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mais próximas possível do entendimento de qualquer tipo de usuário da
informação.
A informação deve ser disponibilizada ao usuário antes que ela não seja
mais importante para a tomada de decisão ou análise. Um fato contábil deve ser
registrado logo após ocorra para que ao gerar-se um demonstrativo ele esteja
afetando esse demonstrativo no período correto. Isso é a Tempestividade. De
nada adianta uma informação correta e interessante ser divulgada meses após
sua ocorrência.
A comparabilidade é a possibilidade de fazer comparações entre as
informações de um ente em períodos diferentes e ainda compara um ente com
outro. Entre os períodos, é relevante para verificar a evolução do ente. O confronto
com outra entidade de porte e características semelhantes é pertinente para
constatar se os valores de um estão alinhados com o outro, por exemplo, se as
despesas com material de consumo de um são parecidas com as do outro. Se
não, é preciso fazer um plano para identificar o que deve estar ocorrendo para ter
uma diferença significante. Por fim, a verificabilidade assegura que a informação
contida nas demonstrações represente realmente o fenômeno que se propõe a
representar.
Essas quatro características são definidas como as características
qualitativas de melhoria.
Saiba mais
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As respostas para este exercício e para os próximos desta aula podem ser encontradas no
gabarito ao final deste material, após as referências.
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2. (VUNESP - 2017 - Câmara de Cotia - SP - Contador) Segundo a estrutura
conceitual contábil, as características qualitativas de melhoria da
informação contábil-financeira útil são:
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No entanto, pode-se destacar outros usuários com necessidades
específicas. Os cidadãos (eleitores, contribuintes, trabalhadores, imprensa e
outros) seriam o principal grupo a que se deve informar. Eles têm necessidade em
saber, por exemplo, sobre a evolução das receitas e despesas públicas e as ações
desenvolvidas para a população.
Investidores e credores, que são aqueles que têm recursos a receber do
governo (fornecedores, pessoas que compram títulos da dívida do governo,
instituições financeiras e outros), também precisam da informação dos entes
públicos. Esse tipo de usuário utiliza informações sobre as condições financeiras
do governo como os recursos disponíveis, a capacidade de pagamento e
endividamento.
As autoridades legislativas e de controle são incumbidos de representar os
cidadãos, fiscalizar externamente as ações de governo, elaborar leis e, para isso,
acessam as informações governamentais. Entre as necessidades informacionais
estão: conhecer a situação financeira para sugerir novos programas e ações,
saber os projetos desenvolvidos para verificar a coerência com a Lei Orçamentária
Anual, e outras.
Sobre os gestores, podemos dividir em agentes políticos e operacionais.
Os políticos precisam de informações financeiras para dar suporte à melhoria e
criação de políticas públicas e os operacionais para decisões do cotidiano.
2.2 Sistemas
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específicas de controle, como o de disponibilidade de recursos, que recebe
lançamentos quando ocorre, por exemplo, arrecadação de receita ou pagamento
de despesa.
Por fim, o subsistema de custos registra, processa e evidencia os custos
dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública,
por exemplo, o custo para manter um aluno na escola, ou o custo de um doente
em um hospital.
Vale ressaltar que até o final do ano de 2009 existia ainda o subsistema
financeiro, que foi incluído no Patrimonial a partir de 2010.
É importante saber que não se pode fazer registros contábeis debitando
um subsistema e creditando outro. Os lançamentos devem ser sempre debitando
e creditando o mesmo subsistema. Além disso, um fato ou ato pode gerar
lançamentos em um ou mais subsistemas. A arrecadação de receita, por exemplo,
alimenta os subsistemas patrimonial, orçamentário e de compensação, como
segue, para melhor entendimento:
• Subsistema patrimonial
o Débito – caixa (conta patrimonial).
o Crédito – variação patrimonial aumentativa (de resultado).
• Subsistema orçamentário
o Débito – receita a realizar.
o Crédito – receita realizada.
