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AULA 5

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES


FINANCEIRAS APLICADAS AO
SETOR PÚBLICO

Prof.ª Bruna dos Santos


INTRODUÇÃO

Nesta aula vamos continuar as análises das contas públicas com foco na
execução orçamentária e na Receita, essencial para o desenvolvimento das
ações públicas.
Os temas tratados são:
• execução orçamentária e cumprimento de metas;
• receita e sua função no equilíbrio fiscal;
• competência e panorama das receitas no Brasil;
• componentes da receita no setor público; e
• indicadores de análise da receita no setor público.

TEMA 1 – EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E CUMPRIMENTO DE METAS

A execução orçamentária é a arrecadação da receita e a realização das


despesas de acordo com o previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). A
efetivação das despesas só é possível se ocorrer a entrada de receita, assim, é
preciso fazer o acompanhamento financeiro da receita para dar continuidade às
ações fixadas na LOA.
A Despesa Orçamentária é necessária para o funcionamento,
manutenção e ampliação de serviços à sociedade. Ela é classificada em duas
categorias econômicas: despesa corrente e despesa de capital. A corrente é o
emprego de recursos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos
já existentes. Já as de capital são destinadas ao aumento e à criação de novos
serviços públicos e contribuem diretamente para a formação/aquisição de um
bem de capital. Ainda, a despesa é subdividida em grupos de natureza de
despesa, conforme o quadro a seguir.

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Quadro 1 – Grupos de natureza de despesa

Categoria Econômica Grupo de Natureza de Despesa


3.1 - Pessoal e Encargos
3 - Despesas Correntes 3.2 - Juros e Encargos da Dívida
3.3 - Outras Despesas Correntes
4.4 - Investimentos
4 - Despesas de Capital 4.5 - Inversões Financeiras
4.6 - Amortização da Dívida

São exemplos de despesas correntes: compra de material de expediente,


despesa com salário, serviços de telefonia, despesas com juros de empréstimo.
Como despesa de capital, podemos citar: construção de uma escola, aquisição
de um veículo, pavimentação de via urbana, amortização da dívida com Pasep.
Com a análise de execução em cada uma dessas categorias, é possível
identificar se o ente apenas está mantendo os serviços ou se preocupa em
ampliar o atendimento, investir.
Outra forma de avaliação da despesa está relacionada com o seu impacto
no patrimônio do ente. A execução da despesa pode afetar o patrimônio do ente,
reduzindo a situação líquida (despesa efetiva). Os fatos que podem reduzir o
patrimônio, conhecidos como modificativos diminutivos, têm em seu registro o
envolvimento de uma conta de despesa e uma patrimonial. São exemplos de
fatos modificativos diminutivos: despesa com salários, despesa com juros,
despesa com serviços de telefonia, entre outros.
A despesa pode não alterar o patrimônio (despesa não efetiva). Alguns
fatos contábeis, conhecidos como permutativos são: entrada de um bem
intangível – software, amortização da dívida, aquisição de material de consumo.
Nesses fatos, o lançamento contábil de registro não envolve conta de resultado.
O lançamento de entrada de um bem intangível – software – é um débito em
“intangível”, conta pertencente ao ativo, e crédito em disponibilidade, conta de
ativo, se for uma compra à vista, ou crédito em fornecedores (curto ou longo
prazo) se for a prazo, que é uma conta do passivo. Pode-se detalhar também o
registro de amortização da dívida, que é um débito em empréstimo a pagar de
longo prazo (passivo) e crédito em disponibilidades (ativo).
Para analisar a execução da despesa, deve-se considerar que ela passa
por etapas: empenho, liquidação e pagamento. A Lei n. 4320/1964 traz as
definições de cada etapa. O empenho é o ato emanado de autoridade

