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PRODUZIR
COM QUALIDADE
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AMPA - IMAmt 2018
RISCOS NO PLANTIO
(*)
PFF3 (SL)
PFF - Peça facial filtrante
PFF3 - Possuem eficiência mínima de 99% (penetração máxima de 1%)
SL - Resistência a aerossóis à base de água e oleosos, capazes de reter partículas sólidas e líquidas à base de água e oleosas
(**)
PFF1 (S)
PFF - Peça facial filtrante
PFF1 - Possuem eficiência mínima de 80% (penetração máxima de 20%)
S - Resistência a aerossóis à base de água e oleosos, capazes de reter partículas sólidas e líquidas à base de água.
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
Engate de grades
Acoplamento de
Acidentes e plantadeiras, manobras
equipamentos
com pulverizadores de barra
Protetor auricular
Físico Ruídos
ou abafador
Ferramentas
Acidentes
inadequadas ou defeituosas
Equipamento sem
Acidentes manutenção, risco em
manobras sob rede elétrica
Pulverização
Luvas nitrílicas, máscara
com produtos
Vapores e neblinas semifacial para névoas e
agroquímicos Químicos
de agroquímicos vapores orgânicos, bota de
PVC e óculos de proteção
Protetor auricular
Físicos Ruído de máquinas
ou abafador
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AMPA - IMAmt 2018
1.2 Colheita
Nessas operações, que envolvem máquinas de custo elevado e com muita eletrônica embarcada,
os cuidados básicos, além de treinamentos dos operadores, devem ser realizados os treinamentos de
integração dos trabalhadores para que conheçam suas funções e os riscos inerentes às operações.
Prensa de fardos
de algodão em caroço Físicos Ruídos de máquinas Protetor auricular
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
CONTINUAÇÃO
Manutenção de tratores
Luvas de proteção mecânica;
Químicos Poeiras, graxa, óleo diesel
máscara de proteção (PFF3)
CONTINUA
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AMPA - IMAmt 2018
CONTINUAÇÃO
Encarneiramento do algodão
Operação de colheita Incêndio
nos fusos
CONTINUA
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
CONTINUAÇÃO
Armazenamento na beira
de rodovias que possibilitem
acesso de estranhos
Transporte de fardos
Incêndio Fermentação no interior do fardo
cilíndricos e fardões
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AMPA - IMAmt 2018
Carregamento e descarregamento de
fardões com transmódulo no pátio e no Químicos Poeiras Máscara para pó (PFF1)
desmanchador de fardos
Manobra de veículos;
atropelamentos; queda de níveis
Acidentes diferentes; risco de desmanche do
fardão na operação de carga e
descarga
CONTINUA
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
CONTINUAÇÃO
CONTINUA
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AMPA - IMAmt 2018
CONTINUAÇÃO
Corte de lona com risco de desmanchar o Posição de risco durante o corte da lona (risco do algodão
fardo sobre o trabalhador empurrar o trabalhador sobre a esteira)
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
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AMPA - IMAmt 2018
2. Prevenção de acidentes e incêndios Usinas antigas, 70%; usinas mistas, 3%; usinas
em algodoeiras de alta performance, 27%.
Para adequação desses equipamentos, princi-
O objetivo desta seção é apresentar recomen- palmente os modelos antigos e mistos, conforme
dações técnicas para prevenção e controle dos determinam as normas e, principalmente, a NR
principais riscos à saúde e à segurança dos traba- 12 no que concerne a máquinas e equipamentos,
lhadores de algodoeiras, bem como a prevenção além dos altos custos, estão inseridas aí dificul-
de incêndios. dades para realização de certas adaptações, lem-
A atividade de beneficiamento de algodão é brando ainda que todos os prazos dados para o
realizada praticamente em todo o território ma- cumprimento das normas já estão vencidos, con-
to-grossense em aproximadamente 110 usinas forme a Portaria SIT nº 197, de 17 de dezembro de
de beneficiamento, empregando mais de 6 mil 2010 (Diário Oficial da União de 24 de dezembro
trabalhadores somente nas operações diretas de 2010), que altera a Norma Regulamentadora
nesses estabelecimentos. No beneficiamento do nº 12, Máquinas e equipamentos, aprovada pela
algodão, os trabalhadores podem ser expostos Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, quanto
a agentes ambientais como poeira de algodão, aos prazos de adequação.