• Subsistema de compensação
o Débito – controle da disponibilidade de recursos.
o Crédito – disponibilidade por destinação de recursos a realizar.
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Para fixação, responda as questões a seguir:
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patrimônio público, com o objetivo de orientar o processo de decisão, a
prestação de contas e a instrumentalização do controle social.
( ) Registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros
relacionados com as variações do patrimônio público, subsidiando a
administração com informações, como: alterações nos elementos
patrimoniais, resultado econômico e resultado nominal.
( ) Registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao
planejamento e à execução orçamentária, como: orçamento, programação
e execução orçamentária, alterações orçamentárias e resultado
orçamentário.
( ) Registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam
produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem
como aqueles com funções específicas de controle, subsidiando a
administração com informações, como: alterações potenciais nos
elementos patrimoniais e acordos, garantias e responsabilidades.
Marque a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) 3, 4, 2 e 1.
b) 4, 2, 1 e 3.
c) 4, 2, 3 e 1.
d) 2, 4, 1 e 3.
e) 3, 1, 2 e 4.
Quadro 1 – Relatórios
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Balanço Patrimonial
Demonstração das Variações Patrimoniais
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Notas Explicativas
RREO Balanço Orçamentário
Demonstrativo da Execução das Despesas por Função/Subfunção
Demonstrativo da Receita Corrente Líquida
Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do RPPS
Demonstrativo dos Resultados Primário e Nominal
Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão
Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital
Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos Servidores
Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos
Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Receitas e Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde
Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas
Demonstrativo Simplificado do RREO
RGF Demonstrativo da Despesa com Pessoal do Poder Executivo
Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida
Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores
Demonstrativo das Operações de Crédito
Demonstrativo Simplificado do RGF do Poder Executivo
Disponibilidade de Caixa e Restos a Pagar do Poder Executivo
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Quadro 2 – Balanço orçamentário: quadro principal
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Na parte da receita, temos quatro colunas: previsão inicial, previsão
atualizada, receitas realizadas e o saldo, conforme demonstrado a seguir.
A previsão inicial é a receita que foi estimada na Lei Orçamentária Anual
(LOA). A previsão atualizada mostra as alterações ocorridas no orçamento por
excesso de arrecadação, por exemplo, determinado município não havia previsto
na LOA a possibilidade de firmar um convênio com o Estado, e esse recurso foi
aprovado.
Para que ele possa utilizar, terá que fazer uma mudança na LOA e a fonte
de recurso será um excesso de arrecadação. Pode ocorrer também de ser feita
uma estimativa para determinado imposto e, ao acompanhar sua arrecadação,
percebe-se que ela está ocorrendo a maior, assim, também é preciso atualizar a
LOA, aumentando a receita prevista. Tudo isso é demonstrado nessa coluna do
BO. As receitas realizadas são as que efetivamente entraram nos cofres públicas,
ou seja, receita recebida. E o saldo é a diferença entre a previsão atualizada e as
receitas realizadas.
As receitas devem ser detalhadas por categoria economia (corrente e de
capital) e origem:
Já a parte que trata da despesa tem seis colunas: dotação inicial; dotação
atualizada; despesa empenhadas; despesas liquidadas; despesas pagas e saldo
da dotação.
A dotação inicial é a despesa fixada na LOA. A dotação atualizada é a com
as alterações orçamentárias, assim como explicado na receita atualizada.
empenho, liquidação e pagamento são as três fases da execução da despesa
orçamentária. O empenho é o momento em que se faz a reserva de parte do
orçamento para determinada despesa e se compromete e pagar um fornecedor,
A liquidação é quando ocorre o fato gerador da despesa, ou seja, acontece a
prestação de serviço ou entrega do material e, consequentemente, gera-se uma
nota fiscal para pagamento. E, por fim, o pagamento é a saída financeira. Na
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última coluna, saldo da dotação, tem-se a diferença da dotação atualizada e a
despesa empenhada.