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competente que cria para o estado obrigação de pagamento pendente ou não
de implemento de condição e é a reserva de dotação orçamentária para um fim
específico. A liquidação consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito e
tem por objetivo apurar: I – a origem e o objeto do que se deve pagar; II – a
importância exata a pagar; e III – a quem se deve pagar a importância, para
extinguir a obrigação. É a etapa em que ocorre a prestação de serviço ou entrega
de mercadoria e é emitida a nota fiscal para comprovar. Por fim, o pagamento é
a entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de
pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular
liquidação da despesa.
O empenho já cria uma obrigação com o fornecedor no sistema
orçamentário, mas no patrimonial essa obrigação acontece no momento da
liquidação da despesa, pois no empenho o fornecedor ainda não realizou a ação
que o dá direito de recebimento. É a liquidação que gera um passivo circulante
e uma variação patrimonial diminutiva no resultado. O empenho deve ser
considerado para cálculo de superávit e déficit financeiro. Assim, no momento
de verificação da despesa, dependendo do objetivo a ser atingido, deve-se
considerar a etapa da despesa mais adequada.
A receita orçamentária são recursos financeiros que ingressam durante o
exercício e fontes de recursos por meio dos quais se viabiliza a execução das
políticas públicas. Assim como a despesa, é classificada em corrente e de
capital. As receitas correntes são: impostos, taxas e contribuições de melhoria;
contribuições; receita patrimonial; receita agropecuária; receita industrial; receita
de serviços; transferências correntes e outras receitas correntes. As de capital
são apenas cinco: operações de crédito; alienação de bens; amortização de
empréstimos; transferências de capital e outras receitas de capital.
As receitas correntes são efetivas, pois impactam o patrimônio líquido. Já
dentro das receitas de capital há algumas que não são efetivas, como operação
de crédito, amortização de empréstimo e alienação de bens, ou seja, o
lançamento dessa receita recebida não envolve contas de resultado. O registro
patrimonial da entrada de recurso, por exemplo, de uma alienação de bem, é um
débito em “disponibilidade”, conta do ativo, e crédito em “imobilizado”, também
pertencente ao ativo.

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Os estágios da receita orçamentária são quatro: previsão, lançamento,
arrecadação e recolhimento. A previsão é a estimativa da receita a receber feita
no momento de elaboração da LOA. Ela deve ser preparada com muita cautela
para que o ente não estabeleça um valor elevado que não se efetive durante o
exercício. O lançamento é o procedimento administrativo para verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e
propor, se for o caso, a aplicação da penalidade cabível, ou seja, em resumo, é
o momento do surgimento do fato gerador, em que se reconhece uma variação
patrimonial aumentativa.
A etapa da arrecadação é o momento em que o contribuinte faz o
pagamento do valor devido em um banco, e, por último, o recolhimento é quando
o agente arrecadador repassa os valores pagos pelos contribuintes para o ente
público ou tesouro público.
Outro ponto importante sobre a receita orçamentária é o regime de caixa
adotado para ela. Isso significa que a receita orçamentária só é reconhecida no
momento do recebimento do valor. Pode-se citar como exemplo a receita com
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de um município. No momento do
lançamento (fato gerador) ocorre um registro no sistema patrimonial, debitando
a conta de variação patrimonial aumentativa (patrimonial) e creditando o ativo
circulante, porém não é reconhecida a receita orçamentária. A receita
orçamentária será registrada no momento da arrecadação desse imposto.
Tem-se ainda os ingressos extraorçamentários. Esse tipo de receita não
financia a despesa pública, não se submete aos estágios da receita, gera
desembolsos extraorçamentários e tem caráter temporário. Um exemplo é o
depósito caução. Quando é realizada a contratação de valor e objeto relevantes,
o fornecedor faz um depósito ao ente público de um determinado valor como
uma garantia de que cumprirá o determinado no contrato. Assim, esse valor
depositado é uma receita extraorçamentária. Quando a execução do contrato é
finalizada, o ente público devolve esse valor, caracterizando uma despesa
extraorçamentária.
A seguir estão listados mais exemplos de ingressos extraorçamentários:

• consignação – INSS servidores ativos;

• consignação – INSS terceiros PJ;

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• consignação – IRRF;

• consignação – pensões; e

• consignação – empréstimos servidores banco X.

Não se deve confundir o termo extraorçamentário com uma receita que


não foi prevista no orçamento. Esse é o erro mais comum. Se, por algum motivo,
a administração pública receber um valor que não estava previsto, mas tem
características de receita orçamentária, precisa registrá-lo como receita
orçamentária. Um exemplo comum é o recurso proveniente de convênios. O ente
público, ao fazer a LOA, pode ainda não saber que terá a possibilidade de firmar
um convênio com outro ente e assim não prever isso. Quando o capital for
recebido, deve reconhecer uma receita orçamentária.

