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UNIDADE 01
INTRODUÇÃO
ADMINSTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE CUSTOS
Passivo Circulante
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
Afim de se aprofundar no assunto se faz necessário ressaltar alguns conceitos, tais como:
- Custo: É o valor de bens e serviços consumidos na produção de outros bens e serviços. São os
gastos relacionados aos produtos.
- Despesa: É o valor dos bens ou serviços não relacionados diretamente com a produção de outros
bens ou serviços consumidos em um determinado período. Valores gastos para obter receita
- Gasto: É o valor dos bens ou serviços adquiridos. Pode se converter em custo ou despesas
- Desembolso: É o pagamento resultante das aquisições de bens ou serviços.
- Perda: É o valor dos bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
- Desperdício: É o consumo intencional, e não direcionado à produção de um bem ou serviço.
- Investimento: bens e direitos registrados no ativo das empresas.
01.02 Classificação e as fases dos custos
1.2)”Custo de Uso”:
a) Utilização de bens adquiridos de outros empresários.
b) Depreciação do capital fixo (equipamentos).
2.1)”Custo de Obsolescência”: O equipamento com o passar do tempo perde seu valor, devido ao
desgaste natural das máquinas ou á existência de equipamentos mais modernos. Isso diminui o
capital, porém é previsto pelo empresário, o que provoca nas indústrias um aumento de custos com
equipamentos obsoletos. Com isso há um “desinvestimento”, que é quando a empresa desativa os
equipamentos de produção danificados ou ultrapassados.
2.2)”Custo Fortuito” (involuntário): O capital pode ser reduzido por uma série de fatores. Por isso
deve-se reconhecer a redução do capital e do patrimônio da empresa. Nossa legislação prevê o
acontecimento de tais ocorrências, permitindo a regularização de seus registros contábeis, para que
seja retratada a verdadeira situação econômico-financeira da empresa.
Custos de Produção
Viabilidade financeira:
A análise financeira inicia-se pela definição do volume de produção que a empresa pretende
fabricar;
Depois, calcula-se o investimento físico;
definem-se e calculam-se os custos fixos;
estimam-se os custos variáveis;
projetam-se os custos totais;
identificam-se os custos de comercialização e a margem de lucro;
calcula-se o preço de venda;
apuram-se as receitas e os resultados operacionais;
projeta-se o investimento inicial;
e, para finalmente, analisar a viabilidade financeira do empreendimento.
*A capacidade nominal de produção das máquinas, equipamentos e instalações além dos recursos
financeiros;
*Disponibilidade de matérias- primas, materiais secundários e embalagens;
*Mão-de-obra disponível;
- as matérias-primas,
- materiais secundários,
- embalagens,
- mão- de- obra direta,
- salários e encargos sociais destes ligados diretamente a produção.
Mão- de obra direta são os operários que estão diretamente ligados ao volume de produção, já que o
administrativo não interfere a produtividade se sua jornada de trabalho for diferente do operário.
Custos Fixos Os custos fixos são aqueles que ocorrem independentemente da produção ou das
vendas.
Os custos fixos anuais da empresa são as despesas de manutenção necessárias para manter o
funcionamento da mesma. Sendo denominados também de custos de funcionamento ou custos de
estrutura. Geralmente estes custos são compostos pelos salários e encargos sociais do pessoal
administrativo, aluguéis, pró-labore dos sócios, materiais de limpeza e profissionais como
contadores, advogados etc. Gastos com depreciação, seguro e manutenção e seguros são calculados
utilizando-se percentuais definidos em lei que incidem sobre o valor de cada bem.
Custos finais de produção (CP) O custo de produção é, portanto, igual a soma dos custos dos
materiais diretos como o rateio dos custos fixos e dos custos da mão- de obra. Assim para saber o
quanto realmente vai custar produzir basta somar três itens: materiais diretos (MD), mão–de–obra
direta (MO) e custo fixo (CF) e dividir o volume de produção (VP), ou seja:CP = (MD+ MO+ CF) /
VP Os rateios são calculados proporcionalmente ás quantidades fabricadas de cada produto. O
custo anual de produção ocorre da soma do custo dos materiais diretos para o mesmo produto com o
rateio do custo de mão-de-obra direta e o rateio do custo fixo. E, finalmente, para calcular o custo
unitário de produção, basta dividir o custo anual de produção pela quantidade fabricada de cada
produto, assim o custo unitário de produção é obtido pelo custo mensal de produção dividido pela
quantidade anual de produção.
