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Nome Código
Artur João Zitha 20211031
Felizarda Armando Mavile 20211040
Adélia Benedito Matsimbe 20211013
Samuel Julião Mazive 20211012
Júlia Valquíria 2021102
Iolanda Paula Eusébio 2021103
Abril de 2022
INDICE
1. Introdução...............................................................................................................................3
2. Objectivo Geral.......................................................................................................................4
3. Metodologia.............................................................................................................................5
4. Infracções Tributárias...........................................................................................................6
6. Conclusão..............................................................................................................................13
7. Referencias............................................................................................................................14
1. Introdução
A infracção é toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe inobservância, por
parte de pessoa física ou jurídica, de uma norma jurídica estabelecida. A sua natureza é
determinada de acordo com o ramo do direito violado, quer seja penal, civil, comercial,
administrativo, tributário ou outros. A infracção tributaria se realiza pela inobservância ou
descumprimento da obrigação tributaria, que tem como objecto a prestação pecuniária
compulsória denominada tributo ou, ainda, dos deveres de fazer ou não fazer referentes a
instituição, cobrança e arrecadação de tributos, denominados de deveres instrumentais. Assim,
infracção tributaria consiste em acções omissões contrárias aos dispositivos das leis tributárias
mentais ou formais e, consequentemente, punidas com as sanções administrativas tributarias.
2. Objectivo Geral
Trazer uma abordagem doutrinária da infracção
É toda a acção ou omissão, voluntária ou involuntária que importe inobservância por parte de
pessoa física ou jurídica, de uma norma jurídica estabelecida. A sua natureza é determinada de
acordo com o ramo do direito violado, quer seja penal, civil, criminal, administrativo, tributário
ou outros. Tratando-se de infracção tributaria, as normas jurídicas violadas são as estabelecidas e
disciplinadas pela lei tributárias. Neste mesmo sentido lesiona Paulo de Barros Carvalho
“definimos a infracção, como toda acção ou omissão que, directa e indirectamente, represente o
descumprimento dos deveres jurídicos estatuídos em leis fiscais”.
Quando se fala de infracções tributárias, é bem comum fazer uma relação directa com a ausência
de pagamento de impostos, porém, essas infracções podem ir muito além disso, como:
recolhimento de valor incorrecto, registros incorrectos de activos e património, falta de
documentos obrigatórios, falha na entrega de declarações contábeis e fiscais, descumprimento de
obrigações acessórias, entre outras. As infracções tributariam se materializam em três: 1) por
atraso de pagamento de tributo; 2) por falta do pagamento ou pagamento a menor; 3) por
descumprimento dos deveres instrumentais.
Este recolhimento deve ser efectuado dentro de um determinado prazo estabelecido em lei. O
não pagamento do tributo devido pelo sujeito passivo no prazo legal, pela simples omissão, sem
qualquer conduta positiva, caracteriza a denominada infracção “por atraso de pagamento do
tributo devido”, sujeita á multa de mora. Este tipo de infracção tem como estrutura normativa:
Critério material – deixa de pagar o tributo; critério temporal – termo final do prazo do
pagamento do crédito tributário; critério espacial – lugar do pagamento.
A falta de pagamento do imposto ocorre quando o contribuinte não declara ou declara a menos o
imposto devido, em linhas gerais, é entendido como o não pagamento do imposto devido ou o
pagamento a menos do imposto devido.
O não pagamento do tributo no prazo ou o pagamento a menor não ocorre somente por omissão
pode se realizar também de forma intencional, sem qualquer fim específico (infracção simples)
ou em função de manobras deliberadamente dirigidas a esse propósito, ou destinadas a pagar
tributo menor que aquele realmente devido (infracção qualificada).
Ao atuar de forma positiva e com a intenção deliberada de não pagar o tributo no prazo legal ou
de pagá-lo em quantia inferior à verdadeiramente devida, sem qualquer artifício ou interesse,
comete o sujeito passivo infracção simples. Nesta hipótese, o sujeito passivo não realiza nenhum
manobra administrativa ou contabil com a intenção de não pagar o imposto devido, pelo
contrário, cumpre todos os deveres para a formalização do crédito tributário, inclusive, informa a
autoridade o quanto deve através da entrega das declarações exigidas, entretanto, simplesmente
deixa de pagar o tributo.
Se atua positivamente com intenção deliberada de não pagar o tributo no prazo legal ou de paga-
lo em quantia inferior à verdadeiramente devida, com interesses escusos (que não estão em
conformidade com a lei), comete o sujeito passivo infracção qualificada, caracterizada por
quaisquer manobraras artificiosas, com a finalidade de produzir ou facilitar a evasão
(mecanismos ilegais para pagar menos impostos) total ou parcial dos tributos.
Essas manobras são conceituadas pela legislação e pela doutrina como sonegação, simulação,
fraude e conluio.
a) Sonegação fiscal
A sonegação fiscal representa a omissão ou ocultação de valores e bens com o objectivo de
pagar menos impostos do que o obrigatório. Sonegar é ocular, esconder, é deixar de informar
ou retirar do conhecimento do fisco os atos e os fatos que a lei tributaria define como
elementos integrantes da regra matriz de incidência, seja no antecedente ou no consequente,
evitando, assim a formalização da obrigação tributaria e a cobrança do respectivo crédito.