Exercícios

Para fixação dos conceitos trabalhados, responda às questões a seguir:


1 – (CESPE/2013/TCE-ES - Analista Administrativo - Ciências Contábeis) As
despesas orçamentárias podem ser classificadas em despesas efetivas e
despesas não efetivas. Com relação a essas modalidades de despesas, assinale
a opção correta.
a) As despesas não efetivas são oriundas de fatos permutativos, produzem
mutações patrimoniais e não alteram o patrimônio líquido.
b) As despesas não efetivas alteram o patrimônio líquido, sendo oriundas de
fatos modificativos diminutivos.
c) As despesas não efetivas são oriundas de fatos permutativos e, por não
produzirem mutações patrimoniais, são consideradas como despesas no
conceito contábil.
d) As despesas efetivas são oriundas de fatos permutativos, produzem mutações
patrimoniais e não alteram o patrimônio líquido.
e) As despesas efetivas são consideradas fatos modificativos diminutivos que
não alteram o patrimônio líquido.

2 – (CESPE/2013/TCE-ES - Analista Administrativo - Ciências Contábeis) A


origem dos ingressos financeiros no patrimônio público pode ser orçamentária
ou extraorçamentária. No que se refere a esse assunto, assinale a opção correta.

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a) Os ingressos extraorçamentários têm caráter permanente, são registrados
como receita orçamentária corrente ou de capital e financiam a despesa
orçamentária.
b) Os desembolsos orçamentários não se submetem aos estágios da despesa,
seguem classificação contábil, têm caráter temporário e pertencem a terceiros.
c) Os ingressos orçamentários são registrados como receita orçamentária
corrente ou de capital, geram desembolsos orçamentários futuros e não
financiam a despesa orçamentária.
d) Os ingressos extraorçamentários não se submetem aos estágios da receita
pública, geram desembolsos extraorçamentários e têm caráter temporário.
e) Os ingressos orçamentários submetem-se aos estágios de previsão,
lançamento, arrecadação e recolhimento, seguem a classificação econômica,
institucional e por fonte de recursos e geram desembolsos
extraorçamentários.

3 – (CESPE/2013/TCE-ES - Analista Administrativo – Direito) Suponha que o


estado do Espírito Santo não tenha previsto, em seu orçamento para 2013,
qualquer receita oriunda de concessões, mas que, durante o ano, o estado tenha
auferido receitas dessa natureza. Nessa situação, a receita:
a) classifica-se como tributária, independentemente da ausência de previsão.
b) deve ser considerada receita de exercícios futuros.
c) classifica-se como receita de capital.
d) não deve ser contabilizada como receita oriunda de concessões, dada a
ausência de previsão orçamentária.
e) deve ser contabilizada como receita orçamentária
Respostas desses exercícios estão ao final deste material.

TEMA 2 – RECEITA E SUA FUNÇÃO NO EQUILÍBRIO FISCAL

Para que o ente público não tenha surpresas negativas com a saúde
financeira, deve analisar periodicamente as receitas.
O governo tem suas receitas próprias e as recebidas de outros entes. Em
um município, por exemplo, a arrecadação própria é composta pelos tributos de
competência do município, como ISS, IPTU, ITBI, taxa de alvará, e outros. Ainda,
recebe do governo estadual e federal outros recursos determinados pela
Constituição Federal, as transferências constitucionais. São exemplos, dentre

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outros, de repasses de arrecadação estadual para um município o Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações (ICMS) e o Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) é uma transferência do governo federal para os municípios
composta por Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre a
Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR). Além disso, pode receber
recursos de programas oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação) (FNDE) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS) e outros, e
transferências voluntárias.

Saiba mais

Como complemento, acesse os sites a seguir e consulte a receita recebida


do município em que vive para o período desejado.
Transferências Constitucionais. Disponível em:
<https://www42.bb.com.br/portalbb/daf/beneficiario,802,4647,4652,0,1.bbx>.
Acesso em: 26 out. 2021.
Transferências do Fundo Nacional de Saúde. Disponível em:
<https://consultafns.saude.gov.br/#/detalhada>. Acesso em: 26 out. 2021.
Transferências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Disponível em:
<http://www.fnde.gov.br/pls/simad/internet_fnde.liberacoes_01_pc>. Acesso
em: 26 out. 2021.

Para melhor compreensão, vamos analisar a arrecadação do município


“A” do mês de janeiro de 2021.