01.03 Composição dos custos de produção e dos produtos - mercadoria - serviços vendidos
(CPV,CMV e CSV)
CMV = EI + C - EF
Onde:
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final (inventário final)
Exercícios;
1- Calcular o valor de compras, sabendo-se que o Estoque em x1 é R$ 200.000,00 o Estoque
final é R$ 170.000,00 e o custo da mercadoria vendida é de R$ 86.000,00.
2- Calcular o custo de mercadoria vendida, onde o estoque inicial é R$50.000,00, e o estoque
final é de R$ 60.000,00 e foi efetuado R$ 30.000,00 de compras.
No caso de produtos (bens produzidos por uma indústria), a fórmula é semelhante ao CMV:
Onde:
Onde:
Exemplo:
Custos – São gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. Ligados
a produção
Despesas – Bem ou serviço consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Gastos
ligados a administração
Estes são os questionamentos que a contabilidade de custos, através de um bom sistema de custos,
auxilia a resolver. Levando-se em consideração o perfil do usuário destas informações para o
efetivo entendimento e conseqüente utilização.
Já o Custo dos Produtos Vendidos, são aqueles incorridos na divisão fabril, correspondente à
quantidade que foi vendida, isto porque nem toda a produção de um período pode ter sido vendida,
e assim ter sido estocada para venda em outro período
Contabilidade de custos
Para se alcançar estes objetivos, Perez Júnior (2001) indica sistemas de custeio, em sua opinião
mais adequados, listados a seguir:
a) Apuração do custo dos produtos e dos departamentos: o sistema de custos fornece informações
que possibilita a identificação dos responsáveis pelo consumo dos gastos dentro das organizações.
b) Atendimento de exigências contábeis: a lei nº 6.404/76 determina que a escrituração contábil seja
elaborada segundo os princípios contábeis. A metodologia indicada por este autor para atender os
princípios contábeis é o denominado custeio por absorção.
c) Atendimento de exigências fiscais: O único método aceito pela legislação de imposto de renda é
o custeio por absorção.
d) Controle dos custos de produção: para efeito do controle é indicado o custeio-padrão.
e) Custos para melhoria de processos: o método de custeio baseado em atividades, este método
identifica as atividades que não adicionam valor ao custo dos produtos e como se proceder para a
sua eliminação.
f) Auxílio na tomada de decisões gerenciais: neste caso o autor sugere que seja utilizado o método
de custo direto ou variável, por ser capaz de gerar informações de forma mais rápida.
g) Custos para otimização de resultados: o conceito de Teoria das Restrições que oferece
informações sobre a superação de metas e resultados.
UNIDADE 02
ESTRUTURA DAS EMPRESAS PARA EFEITO DE CUSTO
Sistema de custos
O administrador exerce papel fundamental nas organizações e que é recomendável que além do
sistema de custos, deve utilizar outras ferramentas de gestão em conjunto para estar em sintonia
com o mercado.
Informação
As informações são importantes quanto são úteis, Marion (1996) comenta que os principais
objetivos de um sistema de custos estão relacionados com o auxilio a administração, pois fornece
informações sobre as atividades mais lucrativas, ou com menor ou maior custo.
A informação no ponto de vista de Beuren (1998) possibilita a elaboração de estratégias
empresariais e tem grande utilidade no controle das diversas operações nas organizações. No
entanto, o maior desafio da informação “é o de habilitar os gestores a alcançar os objetivos
propostos para a organização, por meio de do uso eficiente dos recursos disponíveis.” (BEUREN,
1998, p. 43)
Normalmente ocorre certa confusão entre a conceituação de dados e informação, estas se
diferenciam quanto ao tratamento que recebem. Beuren (1998) comenta que a coleta de dados será
feita considerando-se o perfil do tomador de decisão e suas necessidades. Após coletados os dados,
são organizados e classificados, transformando-se em informação.