ruído e diversos riscos mecânicos que podem As usinas de beneficiamento de algodão rea-
causar doenças, como bissinose* (a), e a riscos de lizam o trabalho final antes da comercialização
perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR), além da fibra do algodão, o qual incide diretamente na
de eventuais problemas ergonômicos. qualidade da fibra a ser enviada para a indústria
têxtil, sendo necessários muitos cuidados para
que a qualidade da fibra não seja perdida em al-
* Bissinose é definida como uma doença guma das fases do processo de beneficiamento.
de etiologia ocupacional que acomete Os processos e procedimentos utilizados em
indivíduos que trabalham com atividades algodoeiras envolvem transporte de fardos de al-
relacionadas ao processamento e ao manu- godão da lavoura ao pátio de armazenamento da
seio de algodão e fibras de linho algodoeira e transporte do pátio ao desmancha-
dor de fardos, onde se inicia o trabalho de benefi-
ciamento. Nessas operações de transporte estão
No Estado de Mato Grosso, a Ampa, por meio presentes vários fatores de risco para os trabalha-
do IMAmt, realiza um trabalho de monitoramento dores envolvidos; a seguir, apresentamos os prin-
das algodoeiras, com a verificação de instalações, cipais, com seus agentes causais:
equipamentos e processos, no intuito de contri-
buir para a prevenção de acidentes de trabalho, • Riscos de acidentes: arranjo físico inadequa-
bem como na prevenção de incêndios, que con- do, máquinas e equipamentos sem proteção,
siste na aplicação de um check list de Prevenção de animais peçonhentos, armazenamento inade-
Acidente do Trabalho e Prevenção de Incêndios, no quado, probabilidade de incêndios
qual são elencados quesitos referentes ao cumpri-
mento da legislação, tanto trabalhista quanto das • Riscos ergonômicos: trabalho em turnos, jor-
normas do Corpo de Bombeiros para a prevenção nada de trabalho prolongada, monotonia e
de incêndios. Assim, até o momento, já dispomos repetitividade, ocorrência de posturas inade-
dos dados de quatro safras consecutivas, permi- quadas
tindo aos cotonicultores organizarem-se quanto • Riscos físicos: ruído, vibrações, radiações não
ao cumprimento da legislação vigente e quanto ionizantes
ao aprimoramento dos processos produtivos.
As usinas de beneficiamento de Mato Grosso • Riscos químicos: poeira de algodão
têm um perfil heterogêneo, estando representadas
nas seguintes proporções quanto a sua estrutura de Na sequência, as operações ocorrem dentro
maquinário e a seus modelos de engenharia: do prédio da algodoeira, onde os riscos aumen-
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
tam, uma vez que há grande quanti- • Riscos químicos: poeira de algodão.
dade de equipamentos funcionando Na etapa final do beneficiamento é rea-
simultaneamente, elevando o nível de lizado o transporte dos fardos comer-
ruído e apresentando outros riscos du- ciais para os blocos de armazenamen-
rante a operação de beneficiamento: to e, posteriormente, o carregamento
para a indústria têxtil, apresentando
• Riscos de acidentes: arranjo físico ina- os seguintes riscos:
dequado, máquinas e equipamentos
sem proteção, armazenamento ina- • Riscos de acidentes: arranjo físico
dequado, probabilidade de incên- inadequado, máquinas e equipa-
dios, ferramentas defeituosas e ina- mentos sem proteção, armazena-
dequadas, iluminação inadequada, mento inadequado, probabilidade
problemas na rede elétrica de incêndios
• Riscos ergonômicos: trabalho em • Riscos ergonômicos: trabalho em tur-
turnos, jornada de trabalho prolon- nos, jornada de trabalho prolongada,
gada, monotonia e repetitividade, monotonia e repetitividade, ocorrên-
ocorrência de posturas inadequa- cia de posturas inadequadas, levanta-
das, levantamento e transporte mento e transporte manual de peso,
manual de peso, controle rígido de controle rígido de produtividade
produtividade • Riscos físicos: calor, radiações não
• Riscos físicos: ruídos, vibrações, ca- ionizantes
lor em alguns pontos • Riscos químicos: poeira de algodão
NOTAS IMPORTANTES:
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não instruiu seus empregados sobre o ria do operador; uma manobra não
modo de execução seguro da tarefa; intencional nunca deve provocar
quer porque não ofereceu treinamen- uma situação perigosa (o comando
to adequado aos empregados para de arranque deve estar protegido
operar corretamente as máquinas e contra o toque inadvertido).