Quadro 2 – Arrecadação do município “A”

RESUMO DA RECEITA ARRECADA MUNICÍPIO "A"- JANEIRO/2021


CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA VALOR %
RECEITAS CORRENTES 5.477.937,00 100,00
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 1.014.294,50 18,52
CONTRIBUIÇÕES 58.535,52 1,07
RECEITA PATRIMONIAL 5.999,97 0,11
RECEITA DE SERVIÇOS 1.061,13 0,02
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 4.394.726,51 80,23
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 3.319,37 0,06

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RECEITAS DE CAPITAL 0,00 0,00
TOTAL DE RECEITA ARRECADADA 5.477.937,00 100,00

Nota-se que a principal forma de entrada de recursos nesse município são


as “transferências correntes”, com 80,23%, um percentual extremamente
elevado. Em segundo lugar, vem a arrecadação com impostos, taxas e
contribuição de melhoria, ou seja, tributos municipais, de 18,52% do total. Na
sequência, com um percentual de 1,07%, considerado baixo, está a arrecadação
com contribuições, nesse caso, contribuição para custeio do serviço de
iluminação pública. O valor constante em “receita patrimonial” é referente ao
rendimento de aplicação financeira, não relevante, assim como a “receita de
serviços” e “outras receitas correntes”.
Sobre a receita de capital, o ente não recebeu nenhum valor no mês de
janeiro de 2021, o que significa que não entraram recursos específicos para
investimento, ou outras despesas de capital.
Mais análises podem ser feitas sobre a execução da receita, verificando,
por exemplo, a composição das “transferências correntes”, conforme detalhado
na sequência.

Quadro 3 – Classificação das transferências correntes

CLASSIFICAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES VALOR %


TRANSFERÊNCIAS DA UNIÃO E DE SUAS ENTIDADES 1.522.033,96 34,63
TRANSFERÊNCIAS DOS ESTADOS 1.898.101,14 43,19
TRANSFERÊNCIAS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS 974.591,41 22,18
TOTAL TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 4.394.726,51 100,00

Dentre os valores recebidos em transferências, o estado foi o ente que


mais transferiu recursos no mês em questão para esse município.
Os governos estaduais e federal se veem, muitas vezes, obrigados a
realizar transferências intergovernamentais para suprir as necessidades
financeiras dos Municípios, como é o caso exemplificado, pois o ente não teria
condição de executar as ações de governo com seus recursos próprios.

TEMA 3 – COMPETÊNCIA E PANORAMA DAS RECEITAS NO BRASIL

Existe uma definição entre os entes da federação da responsabilização


por cada tributo, para que a arrecadação aconteça de forma eficiente, conhecida
como competência tributária. Ou seja, a competência tributária é a faculdade
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conferida a determinado ente de instituir uma série de tributos no território. Ainda,
essa competência pode abranger apenas um ou mais entes, dependendo do
determinado na Constitucional.
A Constituição Federal não cria nenhum tributo, mas autoriza que os entes
façam isso a partir da competência a eles concedida. Outro ponto importante é
a qualidade de faculdade, o que significa que o ente pode ou não estabelecer o
tributo.
A competência tributária tem determinadas características importantes:
indelegabilidade e intransferibilidade, inalterabilidade e irrenunciabilidade. Ela é
indelegável/intransferível porque a competência só pode ser executada pelo ente
que foi autorizado pela Constituição Federal. O fato de ser inalterável reafirma
que a competência deve ser exercida nos limites impostos na CF. Por fim, a
irrenunciabilidade está relacionada à impossibilidade de o ente abdicar da
competência.
A União é responsável pelos seguintes impostos:

• Imposto sobre Importação (II);

• Imposto sobre Exportação (IE);

• Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR);

• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

• Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a


Títulos ou Valores Mobiliários (IOF); e

• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.

Os estados têm a competência sobre os tributos a seguir:

• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços


de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações (ICMS);

• Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);

• Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCM);

• contribuição para a seguridade social dos servidores públicos estaduais;


e

• taxas pelo exercício do poder de polícia ou prestação de serviços.

E os municípios têm as seguintes fontes de renda:


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• Imposto sobre a Prestação de Serviços (ISS);

• Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU);

• Imposto sobre a Transmissão Inter vivos de Bens Imóveis (ITBI);

• taxas; e

• contribuições de melhorias.