Neste sentido, a informação mostra-se capaz de auxiliar na definição do tipo de estratégia que a
empresa deseja adotar. Porter (1992) quando se refere à definição da estratégia que a organização
pode adotar, como por exemplo, se ela optou pela liderança em custos, terá que ter um maior
controle de seus custos para oferecer preços menores que os praticados pela concorrência.
A interface que a informação mantém com o tipo de estratégia que a organização escolheu, definirá
o tipo, quantidade e direcionamento das informações. Numa posição estratégica de custos menores,
obviamente a organização necessitará de informações mais detalhadas e precisas relativas à sua
estrutura de custos.
Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos
departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as
informações de negócios.
UNIDADE 03
É óbvio, antes de se iniciar o ciclo produtivo, a empresa já deve ter armazenado todo o material que
vai necessitar para a elaboração do produto.
Um dos principais requisitos na instalação de um sistema de contabilidade de custo é o
planejamento de um controle apropriado para materiais e suprimentos desde o momento da
autorização de compras, emitido por qualquer setor das empresas, até o consumo.
Diretos
.- Matéria-prima principal
.-Matéria-prima secundaria. - Materiais auxiliares
.-Peças e Componentes. - Material de Embalagem
Indiretos
.- Material de Manutenção
.- Limpeza e Conservação
.- Material de Consumo
.- Combustíveis e Lubrificantes
.- Outros
3.1-Compras
Manter o equilíbrio apropriado de materiais em mãos é um dos objetivos mais importantes no
controle de materiais. Um estoque de tamanho e diversidade suficientes para uma operação eficiente
precisa ser mantido, mas o tamanho não deve ser excessivo com relação às necessidades
programadas de produção. Além disso, níveis de estoque maiores do que os necessários podem
aumentar a possibilidade de perdas por danos, deterioração e obsolescência. O planejamento e o
controle do investimento em estoque de materiais requer que todos esses fatores sejam
cuidadosamente estudados para determinar;
quando os pedidos devem ser feitos e;
quantas unidades devem ser pedidas.
Pedido de compras
Ponto de Pedido. Um nível mínimo de estoque deve ser determinado para cada artigo de matéria-
prima, e os registros de estoque devem indicar quanto de cada artigo está em mãos. O cálculo do
ponto de pedido é baseado nos seguintes dados:
Estoque de segurança — o nível mínimo estimado de estoque necessário para proteger contra
faltas de estoque (esgotamento de estoque) As faltas de estoque pode ocorrer devido às estimativas
imprecisas de uso ou de prazo de entrega, ou várias outros eventos não previstos, como o
recebimento de materiais danificados ou materiais inferiores de um fornecedor.
Para ilustrar essa fórmula, suponha que os seguintes dados tenham sido determinados ao analisar
os 5(cinco) fatores relevantes para o estoque de materiais:
Por outro lado, terão recebido dos fornecedores as notas fiscais e fatura correspondentes aos seus
suprimentos, estando, portanto, em condições de proceder à verificação da exatidão e cálculos da
fatura do fornecedor, além dos preços e condições de pagamento.
Verificada a obrigação da empresa, o Setor de Contas a Pagar deve preparar um documento que
será utilizado como reconhecimento da obrigação aprovada, contabilização e controle de
vencimentos.
Todos os materiais usados na produção são entregues com base em requisições. Naturalmente, as
requisições devem ser planejadas de forma a fornecerem todas as informações necessárias para
correta apropriação do custo dos materiais, como: setor requisitante, conta que irá absorver os
custos, ordem de produção ou centro de custo, quantidades requisitadas e fornecidas, identificações
do material, custo unitário e total, assinaturas etc.
A apropriação dos custos dos materiais se processa pela leitura, classificação e acumulação das
requisições, em conformidade com os fins para os quais os materiais foram utilizados.
BANCO ALMOXARIFADO Entrada para estoque Ficha de depósito bancário Nota fiscal de
compra Saída do estoque Cheque Requisição de material
Eficiência do Almoxarifado
A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente :
1.da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do conseqüente aumento do número
das viagens de ida e volta;
2.do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas; 3.da melhor utilização de sua
capacidade volumétrica;
Organização do Almoxarifado
PERFIL DO ALMOXARIFE
O material humano escolhido deve possuir alto grau de sentimento de honestidade, lealdade,
confiança e disciplina.