equipamentos, de forma a conhecer o • A ordem de paragem da máquina
seu funcionamento; quer porque não tem que ter prioridade sobre a or-
instruiu os empregados e nem fiscali-
dem de arranque.
zou a utilização de equipamentos de
segurança necessários para evitar aci- • Os dispositivos de segurança e pro-
dentes do trabalho, etc.” teção da máquina devem ser robus-
“Nessas hipóteses, a responsabilida- tos e solidamente fixos; devem ser
de pelo acidente do trabalho será do concebidos de forma a poderem
empregador que descumpriu obriga- ser desmontados para que se possa
ções contratuais e legais relativas às me- aceder à zona perigosa ou equipa-
didas preventivas de segurança, higiene mento sem gerar riscos adicionais;
e medicina do trabalho, ensejando a sua colocação não pode ocasionar
obrigação de indenizar os trabalhadores riscos complementares e devem
pelos danos causados (reparação de da- facilitar a observação do ciclo de
nos morais, estéticos e materiais), além trabalho.
de responsabilidade penal.” • Os órgãos de transmissão, correias,
“Daí a importância de o emprega- engrenagens, polias etc., devem
dor conscientizar-se da necessidade estar devidamente protegidos ou
de cumprir todas as medidas preven- isolados.
tivas contra doenças ocupacionais e
acidentes, durante todo o pacto labo- • As zonas das máquinas onde haja
ral, para desonerar-se de qualquer res- riscos mecânicos e onde não hou-
ponsabilidade.” ver uma intervenção por parte do
operador devem possuir proteções
Medidas gerais de prevenção eficazes (ex.: proteções fixas).
de acidentes • Todas as máquinas devem estar
corretamente fixas ou estáveis no
• Só devem ser adquiridas e coloca- pavimento.
das em funcionamento as máqui-
• Todas as máquinas devem ser man-
nas que cumpram os requisitos mí-
tidas em perfeito estado de conser-
nimos de segurança e saúde.
vação, limpas e oleadas.
• Os sistemas de comando das má-
• A máquina dever ser manipulada
quinas devem ser bem visíveis,
sem distrações e de acordo com as
estar claramente identificados e
regras de segurança estabelecidas.
equipados com um comando à dis-
tância (sempre que possível), posi- • A iluminação dos locais de trabalho
cionados e acessíveis fora da zona e de manutenção deve ser suficien-
de perigo da máquina e possuir um te e em função das exigências da
sistema de parada de emergência tarefa.
acessível e devidamente identifica- • Devem existir dispositivos de alerta
do (este deve completar o coman- facilmente percebidos (se sonoros,
do de paragem manual). devem sobrepor-se ao ruído da má-
• A colocação da máquina ou equi- quina e do ambiente) e sua inter-
pamento em funcionamento só pretação deve ser imediata e sem
deve ser possível por ação voluntá- ambiguidade.
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• Todas as zonas perigosas das máquinas devem • Existência de Sistema de Proteção de Descar-
estar devidamente sinalizadas e identificadas. gas Atmosféricas (SPDA) (para-raios);
• As máquinas devem ser alvo de manutenções • Manter brigada de incêndio
periódicas no sentido de verificar seu funcio- • Treinar todos os trabalhadores envolvidos no
namento seguro e que permitam inspeções processo quanto aos possíveis tipos de início
adicionais sempre que sejam feitas alterações de incêndio em todas as etapas do processo
na máquina, haja um acidente ou por falta de de beneficiamento (armazenamento na lavou-
uso prolongado. ra, armazenamento nos pátios da algodoeira,
• A manutenção da máquina deve ser feita de durante o beneficiamento)
preferência com o equipamento parado; sem- • Manter quadro informativo em locais estraté-
pre que tal não seja possível, devem ser toma- gicos, com números de telefone a serem acio-
das medidas de prevenção em conformidade nados em caso de incêndio
com a situação.