Exercícios

Para fixação, responda às questões a seguir:


4 – (Prefeitura de Altamira do Paraná-PR - 2017 / Fiscal de Tributação)
Identifique abaixo a competência tributária dos seguintes Impostos:
1. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.
2. Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.
3. Imposto Sobre Produtos Industrializados.
4. Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações.
a) 1-Estadual - 2-Municipal - 3-Estadual - 4-Estadual;
b) 1-Municipal - 2-Estadual - 3- Federal - 4-Estadual;
c) 1-Municipal - 2-Municipal - 3-Federal - 4-Estadual;
d) 1-Municipal - 2-Estadual - 3-Estadual - 4-Estadual.

5 – (CESPE - 2009 / BACEN / Procurador) Uma empresa detém a propriedade


sobre terras agriculturáveis em diversos estados do Brasil, no ambiente rural, e,
em diversos municípios de seu estado de origem, é proprietária de terras
urbanas.
Nessa situação, em razão das propriedades que detém, a empresa torna-se
contribuinte de:
a) dois impostos federais e um estadual.
b) dois impostos estaduais e um municipal.
c) um imposto municipal e um federal.
d) um imposto municipal, um estadual e um federal.
e) um imposto municipal e um estadual.
Respostas desses exercícios estão ao final deste material.

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TEMA 4 – COMPONENTES DA RECEITA NO SETOR PÚBLICO

Os componentes da receita são essenciais para a verificação da


capacidade do governo em aumentar as suas receitas. São cinco: a base
econômica; a base da receita; a receita arrecadada; a capacidade fiscal e a
reserva de receita.

4.1 A base econômica

Mede a capacidade dos indivíduos e das empresas localizadas em


determinada região de fornecer receita ao governo. Para isso, é preciso
conhecer a economia do local por meio de informações sobre o nível de emprego
e renda, características da população, particularidades do comércio e indústrias,
situação das moradias, dados sobre o turismo e outros. O foco é investigar o
nível de recursos gerados pela comunidade, as mudanças ao longo do tempo e
destacar, os quais o governo pode contar para extrair suas receitas.

4.2 A base da receita

É também conhecida como base tributária e representa todas as fontes


de recursos geradas pela economia que podem ser exploradas pelo governo
para produzir receita. O crescimento da população e o desenvolvimento
econômico afetam a base tributária, que é composta, nos governos estaduais e
municipais, pela renda, o consumo e a riqueza da população, essencialmente.
Quanto maior a base tributária, mais forte a condição financeira do governo,
dessa forma, a manutenção e o avanço das bases tributárias de um ente são
fundamentais para a situação fiscal positiva a longo prazo.

4.3 A receita arrecadada

Consiste em quanto o governo produziu de receita, ou seja, quanto


efetivamente foi arrecadado. A análise da receita arrecadada verifica o
comportamento da arrecadação ao longo do tempo, identificando o nível de
importância de cada tipo de receita, possibilitando comparações de desempenho
do ente público com outros semelhantes. Ela deve ser realizada após a análise
da base econômica e da receita, no entanto, na prática, a análise é o primeiro
passo no processo de avaliação da condição financeira.

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Vamos analisar a receita arrecada do município “A” em janeiro e fevereiro
de 2021.

Quadro 4 – Comparação de receita arrecadada do município “A”

COMPARAÇÃO DA RECEITA ARRECADA MUNICÍPIO "A"


JANEIRO E FEVEREIRO/2021

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA JANEIRO FEVEREIRO %


RECEITAS CORRENTES 5.477.937,00 4.778.889,82 -12,76
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIB. DE MELHORIA 1.014.294,50 711.288,35 -29,87
CONTRIBUIÇÕES 58.535,52 56.047,82 -4,25
RECEITA PATRIMONIAL 5.999,97 5.535,42 -7,74
RECEITA DE SERVIÇOS 1.061,13 5.871,48 453,32
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 4.394.726,51 3.997.046,17 -9,05
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 3.319,37 3.100,58 -6,59
RECEITAS DE CAPITAL 0,00 0,00 0,00
TOTAL DE RECEITA ARRECADADA 5.477.937,00 4.778.889,82 -12,76

No total, a receita arrecadada teve uma redução de 12,76% de janeiro


para fevereiro, e cabe ao ente, de acordo com a sua realidade, buscar entender
os motivos dessa variação. Todos os tipos de receita tiveram redução, com
exceção da “receita de serviços”, que, apesar do valor não ser considerável, teve
um aumento de 453,32%, que deve ter acontecido devido a um fato mais
específico relacionado à essa natureza de receita.
A arrecadação com impostos, taxas e contribuição de melhoria foi a
receita que mais teve redução, 29,86%, em valor foi de R$ 303.006,15 (trezentos
e três mil, seis reais e quinze centavos). Com a abertura dessas receitas, tem-
se:

Quadro 5 – Abertura de receitas: comparação da receita arrecada do município


“A”

COMPARAÇÃO DA RECEITA ARRECADA MUNICÍPIO "A"


JANEIRO E FEVEREIRO/2021

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA
JANEIRO FEVEREIRO %
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIB. DE MELHORIA
1.014.294,50 711.288,35 -29,87
IMPOSTOS SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE
QUALQUER (IRRF) 58.213,44 95.991,47 64,90
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E
TERRITORIAL URBANA (IPTU) 12.507,99 15.223,49 21,71

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IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO "INTER VIVOS" DE
BENS IMÓVEIS (ITBI) 229.685,71 93.101,45 -59,47
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA (ISS) 486.863,21 418.535,24 -14,03
TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA
135.641,66 31.819,16 -76,54
TAXAS PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
55.282,49 50.354,40 -8,91
TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
36.100,00 6.263,14 -82,65

A grande redução em valores foi no ITBI (59,47% e R$ 136.584,06), que


é um imposto que ocorre em decorrência da compra e venda de imóveis, então,
pode-se deduzir que em janeiro ocorreu uma transação de valor elevado no
município.
“Taxas pelo exercício do poder de polícia” diminui 76,54% de janeiro para
fevereiro. Janeiro é o mês de vencimento de taxas de alvará e essa é uma taxa
desse tipo. Aí está a explicação para a variação expressiva entre os meses
verificados. Em valor, a redução foi de R$ 103.822,50 (cento e três mil,
oitocentos e vinte e dois reais e cinquenta centavos). As “taxas de fiscalização
de vigilância sanitária” também devem ser pagas em janeiro, por isso foi
verificada grande alteração (82,65%).
Enfim, a receita arrecadada deve ser analisada constantemente e caso
ocorra diminuição por vários períodos, o governo precisa tomar providências
para que a saúde financeira e, consequentemente, a prestação de serviço à
população não seja afetada negativamente.

4.4 A capacidade fiscal

É o valor máximo de recursos que um governo pode obter com a


exploração plena da sua base de receita e significa o poder de produzir receita.
Pode ser entendida como o potencial que o governo tem para gerar tributos e
receitas próprias. A competência resulta do conhecimento da base econômica e
da receita, ou seja, o ente deve saber o potencial de geração de renda e os
métodos de exploração dessas fontes.
A medida da capacidade fiscal, frequentemente usada em estudos sobre
o comportamento dos gastos públicos, é a renda per capita, que é a capacidade
de pagamento dos indivíduos. Contudo, estudiosos afirmam que ainda não
existe uma medida completa para calcular a capacidade fiscal, e há estudos que
objetivam obter uma medida útil aproximada.
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4.5 A reserva de receita

A reserva de receita é a diferença entre a capacidade fiscal e a receita


arrecadada. Vejamos um exemplo, considerando um município.

Quadro 6 – Exemplo de receita arrecadada em um município

Receita Arrecadada com ISS R$ 300.000,00


Capacidade fiscal do ISS R$ 400.000,00
Reserva de Receita (diferença) R$ 100.000,00

Nesse caso, o potencial de arrecadar ISS do ente é de R$ 400.000,00


(quatrocentos mil reais) e arrecadou apenas R$ 300.000,00 (trezentos mil reais),
revelando uma reserva de receita a ser explorada no montante de R$ 100.000,00
(cem mil reais).
Vamos analisar outro exemplo, também de um município.

Quadro 7 – Exemplo de receita arrecadada em um município

Receita Arrecadada com IPTU R$ 500.000,00


Capacidade fiscal do IPTU R$ 350.000,00
Ausência de reserva (diferença) R$ 150.000,00

Nessa situação, a receita arrecadada é superior à capacidade fiscal


mostrando uma ausência de reserva, e identificando a alta carga tributária que
os contribuintes estão submetidos.
Quanto maior a reserva de receita, maiores são as possibilidades de se
obterem receitas adicionais para melhorar a condição financeira, ou seja, a
existência de reserva de receita não significa que ela possa ser usada facilmente.
O ente terá que melhorar os controles relativos ao lançamento, cobrança e
arrecadação das receitas para que a arrecadação seja efetiva e contribua com
as despesas públicas.
É interessante que a análise da reserva de receita seja feita levando em
consideração a solvência de caixa e as necessidades da população. O governo
com considerável reserva de receita pode apresentar necessidades de caixa no
curto prazo. Sobre as despesas, o ente que é cobrado por gastos mais efetivos