As despesas devem ser detalhadas em categoria econômica (corrente e
capital) e grupo de natureza de despesa.
Inscritos
Em Exercícios Em 31 de Liquidados Pagos Cancelados Saldo
Anteriores Dezembro do a pagar
Exercício
Anterior
(a) (b) (c) (d) (e) (f)=(a+b-d-e)
Despesas Correntes
Pessoal e Encargos Sociais
Juros e Encargos da Dívida
Outras Despesas Correntes
Despesas de Capital
Investimentos
Inversões Financeiras
Amortização da Dívida
TOTAL
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dezembro do exercício anterior, os empenhos feitos em 2019 e não liquidados e
pagos. Daí tem as colunas que demonstram o que foi liquidado e pago em 2020,
e os empenhos que foram cancelados. Cancelados são os empenhos que eram
RAP, mas que foi identificado que, por algum motivo, não precisam ser pagos.
Desta forma, são apenas estornados/cancelados. No Saldo a Pagar, soma-se a
coluna Inscrito em Exercícios Anteriores e a Inscritos em 31 de dezembro do
exercício anterior e diminui-se os valores liquidados e os cancelados.
Já o quadro de restos a pagar processados tem apenas cinco colunas:
inscritos em exercícios anteriores; inscrito em 31 de dezembro do exercício
anterior; pagos; cancelados e saldo a pagar. A única diferença é que não há a
coluna Liquidados, uma vez que restos a pagar processados são empenhos
liquidados e não pagos no exercício.
Com o Balanço Orçamentário, é possível se realizar várias análises para
identificar se o ente público cumpriu o disposto na Lei Orçamentária Anual. Essas
análises serão tratadas em outra aula. Nesse momento, é preciso entender
apenas o que cada demonstração proporciona.
Para fixação, na sequência, responda as questões.
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Com essa demonstração, é possível apurar o resultado financeiro do
exercício. O jeito mais prático de apurar esse resultado é verificando a diferença
do saldo em espécie para o exercício seguinte e o saldo em espécie do exercício
anterior, ou seja, a variação das disponibilidades de um ano para o outro. O outro
modo é somando as receitas orçamentárias, as transferências financeiras
recebidas e os recebimentos extraorçamentários e diminuindo as despesas
orçamentárias, as transferências financeiras concedidas e os pagamentos
extraorçamentários. Não se deve confundir o resultado financeiro com déficit ou
superávit financeiro. Para cálculo de déficit e superávit financeiro, são
descontados os empenhos que não foram pagos no exercício.
A estrutura do Balanço Financeiro é composta por apenas um quadro,
conforme demonstrado a seguir.
INGRESSOS DISPÊNDIOS
Receita Orçamentária (I) Despesa Orçamentária (VI)
Ordinária Ordinária
Vinculada Vinculada
Recursos Vinculados à Educação Recursos Destinados à Educação
Recursos Vinculados à Saúde Recursos Destinados à Saúde
Recursos Vinculados à Previdência Social RPPS Recursos Destinados à Previdência Social –
Recursos Vinculados à Previdência Social RGPS RPPS
Recursos Vinculados à Assistência Social Recursos Destinados à Previdência Social –
(…) RGPS
Outras Destinações de Recursos Recursos Destinados à Assistência Social
Transferências Financeiras Recebidas (II) (…)
Transferências Recebidas para a Execução Outras Destinações de Recursos
Orçamentária Transferências Financeiras Concedidas (VII)
Transferências Recebidas Independentes de Transferências Concedidas para a Execução
Execução Orçamentária Orçamentária
Transferências Recebidas para Aportes de Transferências Concedidas Independentes de
recursos para o RPPS Execução Orçamentária
Transferências Recebidas para Aportes de Transferências Concedidas para Aportes de
recursos para o RGPS recursos para o RPPS
Recebimentos Extraorçamentários (III) Transferências Concedidas para Aportes de
Inscrição de Restos a Pagar Não Processados recursos para o RGPS
Inscrição de Restos a Pagar Processados Pagamentos Extraorçamentários (VIII)
Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Pagamentos de Restos a Pagar Não Processados
Outros Recebimentos Extraorçamentários Pagamentos de Restos a Pagar Processados
Saldo do Exercício Anterior (IV) Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados
Caixa e Equivalentes de Caixa Outros Pagamentos Extraorçamentários
Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados Saldo para o Exercício Seguinte (IX)
TOTAL (V) = (I + II + III + IV) Caixa e Equivalentes de Caixa
Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados
TOTAL (X) = (VI + VII + VIII + IX)
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Assim para que fosse possível o saldo do caixa ficar correto foi definido que
o efeito dos empenhos não pagos do exercício seria anulado por um registro de
recebimento extraorçamentário. Por isso, na estrutura do BF em recebimentos
extraorçamentários (III) há inscrição de restos a pagar não processados e
inscrição de restos a pagar processados, para fazer o balanceamento.
