os
mais usados são: bitola de 1,067 m (Cape) (61,3%); Medidor de 1.000 m (métrico)
(19,2%); e calibre 1,435m (padrão) (14,5%).
• Bitola de rodeiro: Distância entre pontos das rodas de mesmo rodeiro, mais
próximos aos trilhos, medida perpendicularmente às linhas de bitola.
• Bitola mista: Via férrea com três ou mais trilhos, para permitir a passagem de
veículos com bitolas diferentes.
5.3.Diferentes gabaritos
Denomina-se por aparelho de mudança de bitola (AMB) uma instalação fixa que
permite a comboios que possuam a tecnologia de mudança de bitola (variam a distância
entre rodas; veículos especiais), ou seja, permitem passar diretamente da via ibérica
(1668mm) para a via europeia (1435mm) e vice-versa (Figura abaixo).
Desde 1969, que em Espanha estes sistemas estão associados a duas tecnologias, CAF e
Talgo, que embora diferentes, não são interoperáveis.
Fase 1 - Levantamento e descarga das rodas (sendo a carga transferida para carris
laterais de deslizamento, através de sapatas ou rolos, consoante o tipo de aparelho de
mudança de bitola: Talgo ou CAF).
Fase 3 - Deslocação lateral das rodas da posição de uma determinada bitola A para a
bitola B, por ação de contracarris laterais, que atuam nos verdugos das mesmas rodas.
CAF-BRAVA
A capacidade de cada unidade é de 238 lugares, distribuídos por quatro carruagens com
motorização integral, para a 1ª e 2ª classe. Os equipamentos são de tração, são bi-tensão,
dado que nas linhas de Alta Velocidade a tensão de catenária é de 25 kV (quilovolt,
1.000V), 50 Hz (hertz) enquanto nas convencionais é de 3 kV cc.
Tecnologicamente estes comboios são muito avançados, porque utilizam bogies que têm
a particularidade de disporem de eixos cujas rodas se podem adaptar às duas bitolas
ibérica e europeia (figura abaixo).
Durante a circulação, o movimento axial das rodas está impedido por um mecanismo
de bloqueio de segurança que só pode ser ativado, de uma forma automática na
passagem pelo aparelho de mudança de bitola.
A mudança de bitola é feita automaticamente e dum modo contínuo sem paragens, num
aparelho de mudança de bitola desenvolvido pela CAF, à velocidade máxima de 15
km/h (Figura abaixo).
Refira-se que no projeto do bogies BRAVA, a CAF utilizou as novas metodologias de
desempenho e segurança, descritas na norma europeia ferroviária EN 50126 (RAMS).
Com este sistema será a primeira vez que este tipo de bogies será utilizado em tráfego
comercial.
A grande vantagem CAF é o seu baixo custo, pois, com o seu sistema BRAVA permite
que se comprem só os bogies (rodados que suportam as carruagens) ao contrário do
sistema Talgo que necessita de composições por inteiro.
7.2. Sistema Talgo
O Sistema Talgo baseia-se numa tecnologia de rodas independentes, sem qualquer veio
entre si, sendo que as mesmas podem, sem paragens e ao longo de 5 etapas (Figura 34),
ocupar posições transversais diferentes, permitindo-lhe estabelecer as bitolas 1668 e
1435mm, ou outras.
Os comboios de bitola variável (Talgo) começaram por ser utilizados nas relações
internacionais com França, Suíça e Itália, nos finais dos anos 60 do século, como
solução alternativa:
Esta solução Talgo, com carruagens de rodas deslocáveis RD, necessita da troca de
locomotiva, quando se efetua a mudança de bitola. Trata-se assim de um processo lento,
com um tempo da ordem dos 15 minutos, dada a complexa manobra que necessita:
desengate da locomotiva que reboca o comboio, seguida de empurre à cauda por um
trator de manobras a lenta velocidade, 15km/h, forçando o comboio a atravessar o
aparelho de mudança de bitola (Figura abaixo). Entretanto na saída deste dispositivo
coloca-se a locomotiva da outra bitola, que a dado momento engata no comboio e
continua o seu trajeto.
Este condicionalismo foi entretanto resolvido com as “cabeças tratoras” (locomotivas
mono-cabina) Talgo BT, que passaram a dispor de bogies bi-bitola.
A primeira aplicação deste novo tipo de bogies foi na cabeça tratora do Talgo XXI,
prevista para circular a 220 km/h em tração diesel. Neste caso o eixo do bogie é
seccionado em duas partes, com cabeças tratoras Talgo XXI engate macho-fêmea, que
de deslocam axialmente dentro de uma “manga” metálica adequada, que absorve os
233mm, de diferença de comprimento da bitola.
Durante a circulação, o movimento axial das rodas está impedido por um mecanismo de
bloqueio de segurança que só pode ser ativada, de uma forma automática na passagem
pelo aparelho de mudança de bitola.
Assim pela primeira vez, a mudança de bitola de um comboio pode ser feita sem
paragens e sem precisar de trocar de locomotiva. Atualmente estes protótipos são
propriedade da empresa Gestor de Infraestructuras Ferroviarias (GIF), Talgo XXI,
equipados com um conjunto de aparelhagem de ensaios. Realizaram diversas provas na
linha Madrid/Barcelona, com a função de comboios"batedores" bi-bitola destinados a
auscultar diariamente os parâmetros técnicos da via e da catenária, de modo a verificar
previamente as condições de circulação, antes de ser iniciada a exploração comercial
dos comboios de Alta Velocidade. Estes comboios “batedores” são constituídos pela
locomotiva diesel, 2 carruagens intermédias e uma à cauda, com cabina, dotada de
pantógrafo, unicamente destinada a ensaios de catenária. Refira-se que uma destas
composições, enquadrada por duas locomotivas Talgo XXI, bateu a 10 de Julho de
2002, o recorde mundial de velocidade em tração diesel, 256 Km/h, no troço de ensaios:
Medina del Campo/Olmedo, superando o anterior record de 233 km/h, alcançado em
1986 por um comboio do tipo High Speed Train (HST) da British Rail.
Conclusão