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pode perceber que a sua reserva de receita é inadequada, ou, caso não tenha
mais demandas da sociedade, confirme que sua reserva de receita é adequada.
A reserva de receita tenta medir, sob o ponto de vista do governo, o
esforço tributário, e, sob o ponto de vista do contribuinte, a carga tributária.
Alguns indicadores da receita arrecadada podem ser utilizados para revelar a
carga tributária ou o esforço tributário dos contribuintes de uma área geográfica,
relacionando-a com a população ou com a renda.

1. Receita tributária per capita = receita tributária arrecadada/população:


revela o pagamento médio de tributos realizado por um membro da
comunidade.

2. Esforço tributário = receita tributária total (ou tributo específico) / renda


total: avalia a carga tributária a que estão sujeitos os membros de uma
região.

3. Alíquota atual para cada tipo de imposto: mostra o quanto cada base de
receita está sendo tributada para produzir receita.

Quanto maior o resultado desses indicadores, menores serão as


possibilidades do governo em extrair receita adicional acima dos limites atuais
de arrecadação.

TEMA 5 – INDICADORES DE ANÁLISE DA RECEITA NO SETOR PÚBLICO

Vamos conhecer alguns indicadores relevantes para a análise da receita:


receita per capita, diversificação da receita e tendência da receita.

• Receita per capita

Evidencia as alterações no nível da receita tributária em relação às


mudanças no tamanho da população.
Quando a população cresce, é esperado um aumento dos serviços para
atender às necessidades da comunidade, além de um incremento da receita
devido à ampliação da renda em circulação e do consumo dos indivíduos.
Esse indicador pode ser medido considerando um tipo de receita, como
IPTU per capita, para revelar que fonte de receita cresce mais rápido.
A fórmula para encontrar esse indicador é a seguinte:

Receita Operacional / População

16
A Receita Operacional inclui as receitas orçamentárias correntes
derivadas e originárias. As derivadas compreendem os impostos, taxas,
contribuições e transferências recebidas. Já as originárias incluem a patrimonial,
agropecuária, industrial e de serviços.
Vejamos o exemplo hipotético a seguir.

Quadro 8 – Exemplo hipotético município “Z”

MUNICÍPIO "Z"
Item ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
Receita Operacional 1.000.000,00 1.200.000,00 1.100.000,00 1.150.000,00
População 12.000 12.050 12.100 12.200
Renda per capita 83,33 99,59 90,91 94,26

No geral, quanto maior o resultado desse indicador, melhor a condição


financeira do governo. No entanto, diversas conclusões podem ser extraídas da
análise desse indicador.
Note que no exemplo do município “Z”, o indicador, quando analisado o
ano 1 e ano 4, teve um aumento ao longo dos exercícios, mas em alguns
exercícios, ele diminuiu, se comparado ao ano anterior.
Como o resultado do indicador receita per capita foi crescente, deve-se
verificar se isso decorre do aumento da carga tributária ou do declínio da
população. No caso específico, a receita teve aumento assim como a população.
Caso a população estivesse diminuindo, teria que se avaliar como a receita
futura se comportaria.
Agora vamos verificar um segundo exemplo.

Quadro 9 – Exemplo hipotético município “Y”

MUNICÍPIO "Y"
Item ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
Receita Operacional 900.000,00 970.000,00 950.000,00 980.000,00
População 11.000 11.020 11.030 11.400
Renda per capita 81,82 88,02 86,13 85,96

Nesse caso, o indicador teve uma redução do ano 2 para o ano 4. A receita
aumentou, assim como a população nesse período. No entanto, se analisado o
percentual desses acréscimos, o da receita foi de 1,03% e da população de
3,45%, ou seja, o aumento da receita foi menor, afetando negativamente o
indicador. Quando o resultado é declinante, pode ser o reflexo de uma crise
17
econômica temporária ou permanente, alterações em grupos da população que
são responsáveis por parte expressiva da receita e outros. Cada ente deve
analisar delicadamente essas variações de acordo com a situação que enfrenta.