• Realizar testes simulados com brigadistas, com
• Todos os trabalhadores que tenham de operar a finalidade de manter a equipe sempre alerta
uma máquina devem receber formação ade-
quada, que deve abordar os riscos a que estão
expostos, as zonas perigosas da máquina e as 2.4.1 No transporte e armazenamento
condições seguras de operá-la. de fardos cilindricos ou fardões
Para as ações de prevenção de acidentes e
prevenção e combate a incêndios, nos processos
Medidas gerais de prevenção que vão do transporte ao embarque para comer-
e combate a incêndios cialização dos fardos de algodão em pluma, se-
rão descritas as medidas de prevenção detalha-
• Observar os fardões e fardos cilíndricos quan- das em cada operação.
to a possíveis focos de incêndio
• No pátio, evitar o armazenamento embaixo de Prevenção de acidentes
linhas de transmissão de energia São inúmeros os cuidados nessa operação de
transporte da lavoura até o pátio de armazena-
• Manter a limpeza das áreas próximas ao pátio mento e deste para os desmanchadores de far-
de armazenamento, evitando áreas com vege- dos em módulos e fardos cilíndricos:
tação seca, pois, geralmente, o armazenamen-
to ocorre no período da seca • Verificar as condições de operação e trafegabi-
lidade do veículo
• Existência de rede de hidrante com todos os
equipamentos, como mangueira, esguicho, • O transmódulo deve ter sinalização visual e
chave storz sonora e acompanhamento de auxiliar para
orientar o motorista durante a manobra de
• Manutenção do bom funcionamento das aproximação
bombas de incêndio (principal e reserva), as
quais devem ser testadas periodicamente, • Evitar ou não permitir a presença de pessoas
conforme plano de manutenção de equipa- próximo ao veículo durante a operação de car-
mentos preventivos regamento e descarregamento
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
Prevenção de incêndios
Riscos de incêndio
Prevenção de acidentes
• Incêndio provocado por transporte e manipu-
“Operação que gera muitos riscos, principal- lação de fardos (faíscas provenientes de empi-
mente nas usinas antigas, uma vez que as mes- lhadeiras e outros equipamentos móveis em
mas apresentam movimentação de partes pesa- atrito com arames de amarração)
das, abertura e fechamento de portas e acesso • No algodão em pluma armazenado pode ocor-
manual a essas partes das prensas.” rer cavitoma*:
O enfardamento apresenta maior risco com
uso de arame, devido ao risco de rompimento no A fermentação do algodão é denominada cavi-
momento após a prensagem e riscos com trans- toma; o fogo tem início e desenvolvimento muito
porte manual em vista do peso dos fardos de al- lento, desencadeando se de forma violenta quan-
godão em pluma. do chega à superfície do empilhamento com a
combustão alimentada pelo ar.
• Proteções conforme determina NR 12 Quando a colheita é atrasada pela chuva, é im-
portante manter índices de umidade do caroço e
• Treinamento de operação de prensas hidráuli- do fardo em um mínimo, evitando a possibilidade
cas conforme NR 12 de ocorrência de cavitoma.
• Utilização de EPIs
• EPC (delimitação das áreas de riscos, sistemas Prevenção de acidentes
de parada interligados conforme NR 12, senso-
res de presença etc.) • Queda de fardos mal empilhados sobre traba-
lhadores
• Queda de altura, trabalhadores sem EPIs para
Prevenção e combate de incêndios trabalho em alturas
• Abalroamento (durante manobras de veículos
Risco de início de incêndio na prensagem de e máquinas no carregamento)
fardos: Há a possibilidade de chegar algodão • Mordidas/picadas de animais peçonhentos
com foco de incêndio para ser enfardado e o fato (principalmente em armazenamento a céu
não ser percebido, algodão será emblocado com aberto)
um foco que aumentará até atingir a superfície
do fardo e ter contato com maior quantidade de
oxigênio, dando início a um incêndio nos fardos Prevenção de incêndios
vizinhos).
