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O relatório financeiro tem como objetivo para fins gerais, formar a base da Estrutura
conceitual, os aspectos dessa Estrutura são as qualitativas de informações
financeiras úteis e a restrição de custo sobre tais informações, o conceito de entidade
que reporta, elementos das demonstrações contábeis, reconhecimento e
desreconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação – decorrem
logicamente do objetivo.
Além desses objetivos, que são inúmeros, é preciso falar sobre outro que é fornecer
informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para
investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na
tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade. Essas decisões
envolvem decisões sobre:
(a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida;
(b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou
(c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração
que afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.
Essas decisões dependem dos retornos que os investidores esperam.
Informações sobre os recursos econômicos das entidades, reivindicações contra a
entidade e alterações nesses recursos, como a eficiência da administração no
cumprimento de sua responsabilidade são necessárias para fazer a avaliação.
Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de informação diferentes
e possivelmente conflitantes. Ao desenvolver os Pronunciamentos, busca-se fornecer
um conjunto de informações que atenda às necessidades do maior número de
principais usuários. Contudo, concentrar-se em necessidades de informação
ordinárias não impede que a entidade que reporta inclua informações adicionais que
sejam mais úteis para um subconjunto específico de principais usuários.
Em grande medida, relatórios financeiros baseiam-se em estimativas, julgamentos e
modelos e, não, em representações exatas. Esta Estrutura Conceitual estabelece os
conceitos subjacentes a essas estimativas, julgamentos e modelos. Os conceitos são
a meta que os responsáveis pela elaboração (preparadores) de relatórios financeiros
se esforçam por atingir. Como na maioria das metas, a visão desta Estrutura
Conceitual de relatório financeiro ideal é improvável de ser atingida integralmente, ao
menos não em curto prazo, pois leva tempo para compreender, aceitar e implementar
novas formas de analisar transações e outros eventos. Contudo, estabelecer uma
meta a ser atingida é essencial para que o relatório financeiro evolua de modo a
melhorar a sua utilidade.
Alterações nos recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta
resultam do desempenho financeiro dessa entidade e de outros eventos ou
transações, como a emissão de instrumentos de dívida ou de instrumentos
patrimoniais . Para avaliar adequadamente tanto as perspectivas de fluxos de entrada
de caixa futuros para a entidade que reporta quanto à gestão de recursos da
administração sobre os recursos econômicos da entidade, os usuários precisam ser
capazes de identificar esses dois tipos de mudanças.
Representação fidedigna
Relatórios financeiros representam fenômenos econômicos em palavras e números.
Para serem úteis, informações financeiras não devem apenas representar fenômenos
relevantes, mas também representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos
que pretendem representar. Em muitas circunstâncias, a essência de fenômeno
econômico e sua forma legal são as mesmas. Se não forem as mesmas, fornecer
informações apenas sobre a forma legal não representaria fidedignamente o
fenômeno econômico.
Para ser representação perfeitamente fidedigna, a representação tem três
características. Ela é completa, neutra e isenta de erros. Obviamente, a perfeição
nunca ou raramente é atingida. O objetivo é maximizar essas qualidades tanto quanto
possível.
A representação completa inclui todas as informações necessárias para que o usuário
compreenda os fenômenos que estão sendo representados, inclusive todas as
descrições e explicações necessárias. A representação neutra não é tendenciosa na
seleção ou na apresentação de informações financeiras. A representação neutra não
possui inclinações, não é parcial, não é enfatizada ou deixa de ser enfatizada, nem é,
de outro modo, manipulada para aumentar a probabilidade de que as informações
financeiras serão recebidas de forma favorável ou desfavorável pelos usuários.