RECEBIMENTO
Conceituação Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao
fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa. As
atribuições básicas do Recebimento são :
1.coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais; 2.analisar a
documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;
3.controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a
serem efetivamente recebidos;
4.proceder a conferência visual, verificando as condições de embalagem quanto a possíveis avarias
na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;
5.proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;
6.decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
7.providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor;
8.liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;
SELEÇÃO DO TIPO DE INSPEÇÃO A depender da quantidade, a inspeção pode ser total ou por
amostragem, utilizando-se de conceitos estatísticos. A análise visual tem por finalidade verificar o
acabamento do material, possíveis defeitos, danos à pintura, amassamentos. A análise dimensional
tem por objetivo verificar as dimensões dos materiais, tais como largura, comprimento, altura,
espessura, diâmetros. Os ensaios específicos para materiais mecânicos e elétricos comprovam a
qualidade, a resistência mecânica, o balanceamento e o desempenho de materiais e/ou
equipamentos. Testes não destrutivos de ultra-som, radiografia, líquido penetrante, dureza,
rugosidade, hidráulicos, pneumáticos também podem ser realizados a depender do tipo de material.
REGULARIZAÇÃO Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação da
conferência qualitativa e quantitativa, respectivamente por meio do laudo de inspeção técnica e pela
confrontação das quantidades conferidas versus faturadas. O processo de Regularização poderá dar
origem a uma das seguintes situações :
a)liberação de pagamento ao fornecedor ( material recebido sem ressalvas);
b)liberação parcial de pagamento ao fornecedor;
c)devolução de material ao fornecedor;
d)reclamação de falta ao fornecedor; e)entrada do material no estoque;
Como a empresa compra várias unidades em períodos diferentes com diferentes valores, e nem
sempre consome na mesma proporção, elas acabam misturando-se no almoxarifado. Para atribuir
custo as unidades consumidas, são usadas os critérios do sistema de Inventários-Periódico ou
Permanente.
Periódico - quando não existe o controle de estoque. O consumo será determinado através da
contagem física dos materiais, assim o consumo de materiais é determinado através da fórmula:
Consumo =Inventario Inicial + Compras do Período – Inventario Final.
Permanente – quando existe um controle continuo dos materiais por meio de fichas de estoques. O
consumo e os custos são calculados a qualquer momento pela contabilidade. A contagem física é
feita freqüentemente pelos controles internos da Contabilidade de Custos e conferida pela Auditoria
Interna. Para que possamos calcular os valores de materiais em estoque e seus custos e consumo,
são usados três sistemas básicos de avaliação.
Para isto usamos Métodos de Avaliação de Estoque;
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
Compras Debita – Estoque de Matéria-prima
Debita – Impostos a Recuperar (IPI e ICMs.)
Credita – Fornecedores / Caixa
Credita – Fretes a pagar
O conceito de custo de mão-de-obra e os elementos componentes desse custo são os mais diversos
possíveis.
04.02 Classificação
2. Classificação
1) Fase da Procura
Nesta fase, a tarefa a ser executada é contratar gente para preencher as vagas atuais e futuras. Para
que isto ocorra e necessário verificar:
• os requisitos dos cargos a preencher
• que espécie e quanto de pessoal devem ser procurados
• em que fonte se deve procurar
• os procedimentos que devem ser usados para fazer a triagem dos candidatos
• o uso de instrumentos como entrevistas e testes
• o lugar das transferências e promoção na função de procura
Etc.
2) Fase de Desenvolvimento
Esta é a fase de Treinamento e Educação de Pessoal. Assim as aptidões, perícias e capacidades dos
empregados na execução dos trabalhos específicos devem ser aumentados através do processo de
Treinamento. Por outro lado, a melhoria do conhecimento, compreensão ou atitude dos empregados
com relação a seu ambiente de trabalho, de modo que fiquem mais bem ajustados, é realizada com a
Educação.