Quando ocorrem casos em que o foco de in- • A norma do Corpo de Bombeiros Militar do Esta-
cêndio é percebido nas tubulações de transporte do de Mato Gorsso (CBMMT) exige a instalação
de algodão, o fluxo de material para trás do fogo é de detectores de fumaça nos locais de armaze-
cortado, enviando o algodão suspeito para pren- namento de algodão (armazenamento coberto)
sagem e posterior separação do fardo para aber- • Extintores de incêndio de classe compatível (A)
tura e extinção do fogo.
• Hidrantes com mangueira, bico de jato regulá-
vel, chave storz
* Cavitoma é um termo inventado na década de 1950 para descrever os danos microbiológicos à fibra do algodão ou à decomposição da celu-
lose na fibra por microrganismos. Essa atividade microbiológica prejudicial começa no campo, quando o caroço maduro aberto está exposto
ao tempo úmido ou chuvoso e pode continuar enquanto a semente do algodão estiver no caroço e quando a fibra é armazenada em fardo. Os
sintomas dos danos da fibra incluem o pH elevado, redução no comprimento e na resistência, e reduz a afinidade para tinturas
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
d) Procedimentos gerais de segurança, saúde e • Evitar inalação, contato com os olhos e com a pele
de preservação do meio ambiente.” • Utilizar equipamento de proteção individual
• Não fumar na área de risco e impedir que ocor- • Risco de explosão, se a ignição for em área fe-
ram fagulhas e chamas chada
• Isolar a área, em um raio de 100 m, no mínimo, • Espontaneamente explosivo à luz do sol com
em todas as direções cloro
• Não tocar nos recipientes danificados ou no • Forma mistura explosiva com o ar e agentes
material derramado sem o uso de vestimentas oxidantes
adequadas • Combustão pode gerar fumos anestésicos
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
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“33.3.5.6 Todos os supervisores de entrada de- “35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve
vem receber capacitação específica, com carga ter carga horária mínima de oito horas, conforme
horária mínima de quarenta horas para a capaci- conteúdo programático definido pelo emprega-
tação inicial.” dor.”
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPE- proteção do usuário contra riscos de queda no
RIORES posicionamento em trabalhos em altura.”
I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM “12.147.1. O curso de capacitação deve ser espe-
DIFERENÇA DE NÍVEL cífico para o tipo máquina em que o operador irá
exercer suas funções e atender ao seguinte con-
(Alterado pela Portaria SIT nº 292, de 8 de dezembro teúdo programático:
de 2011)
a) histórico da regulamentação de segurança so-
I.1 - CINTURAO DE SEGURANÇA COM DISPOSI- bre a máquina especificada
TIVO TRAVA-QUEDA
a) cinturão de segurança com dispositivo trava- b) descrição e funcionamento
-queda para proteção do usuário contra quedas c) riscos na operação
em operações com movimentação vertical ou
d) principais áreas de perigo
horizontal.
e) medidas e dispositivos de segurança para evi-
I.2 - CINTURÃO DE SEGURANÇA COM TALA- tar acidentes
BARTE f ) proteções - portas, e distâncias de segurança
a) cinturão de segurança COM TALABARTE para
proteção do usuário contra riscos de queda em g) exigências mínimas de segurança previstas
trabalhos em altura nesta Norma e na NR 10
b) cinturão de segurança COM TALABARTE para h) medidas de segurança para injetoras elétricas
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
LITERATURA CONSULTADA
CHANSELME, J.L. Manual de Beneficiamento do algodão. IMAmt, AMPA: Cuiabá, 2014. 368 p.
Disponível em <http://www.imamt.com.br/system/anexos/arquivos/237/original/2_-_MANUAL_8_
AO_14.pdf?1404999627> Acessado em 03/05/2016.
BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, Portaria 3.214, de 08 de junho de 1978, NR1, NR4, NR5,
NR6, NR7, NR9, NR11, NR12, NR13, NR14, NR15, NR17, NR23, NR26, NR31, NR33, NR35. Disponível
em< http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamenta-
doras>Acessado em 03/05/2016.
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
SEITO, A.I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. Ed. Projeto: São Paulo,
2008. 496 p.
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MANUAL DE QUALIDADE DA FIBRA
A sustentabilidade na cotonicultura
brasileira : programa de certificação
ABR e sistema de licenciamento BCI
Félix
BALANIUC 1. Certificação Algodão de sua fundação, destaca-se como
IAS Socialmente Correto (2007) - demanda dos produtores a criação
Origem da certificação ABR do Programa de Certificação Algo-
dão Socialmente Correto, em 2007,
O incremento do plantio de algo- em parceria com a empresa certifica-
dão no cerrado a partir da década dora ABNT (Associação Brasileira de
de 1990, em especial em Mato Gros- Normas Técnicas), que foi adotado
so, a produção em nível empresa- pela Abrapa em 2009 e estendido às
rial, tecnificada e de larga escala, e a demais associações estaduais, sob o
preocupação com o futuro de seus nome de Programa de Certificação
empreendimentos agrícolas levaram Socioambiental (Psoal).
naturalmente o produtor mato-gros- Os dois programas, Algodão Social-
sense a unir seus esforços e a criar a mente Correto do IAS e Psoal, foram
Associação Mato-grossense de Pro- unificados em 2012 em regra única
dutores de Algodão (Ampa), em 1997. de certificação, dando origem ao Pro-
Essa iniciativa motivou, posteriormen- grama Algodão Brasileiro Responsá-
te, a criação de outras associações es- vel (ABR).
taduais e da Associação Brasileira de
Produtores de Algodão (Abrapa). 2. Programa de certificação ABR
Destacado por seu elevado nível de
gestão empresarial, sempre conecta- O programa ABR foi criado em
do ao mundo das commodities e das 2012, com a fusão dos protocolos dos
inovações tecnológicas, o cotonicul- programas de certificação de susten-
tor mato-grossense logo descobriu tabilidade IAS e Psoal, sob a coorde-
as vantagens em adotar práticas sus- nação da Abrapa, e representa a união
tentáveis na produção agrícola como dos produtores das associações esta-
forma de assegurar o futuro de seus duais, com intuito de consolidar, para
empreendimentos rurais e sua per- o mercado comprador e consumidor,
manência no mercado. a imagem do algodão sustentável
Nesse viés, em 2005, os produtores produzido no Brasil. O programa ABR
associados à Ampa começaram a é financiado com recursos do Institu-
abordar a questão da sustentabili- to Brasileiro do Algodão (IBA).
dade e decidiram, de forma pioneira Seus critérios, já adotados nos
e arrojada, criar o Instituto Algodão programas que o antecederam, en-
Social (IAS), com objetivo de estrutu- globam os três pilares do desenvol-
rar um programa de orientação aos vimento sustentável — social, am-
produtores, não apenas para cumprir biental e econômico — e têm como
a legislação ambiental e trabalhista escopo produzir o algodão de forma
de segurança e saúde do trabalho, socialmente justa, ambientalmente
mas também para incluir a prática de correta e economicamente viável.
ações sociais e ambientais na gestão O programa ABR buscou unifor-
das fazendas. mizar os processos de certificação e
Entre as várias iniciativas sociais pla- teve como objetivo principal disse-
nejadas e executadas pelo IAS des- minar entre os associados os pilares
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cho de acesso ao mercado mundial do algodão tão competitivo, é preciso buscar formas de di-
sustentável brasileiro. ferenciar nossos produtos”, comenta Evandro
Representa também uma visão de futuro da Antônio Mariano, gerente de uma das fazendas
cotonicultura brasileira, considerando que a certificadas e licenciadas, a respeito da mudan-
meta do BCI é alcançar 30% do mercado mun- ça no processo de certificação.
