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BÁSICA
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as características qualitativas da infor-
mação contábil útil.
As demonstrações contábeis são elaboradas e apresentadas para
usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e ne-
cessidades diversas. Dessa forma, as demonstrações contábeis objetivam
fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas
e avaliações por parte dos usuários em geral. Assim, as características
qualitativas da informação contábil dividem-se em fundamentais e de
melhoria.
(...) Contudo, relatórios financeiros para fins gerais não fornecem nem
podem fornecer todas as informações de que necessitam investidores,
credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais. Esses
usuários preci-sam considerar informações pertinentes de outras fontes,
como, por exemplo, condições e expectativas econômicas gerais, eventos
políticos e ambiente político e perspectivas do setor e da empresa
(CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 2019, p. 5).
As informações geradas pela contabilidade devem propiciar a seus usuários uma base
segura para a tomada de decisões, possibilitando a compreensão do estado em que
se encontra a entidade, seu desempenho, sua evolução, os riscos e as oportunidades
que oferece.
Além disso, segundo Frezatti, Aguiar e Rezende (2007, p. 128), a utilidade da infor-
mação contábil decorre do potencial que tem em influenciar o processo de tomada
de decisão dos usuários.
Veja algumas necessidades dos usuários das informações contábeis (MARTINS et al.,
2010):
Decidir quando comprar, manter ou vender um investimento em ações.
Avaliar a administração quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida,
qualidade de seu desempenho e prestação de contas.
Avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e proporcionar-lhes
outros benefícios.
Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados
à entidade.
Determinar políticas tributárias.
Determinar a distribuição de lucros e dividendos.
Preparar e usar estatísticas da renda nacional.
Regulamentar as atividades das entidades.
LOPES, A. B.; MARTINS, E. Teoria da contabilidade: uma nova abordagem. São Paulo:
Atlas, 2005.
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades de
acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010.
SANTOS, A. V. S. M.; VASCONCELOS, A. L. F. S. A legitimidade dos atributos da compreen-
sibilidade e da confiabilidade da informação contábil implícita em Habermas. In: 3º CON-
GRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE, 3., 2006, São Paulo. 2006.
Leituras recomendadas
HENDRIKSEN, E. S., VAN BREDA, M. F. Teoria da contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
IJIRI, Y. Theory of accounting measurement. Sarasota: American Accounting Association,
1975. (Studies in accountingresearch, 10).
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Introdução à teoria da contabilidade: para o nível de gra-
duação. São Paulo: Atlas, 2000.
PADOVEZE, C. L. et al. Objeto, objetivos e usuários das informações contábeis. Revista
Eletrônica do Mestrado de Administração da UNIMEP, v. 2, n. 2, p. 77-102, maio/ago. 2004.