3) Fase de Manutenção
Nesta fase identificam-se os seguintes itens para manter a mão-de-obra:
• Remuneração
• Benefícios extras. São exemplos os programas de seguros, direitos de pensão, férias e
licença remunerada por motivo de doença, e indenizações por demissão.
• Outros benefícios e participação dos empregados, como por exemplo os programas
recreativos, sociais e esportivos, programas de participação através de publicações da empresa,
serviços de conveniência, como instalações de restaurantes, lojas de empresas, cooperativas de
crédito etc.
• Segurança Física, ou seja, a sensação que cerca o trabalhador, sendo particularmente
importantes as condições de trabalho.
4) Fase da utilização
Nesta fase procura-se criar maior cooperação, reduzir conflitos e proporcionar adaptação a
mudanças, ou seja, procura-se a utilização de uma força de trabalho eficaz.
A pesquisa de pessoal e sua avaliação são os instrumentos de que a administração se utiliza para
atingir este objetivo.
“Quando o tempo de trabalho do operário pode ser identificado com o produto, lote de produtos,
processo fabril ou centro de custos, o salário correspondente é considerado como mão-de obra
direta. Para efeitos práticos, então, considera-se como mão-de-obra direta, ou simplesmente MCD,
o salário do operário cuja ocupação estiver diretamente relacionada ao produto que está sendo
fabricado. Os demais operários (. . .) embora imprescindíveis à tarefa de produzir, não se encontram
diretamente identificados com um determinado produto ou centro de custos. Nesse caso, serão
considerados como mãode-obra indireta (MOI)”.
No entender de Eliseu Martins , a mão-de-obra direta é definida como “aquela relativa ao pessoal
que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, sendo possível a averiguação de qual o
tempo despendido e de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta
ou rateio”
No que tange à mão-de-obra indireta, Eliseu Martins comenta que esta só é apropriada por meio de
fatores de rateio, com alto grau de arbitrariedade, e que pode, com menor grau de erro e
arbitrariedade, ser alocada ao produto.
Outra classificação possível dos custos de mão-de-obra é quanto à sua variabilidade em relação à
produção.
“a mão-de-obra direta e teoricamente considerada como um custo variável. Todavia, isso somente
se verifica quando os operários recebem por unidade produzida. Uma vez que a força de trabalho é
difícil de ser reduzida ou aumentada como decorrência de reduções ou aumentos ligeiros na
produção, o custo de mão-de-obra direta permanece sempre o mesmo, salvo quando houver
alterações drásticas ou prolongadas no ritmo de funcionamento da atividade fabril. Mesmo assim, o
custo será considerado fixo, embora variando por degraus”.
Porém, segundo Eliseu Martins, “Mão-de-obra Direta não se confunde com o total pago a produção,
mesmo aos operários diretos. Só se caracteriza como tal a utilizada diretamente sobre o produto.
Portanto, a Mão-de-obra Direta varia com a produção, enquanto a Folha relativa ao pessoal da
própria produção é fixa”.
Eliseu Martins acrescenta porém: “Uma exceção pode existir, entretanto, e podemos ter Mão-de-
obra Direta Fixa. Tal ocorre quando existe um equipamento que tem o seu volume de produção
ditado por regulagem. Aumenta ou diminui o volume da produção, mas continua o mesmo número
de homens diretos trabalhando, pelo menos dentro de certos limites. Neste caso , assume a Mão-de-
obra Direta o comportamento de custo fixo”.
Do exposto concluímos que os custos de mão-de-obra podem ser classificados sob os seguintes
aspectos:
• quanto ao ciclo de vida
• quanto à relação com os produtos elaborados
• quanto à variabilidade em relação à produção
Quanto ao Ciclo de Vida
a) Gastos para atrair (contratar) mão-de-obra
• Recrutamento
• Entrevistas de admissão
• Procedimentos de teste e seleção
• Exames médicos admissionais
• Contratação
• Etc.
b) Gastos para adaptar a mão-de-obra
• Integração
• Aprendizagem e Treinamento
• Etc.
c) Gastos para reter (manter) mão-de-obra
• Remuneração Básica
• Remuneração Suplementar
• Gastos com bem-estar dos empregados (remuneração indireta)
• Gastos com Desenvolvimento
Contribuições Sociais
• Etc.
d) Gastos para desligar (demitir) mão-de-obra
• Entrevista de desligamento
• Aviso-prévio
• Indenizações
• Cálculo/Pagamento/Homologação da rescisão
• Etc.