• Diversificação da receita

É a verificação do grau de diversidade das receitas de um ente. É também


interessante saber a variação desse indicador ao longo dos anos, para buscar
entender possíveis razões de aumentos ou reduções, e soluções para o
equilíbrio desejado.
São exemplos de fórmulas para essa análise:

Quadro 10 – Exemplos de fórmulas para análise

IPTU / Receita Operacional


ISS / Receita Operacional
Taxas / Receita Operacional

Vamos analisar o caso a seguir.

Quadro 11 – Análise do município “Z”

MUNICÍPIO "Z"
Item ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
1.000.000,0 1.200.000,0 1.100.000,0 1.150.000,0
Receita Operacional 0 0 0 0
IPTU 350.000,00 400.000,00 450.000,00 440.000,00
ISS 500.000,00 500.000,00 400.000,00 510.000,00
Taxas 150.000,00 300.000,00 250.000,00 200.000,00
Diversidade IPTU 0,35 0,33 0,41 0,38
Diversidade ISS 0,50 0,42 0,36 0,44
Diversidade Taxas 0,15 0,25 0,23 0,17

Pode-se perceber que o ISS é o tributo mais impactante nesse município.


Em quase todos os anos ele foi a maior receita arrecadada. No ano 3 ele perdeu
para o IPTU que correspondeu a 41% da receita operacional. Isso pode ser
explicado, por exemplo, por um aumento no valor venal dos imóveis, fazendo
com que esse tipo de receita aumentasse consideravelmente. Com base nesses
percentuais, o ente pode definir políticas de ampliação de arrecadação dos
tributos menos expressivos.

18
• Tendência da receita

Demonstra o crescimento ou declínio das diversas receitas do governo.


Com base nesse indicador, o gestor deve buscar as causas dos declínios na
arrecadação, especialmente a receita tributária. As causas do declínio na
arrecadação podem ser crises econômicas, ineficiência na arrecadação e na
fiscalização tributária, entre outras.
O cálculo desse indicador é feito da seguinte forma:

(Receita Atual – Receita Anterior) / Receita Anterior

A seguir, o exemplo do município “Z”.

Quadro 12 – Exemplo do município “Z”

MUNICÍPIO “Z”
Item ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
Receita Operacional 1.000.000,00 1.200.000,00 1.100.000,00 1.150.000,00

Tendência da
0,20000 -0,08333 0,04545
Receita Operacional

Em resumo, esse indicador mostra o percentual de aumento ou declínio


da receita de um ano para o outro. No município “Z”, a receita operacional teve
um aumento de ano 1 para ano 2, seguido de uma redução do ano 2 para o ano
3, mas de ano 3 para ano 4, cresceu novamente. O interessante é fazer um
acompanhamento constante e com maior abertura entre os tipos de receita
existentes, para evitar deficiência no fluxo de caixa.
Há mais indicadores relacionados à receita que devem ser estudados e
aplicados de acordo com a necessidade do ente.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 4320/1964. Institui Normas Gerais de Direito Financeiro para


Elaboração e Controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. Acesso em: 21 out. 2021.

_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do


Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

_______. Lei Complementar n. 101 de 04 de maio de 2000. Estabelece normas


de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e
dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm#:~:text=Lcp101&text=E
stabelece%20normas%20de%20finan%C3%A7as%20p%C3%BAblicas,fiscal%
20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.&text=Art.,do%20T%C
3%ADtulo%20VI%20da%20Constitui%C3%A7%C3%A3o.>. Acesso em: 21 out.
2021.

LIMA, S. C. de; DINIZ, J. A. Contabilidade Pública – Análise Financeira


Governamental. São Paulo: Editora Atlas, 2016. p. 179.

SENADO FEDERAL. Secretaria de Informação Legislativa. Resolução do


Senado Federal nº 40/2001. Dispõe sobre os limites globais para o montante
da dívida pública consolidada e da dívida pública mobiliária dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, em atendimento ao disposto no art.
52, VI e IX, da Constituição Federal. Disponível em:
<https://www2.camara.leg.br/legin/fed/ressen/2001/resolucao-40-20-dezembro-
2001-429320-normaatualizada-
pl.html#:~:text=Resolu%C3%A7%C3%A3o%2040%2F2001&text=Disp%C3%B
5e%20sobre%20os%20limites%20globais,e%20IX%2C%20da%20Constitui%C
3%A7%C3%A3o%20Federal.>. Acesso em: 21 out. 2021.

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RESPOSTAS

1. A
2. D
3. E
4. C
5. C

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