Para melhor visualização desse “ajuste” do Balanço Financeiro, analise a
demonstração de modo simplificado a seguir.
Ingressos Dispêndios
Receita Orçamentária – 20.000,00 Despesa Orçamentária – 15.000,00
Empenhadas e não liquidadas no exercício – 2.000,00
Empenhadas, liquidadas e não pagas no exercício –
3.000,00
Empenhadas, liquidadas e pagas no exercício –
10.000,00
Recebimentos Extraorçamentários Pagamentos Extraorçamentários
Inscrição de RAP Não Processados – 2.000,00 Pagamentos de RAP Não Processados – 0,00
Inscrição de RAP Processados – 3.000,00 Pagamentos de RAP Processados – 0,00
Saldo do Exercício Anterior – 10.000,00 Saldo para o exercício seguinte – 20.000,00
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Para fixação, na sequência, responda as questões.
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3. (TCU/2008/ACE) O Balanço Financeiro da União, integrante do relatório
resumido da execução orçamentária de 31 de dezembro de 2007,
apresentava, antes de seu fechamento, os seguintes saldos (em R$
bilhões):
- Ingressos orçamentários - 1.252
- Ingressos extraorçamentários - 452
- Dispêndios orçamentários - 1.224
- Dispêndios extraorçamentários - 423
Com base nesses dados, é correto concluir que o saldo das
disponibilidades para o exercício seguinte estará acrescido de R$ 28
bilhões em relação ao saldo transferido do exercício anterior.
( ) Certo.
( ) Errado.
• Principal;
• Ativos e Passivos financeiros e permanentes;
• Contas de compensação (controle);
• Superávit/déficit financeiro.
BALANÇO PATRIMONIAL
Exercício: 20XX
ATIVO Nota Exerc. Atual Exerc. Anterior
Ativo Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa
Créditos a Curto Prazo
Investimentos e Aplicações Temporárias a Curto Prazo
Estoques
Ativo Não Circulante Mantido para Venda
VPD Pagas Antecipadamente
Total do Ativo Circulante
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Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Total do Ativo Não Circulante
TOTAL DO ATIVO
Passivo (II)
Passivo Financeiro
Passivo Permanente
Total do Passivo
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A Lei n. 4320/1964, em seu art. 105, define esses elementos da seguinte
forma:
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comprometimento com o fornecedor e devemos deixar recurso reservado para
cumprir essa obrigação. A seguir está um exemplo simplificado para melhor
compreensão.
a) I e III, somente.
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b) I, II e III.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, somente.
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REFERÊNCIAS
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GABARITO
Tema 1
1. A.
2. D.
Tema 2
1. D.
2. D.
Tema 3
1. Certo.
2. Certo.
Tema 4
1. Errado.
2. D.
3. Errado (57 bi).
Tema 5
1. B.
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