Definição de custo de mão-de-obra como sendo o custo de manter um empregado no trabalho por
uma hora ou dia. Se amplia ainda mais os elementos do custo da mão-de-obra, acrescentando:
- Bônus por não acidente;
- Férias;
- Pagamento por serviço em júri;
- Gastos com treinamento;
- Gastos com desligamento na demissão;
- Compensação para desempenho;
- Benefícios aos idosos;
- Seguro de vida;
- Seguro-saúde;
- Etc.
Remuneração Básica
É todo e qualquer pagamento efetuado aos empregados em retribuição aos serviços prestados, por
força de lei, negociação individual ou coletiva, ou ainda por liberdade do empregador. Compõe-se
de três
parcelas:
-Remuneração do tempo a disposição do empregador;
-Remuneração complementar
-Ausências remuneradas
a) Remuneração do tempo á disposição do empregador
É todo pagamento e efetuado aos empregados em retribuição aos serviços efetivamente prestados
ou ao
período em que o empregado
permaneceu à disposição do empregador. Pode ser estipulada:
1) Com base no tempo
• Hora
• Dia
• Semana
• Quinzena
• Mês
• Etc.
2) Com base na produção efetiva ou na tarefa executada:
• Peças produzidas
• Metros fabricados
• Unidades vendidas
• Aulas ministradas
• Valores de vendas
• Etc.
3) Mista.
É aquela baseada parte no tempo, parte na produção.
b) Remuneração Complementar
Custo de Mão-De-Obra e Encargos Sociais
É todo e qualquer pagamento efetuado aos empregados, porém não em contraprestação a serviços
prestados, e sim por força da lei, negociação individual ou coletiva, ou por liberdade do
empregador, como complementação da remuneração do tempo a disposição do empregador.
Pertencem a este grupo:
1) Prêmios:
• Assiduidade
• Pontualidade
• Produção e produtividade
• Por não ocorrência de acidentes
• Etc.
2) Adicionais
• Horas extras
• Noturno
• Periculosidade
• Insalubridade
• Por tempo de serviço: anuênios, qüinqüênios, etc.
• Etc.
3) Ajuda de custo
4) Diárias para viagens
5) Outras Gratificações
6) Bonificações de turno (penosidade)
7) Etc.
c) Ausências Remuneradas
São obrigações devidas pelos empregadores relativamente a períodos em que os empregados não
tenham permanecido à sua disposição. São as seguintes:
1) Repouso semanal remunerado
2) Feriados
3) Ausências por motivos pessoais
4) Ausências por motivos cívicos: para votar, para satisfazer às exigências do serviço militar etc.
5) Auxilio-doença (15 primeiros dias)
6) Auxilio-acidente (15 primeiros dias)
7) Etc.
Remuneração Suplementar
É todo e qualquer pagamento efetuado aos empregados, porém não em contraprestação a serviços
prestados, e sim por força de lei, negociação individual ou coletiva, ou por liberdade do
empregador, como
ampliação da remuneração básica. Exemplos:
- Décimo-terceiro salário
- Férias
- Adicional constitucional de férias
- Etc.
Custo de Mão-De-Obra e Encargos Sociais
Entendemos que as contribuições sociais que têm como fato gerador outros eventos que não a folha
de salários (PIS sobre faturamento, FINSOCIAL, Contribuição Social sobre o Lucro etc) não fazem
parte do custo da mão-de-obra, por não estarem diretamente relacionados à força de trabalho.
05.03 Processo de distribuição dos Custos Indiretos por centro / departamento e por produtos
(rateios)
UNIDADE 06
SISTEMA DE CUSTOS E DE CUSTEAMENTOS
Custeio Direto (ou Variável): É um método de custeio usado para alocação apenas dos custos
variáveis ao produto. Segundo Leoni "o sistema de custeio variável ou direto é um método que
considera apenas os custos variáveis de apropriação direta como custo do produto ou serviço".