dial com algodão Better Cotton até 2020. O Brasil é o líder mundial na produção de al-
Segundo o produtor Gilson Pinesso, presi- godão Better Cotton, exportando 60% de todo o
dente da Abrapa à época da realização do ben- algodão BCI comercializado pelas trades.
chmarking: “O Brasil já é o maior produtor de Os números abaixo são referentes à produ-
algodão BCI no mundo e, com essa harmoni- ção do algodão sustentável após a unificação
zação dos protocolos, a tendência é termos um dos programas ABR e BCI; são representativos
crescimento ainda maior. Isso demonstra o van- e confirmam o sucesso dessa parceria que con-
guardismo dos cotonicultores brasileiros e sua tribui, de forma decisiva, para a consolidação
preocupação com a sustentabilidade”. da boa imagem do nosso algodão no mercado
“Passamos a ser vistos com outros olhos por comprador e consumidor, agrega valor pela cer-
nossos clientes e também pelos representan- tificação de sustentabilidade e assegura o futu-
tes dos órgãos fiscalizadores. Em um mercado ro da cotonicultura brasileira. n
BAHIA 26 31 38 46 7 5 2 2
GOIÁS 15 18 18 15 1 0 0 7
MARANHÃO 2 2 2 2 0 0 0 0
MATO GROSSO 151 145 127 122 37 26 32 35
MATO GROSSO DO SUL 4 3 0 10 0 0 0 0
MINAS GERAIS 1 10 7 10 0 0 0 0
PIAUI 0 6 2 2 0 0 0 0
O gerente de parceria da BCI, o britânico Corin Wood-Jones, que percorreu várias fazendas licenciadas
BCI em Mato Grosso na safra 2014/2015 para conhecer o sistema produtivo e para aproximar BCI e produ-
tores, comentou: “A função do BCI é desafiar os produtores de algodão a serem melhores, e os agricultores
do Brasil (e de Mato Grosso) podem desafiar a BCI a ser melhor”. Finalizando, Wood-Jones afirmou: “Nossa
meta é que o algodão BCI seja a commodity mais importante do mercado em 2020”.
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MANUAL
MANUAL DE
DE QUALIDADE
QUALIDADE DA
DA FIBRA
FIBRA
Bruno Bachelier
Cirad; bruno.bachelier@cirad.fr; Montpellier, França
Formado em genética e melhoramento das plantas na Universidade Paris-Or-
say, desde 1985 é pesquisador do Centre de Coopération Internationale en Re-
cherche Agronomique pour le Développement (Cirad), organismo de pesquisa
agronômica e de cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável
das regiões tropicais e mediterrâneas. Trabalhou 13 anos na África Central como
melhorista e especialista da fibra de algodão e realizou, durante o seu douto-
rado, pesquisas sobre a melhoria dos produtos dessa planta. Suas experiências
profissionais o levaram a colaborar com parceiros europeus, africanos, asiáticos,
americanos, em particular no Brasil, na área de beneficiamento do algodão. Co-
-obtentor de diversas variedades de algodão e co-autor de diversas publicações
científicas, coordenou a edição de um Manual de Qualidade para as cadeias algo-
doeiras da África Central e do Oeste. Recentemente, realizou um estudo sobre a
situação da pesquisa algodoeira na África. Atualmente, é diretor adjunto da uni-
dade de pesquisa Aïda, representante da cadeia algodoeira no Cirad e membro
do painel SEEP do ICAC, tratando do impacto social, ambiental e econômico do
algodão.
Jean-Paul Gourlot
Cirad; jean-paul.gourlot@cirad.fr; Montpellier, França
Graduação em Engenharia Têxtil pela Universidade de Mulhouse, especializado
na transformação da fibra de algodão. Realizou um PhD sobre viés na caracteri-
zação das fibras e uma HDR sobre métodos de caracterização das fibras e seu uso
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AMPA
AMPA -- IMAmt
IMAmt 2018
2018
na cadeia algodoeira, com aplicações desde em programas de melhoramento genético até na indústria
têxtil, incluindo o estudo das interações com as condições de produção da fibra a campo. Já foi diretor
do Laboratório de Tecnologia Algodão do Centre de Coopération Internationale en Recherche Agrono-
mique pour le Développement (Cirad) na França. Desde os anos 90, Jean-Paul Gourlot participa de vários
grupos nacionais e internacionais para a calibração/padronização de diversas características da fibra,
como ICAC-CSITC e ITMF-ICCTM.