b) Simulação
Para Sílvio Venosa “simular é fingir, mascarar, camuflar, esconder a realidade”. A simulação
no Direito Tributário ocorre quando um contribuinte, visando a obtenção de uma economia
fiscal, cria uma situação fictícia que faz ensejar (causar) um determinado fato gerador menos
oneroso (caro\custoso) do que aquele que deveria incidir concretamente. Essa situação
costuma ocorrer com bastante frequência. Como hipótese pode ser citado o caso de uma
“doação”, onde na realidade ocorreu verdadeiro contrato de compra e venda. Na simulação,
muito embora se trate de um ato ilícito, aparentemente a ação está revestida de licitude,
dificultando a ação da entidade fiscal.
c) Fraude fiscal
A fraude fiscal é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou
parcialmente, a ocorrência do facto gerador da obrigação tributaria principal, ou excluir ou
modificar as sua características essenciais, de modo a reduzir o montante do imposto devido,
ou evitar ou diferir o seu pagamento. Na fraude, o objectivo do sujeito passivo não é mais
esconder da autoridade administrativa o conhecimento da ocorrência do fato gerador, como
acontece na simulação, a ação ou omissão visa escamotear (fazer desaparecer de modo que
não se perceba) o pagamento do tributo, com a prática de determinados atos ou sua abstenção
do factor gerador da obrigação principal ou de reduzir o montante do tributo devido ou evitar
ou diferir o seu pagamento.
d) Conluio
O conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas, naturais ou jurídicas, visando a
qualquer dos efeitos da sonegação ou fraude. Ou seja, é a união de duas ou mais pessoas que
visam praticar atos tendentes a obter o resultado de esconder da autoridade a ocorrência do
fato gerador da obrigação ou escamotear o seu pagamento. O conluio é caracterizado como
infracção grave e, consequentemente, é penalizado com maior severidade do que o
descumprimento meramente omissivo.
Um dever instrumental é entendida como sendo uma obrigação acessória, esses deveres são
prestações positivas ou negativas que devem ser praticadas pelos contribuintes ou por terceiros
em favor da fiscalização e da arrecadação tributaria, tais como emitir notas fiscais, escriturar
livros, preencher guias e delações, tolerar fiscalizações e fornecer a documentação.
Estes deveres instrumentais não dizem respeito a obrigação tributaria entre si, na medida em que
não contem definição de ocorrência do facto gerador nem por objecto o pagamento do tributo ou
de uma penalidade. Porém, sua edição justifica-se no interesse da autoridade tributária,
dinamizando a arrecadação e coibindo (impedir) a acção danosa dos sonegadores.
Cabe advertir que as classificações não são verdadeiras ou falsas, certas ou erradas, mas assim,
úteis ou inúteis de acordo com a sua utilização para a identificação do objecto em estudo. Neste
termo lecciona Genaro A. Carrio que “as suas vantagens estão veiculadas ao interesse que guia a
quem as formula e sua fecundidade para apresentar um campo de conhecimento de uma maneira
mais facilmente compreensível ou mais rica em consequências práticas desejáveis”.
Analisando as normas jurídicas, dá pra identificar vários tipos de infracções, tais como,
substanciais e formais, omissivas e comissivas, subjectivas e objectivas: culposas e dolosas,
simples e continuadas.
A lei tributária exige determinado comportamento do sujeito passivo, que deixa de cumpri-lo por
diversas razões, como, por exemplo, a falta de entrega da declaração do imposto de renda no
prazo legal. A infracção tributária omissiva considera-se praticada na data em que termina o
prazo para o comportamento do respectivo dever.
A infracção comissiva ocorre pela prática de conduta vedada pelo ordenamento jurídico
tributário, o agente direcciona seu comportamento a uma finalidade proibida pela legislação
tributária, como na hipótese prevista nos impostos de transmissão (Imposto sobre Transmissão
de Bens Imóveis e Impostos sobre Transmissão Causas Mortes e Doação), que veda a lavratura,
o registo ou a averbação pelo tabelião, escrivão e oficial de registo de imóveis, de actos e termos
do seu cargo, sem a prova do pagamento do imposto. Considera-se praticado no momento em
que o infractor actuou.
As infracções objectivas são as involuntárias, imputadas formalmente pela lei, sem perquirir
sobre a culpa ou a intenção do agente ou do responsável na prática do ato, basta a mera
ocorrência do fato para ficar caracterizada a culpa e, consequentemente, a responsabilidade pelo
acto.
As infracções culposas ocorrem quando o infractor, embora sem intenção, o grau ou se omitiu
por negligencia, imprudência ou imperícia, sendo, desta forma, culpado. Exemplo de infracção
formal culposa: um mandatário ou empregado, emite uma nota fiscal de modelo errado.
As infracções dolosas ocorrem quando o infractor age deliberadamente contra a lei, com intenção
de conseguir o evento ilícito. O dolo deve ser entendido não só quando o agente quer
directamente o resultado, mas também, quando assume o risco de produzi-lo. O dolo eventual,
portanto, esta equiparada ao dolo directo. Tanto vale querer produzir o evento delituoso, quanto
assumir conscientemente o risco de vir a praticá-lo, ainda que sem interesse no resultado.
A infracção simples ocorre com a prática de uma só acção ou omissão, sem reiteração. Se
repetida, poderá gerar infracção continuada.
A infracção continuada e a situação gerada pelo agente mediante a pratica de mais de uma
acção ou omissão, cometendo duas ou mais infracções tributárias da mesma espécie que, pelas
condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, fazem supor que as
subsequentes são continuação da primeira.
Infracções da mesma espécie são as do mesmo tipo infracional e que afrontem o mesmo bem
jurídico. Se não forem da mesma espécie, idêntica, caracterizado estará o concurso material e
não a infracção continuada.
6. Conclusão
7. Referencias