Segundo Lopes de Sá (1990, p. 108) diz que o custeio variável é "o processo de apuração de custo
que exclui os custos fixos". Segundo Meglioni "enquanto no custeio por absorção eles são rateados
aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo diretamente para o
resultado igualmente as despesas". A diminuição da necessidade de rateio deve-se ao fato de que no
sistema de custeio variável, são alocados aos produtos e/ou serviços, somente os custos variáveis e,
como na maioria dos casos, os custos variáveis também são diretos, não alocando os rateios dos
custos indiretos. Ele é usado para eliminar qualquer distorção na apuração dos custos oriundos de
problemas com rateios pois os custos fixos são tratados como despesas.
Custeio por absorção (ou integral): O sistema de custeio por absorção é o sistema que apura o valor
dos custos dos bens ou serviços, tomando como base todos os custos da produção incluindo os
custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Segundo Meglioni, "o custeio por absorção é o método
que consiste em atribuir aos produtos fabricados todos os custos de produção, quer de forma direta
ou indireta. Assim todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são absorvidos pelos produtos."
Custo-padrão: são custos predeterminados, porém, diferentemente dos custos estimados, são
calculados com base em parâmetros operacionais, e utilizados em operações repetitivas de
produção, onde não compensaria calcular o custo individual de cada repetição.
Esta área científica é muito polêmica, por não se tratar, em geral de discussões e controvérsias sobre
critérios empíricos e não científicos, tendo assim uma elevada margem de contestação. Os
problemas econômicos se assemelham mais a medicina, onde paralelamente ao empirismo
consciente e experiente, são utilizadas técnicas científicas.
Custeio ABC: A alocação dos custos indiretos são baseadas nas atividades relacionadas.
Custo-meta: O custo-meta, também conhecido como Target Costing, é uma estratégia de gestão de
custos que, a partir do preço de mercado e de uma margem de lucro desejada, estabelece um teto de
custo para os produtos ou serviços.
O sistema de custeio por processo, adapta-se a empresas que possuam um sistema de produção
contínua, com processos consecutivos para produção de produtos padronizados. Pode-se citar como
exemplos, as empresas do ramo de eletrodomésticos, produtos químicos, hospitais, etc.
Este processo difere muito do Sistema de Custo Por Ordem de Produção no que tange a acumulação
de custos. No Sistema de Custo Por Ordem de Produção, os custos são acumulados previamente em
ordens de produção, para posteriormente serem aglutinados em seus departamentos produtivos. No
sistema de custeio por processo, a metodologia é inversa, pois primeiramente chega-se aos custos
por processo ou departamento, para posteriormente distribuí-los aos produtos que passam por estes
processos. Com isto, o cerne deste sistema passa a ser os centros de custo e não o produto elaborado
através de uma ordem de produção.
Características do Sistema
O custo por absorção parte do princípio de que os custos e as despesas indiretas fixas são
adicionadas aos estoques e ao custo dos produtos vendidos.
Por sua vez, os princípios que norteiam a metodologia do custo direto não consideram os custos
indiretos como custos de produção. Estes custos são lançados nas planilhas de produção como
custos inaplicáveis ao processo produtivo, qualquer que seja o volume.
Na verdade as duas filosofias utilizam-se de princípios diferentes para fazer os custos indiretos
chegarem ao produto. Uma agrega-os ao custo de produção, enquanto a outra debita da receita de
vendas estes custos, obviamente apresentando resultados distintos nos balancetes de receitas e
despesas.
Todo esse processo de detectação e apropriação que caracteriza o sistema requer frequentemente
um grande número de pessoas dedicadas a este fim, fazendo com que os fluxos de informações
sejam inúmeros, principalmente na detectação do custo da mão-de-obra, aumentando
consideravelmente o seu custo operacional.