Vanessa Bellote
Santista WorkSolution S/A; vanessa.bellote@santistasa.com.br; Americana-SP
Possui graduação em Tecnologia Têxtil pela Unesp, Fatec Americana (2004) e Engenharia de Produção
pela Anhanguera Educacional (2010). É pós-graduada em Gestão da Produção pela Universidade Fe-
deral de São Carlos (UFSCar, 2006) e MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2017). Tem vasta expe-
riência na área industrial de fiação de algodão e atualmente é gerente de Controle de Qualidade do
Algodão na Santista WorkSolution S/A.
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MANUAL
MANUAL DE
DE QUALIDADE
QUALIDADE DA
DA FIBRA
FIBRA
Jean-Louis Belot
IMAmt; jeanbelot@imamt.com.br; Primavera do Leste-MT
Engenheiro agrônomo, mestre e doutor-engenheiro em Agronomia pela ENSA
Montpellier, França. Atuou como melhorista de algodão no Centre de Coopéra-
tion Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (Cirad) de
1984 até 2008, com experiência na África e na América Latina. Foi coordenador da
equipe de pesquisa sobre algodão do Cirad no Cone Sul Americano, do Programa
Algodão da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec) e da unidade de
pesquisa UR10 do Cirad. Foi responsável pelo comité científico do 9o Congresso
Brasileiro do Algodão, em Brasília, em 2013, e editor técnico de diversas publica-
ções do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt). Atualmente, é coordena-
dor do programa de melhoramento algodão do IMAmt e coordenador técnico do
Programa de Qualidade de Fibra de Algodão.
340
AMPA
AMPA -- IMAmt
IMAmt 2018
2018
Ciro A. Rosolem
Unesp; rosolem@fca.unesp.br; Botucatu-SP
Graduado em Agronomia em 1973, mestre em Agronomia - Solos e Nutrição de Plantas em 1978 e dou-
tor em Agronomia - Solos e Nutrição de Plantas em 1979 pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz” (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP). Cientista visitante da Universidade da Califórnia,
Davis, em 1984/85. Foi fundador, diretor e diretor-presidente da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrí-
colas e Florestais. Foi diretor do Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) e coordenador da área de ciências agrárias da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) de 1995 a 2007. Foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo e é membro do International Plant Nutrition Council e vice-presidente do CCAS (Con-
selho Científico Agro Sustentável). Tem experiência na área de agricultura, com ênfase em fertilidade
do solo, adubação, fisiologia aplicada, crescimento radicular, sistemas de produção agrícola, rotação de
culturas e ciclagem de nutrientes, atuando principalmente nas culturas do algodão, soja, plantas de co-
bertura e integração lavoura-pecuária. Atualmente, é professor titular do Departamento de Produção e
Melhoramento Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, em Botucatu-SP.
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MANUAL
MANUAL DE
DE QUALIDADE
QUALIDADE DA
DA FIBRA
FIBRA
Jean-Luc Chanselme
Cotimes do Brasil; jean@cotimesdobrasil.com.br; Cascavel-PR
Mestre pela Universidade de Paris XI, especialista em Manejo e Tecnologia do Be-
neficiamento do Algodão pela Mississippi State University (Estados Unidos). Admi-
nistrador e diretor técnico da empresa de consultoria em tecnologia do algodão
Cotimes do Brasil.
Rodrigo Sperotto
IMAmt; rodrigosperotto@imamt.com.br ; Rondonópolis-MT
Coordenador da Escola de Beneficiamento do Instituto Mato-Grossense do Algo-
dão (IMAmt) no CTA de Rondonópolis-MT.
Félix Balaniuc
IAS; advbalaniuc@hotmail.com; Cuiabá- MT
Advogado, diretor-executivo do Instituto Algodão Social (IAS)
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AMPA
AMPA -- IMAmt
IMAmt 2018
2018
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