Neste sistema o formulário de ordem de produção é o centro nevrálgico, tendo como objetivo
principal apresentar e registrar os gastos com material direto, mão de obra direta e uma estimativa
dos custos indiretos relativos a unidade produzida. Devem estar contidas no formulário de ordem de
produção:
- Modelo e características do produto a ser fabricado;
- Data de emissão e término esperado, bem como estimativa dos custos indiretos de fabricação;
- Locais distintos para registrar material direto e mão de obra direta;
- Resumo dos custos.
Os sistemas descritos anteriormente são os mais utilizados e comentados, porém existem outros
métodos de apuração de custos que merecem ser citados.
Estes serão apresentados a seguir porém não serão analisados em profundidade, o que poderá ser
feito junto a bibliografia citada, caso haja interesse.
A) Método das percentagens: É o mais antigo que se conhece. Parte da premissa que atribui
percentagens de algumas despesas sobre outras.
Exemplos: 1-Percentual de despesas gerais de fabricação sobre mão-de-obra.
2-Percentual de despesas gerais de fabricação somente sobre
mão-de-obra direta.
B) Método da hora/máquina: Este método parte do princípio "de baixo para cima", não baseado
em elementos contábeis e escriturais a serem distribuídos entre os produtos fabricados. Calcula-se o
custo horário de cada operação produtiva em cada máquina e o tempo necessário para cada produto
fabricado. Somando-se todos os elementos básicos, a medida que os produtos passam pelas
diferentes fases de produção, chega-se ao custo total.
C) Método das equivalências: este método possui origem francesa, e está fundamentado na
quantificação da produção diversificada, porém similar, em uma única unidade homogenizadora e
equivalente que expresse toda a produção como sendo um único produto. Os cálculos levam ao
"coeficiente de equivalência", obtendo uma produção total equivalente.
D) Método da unidade padrão de esforço (UEPs): Este método identifica a empresa como
concebida, com o objetivo básico de transformar matéria-prima e em produto final. Para tanto, as
unidades produtivas realizam um esforço de produção nesta transformação. Este esforço, por sua
vez, está associado a uma série de outros esforços parciais, que são, esforço das máquinas e
equipamentos, esforço material, esforço humano e esforço utilidade.
UNIDADE 07
POLÍTICA E FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
UNIDADE 08
ANALISE - CUSTOS - VOLUME - LUCRO (PONTO DE EQUILÍBRIO)
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
COGAN, Samuel, - ABC - poderosa estratégica empresarial, São Paulo: Pioneira, 1994
Crepaldi, Silvio Aparecido -Curso Básico de Contabilidade de Custos - Editora Atlas, 1999
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
lnstítuto Brasileiro de Contadores Curso sobre Contabilidade de Custos - Editora Atlas - 1992
ludicibus, Sérgio de Analise de Custos - Editora Atlas.1988
Leone,George Sebastião Guerra -Custos com Enfoque Administrativo - 2 volumes - Editora
Fundação Getulio Vargas.-1998
Leone,George Sebastião Guerra Custos - Planejamento, Implantação e Controle - Editora Atlas.-
1996
Leone,George Sebastião Guerra Contabilidade de Custos (Abordagem do Sistema ABC) - 2
volumes - Editora Atlas.-1997
Lima, José Geraldo de Custos (Calculo, Sistemas e Analises) - Editora Atlas.
NAKAGAWA, Masayuku- Custeio Baseado em Atividades, São Paulo: Atlas, 1994
Matz, Adolfo,Othel J. Curry e George W. Frank Contabilidade de Custos - 3 volumes- Editora
Atlas.-1978
Martins, Eliseu Contabilidadede Custos - (Abordagem do Sistema ABC) - Editora Atlas.-1996
Kaplan, Roberto S. e Cooper, Robin Custo e Desempenho - Editora Futura - 1998
Araújo, Carlos Roberto Vieira Matemática Financeira - Editora Atlas.1991
Cordeiro, José Bernardo Filho Estrutura e Analise Demonstrações Contábeis - Editora Record.1989
Guia da Ernst & Youg - Gestão Total dos Custos - Editora Record .1993
Santos, Joel José dos Santos Formação de Preços e Lucro Empresarial - Editora Atlas.1992
Valter, Milton Augusto Demonstrações Financeiras - Enfoque Gerencial-2 volumes - Editora
Saraiva.1981